Análise|Por que EA FC 25 não tem jogadores do Brasileirão…e talvez nunca mais tenha


Game de esportes mais vendido do mundo é lançado nesta sexta-feira, novamente sem jogadores dos clubes do Campeonato Brasileiro

Por Gustavo Faldon

O dia mais aguardado pelos fãs de eSports de futebol chegou. A partir desta sexta-feira, 20, está disponível o EA FC 25, mais novo lançamento da EA Sports do game mais vendido da modalidade no mundo nas plataformas de PlayStation 5, Xbox One e PC. Assim como as oito edições anteriores da franquia, o jogo não conta com os jogadores licenciados do Campeonato Brasileiro. E talvez isso nunca mais aconteça no game da EA Sports, que tinha os atletas e clubes do Fifa 05 ao Fifa 16.

A EA Sports desde então virou alvo de um imbróglio com os atletas do Brasileirão. Em 2019, a empresa norte-americana foi obrigada a pagar R$ 7 milhões por uso indevido de imagem de jogadores de clubes mineiros, segundo decisão da 3a Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Em ação conjunta feita pelo Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado de Minas Gerais, mais de 200 jogadores fizeram parte do processo por uso indevido de seus direitos nos jogos de Fifa 2005 ao Fifa 16 e Fifa Manager 2006 ao 14.

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Faziam parte da lista jogadores como Alecsandro, Alex, Dagoberto, Diego Tardelli, Edu Dracena, Egídio, Éverton Ribeiro, Fred, Marcos Rocha, Ricardo Goulart, Wellington Paulista, entre outros.

Hoje no São Paulo, Calleri e Rafinha foram outros jogadores que entraram com ação contra a EA, pedindo R$ 35 mil e R$ 200 mil, respectivamente, alegando que tiveram a imagem explorada sem possuir vínculo com a empresa durante períodos em que não atuavam no Brasil. Segundo o ge, a produtora norte-americana alega que possui contrato coletivo com a FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) e que isso a permite retratar fielmente os atletas no jogo.

Esses foram apenas dois casos recentes, mas na última década diversos atletas do Brasileirão entraram na Justiça contra a EA Sports pelo mesmo motivo. A empresa não se posiciona sobre os casos, mas desde então o torneio nacional jamais figurou em seus games. Os uniformes dos clubes brasileiros que jogam a Libertadores e Sul-Americana, porém, estão disponíveis no jogo, mas com atletas genéricos, devido a um acordo comercial entre EA e a Conmebol.

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Zidane e Bellingham no EA FC 25 Foto: Reprodução/EA Sports

No ano passado, David Jackson, vice-presidente de marca do EA Sports FC, disse em entrevista ao ge que a volta do Brasileirão à franquia passa por uma liga. “Acho que (a criação de uma liga) é uma grande oportunidade para garantirmos que reforçamos nosso compromisso com o mercado brasileiro e tenho certeza que poderemos compartilhar mais no momento em que essa liga for montada”.

É de se imaginar que enquanto não houver uma liga, a EA não vai arriscar fazer acordos individuais com cada clube e atleta para tê-los licenciados no game. A CBF possui uma parceria nesse sentido com a Konami, produtora do eFootball.

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E justamente por depender de uma liga é que é possível imaginar que os jogadores do Brasileirão jamais voltem ao EA FC. Já que ano após ano os dirigentes se mostram despreocupados com isso e incapazes de pensar no futebol nacional como um produto que pode ser benéfico, e melhor explorado, a todos. Ao invés disso, todos querem apenas vantagens para si. A própria tentativa recente de fazer uma liga gerou uma divisão de grupos entre Libra e Liga Forte União, que negociam separadas os direitos televisivos de seus jogos para o campeonato do ano que vem.

A EA também não perde o sono por não ter clubes brasileiros licenciados, já que mesmo sem isso lidera o mercado em terras verde-amarelas e ao redor do mundo. O que importa para a EA é ter as ligas e times europeus, com jogadores licenciados, como ela tem com a Premier League, Champions League, LaLiga, Serie A italiana, entre todas as outras principais competições.

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Nessas ligas europeias, por sinal, a EA precisa negociar apenas com um representante de cada órgão para ter todos os clubes e atletas licenciados em seu game, o que é um facilitador inexistente no Brasil devido a ausência de uma liga, já que o campeonato organizado pela CBF funciona na base do “cada um por si” por seus direitos comerciais.

Portanto, não espere Gabigol, Calleri, Pedro, Dudu e companhia tão cedo de volta ao EA FC.

Sobre o EA FC 25

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  • Data de lançamento: 20/9 (edição Ultimate), 27/9 (lançamento global)
  • Plataformas: PS5, Xbox One e PC
  • Preço: a partir de R$ 299

O dia mais aguardado pelos fãs de eSports de futebol chegou. A partir desta sexta-feira, 20, está disponível o EA FC 25, mais novo lançamento da EA Sports do game mais vendido da modalidade no mundo nas plataformas de PlayStation 5, Xbox One e PC. Assim como as oito edições anteriores da franquia, o jogo não conta com os jogadores licenciados do Campeonato Brasileiro. E talvez isso nunca mais aconteça no game da EA Sports, que tinha os atletas e clubes do Fifa 05 ao Fifa 16.

A EA Sports desde então virou alvo de um imbróglio com os atletas do Brasileirão. Em 2019, a empresa norte-americana foi obrigada a pagar R$ 7 milhões por uso indevido de imagem de jogadores de clubes mineiros, segundo decisão da 3a Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Em ação conjunta feita pelo Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado de Minas Gerais, mais de 200 jogadores fizeram parte do processo por uso indevido de seus direitos nos jogos de Fifa 2005 ao Fifa 16 e Fifa Manager 2006 ao 14.

Faziam parte da lista jogadores como Alecsandro, Alex, Dagoberto, Diego Tardelli, Edu Dracena, Egídio, Éverton Ribeiro, Fred, Marcos Rocha, Ricardo Goulart, Wellington Paulista, entre outros.

Hoje no São Paulo, Calleri e Rafinha foram outros jogadores que entraram com ação contra a EA, pedindo R$ 35 mil e R$ 200 mil, respectivamente, alegando que tiveram a imagem explorada sem possuir vínculo com a empresa durante períodos em que não atuavam no Brasil. Segundo o ge, a produtora norte-americana alega que possui contrato coletivo com a FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) e que isso a permite retratar fielmente os atletas no jogo.

Esses foram apenas dois casos recentes, mas na última década diversos atletas do Brasileirão entraram na Justiça contra a EA Sports pelo mesmo motivo. A empresa não se posiciona sobre os casos, mas desde então o torneio nacional jamais figurou em seus games. Os uniformes dos clubes brasileiros que jogam a Libertadores e Sul-Americana, porém, estão disponíveis no jogo, mas com atletas genéricos, devido a um acordo comercial entre EA e a Conmebol.

Zidane e Bellingham no EA FC 25 Foto: Reprodução/EA Sports

No ano passado, David Jackson, vice-presidente de marca do EA Sports FC, disse em entrevista ao ge que a volta do Brasileirão à franquia passa por uma liga. “Acho que (a criação de uma liga) é uma grande oportunidade para garantirmos que reforçamos nosso compromisso com o mercado brasileiro e tenho certeza que poderemos compartilhar mais no momento em que essa liga for montada”.

É de se imaginar que enquanto não houver uma liga, a EA não vai arriscar fazer acordos individuais com cada clube e atleta para tê-los licenciados no game. A CBF possui uma parceria nesse sentido com a Konami, produtora do eFootball.

E justamente por depender de uma liga é que é possível imaginar que os jogadores do Brasileirão jamais voltem ao EA FC. Já que ano após ano os dirigentes se mostram despreocupados com isso e incapazes de pensar no futebol nacional como um produto que pode ser benéfico, e melhor explorado, a todos. Ao invés disso, todos querem apenas vantagens para si. A própria tentativa recente de fazer uma liga gerou uma divisão de grupos entre Libra e Liga Forte União, que negociam separadas os direitos televisivos de seus jogos para o campeonato do ano que vem.

A EA também não perde o sono por não ter clubes brasileiros licenciados, já que mesmo sem isso lidera o mercado em terras verde-amarelas e ao redor do mundo. O que importa para a EA é ter as ligas e times europeus, com jogadores licenciados, como ela tem com a Premier League, Champions League, LaLiga, Serie A italiana, entre todas as outras principais competições.

Nessas ligas europeias, por sinal, a EA precisa negociar apenas com um representante de cada órgão para ter todos os clubes e atletas licenciados em seu game, o que é um facilitador inexistente no Brasil devido a ausência de uma liga, já que o campeonato organizado pela CBF funciona na base do “cada um por si” por seus direitos comerciais.

Portanto, não espere Gabigol, Calleri, Pedro, Dudu e companhia tão cedo de volta ao EA FC.

Sobre o EA FC 25

  • Data de lançamento: 20/9 (edição Ultimate), 27/9 (lançamento global)
  • Plataformas: PS5, Xbox One e PC
  • Preço: a partir de R$ 299

O dia mais aguardado pelos fãs de eSports de futebol chegou. A partir desta sexta-feira, 20, está disponível o EA FC 25, mais novo lançamento da EA Sports do game mais vendido da modalidade no mundo nas plataformas de PlayStation 5, Xbox One e PC. Assim como as oito edições anteriores da franquia, o jogo não conta com os jogadores licenciados do Campeonato Brasileiro. E talvez isso nunca mais aconteça no game da EA Sports, que tinha os atletas e clubes do Fifa 05 ao Fifa 16.

A EA Sports desde então virou alvo de um imbróglio com os atletas do Brasileirão. Em 2019, a empresa norte-americana foi obrigada a pagar R$ 7 milhões por uso indevido de imagem de jogadores de clubes mineiros, segundo decisão da 3a Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Em ação conjunta feita pelo Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado de Minas Gerais, mais de 200 jogadores fizeram parte do processo por uso indevido de seus direitos nos jogos de Fifa 2005 ao Fifa 16 e Fifa Manager 2006 ao 14.

Faziam parte da lista jogadores como Alecsandro, Alex, Dagoberto, Diego Tardelli, Edu Dracena, Egídio, Éverton Ribeiro, Fred, Marcos Rocha, Ricardo Goulart, Wellington Paulista, entre outros.

Hoje no São Paulo, Calleri e Rafinha foram outros jogadores que entraram com ação contra a EA, pedindo R$ 35 mil e R$ 200 mil, respectivamente, alegando que tiveram a imagem explorada sem possuir vínculo com a empresa durante períodos em que não atuavam no Brasil. Segundo o ge, a produtora norte-americana alega que possui contrato coletivo com a FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) e que isso a permite retratar fielmente os atletas no jogo.

Esses foram apenas dois casos recentes, mas na última década diversos atletas do Brasileirão entraram na Justiça contra a EA Sports pelo mesmo motivo. A empresa não se posiciona sobre os casos, mas desde então o torneio nacional jamais figurou em seus games. Os uniformes dos clubes brasileiros que jogam a Libertadores e Sul-Americana, porém, estão disponíveis no jogo, mas com atletas genéricos, devido a um acordo comercial entre EA e a Conmebol.

Zidane e Bellingham no EA FC 25 Foto: Reprodução/EA Sports

No ano passado, David Jackson, vice-presidente de marca do EA Sports FC, disse em entrevista ao ge que a volta do Brasileirão à franquia passa por uma liga. “Acho que (a criação de uma liga) é uma grande oportunidade para garantirmos que reforçamos nosso compromisso com o mercado brasileiro e tenho certeza que poderemos compartilhar mais no momento em que essa liga for montada”.

É de se imaginar que enquanto não houver uma liga, a EA não vai arriscar fazer acordos individuais com cada clube e atleta para tê-los licenciados no game. A CBF possui uma parceria nesse sentido com a Konami, produtora do eFootball.

E justamente por depender de uma liga é que é possível imaginar que os jogadores do Brasileirão jamais voltem ao EA FC. Já que ano após ano os dirigentes se mostram despreocupados com isso e incapazes de pensar no futebol nacional como um produto que pode ser benéfico, e melhor explorado, a todos. Ao invés disso, todos querem apenas vantagens para si. A própria tentativa recente de fazer uma liga gerou uma divisão de grupos entre Libra e Liga Forte União, que negociam separadas os direitos televisivos de seus jogos para o campeonato do ano que vem.

A EA também não perde o sono por não ter clubes brasileiros licenciados, já que mesmo sem isso lidera o mercado em terras verde-amarelas e ao redor do mundo. O que importa para a EA é ter as ligas e times europeus, com jogadores licenciados, como ela tem com a Premier League, Champions League, LaLiga, Serie A italiana, entre todas as outras principais competições.

Nessas ligas europeias, por sinal, a EA precisa negociar apenas com um representante de cada órgão para ter todos os clubes e atletas licenciados em seu game, o que é um facilitador inexistente no Brasil devido a ausência de uma liga, já que o campeonato organizado pela CBF funciona na base do “cada um por si” por seus direitos comerciais.

Portanto, não espere Gabigol, Calleri, Pedro, Dudu e companhia tão cedo de volta ao EA FC.

Sobre o EA FC 25

  • Data de lançamento: 20/9 (edição Ultimate), 27/9 (lançamento global)
  • Plataformas: PS5, Xbox One e PC
  • Preço: a partir de R$ 299
Análise por Gustavo Faldon

Editor de Esportes do Estadão. Já cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas, Super Bowls, UFC, Fórmula 1, NBA e muitos outros esportes. É jornalista formado pelo Mackenzie e com MBA em Gestão e Marketing Esportivo

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