A técnica da seleção brasileira feminina, Pia Sundhage, disse nesta terça-feira que considera o Brasil um potencial candidato ao título da Copa do Mundo, que começa no próximo dia 20 de julho na Austrália e na Nova Zelândia. A treinadora sueca, dona de três medalhas olímpicas, diz que a seleção evoluiu muito desde o Mundial da França, em 2018. Mas, apesar do sonho de conquistar a Copa pela primeira vez, a principal meta da CBF no Mundial é devolver o protagonismo ao Brasil.
“Estamos indo para uma Copa do Mundo, onde estão os melhores países. Os dez melhores times têm chance de serem campeões, e o Brasil é o oitavo (do ranking). Se não tiver problema de lesão, qualquer um desses países pode ganhar”, considerou Pia, logo após anunciar as 23 convocadas para o Mundial.
Sobre as chances da seleção, a treinadora afirmou que “o céu é o limite”. “O Brasil tem chance de ser o melhor? Com certeza. Se vai ser este ano? Não sei, pode ser daqui a quatro anos.”
Pia irá levar para o Mundial uma seleção formada por jogadoras com muita experiência - Marta, por exemplo, irá para sua sexta Copa do Mundo - e outras que irão debutar em uma competição desta grandeza. E essa mescla é vista como positiva pela treinadora.
“Nós testamos 90 jogadores (ao longo do ciclo), que tiveram a chance de representar o Brasil. Estou muito animada porque quase metade do time nunca foi a uma Copa. Há muito sonho nessas jogadoras mais novas, ao mesmo tempo que haverá a experiência das demais”, pontuou.
A supervisora da seleção brasileira, Ana Lorena Marche, disse que a meta é conquistar o título, mas admitiu que a seleção irá para a Copa do Mundo focada, ao menos, em terminar entre os quatro melhores.
“O objetivo sempre vai ser sermos campeões, mas desde 2007 nós não ganhamos jogos eliminatórios (depois da primeira fase). Voltar a ser protagonista no futebol mundial é nosso objetivo”, afirmou Ana Lorena. “Se conseguirmos isso vai ter um reflexo interno muito importante.”