Análise|Mão de Gustavo Gomez impede reviravolta memorável do Palmeiras na Libertadores


Time de Abel Ferreira leva dois gols, busca empate no fim, quando agonizava, e é eliminado nas oitavas pelo Botafogo graças à anulação do terceiro gol nos acréscimos

Por Ricardo Magatti
Atualização:

A três meses para o fim da temporada, resta ao Palmeiras apenas uma competição para disputar, o Brasileirão. Eliminado pelo Flamengo da Copa do Brasil há duas semanas, o time de Abel Ferreira caiu também na Libertadores, a sua obsessão. Empatou com o Botafogo nesta quarta-feira por 2 a 2 em casa, no Allianz Parque, e, como havia perdido o duelo de ida, no Rio, teve decretada sua queda precoce na competição continental. Ao menos caiu de pé, aplaudido por 40 mil porque conseguiu reagir no fim depois de levar dois gols em um dos jogos mais dramáticos, tensos e emocionantes do ano. Houve bom futebol, reclamações, discussões e uma quase virada que seria extraordinária.

O Palmeiras tem história, glórias e tradição na Libertadores. É o clube brasileiro com os números mais importantes no torneio que venceu em 1999, 2020 e 2021, e pode se orgulhar disso. Mas, hoje, o Botafogo joga mais bola. Enquanto o time de Abel Ferreira compete, é valente e luta bastante, o de Artur Jorge mostra entrosamento, técnica e repertório. Foi por isso que dominou e venceu o primeiro duelo e conseguiu segurar o empate, carimbando a classificação.

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Há a possibilidade de o Botafogo ter mais um oponente brasileiro pelo caminho. Pode ser o São Paulo o rival nas quartas. O time paulista empatou sem gols com o Nacional no Uruguai e precisa de uma vitória simples para avançar.

Mais uma eliminação, desta vez com empate em casa e inferioridade em parte do jogo, poderia provocar crise no Palmeiras, que nunca havia ficado pelo caminho tão cedo na Libertadores sob o comando de Abel Ferreira. Mas a forma como o jogo terminou, com dois gols no fim e a uma reviravolta que poderia ser memorável, não fosse a mão de Gómez impedir esse desfecho, deve aliviar a intensidade das cobranças.

Palmeiras amargou segunda eliminação em duas semanas, na Copa do Brasil e na Libertadores. Foto: Alex Silva/Estadão
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O time alviverde tem de focar somente no Brasileirão, no qual ocupa a terceira posição, com 41 pontos, a cinco do líder do Botafogo. Embora as chances de título nacional existam, há um cenário de questionamentos ao trabalho do treinador português, como nunca houve antes.

O português já vinha sendo questionado e certamente as críticas serão ampliadas na temporada em que mais ganhou reforços, mas em que o time menos faz. Joga um futebol pragmático, extremamente dependente de sua joia, o atacante Estêvão, de 17 anos, e mais cruza bolas pra área do que pensa jogadas e cria triangulações ofensivas.

Nesta noite, dependeu muito de Estêvão e de lampejos de outros atletas, que, é verdade, tiveram bons momentos, casos de Richard Ríos, Caio Paulista e Flaco López. Mas, coletivamente, não funcionou como deveria o Palmeiras. Funcionou, sim, o Botafogo, time mais bem treinado e que se defende e ataca com a mesma competência.

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Savarino comemora seu gol, que definiu a classificação do Botafogo Foto: Alex Silva/Estadão

Na etapa inicial, os cariocas acertaram a trave no primeiro lance da partida, com Savarino, e depois se recolheram no campo de defesa. Defenderam-se bem das investidas dos donos da casa, que não abriram o placar com Flaco López porque o argentino falhou em seu melhor fundamento: o cabeceio. Foram mais momentos de domínio do Palmeiras no primeiro tempo, com 11 finalizações com três dos visitantes, mas faltou eficiência aos anfitriões.

Na etapa final, o Palmeiras sucumbiu quando era superior no jogo. Cometeu erros bobos na defesa e caiu na armadilha de um inteligente Botafogo, que se armou para contra-atacar e o fez com letalidade. Definiu a classificação em sete minutos, com o brilho de Savarino. Aos 10, Igor Jesus foi às redes após passe do venezuelano. Aos 17, ele reapareceu, desta vez para se valer de falha de Gustavo Gómez e marcar, calando mais de 40 mil palmeirenses.

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O Palmeiras tentou encontrar forças na meia hora de jogo que restou para reagir e conseguiu. O Botafogo sofreu um apagão e o time alviverde achou dois gols depois dos 40, quando parecia estar entregue, com o artilheiro Flaco López, aos 40, e com Rony, aos 43. Mas o time precisava de três.

O terceiro até veio, na base do abafa, marcado por Gómez. Só que a arbitragem, com a ajuda do VAR, viu toque na mão do zagueiro paraguaio antes de ele finalizar dentro da pequena área, e anulou o gol que levaria a disputa aos pênaltis. A equipe alviverde, tão acostumada a protagonizar viradas históricas, desta vez não pôde ser de novo protagonista de mais uma virada memorável. Passou o Botafogo.

PALMEIRAS 2 X 2 BOTAFOGO

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  • PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha (Gabriel Menino), Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista; Zé Rafael (Aníbal Moreno), Richard Rios (Rony) e Raphael Veiga (Maurício); Estêvão, Felipe Anderson (Lázaro) e Flaco López. Técnico: Abel Ferreira.
  • BOTAFOGO - John; Mateo Ponte, Bastos, Barboza e Cuiaban (Hugo); Gregore (Danilo Barbosa), Marlon Freitas e Thiago Almada (Tchê Tchê); Luiz Henrique (Matheus Martins), Savarino e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.
  • ÁRBITRO - Facundo Tello (Argentina).
  • GOLS - Igor Jesus, aos 10, e Savarino, aos 17, Flaco López, aos 40, e Rony, aos 43 minutos do segundo tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Alexander Barboza, Richard Ríos, Gregore, Tchê Tchê
  • PÚBLICO - 40.269 torcedores.
  • RENDA - R$ 4.706.504,52.
  • LOCAL - Allianz Parque.

A três meses para o fim da temporada, resta ao Palmeiras apenas uma competição para disputar, o Brasileirão. Eliminado pelo Flamengo da Copa do Brasil há duas semanas, o time de Abel Ferreira caiu também na Libertadores, a sua obsessão. Empatou com o Botafogo nesta quarta-feira por 2 a 2 em casa, no Allianz Parque, e, como havia perdido o duelo de ida, no Rio, teve decretada sua queda precoce na competição continental. Ao menos caiu de pé, aplaudido por 40 mil porque conseguiu reagir no fim depois de levar dois gols em um dos jogos mais dramáticos, tensos e emocionantes do ano. Houve bom futebol, reclamações, discussões e uma quase virada que seria extraordinária.

O Palmeiras tem história, glórias e tradição na Libertadores. É o clube brasileiro com os números mais importantes no torneio que venceu em 1999, 2020 e 2021, e pode se orgulhar disso. Mas, hoje, o Botafogo joga mais bola. Enquanto o time de Abel Ferreira compete, é valente e luta bastante, o de Artur Jorge mostra entrosamento, técnica e repertório. Foi por isso que dominou e venceu o primeiro duelo e conseguiu segurar o empate, carimbando a classificação.

Há a possibilidade de o Botafogo ter mais um oponente brasileiro pelo caminho. Pode ser o São Paulo o rival nas quartas. O time paulista empatou sem gols com o Nacional no Uruguai e precisa de uma vitória simples para avançar.

Mais uma eliminação, desta vez com empate em casa e inferioridade em parte do jogo, poderia provocar crise no Palmeiras, que nunca havia ficado pelo caminho tão cedo na Libertadores sob o comando de Abel Ferreira. Mas a forma como o jogo terminou, com dois gols no fim e a uma reviravolta que poderia ser memorável, não fosse a mão de Gómez impedir esse desfecho, deve aliviar a intensidade das cobranças.

Palmeiras amargou segunda eliminação em duas semanas, na Copa do Brasil e na Libertadores. Foto: Alex Silva/Estadão

O time alviverde tem de focar somente no Brasileirão, no qual ocupa a terceira posição, com 41 pontos, a cinco do líder do Botafogo. Embora as chances de título nacional existam, há um cenário de questionamentos ao trabalho do treinador português, como nunca houve antes.

O português já vinha sendo questionado e certamente as críticas serão ampliadas na temporada em que mais ganhou reforços, mas em que o time menos faz. Joga um futebol pragmático, extremamente dependente de sua joia, o atacante Estêvão, de 17 anos, e mais cruza bolas pra área do que pensa jogadas e cria triangulações ofensivas.

Nesta noite, dependeu muito de Estêvão e de lampejos de outros atletas, que, é verdade, tiveram bons momentos, casos de Richard Ríos, Caio Paulista e Flaco López. Mas, coletivamente, não funcionou como deveria o Palmeiras. Funcionou, sim, o Botafogo, time mais bem treinado e que se defende e ataca com a mesma competência.

Savarino comemora seu gol, que definiu a classificação do Botafogo Foto: Alex Silva/Estadão

Na etapa inicial, os cariocas acertaram a trave no primeiro lance da partida, com Savarino, e depois se recolheram no campo de defesa. Defenderam-se bem das investidas dos donos da casa, que não abriram o placar com Flaco López porque o argentino falhou em seu melhor fundamento: o cabeceio. Foram mais momentos de domínio do Palmeiras no primeiro tempo, com 11 finalizações com três dos visitantes, mas faltou eficiência aos anfitriões.

Na etapa final, o Palmeiras sucumbiu quando era superior no jogo. Cometeu erros bobos na defesa e caiu na armadilha de um inteligente Botafogo, que se armou para contra-atacar e o fez com letalidade. Definiu a classificação em sete minutos, com o brilho de Savarino. Aos 10, Igor Jesus foi às redes após passe do venezuelano. Aos 17, ele reapareceu, desta vez para se valer de falha de Gustavo Gómez e marcar, calando mais de 40 mil palmeirenses.

O Palmeiras tentou encontrar forças na meia hora de jogo que restou para reagir e conseguiu. O Botafogo sofreu um apagão e o time alviverde achou dois gols depois dos 40, quando parecia estar entregue, com o artilheiro Flaco López, aos 40, e com Rony, aos 43. Mas o time precisava de três.

O terceiro até veio, na base do abafa, marcado por Gómez. Só que a arbitragem, com a ajuda do VAR, viu toque na mão do zagueiro paraguaio antes de ele finalizar dentro da pequena área, e anulou o gol que levaria a disputa aos pênaltis. A equipe alviverde, tão acostumada a protagonizar viradas históricas, desta vez não pôde ser de novo protagonista de mais uma virada memorável. Passou o Botafogo.

PALMEIRAS 2 X 2 BOTAFOGO

  • PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha (Gabriel Menino), Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista; Zé Rafael (Aníbal Moreno), Richard Rios (Rony) e Raphael Veiga (Maurício); Estêvão, Felipe Anderson (Lázaro) e Flaco López. Técnico: Abel Ferreira.
  • BOTAFOGO - John; Mateo Ponte, Bastos, Barboza e Cuiaban (Hugo); Gregore (Danilo Barbosa), Marlon Freitas e Thiago Almada (Tchê Tchê); Luiz Henrique (Matheus Martins), Savarino e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.
  • ÁRBITRO - Facundo Tello (Argentina).
  • GOLS - Igor Jesus, aos 10, e Savarino, aos 17, Flaco López, aos 40, e Rony, aos 43 minutos do segundo tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Alexander Barboza, Richard Ríos, Gregore, Tchê Tchê
  • PÚBLICO - 40.269 torcedores.
  • RENDA - R$ 4.706.504,52.
  • LOCAL - Allianz Parque.

A três meses para o fim da temporada, resta ao Palmeiras apenas uma competição para disputar, o Brasileirão. Eliminado pelo Flamengo da Copa do Brasil há duas semanas, o time de Abel Ferreira caiu também na Libertadores, a sua obsessão. Empatou com o Botafogo nesta quarta-feira por 2 a 2 em casa, no Allianz Parque, e, como havia perdido o duelo de ida, no Rio, teve decretada sua queda precoce na competição continental. Ao menos caiu de pé, aplaudido por 40 mil porque conseguiu reagir no fim depois de levar dois gols em um dos jogos mais dramáticos, tensos e emocionantes do ano. Houve bom futebol, reclamações, discussões e uma quase virada que seria extraordinária.

O Palmeiras tem história, glórias e tradição na Libertadores. É o clube brasileiro com os números mais importantes no torneio que venceu em 1999, 2020 e 2021, e pode se orgulhar disso. Mas, hoje, o Botafogo joga mais bola. Enquanto o time de Abel Ferreira compete, é valente e luta bastante, o de Artur Jorge mostra entrosamento, técnica e repertório. Foi por isso que dominou e venceu o primeiro duelo e conseguiu segurar o empate, carimbando a classificação.

Há a possibilidade de o Botafogo ter mais um oponente brasileiro pelo caminho. Pode ser o São Paulo o rival nas quartas. O time paulista empatou sem gols com o Nacional no Uruguai e precisa de uma vitória simples para avançar.

Mais uma eliminação, desta vez com empate em casa e inferioridade em parte do jogo, poderia provocar crise no Palmeiras, que nunca havia ficado pelo caminho tão cedo na Libertadores sob o comando de Abel Ferreira. Mas a forma como o jogo terminou, com dois gols no fim e a uma reviravolta que poderia ser memorável, não fosse a mão de Gómez impedir esse desfecho, deve aliviar a intensidade das cobranças.

Palmeiras amargou segunda eliminação em duas semanas, na Copa do Brasil e na Libertadores. Foto: Alex Silva/Estadão

O time alviverde tem de focar somente no Brasileirão, no qual ocupa a terceira posição, com 41 pontos, a cinco do líder do Botafogo. Embora as chances de título nacional existam, há um cenário de questionamentos ao trabalho do treinador português, como nunca houve antes.

O português já vinha sendo questionado e certamente as críticas serão ampliadas na temporada em que mais ganhou reforços, mas em que o time menos faz. Joga um futebol pragmático, extremamente dependente de sua joia, o atacante Estêvão, de 17 anos, e mais cruza bolas pra área do que pensa jogadas e cria triangulações ofensivas.

Nesta noite, dependeu muito de Estêvão e de lampejos de outros atletas, que, é verdade, tiveram bons momentos, casos de Richard Ríos, Caio Paulista e Flaco López. Mas, coletivamente, não funcionou como deveria o Palmeiras. Funcionou, sim, o Botafogo, time mais bem treinado e que se defende e ataca com a mesma competência.

Savarino comemora seu gol, que definiu a classificação do Botafogo Foto: Alex Silva/Estadão

Na etapa inicial, os cariocas acertaram a trave no primeiro lance da partida, com Savarino, e depois se recolheram no campo de defesa. Defenderam-se bem das investidas dos donos da casa, que não abriram o placar com Flaco López porque o argentino falhou em seu melhor fundamento: o cabeceio. Foram mais momentos de domínio do Palmeiras no primeiro tempo, com 11 finalizações com três dos visitantes, mas faltou eficiência aos anfitriões.

Na etapa final, o Palmeiras sucumbiu quando era superior no jogo. Cometeu erros bobos na defesa e caiu na armadilha de um inteligente Botafogo, que se armou para contra-atacar e o fez com letalidade. Definiu a classificação em sete minutos, com o brilho de Savarino. Aos 10, Igor Jesus foi às redes após passe do venezuelano. Aos 17, ele reapareceu, desta vez para se valer de falha de Gustavo Gómez e marcar, calando mais de 40 mil palmeirenses.

O Palmeiras tentou encontrar forças na meia hora de jogo que restou para reagir e conseguiu. O Botafogo sofreu um apagão e o time alviverde achou dois gols depois dos 40, quando parecia estar entregue, com o artilheiro Flaco López, aos 40, e com Rony, aos 43. Mas o time precisava de três.

O terceiro até veio, na base do abafa, marcado por Gómez. Só que a arbitragem, com a ajuda do VAR, viu toque na mão do zagueiro paraguaio antes de ele finalizar dentro da pequena área, e anulou o gol que levaria a disputa aos pênaltis. A equipe alviverde, tão acostumada a protagonizar viradas históricas, desta vez não pôde ser de novo protagonista de mais uma virada memorável. Passou o Botafogo.

PALMEIRAS 2 X 2 BOTAFOGO

  • PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha (Gabriel Menino), Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista; Zé Rafael (Aníbal Moreno), Richard Rios (Rony) e Raphael Veiga (Maurício); Estêvão, Felipe Anderson (Lázaro) e Flaco López. Técnico: Abel Ferreira.
  • BOTAFOGO - John; Mateo Ponte, Bastos, Barboza e Cuiaban (Hugo); Gregore (Danilo Barbosa), Marlon Freitas e Thiago Almada (Tchê Tchê); Luiz Henrique (Matheus Martins), Savarino e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.
  • ÁRBITRO - Facundo Tello (Argentina).
  • GOLS - Igor Jesus, aos 10, e Savarino, aos 17, Flaco López, aos 40, e Rony, aos 43 minutos do segundo tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Alexander Barboza, Richard Ríos, Gregore, Tchê Tchê
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Análise por Ricardo Magatti

Repórter da editoria de Esportes desde 2018. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Multimídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Cobriu a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e a Olimpíada de Paris, em 2024.

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