Por que a SAF do Botafogo tem dado certo e a do Vasco não? Tempo explica


Com larga diferença na tabela de classificação do Brasileirão, rivais se enfrentam neste domingo

Por Redação

Dois dos maiores clubes do País que deixaram o modelo associativo e viraram Sociedade Anônima do Futebol, a SAF, Botafogo e Vasco adotaram modelo de negócio semelhante, mas obtiveram, por enquanto, resultados em campo diferentes. O primeiro lidera o Brasileirão e está nos playoffs da Sul-Americana. O segundo ocupa um lugar dentro da zona de rebaixamento. Ambos se enfrentam neste domingo, às 16h, no Engenhão, pela 13ª rodada do torneio nacional.

Comandado pelo magnata americano John Textor, que comprou 90% das ações da SAF em março do ano passado, o Botafogo faz campanha quase irretocável e, embora tenha de encontrar um novo técnico depois da saída de Luís Castro para o futebol árabe, vê se desenhar um futuro muito melhor do que foi o passado recente da equipe de Generial Severiano. São 30 pontos somados e a possibilidade real de brigar pelo título nacional, que não conquista desde 1995.

Administrado pelo grupo americano 777 Partners, que adquiriu 70% das ações do futebol cruzmaltino com a promessa de investir até R$ 700 milhões, além de ter assumido até R$ 700 milhões da dívida da agremiação, luta, no momento, para não ser rebaixado pela quinta vez em sua história. Tem nove pontos e é o 18º colocado. Como o rival, procura um técnico, mas com outro objetivo, o de se arrumar sob uma nova direção e deixar o grupo dos quatro piores.

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A distância na tabela de classificação do Botafogo para o Vasco é grande, mas não pode não pode ser o único indicador para analisar performance de uma SAF, apontam especialistas.

Grupo americano 777 partners adquiriu 70% das ações do futebol cruzmaltino Foto: Divulgação/Vasco

“Ainda é muito cedo para uma avaliação definitiva, até porque investidor algum entra num negócio pensando em perder dinheiro. Por isso ainda vamos ver muitos ajustes de rota no caminho de cada SAF que surgir”, opina Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let’s Goal, citando que a SAF botafoguense foi implementada antes da vascaína.

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O Botafogo migrou do modelo associativo sem fins lucrativos para o empresarial oficialmente em março do ano passado. O Vasco fez o mesmo seis meses depois, em setembro, quando ainda disputava a Série B. Teve, portanto, menos tempo que o rival para se reestruturar, ajustar as contas e fazer contratações, o que reflete em campo.

“Veja que o Botafogo está há mais tempo se organizando internamente para receber um investidor definitivo, enquanto o processo no Vasco foi bem mais acelerado, o que fatalmente faz com que as mudanças impactem de formas diferentes nas duas estruturas”, avalia Neto.

Visão parecida tem Sandro Orlandelli, membro da Uefa Academy e especialista na identificação de talentos pela FA, a Federação Inglesa de futebol. “Não é algo simples, o choque cultural de uma visão corporativa para uma visão do futebol brasileiro, que é paternalista, existe. É uma questão de tempo de maturação, e sempre vão existir alguns equívocos na tentativa de se fazer o melhor, o que é comum na construção de processo”, afirma Orlandelli, ex-diretor-técnico do Inter e do Red Bull Bragantino.

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John Textor, magnata americano, é dono de 90% da SAF do Botafogo  Foto: Vitor Silva/Botafogo

Ele cita sua experiência no Bragantino, que não adotou a SAF, mas é um clube-empresa, gerido pela Red Bull, gigante austríaca de bebidas, para corroborar que o tempo, nesse processo, é fundamental para o sucesso.

“Na Red Bull, no primeiro ano, nós ficamos mais do que a metade da competição na zona de rebaixamento da Série A. Nós conseguimos reverter isso sem deixar abalar o ambiente, confiantes no projeto que tínhamos desenhado. Houve alguns desvios de rotas que eram normais, mas dentro de uma projeção que podia ser modificada, e conseguimos nos classificar para a Copa Sul-Americana, da qual fomos vice-campeões no ano seguinte”, exemplifica.

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Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, é prematuro afirmar que a SAF do Botafogo deu certo e que a do Vasco tenha dado errado em tão pouco tempo de duração de ambas. “O resultado se uma SAF foi efetiva ou não para um determinado clube só poderá ser avaliado a médio e longo prazo. Trata-se de um negócio complexo que exige recursos financeiros, recursos humanos, estratégia e planejamento”, analisa.

Perfis distintos

Dono também do Lyon, da França, e do Crystal Palace, da Inglaterra, John Textor é a personificação da SAF botafoguense, uma vez que o empresário americano toma as principais decisões relacionadas à gestão do clube. Acompanha, geralmente de longe, o dia a dia do time e é ativo nas redes sociais, publicando registro de cada vitória.

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Já Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners, pouco aparece. É reservado e praticamente não opina sobre as estratégias do Vasco, o que está a cargo da 777 Football Group, braço esportivo do grupo que tem como CEO Don Dransfield. Existe um colegiado pelo qual passam as decisões. O diretor esportivo da empresa é o alemão Johannes Spors, responsável pelas contratações. Ele trabalha em conjunto com o CEO da SAF vascaína, Luiz Mello, e o diretor de futebol, Paulo Bracks.

Dois dos maiores clubes do País que deixaram o modelo associativo e viraram Sociedade Anônima do Futebol, a SAF, Botafogo e Vasco adotaram modelo de negócio semelhante, mas obtiveram, por enquanto, resultados em campo diferentes. O primeiro lidera o Brasileirão e está nos playoffs da Sul-Americana. O segundo ocupa um lugar dentro da zona de rebaixamento. Ambos se enfrentam neste domingo, às 16h, no Engenhão, pela 13ª rodada do torneio nacional.

Comandado pelo magnata americano John Textor, que comprou 90% das ações da SAF em março do ano passado, o Botafogo faz campanha quase irretocável e, embora tenha de encontrar um novo técnico depois da saída de Luís Castro para o futebol árabe, vê se desenhar um futuro muito melhor do que foi o passado recente da equipe de Generial Severiano. São 30 pontos somados e a possibilidade real de brigar pelo título nacional, que não conquista desde 1995.

Administrado pelo grupo americano 777 Partners, que adquiriu 70% das ações do futebol cruzmaltino com a promessa de investir até R$ 700 milhões, além de ter assumido até R$ 700 milhões da dívida da agremiação, luta, no momento, para não ser rebaixado pela quinta vez em sua história. Tem nove pontos e é o 18º colocado. Como o rival, procura um técnico, mas com outro objetivo, o de se arrumar sob uma nova direção e deixar o grupo dos quatro piores.

A distância na tabela de classificação do Botafogo para o Vasco é grande, mas não pode não pode ser o único indicador para analisar performance de uma SAF, apontam especialistas.

Grupo americano 777 partners adquiriu 70% das ações do futebol cruzmaltino Foto: Divulgação/Vasco

“Ainda é muito cedo para uma avaliação definitiva, até porque investidor algum entra num negócio pensando em perder dinheiro. Por isso ainda vamos ver muitos ajustes de rota no caminho de cada SAF que surgir”, opina Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let’s Goal, citando que a SAF botafoguense foi implementada antes da vascaína.

O Botafogo migrou do modelo associativo sem fins lucrativos para o empresarial oficialmente em março do ano passado. O Vasco fez o mesmo seis meses depois, em setembro, quando ainda disputava a Série B. Teve, portanto, menos tempo que o rival para se reestruturar, ajustar as contas e fazer contratações, o que reflete em campo.

“Veja que o Botafogo está há mais tempo se organizando internamente para receber um investidor definitivo, enquanto o processo no Vasco foi bem mais acelerado, o que fatalmente faz com que as mudanças impactem de formas diferentes nas duas estruturas”, avalia Neto.

Visão parecida tem Sandro Orlandelli, membro da Uefa Academy e especialista na identificação de talentos pela FA, a Federação Inglesa de futebol. “Não é algo simples, o choque cultural de uma visão corporativa para uma visão do futebol brasileiro, que é paternalista, existe. É uma questão de tempo de maturação, e sempre vão existir alguns equívocos na tentativa de se fazer o melhor, o que é comum na construção de processo”, afirma Orlandelli, ex-diretor-técnico do Inter e do Red Bull Bragantino.

John Textor, magnata americano, é dono de 90% da SAF do Botafogo  Foto: Vitor Silva/Botafogo

Ele cita sua experiência no Bragantino, que não adotou a SAF, mas é um clube-empresa, gerido pela Red Bull, gigante austríaca de bebidas, para corroborar que o tempo, nesse processo, é fundamental para o sucesso.

“Na Red Bull, no primeiro ano, nós ficamos mais do que a metade da competição na zona de rebaixamento da Série A. Nós conseguimos reverter isso sem deixar abalar o ambiente, confiantes no projeto que tínhamos desenhado. Houve alguns desvios de rotas que eram normais, mas dentro de uma projeção que podia ser modificada, e conseguimos nos classificar para a Copa Sul-Americana, da qual fomos vice-campeões no ano seguinte”, exemplifica.

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, é prematuro afirmar que a SAF do Botafogo deu certo e que a do Vasco tenha dado errado em tão pouco tempo de duração de ambas. “O resultado se uma SAF foi efetiva ou não para um determinado clube só poderá ser avaliado a médio e longo prazo. Trata-se de um negócio complexo que exige recursos financeiros, recursos humanos, estratégia e planejamento”, analisa.

Perfis distintos

Dono também do Lyon, da França, e do Crystal Palace, da Inglaterra, John Textor é a personificação da SAF botafoguense, uma vez que o empresário americano toma as principais decisões relacionadas à gestão do clube. Acompanha, geralmente de longe, o dia a dia do time e é ativo nas redes sociais, publicando registro de cada vitória.

Já Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners, pouco aparece. É reservado e praticamente não opina sobre as estratégias do Vasco, o que está a cargo da 777 Football Group, braço esportivo do grupo que tem como CEO Don Dransfield. Existe um colegiado pelo qual passam as decisões. O diretor esportivo da empresa é o alemão Johannes Spors, responsável pelas contratações. Ele trabalha em conjunto com o CEO da SAF vascaína, Luiz Mello, e o diretor de futebol, Paulo Bracks.

Dois dos maiores clubes do País que deixaram o modelo associativo e viraram Sociedade Anônima do Futebol, a SAF, Botafogo e Vasco adotaram modelo de negócio semelhante, mas obtiveram, por enquanto, resultados em campo diferentes. O primeiro lidera o Brasileirão e está nos playoffs da Sul-Americana. O segundo ocupa um lugar dentro da zona de rebaixamento. Ambos se enfrentam neste domingo, às 16h, no Engenhão, pela 13ª rodada do torneio nacional.

Comandado pelo magnata americano John Textor, que comprou 90% das ações da SAF em março do ano passado, o Botafogo faz campanha quase irretocável e, embora tenha de encontrar um novo técnico depois da saída de Luís Castro para o futebol árabe, vê se desenhar um futuro muito melhor do que foi o passado recente da equipe de Generial Severiano. São 30 pontos somados e a possibilidade real de brigar pelo título nacional, que não conquista desde 1995.

Administrado pelo grupo americano 777 Partners, que adquiriu 70% das ações do futebol cruzmaltino com a promessa de investir até R$ 700 milhões, além de ter assumido até R$ 700 milhões da dívida da agremiação, luta, no momento, para não ser rebaixado pela quinta vez em sua história. Tem nove pontos e é o 18º colocado. Como o rival, procura um técnico, mas com outro objetivo, o de se arrumar sob uma nova direção e deixar o grupo dos quatro piores.

A distância na tabela de classificação do Botafogo para o Vasco é grande, mas não pode não pode ser o único indicador para analisar performance de uma SAF, apontam especialistas.

Grupo americano 777 partners adquiriu 70% das ações do futebol cruzmaltino Foto: Divulgação/Vasco

“Ainda é muito cedo para uma avaliação definitiva, até porque investidor algum entra num negócio pensando em perder dinheiro. Por isso ainda vamos ver muitos ajustes de rota no caminho de cada SAF que surgir”, opina Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let’s Goal, citando que a SAF botafoguense foi implementada antes da vascaína.

O Botafogo migrou do modelo associativo sem fins lucrativos para o empresarial oficialmente em março do ano passado. O Vasco fez o mesmo seis meses depois, em setembro, quando ainda disputava a Série B. Teve, portanto, menos tempo que o rival para se reestruturar, ajustar as contas e fazer contratações, o que reflete em campo.

“Veja que o Botafogo está há mais tempo se organizando internamente para receber um investidor definitivo, enquanto o processo no Vasco foi bem mais acelerado, o que fatalmente faz com que as mudanças impactem de formas diferentes nas duas estruturas”, avalia Neto.

Visão parecida tem Sandro Orlandelli, membro da Uefa Academy e especialista na identificação de talentos pela FA, a Federação Inglesa de futebol. “Não é algo simples, o choque cultural de uma visão corporativa para uma visão do futebol brasileiro, que é paternalista, existe. É uma questão de tempo de maturação, e sempre vão existir alguns equívocos na tentativa de se fazer o melhor, o que é comum na construção de processo”, afirma Orlandelli, ex-diretor-técnico do Inter e do Red Bull Bragantino.

John Textor, magnata americano, é dono de 90% da SAF do Botafogo  Foto: Vitor Silva/Botafogo

Ele cita sua experiência no Bragantino, que não adotou a SAF, mas é um clube-empresa, gerido pela Red Bull, gigante austríaca de bebidas, para corroborar que o tempo, nesse processo, é fundamental para o sucesso.

“Na Red Bull, no primeiro ano, nós ficamos mais do que a metade da competição na zona de rebaixamento da Série A. Nós conseguimos reverter isso sem deixar abalar o ambiente, confiantes no projeto que tínhamos desenhado. Houve alguns desvios de rotas que eram normais, mas dentro de uma projeção que podia ser modificada, e conseguimos nos classificar para a Copa Sul-Americana, da qual fomos vice-campeões no ano seguinte”, exemplifica.

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, é prematuro afirmar que a SAF do Botafogo deu certo e que a do Vasco tenha dado errado em tão pouco tempo de duração de ambas. “O resultado se uma SAF foi efetiva ou não para um determinado clube só poderá ser avaliado a médio e longo prazo. Trata-se de um negócio complexo que exige recursos financeiros, recursos humanos, estratégia e planejamento”, analisa.

Perfis distintos

Dono também do Lyon, da França, e do Crystal Palace, da Inglaterra, John Textor é a personificação da SAF botafoguense, uma vez que o empresário americano toma as principais decisões relacionadas à gestão do clube. Acompanha, geralmente de longe, o dia a dia do time e é ativo nas redes sociais, publicando registro de cada vitória.

Já Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners, pouco aparece. É reservado e praticamente não opina sobre as estratégias do Vasco, o que está a cargo da 777 Football Group, braço esportivo do grupo que tem como CEO Don Dransfield. Existe um colegiado pelo qual passam as decisões. O diretor esportivo da empresa é o alemão Johannes Spors, responsável pelas contratações. Ele trabalha em conjunto com o CEO da SAF vascaína, Luiz Mello, e o diretor de futebol, Paulo Bracks.

Dois dos maiores clubes do País que deixaram o modelo associativo e viraram Sociedade Anônima do Futebol, a SAF, Botafogo e Vasco adotaram modelo de negócio semelhante, mas obtiveram, por enquanto, resultados em campo diferentes. O primeiro lidera o Brasileirão e está nos playoffs da Sul-Americana. O segundo ocupa um lugar dentro da zona de rebaixamento. Ambos se enfrentam neste domingo, às 16h, no Engenhão, pela 13ª rodada do torneio nacional.

Comandado pelo magnata americano John Textor, que comprou 90% das ações da SAF em março do ano passado, o Botafogo faz campanha quase irretocável e, embora tenha de encontrar um novo técnico depois da saída de Luís Castro para o futebol árabe, vê se desenhar um futuro muito melhor do que foi o passado recente da equipe de Generial Severiano. São 30 pontos somados e a possibilidade real de brigar pelo título nacional, que não conquista desde 1995.

Administrado pelo grupo americano 777 Partners, que adquiriu 70% das ações do futebol cruzmaltino com a promessa de investir até R$ 700 milhões, além de ter assumido até R$ 700 milhões da dívida da agremiação, luta, no momento, para não ser rebaixado pela quinta vez em sua história. Tem nove pontos e é o 18º colocado. Como o rival, procura um técnico, mas com outro objetivo, o de se arrumar sob uma nova direção e deixar o grupo dos quatro piores.

A distância na tabela de classificação do Botafogo para o Vasco é grande, mas não pode não pode ser o único indicador para analisar performance de uma SAF, apontam especialistas.

Grupo americano 777 partners adquiriu 70% das ações do futebol cruzmaltino Foto: Divulgação/Vasco

“Ainda é muito cedo para uma avaliação definitiva, até porque investidor algum entra num negócio pensando em perder dinheiro. Por isso ainda vamos ver muitos ajustes de rota no caminho de cada SAF que surgir”, opina Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let’s Goal, citando que a SAF botafoguense foi implementada antes da vascaína.

O Botafogo migrou do modelo associativo sem fins lucrativos para o empresarial oficialmente em março do ano passado. O Vasco fez o mesmo seis meses depois, em setembro, quando ainda disputava a Série B. Teve, portanto, menos tempo que o rival para se reestruturar, ajustar as contas e fazer contratações, o que reflete em campo.

“Veja que o Botafogo está há mais tempo se organizando internamente para receber um investidor definitivo, enquanto o processo no Vasco foi bem mais acelerado, o que fatalmente faz com que as mudanças impactem de formas diferentes nas duas estruturas”, avalia Neto.

Visão parecida tem Sandro Orlandelli, membro da Uefa Academy e especialista na identificação de talentos pela FA, a Federação Inglesa de futebol. “Não é algo simples, o choque cultural de uma visão corporativa para uma visão do futebol brasileiro, que é paternalista, existe. É uma questão de tempo de maturação, e sempre vão existir alguns equívocos na tentativa de se fazer o melhor, o que é comum na construção de processo”, afirma Orlandelli, ex-diretor-técnico do Inter e do Red Bull Bragantino.

John Textor, magnata americano, é dono de 90% da SAF do Botafogo  Foto: Vitor Silva/Botafogo

Ele cita sua experiência no Bragantino, que não adotou a SAF, mas é um clube-empresa, gerido pela Red Bull, gigante austríaca de bebidas, para corroborar que o tempo, nesse processo, é fundamental para o sucesso.

“Na Red Bull, no primeiro ano, nós ficamos mais do que a metade da competição na zona de rebaixamento da Série A. Nós conseguimos reverter isso sem deixar abalar o ambiente, confiantes no projeto que tínhamos desenhado. Houve alguns desvios de rotas que eram normais, mas dentro de uma projeção que podia ser modificada, e conseguimos nos classificar para a Copa Sul-Americana, da qual fomos vice-campeões no ano seguinte”, exemplifica.

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, é prematuro afirmar que a SAF do Botafogo deu certo e que a do Vasco tenha dado errado em tão pouco tempo de duração de ambas. “O resultado se uma SAF foi efetiva ou não para um determinado clube só poderá ser avaliado a médio e longo prazo. Trata-se de um negócio complexo que exige recursos financeiros, recursos humanos, estratégia e planejamento”, analisa.

Perfis distintos

Dono também do Lyon, da França, e do Crystal Palace, da Inglaterra, John Textor é a personificação da SAF botafoguense, uma vez que o empresário americano toma as principais decisões relacionadas à gestão do clube. Acompanha, geralmente de longe, o dia a dia do time e é ativo nas redes sociais, publicando registro de cada vitória.

Já Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners, pouco aparece. É reservado e praticamente não opina sobre as estratégias do Vasco, o que está a cargo da 777 Football Group, braço esportivo do grupo que tem como CEO Don Dransfield. Existe um colegiado pelo qual passam as decisões. O diretor esportivo da empresa é o alemão Johannes Spors, responsável pelas contratações. Ele trabalha em conjunto com o CEO da SAF vascaína, Luiz Mello, e o diretor de futebol, Paulo Bracks.

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