Por que o gramado do Allianz Parque está ruim? Empresa identifica problemas e WTorre pede troca


Campo sintético do estádio do Palmeiras é alvo de críticas e administradora pede a substituição do termoplástico, que derreteu devido a altas temperaturas

Por Rodrigo Sampaio e Ricardo Magatti
Atualização:

As más condições do gramado do Allianz Parque chamaram atenção no clássico entre Palmeiras e Santos, neste domingo, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. A vitória do time alviverde, por 2 a 1, foi marcada por críticas de ambas as partes ao campo de jogo, incluindo o técnico Abel Ferreira, que pediu “manutenção urgente”. A Real Arenas, empresa criada pela WTorre para administrar a arena, decidiu pedir a troca do composto termoplástico do gramado neste segunda-feira, 29, no “menor prazo possível”.

Segundo a Real Arenas, a solicitação foi feita depois de receber o laudo do fornecedor do gramado sintético do estádio do Palmeiras. Esse documento foi elaborado a partir de uma solicitação da empresa no final de 2023, como procedimento de acompanhamento da qualidade da grama sintética realizado ao final da temporada passada.

A Real Arenas diz ter investido mais de R$ 10 milhões para instalar, em 2020, o “gramado esportivo mais moderno do mundo”. A superfície artificial está ainda no prazo de garantia e passou, nesses últimos quatro anos, pelos procedimentos de manutenção previstos pelo fabricante. A Fifa, que aprovou a instalação do gramado em 2020, tem vistoria no local marcada para março deste ano.

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Gramado do Allianz Parque foi bastante criticado no duelo entre Palmeiras e Santos.  Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Troca do termoplástico

Segundo a Soccer Grass, empresa que fornece a grama sintética ao estádio, laudos laboratoriais indicaram que as temperaturas elevadas das últimas semanas na cidade de São Paulo derreteram o termoplástico utilizado na composição do gramado sintético, transformando o material em uma espécie de pasta. Ainda de acordo com a fornecedora, o acúmulo de gordura causado pela poluição potencializou o efeito. A empresa destaca A aprovação da Fifa para o uso do gramado artificial, verificado em visitas anuais da entidade, e diz que está pronta para realizar a manutenção no “menor espaço de tempo”.

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O elastômero termoplástico (TPE), mais conhecido como termoplástico, são partículas cilíndricas de até cinco milímetros de comprimento. A base do piso é uma tela de polietileno e propileno. Os tufos de grama são entrelaçados três vezes no suporte, para dar segurança. São necessários cerca de 30 blocos de piso, cada um medindo cerca de quatro metros de largura por 78 metros de comprimento. Segundo a empresa, esse material não suportou o calor da cidade.

Semelhante a uma borracha, o material é espalhado por debaixo da grama com o objetivo de amortecer o impacto nos jogadores. Ocorre que as pastilhas, derretidas por causa do calor, se fundiram e formaram um bloco de borracha semelhante a uma gosma que ficam presas entres as travas das chuteiras dos atletas.

Após a partida entre Palmeiras e Santos, circularam nas redes sociais imagens das chuteiras dos jogadores com a sola coberta com o termoplástico derretido. Um vídeo de um funcionário ajudando Weverton a retirar os resíduos das travas também foi compartilhado. Em comunicado após o clássico, o Palmeiras anunciou que não jogará mais no seu estádio até que o gramado sintético receba melhorias. O próximo jogo pelo Paulistão é fora de casa, em Bragança Paulista, contra o Bragantino.

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Como a parceria do Palmeiras com a WTorre prevê a utilização do Allianz Parque para shows e eventos, a diretoria transformou a Arena Barueri na segunda casa do time. O estádio é gerenciado pela Crefipar, empresa de Leila Pereira, presidente do clube alviverde, ligada à Crefisa e a FAM, que venceu liminar e vai administrar o local pelos próximos 35 anos. O local foi utilizado na reta final do Campeonato Brasileiro, quando o Allianz recebeu uma maratona de apresentações internacionais.

A principal preocupação do Palmeiras é de que o gramado ruim do Allianz Parque cause lesões em seus atletas. Neste domingo, o meia Giuliano, do Santos, foi substituído com poucos minutos em campo após se machucar sozinho. Na quarta-feira, o recém-contratado Bruno Rodrigues sofreu uma lesão no joelho direito na vitória por 3 a 2 sobre a Inter de Limeira. O atacante vai precisar passar por cirurgia e ficará cerca de cinco meses afastado.

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“Quando cheguei em 2020, nunca reclamei ou falei nada do (gramado) sintético. É uma opção válida e temos de entender que um estádio como este pode ser mais do que um estádio”, disse Abel Ferreira, em coletiva após o clássico com o Santos. “Entendo perfeitamente, mas há uma coisa que se chama manutenção. E não altero uma vírgula do que disse há um mês e meio e só há uma forma de melhorar: grama sintética e nova”, cobrou.

Abel já havia reclamado do gramado do Allianz em dezembro, na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, última partida da equipe em casa no ano passado. O treinador reclamou de “coisinhas” espalhadas pelo campo após as três apresentações da cantora americana Taylor Swift no estádio. A queixa levou a WTorre a realizar uma limpeza dos apetrechos deixados no campo.

Palmeiras x WTorre

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Em abril deste ano, vieram à tona desavenças entre Palmeiras e WTorre. O clube afirma que a Real Arenas, empresa criada pela construtora para gerir o Allianz Parque, não faz repasses das receitas pelo uso da arena palmeirense desde 2015 que somam quase R$ 150 milhões. A presidente Leila Pereira afirmou que a parceria é um “péssimo negócio” para o clube e detonou mais de uma vez a gestora, que contesta a versão. A dirigente palmeirense chegou a fazer uma analogia entre o estádio e o Coliseu. Em junho, a Justiça de São Paulo suspendeu a execução solicitada pelo Palmeiras contra a WTorre cobrando o valor milionário.

Com o aval da presidente Leila Pereira e de uma junta de advogados especializados, o clube pede a apuração de possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa, além do bloqueio de bens, valores e contas da Real Arenas e seus gestores, e a quebra do sigilo bancário da empresa desde novembro de 2014, ano do início da parceria e inauguração do estádio.

Segundo o Palmeiras, somente os valores de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro a junho de 2015, exceto maio, foram pagos. A dívida é discutida na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução de título extrajudicial. Como ainda não houve solução, a direção do clube fez a denúncia à polícia, que abriu um inquérito no 23º Distrito Policial de São Paulo (em Perdizes) em maio do ano passado. O valor é considerado incontroverso pelo Palmeiras, como consta no inquérito. A Real Arenas, por sua vez, contesta os números do débito.

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O contrato firmado entre as partes prevê que o Palmeiras receba mensalmente valores referentes a receitas geradas no Allianz Parque com aluguéis para shows, exploração de áreas como restaurantes e estacionamentos, locações de cadeiras, camarotes e naming rigths. Trata-se de um valor progressivo. Como são 30 anos de parceria e o contrato começou a valer no ano de inauguração da arena, tem vigência até novembro de 2044.

Acordos com rivais

Apesar do imbróglio, a WTorre continua fazendo negócios com outros clubes. Recentemente, o São Paulo firmou um acordo com a construtora visando a reforma do MorumBis. A expectativa é de que a modernização do estádio seja concluída em 2030, ano do centenário do tricolor paulista.

Além do acerto com o São Paulo, a WTorre assinou contrato com o Santos, em setembro, para a reforma da Vila Belmiro. A futura arena terá capacidade para receber 30 mil torcedores, quase o dobro da atual, que é de 16 mil. A previsão é que a reconstrução do estádio dure de 24 a 30 meses.

O acordo segue o formato de direito de superfície, similar ao contrato celebrado com o Palmeiras pelo Allianz Parque. Assim, o clube cede o local à empresa por 30 anos, com prazo contando a partir da inauguração da nova arena. O clube continua sendo dono do terreno e do estádio e a empresa tem o direito de uso do local.

As más condições do gramado do Allianz Parque chamaram atenção no clássico entre Palmeiras e Santos, neste domingo, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. A vitória do time alviverde, por 2 a 1, foi marcada por críticas de ambas as partes ao campo de jogo, incluindo o técnico Abel Ferreira, que pediu “manutenção urgente”. A Real Arenas, empresa criada pela WTorre para administrar a arena, decidiu pedir a troca do composto termoplástico do gramado neste segunda-feira, 29, no “menor prazo possível”.

Segundo a Real Arenas, a solicitação foi feita depois de receber o laudo do fornecedor do gramado sintético do estádio do Palmeiras. Esse documento foi elaborado a partir de uma solicitação da empresa no final de 2023, como procedimento de acompanhamento da qualidade da grama sintética realizado ao final da temporada passada.

A Real Arenas diz ter investido mais de R$ 10 milhões para instalar, em 2020, o “gramado esportivo mais moderno do mundo”. A superfície artificial está ainda no prazo de garantia e passou, nesses últimos quatro anos, pelos procedimentos de manutenção previstos pelo fabricante. A Fifa, que aprovou a instalação do gramado em 2020, tem vistoria no local marcada para março deste ano.

Gramado do Allianz Parque foi bastante criticado no duelo entre Palmeiras e Santos.  Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Troca do termoplástico

Segundo a Soccer Grass, empresa que fornece a grama sintética ao estádio, laudos laboratoriais indicaram que as temperaturas elevadas das últimas semanas na cidade de São Paulo derreteram o termoplástico utilizado na composição do gramado sintético, transformando o material em uma espécie de pasta. Ainda de acordo com a fornecedora, o acúmulo de gordura causado pela poluição potencializou o efeito. A empresa destaca A aprovação da Fifa para o uso do gramado artificial, verificado em visitas anuais da entidade, e diz que está pronta para realizar a manutenção no “menor espaço de tempo”.

O elastômero termoplástico (TPE), mais conhecido como termoplástico, são partículas cilíndricas de até cinco milímetros de comprimento. A base do piso é uma tela de polietileno e propileno. Os tufos de grama são entrelaçados três vezes no suporte, para dar segurança. São necessários cerca de 30 blocos de piso, cada um medindo cerca de quatro metros de largura por 78 metros de comprimento. Segundo a empresa, esse material não suportou o calor da cidade.

Semelhante a uma borracha, o material é espalhado por debaixo da grama com o objetivo de amortecer o impacto nos jogadores. Ocorre que as pastilhas, derretidas por causa do calor, se fundiram e formaram um bloco de borracha semelhante a uma gosma que ficam presas entres as travas das chuteiras dos atletas.

Após a partida entre Palmeiras e Santos, circularam nas redes sociais imagens das chuteiras dos jogadores com a sola coberta com o termoplástico derretido. Um vídeo de um funcionário ajudando Weverton a retirar os resíduos das travas também foi compartilhado. Em comunicado após o clássico, o Palmeiras anunciou que não jogará mais no seu estádio até que o gramado sintético receba melhorias. O próximo jogo pelo Paulistão é fora de casa, em Bragança Paulista, contra o Bragantino.

Como a parceria do Palmeiras com a WTorre prevê a utilização do Allianz Parque para shows e eventos, a diretoria transformou a Arena Barueri na segunda casa do time. O estádio é gerenciado pela Crefipar, empresa de Leila Pereira, presidente do clube alviverde, ligada à Crefisa e a FAM, que venceu liminar e vai administrar o local pelos próximos 35 anos. O local foi utilizado na reta final do Campeonato Brasileiro, quando o Allianz recebeu uma maratona de apresentações internacionais.

A principal preocupação do Palmeiras é de que o gramado ruim do Allianz Parque cause lesões em seus atletas. Neste domingo, o meia Giuliano, do Santos, foi substituído com poucos minutos em campo após se machucar sozinho. Na quarta-feira, o recém-contratado Bruno Rodrigues sofreu uma lesão no joelho direito na vitória por 3 a 2 sobre a Inter de Limeira. O atacante vai precisar passar por cirurgia e ficará cerca de cinco meses afastado.

“Quando cheguei em 2020, nunca reclamei ou falei nada do (gramado) sintético. É uma opção válida e temos de entender que um estádio como este pode ser mais do que um estádio”, disse Abel Ferreira, em coletiva após o clássico com o Santos. “Entendo perfeitamente, mas há uma coisa que se chama manutenção. E não altero uma vírgula do que disse há um mês e meio e só há uma forma de melhorar: grama sintética e nova”, cobrou.

Abel já havia reclamado do gramado do Allianz em dezembro, na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, última partida da equipe em casa no ano passado. O treinador reclamou de “coisinhas” espalhadas pelo campo após as três apresentações da cantora americana Taylor Swift no estádio. A queixa levou a WTorre a realizar uma limpeza dos apetrechos deixados no campo.

Palmeiras x WTorre

Em abril deste ano, vieram à tona desavenças entre Palmeiras e WTorre. O clube afirma que a Real Arenas, empresa criada pela construtora para gerir o Allianz Parque, não faz repasses das receitas pelo uso da arena palmeirense desde 2015 que somam quase R$ 150 milhões. A presidente Leila Pereira afirmou que a parceria é um “péssimo negócio” para o clube e detonou mais de uma vez a gestora, que contesta a versão. A dirigente palmeirense chegou a fazer uma analogia entre o estádio e o Coliseu. Em junho, a Justiça de São Paulo suspendeu a execução solicitada pelo Palmeiras contra a WTorre cobrando o valor milionário.

Com o aval da presidente Leila Pereira e de uma junta de advogados especializados, o clube pede a apuração de possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa, além do bloqueio de bens, valores e contas da Real Arenas e seus gestores, e a quebra do sigilo bancário da empresa desde novembro de 2014, ano do início da parceria e inauguração do estádio.

Segundo o Palmeiras, somente os valores de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro a junho de 2015, exceto maio, foram pagos. A dívida é discutida na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução de título extrajudicial. Como ainda não houve solução, a direção do clube fez a denúncia à polícia, que abriu um inquérito no 23º Distrito Policial de São Paulo (em Perdizes) em maio do ano passado. O valor é considerado incontroverso pelo Palmeiras, como consta no inquérito. A Real Arenas, por sua vez, contesta os números do débito.

O contrato firmado entre as partes prevê que o Palmeiras receba mensalmente valores referentes a receitas geradas no Allianz Parque com aluguéis para shows, exploração de áreas como restaurantes e estacionamentos, locações de cadeiras, camarotes e naming rigths. Trata-se de um valor progressivo. Como são 30 anos de parceria e o contrato começou a valer no ano de inauguração da arena, tem vigência até novembro de 2044.

Acordos com rivais

Apesar do imbróglio, a WTorre continua fazendo negócios com outros clubes. Recentemente, o São Paulo firmou um acordo com a construtora visando a reforma do MorumBis. A expectativa é de que a modernização do estádio seja concluída em 2030, ano do centenário do tricolor paulista.

Além do acerto com o São Paulo, a WTorre assinou contrato com o Santos, em setembro, para a reforma da Vila Belmiro. A futura arena terá capacidade para receber 30 mil torcedores, quase o dobro da atual, que é de 16 mil. A previsão é que a reconstrução do estádio dure de 24 a 30 meses.

O acordo segue o formato de direito de superfície, similar ao contrato celebrado com o Palmeiras pelo Allianz Parque. Assim, o clube cede o local à empresa por 30 anos, com prazo contando a partir da inauguração da nova arena. O clube continua sendo dono do terreno e do estádio e a empresa tem o direito de uso do local.

As más condições do gramado do Allianz Parque chamaram atenção no clássico entre Palmeiras e Santos, neste domingo, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. A vitória do time alviverde, por 2 a 1, foi marcada por críticas de ambas as partes ao campo de jogo, incluindo o técnico Abel Ferreira, que pediu “manutenção urgente”. A Real Arenas, empresa criada pela WTorre para administrar a arena, decidiu pedir a troca do composto termoplástico do gramado neste segunda-feira, 29, no “menor prazo possível”.

Segundo a Real Arenas, a solicitação foi feita depois de receber o laudo do fornecedor do gramado sintético do estádio do Palmeiras. Esse documento foi elaborado a partir de uma solicitação da empresa no final de 2023, como procedimento de acompanhamento da qualidade da grama sintética realizado ao final da temporada passada.

A Real Arenas diz ter investido mais de R$ 10 milhões para instalar, em 2020, o “gramado esportivo mais moderno do mundo”. A superfície artificial está ainda no prazo de garantia e passou, nesses últimos quatro anos, pelos procedimentos de manutenção previstos pelo fabricante. A Fifa, que aprovou a instalação do gramado em 2020, tem vistoria no local marcada para março deste ano.

Gramado do Allianz Parque foi bastante criticado no duelo entre Palmeiras e Santos.  Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Troca do termoplástico

Segundo a Soccer Grass, empresa que fornece a grama sintética ao estádio, laudos laboratoriais indicaram que as temperaturas elevadas das últimas semanas na cidade de São Paulo derreteram o termoplástico utilizado na composição do gramado sintético, transformando o material em uma espécie de pasta. Ainda de acordo com a fornecedora, o acúmulo de gordura causado pela poluição potencializou o efeito. A empresa destaca A aprovação da Fifa para o uso do gramado artificial, verificado em visitas anuais da entidade, e diz que está pronta para realizar a manutenção no “menor espaço de tempo”.

O elastômero termoplástico (TPE), mais conhecido como termoplástico, são partículas cilíndricas de até cinco milímetros de comprimento. A base do piso é uma tela de polietileno e propileno. Os tufos de grama são entrelaçados três vezes no suporte, para dar segurança. São necessários cerca de 30 blocos de piso, cada um medindo cerca de quatro metros de largura por 78 metros de comprimento. Segundo a empresa, esse material não suportou o calor da cidade.

Semelhante a uma borracha, o material é espalhado por debaixo da grama com o objetivo de amortecer o impacto nos jogadores. Ocorre que as pastilhas, derretidas por causa do calor, se fundiram e formaram um bloco de borracha semelhante a uma gosma que ficam presas entres as travas das chuteiras dos atletas.

Após a partida entre Palmeiras e Santos, circularam nas redes sociais imagens das chuteiras dos jogadores com a sola coberta com o termoplástico derretido. Um vídeo de um funcionário ajudando Weverton a retirar os resíduos das travas também foi compartilhado. Em comunicado após o clássico, o Palmeiras anunciou que não jogará mais no seu estádio até que o gramado sintético receba melhorias. O próximo jogo pelo Paulistão é fora de casa, em Bragança Paulista, contra o Bragantino.

Como a parceria do Palmeiras com a WTorre prevê a utilização do Allianz Parque para shows e eventos, a diretoria transformou a Arena Barueri na segunda casa do time. O estádio é gerenciado pela Crefipar, empresa de Leila Pereira, presidente do clube alviverde, ligada à Crefisa e a FAM, que venceu liminar e vai administrar o local pelos próximos 35 anos. O local foi utilizado na reta final do Campeonato Brasileiro, quando o Allianz recebeu uma maratona de apresentações internacionais.

A principal preocupação do Palmeiras é de que o gramado ruim do Allianz Parque cause lesões em seus atletas. Neste domingo, o meia Giuliano, do Santos, foi substituído com poucos minutos em campo após se machucar sozinho. Na quarta-feira, o recém-contratado Bruno Rodrigues sofreu uma lesão no joelho direito na vitória por 3 a 2 sobre a Inter de Limeira. O atacante vai precisar passar por cirurgia e ficará cerca de cinco meses afastado.

“Quando cheguei em 2020, nunca reclamei ou falei nada do (gramado) sintético. É uma opção válida e temos de entender que um estádio como este pode ser mais do que um estádio”, disse Abel Ferreira, em coletiva após o clássico com o Santos. “Entendo perfeitamente, mas há uma coisa que se chama manutenção. E não altero uma vírgula do que disse há um mês e meio e só há uma forma de melhorar: grama sintética e nova”, cobrou.

Abel já havia reclamado do gramado do Allianz em dezembro, na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, última partida da equipe em casa no ano passado. O treinador reclamou de “coisinhas” espalhadas pelo campo após as três apresentações da cantora americana Taylor Swift no estádio. A queixa levou a WTorre a realizar uma limpeza dos apetrechos deixados no campo.

Palmeiras x WTorre

Em abril deste ano, vieram à tona desavenças entre Palmeiras e WTorre. O clube afirma que a Real Arenas, empresa criada pela construtora para gerir o Allianz Parque, não faz repasses das receitas pelo uso da arena palmeirense desde 2015 que somam quase R$ 150 milhões. A presidente Leila Pereira afirmou que a parceria é um “péssimo negócio” para o clube e detonou mais de uma vez a gestora, que contesta a versão. A dirigente palmeirense chegou a fazer uma analogia entre o estádio e o Coliseu. Em junho, a Justiça de São Paulo suspendeu a execução solicitada pelo Palmeiras contra a WTorre cobrando o valor milionário.

Com o aval da presidente Leila Pereira e de uma junta de advogados especializados, o clube pede a apuração de possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa, além do bloqueio de bens, valores e contas da Real Arenas e seus gestores, e a quebra do sigilo bancário da empresa desde novembro de 2014, ano do início da parceria e inauguração do estádio.

Segundo o Palmeiras, somente os valores de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro a junho de 2015, exceto maio, foram pagos. A dívida é discutida na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução de título extrajudicial. Como ainda não houve solução, a direção do clube fez a denúncia à polícia, que abriu um inquérito no 23º Distrito Policial de São Paulo (em Perdizes) em maio do ano passado. O valor é considerado incontroverso pelo Palmeiras, como consta no inquérito. A Real Arenas, por sua vez, contesta os números do débito.

O contrato firmado entre as partes prevê que o Palmeiras receba mensalmente valores referentes a receitas geradas no Allianz Parque com aluguéis para shows, exploração de áreas como restaurantes e estacionamentos, locações de cadeiras, camarotes e naming rigths. Trata-se de um valor progressivo. Como são 30 anos de parceria e o contrato começou a valer no ano de inauguração da arena, tem vigência até novembro de 2044.

Acordos com rivais

Apesar do imbróglio, a WTorre continua fazendo negócios com outros clubes. Recentemente, o São Paulo firmou um acordo com a construtora visando a reforma do MorumBis. A expectativa é de que a modernização do estádio seja concluída em 2030, ano do centenário do tricolor paulista.

Além do acerto com o São Paulo, a WTorre assinou contrato com o Santos, em setembro, para a reforma da Vila Belmiro. A futura arena terá capacidade para receber 30 mil torcedores, quase o dobro da atual, que é de 16 mil. A previsão é que a reconstrução do estádio dure de 24 a 30 meses.

O acordo segue o formato de direito de superfície, similar ao contrato celebrado com o Palmeiras pelo Allianz Parque. Assim, o clube cede o local à empresa por 30 anos, com prazo contando a partir da inauguração da nova arena. O clube continua sendo dono do terreno e do estádio e a empresa tem o direito de uso do local.

As más condições do gramado do Allianz Parque chamaram atenção no clássico entre Palmeiras e Santos, neste domingo, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. A vitória do time alviverde, por 2 a 1, foi marcada por críticas de ambas as partes ao campo de jogo, incluindo o técnico Abel Ferreira, que pediu “manutenção urgente”. A Real Arenas, empresa criada pela WTorre para administrar a arena, decidiu pedir a troca do composto termoplástico do gramado neste segunda-feira, 29, no “menor prazo possível”.

Segundo a Real Arenas, a solicitação foi feita depois de receber o laudo do fornecedor do gramado sintético do estádio do Palmeiras. Esse documento foi elaborado a partir de uma solicitação da empresa no final de 2023, como procedimento de acompanhamento da qualidade da grama sintética realizado ao final da temporada passada.

A Real Arenas diz ter investido mais de R$ 10 milhões para instalar, em 2020, o “gramado esportivo mais moderno do mundo”. A superfície artificial está ainda no prazo de garantia e passou, nesses últimos quatro anos, pelos procedimentos de manutenção previstos pelo fabricante. A Fifa, que aprovou a instalação do gramado em 2020, tem vistoria no local marcada para março deste ano.

Gramado do Allianz Parque foi bastante criticado no duelo entre Palmeiras e Santos.  Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Troca do termoplástico

Segundo a Soccer Grass, empresa que fornece a grama sintética ao estádio, laudos laboratoriais indicaram que as temperaturas elevadas das últimas semanas na cidade de São Paulo derreteram o termoplástico utilizado na composição do gramado sintético, transformando o material em uma espécie de pasta. Ainda de acordo com a fornecedora, o acúmulo de gordura causado pela poluição potencializou o efeito. A empresa destaca A aprovação da Fifa para o uso do gramado artificial, verificado em visitas anuais da entidade, e diz que está pronta para realizar a manutenção no “menor espaço de tempo”.

O elastômero termoplástico (TPE), mais conhecido como termoplástico, são partículas cilíndricas de até cinco milímetros de comprimento. A base do piso é uma tela de polietileno e propileno. Os tufos de grama são entrelaçados três vezes no suporte, para dar segurança. São necessários cerca de 30 blocos de piso, cada um medindo cerca de quatro metros de largura por 78 metros de comprimento. Segundo a empresa, esse material não suportou o calor da cidade.

Semelhante a uma borracha, o material é espalhado por debaixo da grama com o objetivo de amortecer o impacto nos jogadores. Ocorre que as pastilhas, derretidas por causa do calor, se fundiram e formaram um bloco de borracha semelhante a uma gosma que ficam presas entres as travas das chuteiras dos atletas.

Após a partida entre Palmeiras e Santos, circularam nas redes sociais imagens das chuteiras dos jogadores com a sola coberta com o termoplástico derretido. Um vídeo de um funcionário ajudando Weverton a retirar os resíduos das travas também foi compartilhado. Em comunicado após o clássico, o Palmeiras anunciou que não jogará mais no seu estádio até que o gramado sintético receba melhorias. O próximo jogo pelo Paulistão é fora de casa, em Bragança Paulista, contra o Bragantino.

Como a parceria do Palmeiras com a WTorre prevê a utilização do Allianz Parque para shows e eventos, a diretoria transformou a Arena Barueri na segunda casa do time. O estádio é gerenciado pela Crefipar, empresa de Leila Pereira, presidente do clube alviverde, ligada à Crefisa e a FAM, que venceu liminar e vai administrar o local pelos próximos 35 anos. O local foi utilizado na reta final do Campeonato Brasileiro, quando o Allianz recebeu uma maratona de apresentações internacionais.

A principal preocupação do Palmeiras é de que o gramado ruim do Allianz Parque cause lesões em seus atletas. Neste domingo, o meia Giuliano, do Santos, foi substituído com poucos minutos em campo após se machucar sozinho. Na quarta-feira, o recém-contratado Bruno Rodrigues sofreu uma lesão no joelho direito na vitória por 3 a 2 sobre a Inter de Limeira. O atacante vai precisar passar por cirurgia e ficará cerca de cinco meses afastado.

“Quando cheguei em 2020, nunca reclamei ou falei nada do (gramado) sintético. É uma opção válida e temos de entender que um estádio como este pode ser mais do que um estádio”, disse Abel Ferreira, em coletiva após o clássico com o Santos. “Entendo perfeitamente, mas há uma coisa que se chama manutenção. E não altero uma vírgula do que disse há um mês e meio e só há uma forma de melhorar: grama sintética e nova”, cobrou.

Abel já havia reclamado do gramado do Allianz em dezembro, na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, última partida da equipe em casa no ano passado. O treinador reclamou de “coisinhas” espalhadas pelo campo após as três apresentações da cantora americana Taylor Swift no estádio. A queixa levou a WTorre a realizar uma limpeza dos apetrechos deixados no campo.

Palmeiras x WTorre

Em abril deste ano, vieram à tona desavenças entre Palmeiras e WTorre. O clube afirma que a Real Arenas, empresa criada pela construtora para gerir o Allianz Parque, não faz repasses das receitas pelo uso da arena palmeirense desde 2015 que somam quase R$ 150 milhões. A presidente Leila Pereira afirmou que a parceria é um “péssimo negócio” para o clube e detonou mais de uma vez a gestora, que contesta a versão. A dirigente palmeirense chegou a fazer uma analogia entre o estádio e o Coliseu. Em junho, a Justiça de São Paulo suspendeu a execução solicitada pelo Palmeiras contra a WTorre cobrando o valor milionário.

Com o aval da presidente Leila Pereira e de uma junta de advogados especializados, o clube pede a apuração de possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa, além do bloqueio de bens, valores e contas da Real Arenas e seus gestores, e a quebra do sigilo bancário da empresa desde novembro de 2014, ano do início da parceria e inauguração do estádio.

Segundo o Palmeiras, somente os valores de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro a junho de 2015, exceto maio, foram pagos. A dívida é discutida na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução de título extrajudicial. Como ainda não houve solução, a direção do clube fez a denúncia à polícia, que abriu um inquérito no 23º Distrito Policial de São Paulo (em Perdizes) em maio do ano passado. O valor é considerado incontroverso pelo Palmeiras, como consta no inquérito. A Real Arenas, por sua vez, contesta os números do débito.

O contrato firmado entre as partes prevê que o Palmeiras receba mensalmente valores referentes a receitas geradas no Allianz Parque com aluguéis para shows, exploração de áreas como restaurantes e estacionamentos, locações de cadeiras, camarotes e naming rigths. Trata-se de um valor progressivo. Como são 30 anos de parceria e o contrato começou a valer no ano de inauguração da arena, tem vigência até novembro de 2044.

Acordos com rivais

Apesar do imbróglio, a WTorre continua fazendo negócios com outros clubes. Recentemente, o São Paulo firmou um acordo com a construtora visando a reforma do MorumBis. A expectativa é de que a modernização do estádio seja concluída em 2030, ano do centenário do tricolor paulista.

Além do acerto com o São Paulo, a WTorre assinou contrato com o Santos, em setembro, para a reforma da Vila Belmiro. A futura arena terá capacidade para receber 30 mil torcedores, quase o dobro da atual, que é de 16 mil. A previsão é que a reconstrução do estádio dure de 24 a 30 meses.

O acordo segue o formato de direito de superfície, similar ao contrato celebrado com o Palmeiras pelo Allianz Parque. Assim, o clube cede o local à empresa por 30 anos, com prazo contando a partir da inauguração da nova arena. O clube continua sendo dono do terreno e do estádio e a empresa tem o direito de uso do local.

As más condições do gramado do Allianz Parque chamaram atenção no clássico entre Palmeiras e Santos, neste domingo, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. A vitória do time alviverde, por 2 a 1, foi marcada por críticas de ambas as partes ao campo de jogo, incluindo o técnico Abel Ferreira, que pediu “manutenção urgente”. A Real Arenas, empresa criada pela WTorre para administrar a arena, decidiu pedir a troca do composto termoplástico do gramado neste segunda-feira, 29, no “menor prazo possível”.

Segundo a Real Arenas, a solicitação foi feita depois de receber o laudo do fornecedor do gramado sintético do estádio do Palmeiras. Esse documento foi elaborado a partir de uma solicitação da empresa no final de 2023, como procedimento de acompanhamento da qualidade da grama sintética realizado ao final da temporada passada.

A Real Arenas diz ter investido mais de R$ 10 milhões para instalar, em 2020, o “gramado esportivo mais moderno do mundo”. A superfície artificial está ainda no prazo de garantia e passou, nesses últimos quatro anos, pelos procedimentos de manutenção previstos pelo fabricante. A Fifa, que aprovou a instalação do gramado em 2020, tem vistoria no local marcada para março deste ano.

Gramado do Allianz Parque foi bastante criticado no duelo entre Palmeiras e Santos.  Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Troca do termoplástico

Segundo a Soccer Grass, empresa que fornece a grama sintética ao estádio, laudos laboratoriais indicaram que as temperaturas elevadas das últimas semanas na cidade de São Paulo derreteram o termoplástico utilizado na composição do gramado sintético, transformando o material em uma espécie de pasta. Ainda de acordo com a fornecedora, o acúmulo de gordura causado pela poluição potencializou o efeito. A empresa destaca A aprovação da Fifa para o uso do gramado artificial, verificado em visitas anuais da entidade, e diz que está pronta para realizar a manutenção no “menor espaço de tempo”.

O elastômero termoplástico (TPE), mais conhecido como termoplástico, são partículas cilíndricas de até cinco milímetros de comprimento. A base do piso é uma tela de polietileno e propileno. Os tufos de grama são entrelaçados três vezes no suporte, para dar segurança. São necessários cerca de 30 blocos de piso, cada um medindo cerca de quatro metros de largura por 78 metros de comprimento. Segundo a empresa, esse material não suportou o calor da cidade.

Semelhante a uma borracha, o material é espalhado por debaixo da grama com o objetivo de amortecer o impacto nos jogadores. Ocorre que as pastilhas, derretidas por causa do calor, se fundiram e formaram um bloco de borracha semelhante a uma gosma que ficam presas entres as travas das chuteiras dos atletas.

Após a partida entre Palmeiras e Santos, circularam nas redes sociais imagens das chuteiras dos jogadores com a sola coberta com o termoplástico derretido. Um vídeo de um funcionário ajudando Weverton a retirar os resíduos das travas também foi compartilhado. Em comunicado após o clássico, o Palmeiras anunciou que não jogará mais no seu estádio até que o gramado sintético receba melhorias. O próximo jogo pelo Paulistão é fora de casa, em Bragança Paulista, contra o Bragantino.

Como a parceria do Palmeiras com a WTorre prevê a utilização do Allianz Parque para shows e eventos, a diretoria transformou a Arena Barueri na segunda casa do time. O estádio é gerenciado pela Crefipar, empresa de Leila Pereira, presidente do clube alviverde, ligada à Crefisa e a FAM, que venceu liminar e vai administrar o local pelos próximos 35 anos. O local foi utilizado na reta final do Campeonato Brasileiro, quando o Allianz recebeu uma maratona de apresentações internacionais.

A principal preocupação do Palmeiras é de que o gramado ruim do Allianz Parque cause lesões em seus atletas. Neste domingo, o meia Giuliano, do Santos, foi substituído com poucos minutos em campo após se machucar sozinho. Na quarta-feira, o recém-contratado Bruno Rodrigues sofreu uma lesão no joelho direito na vitória por 3 a 2 sobre a Inter de Limeira. O atacante vai precisar passar por cirurgia e ficará cerca de cinco meses afastado.

“Quando cheguei em 2020, nunca reclamei ou falei nada do (gramado) sintético. É uma opção válida e temos de entender que um estádio como este pode ser mais do que um estádio”, disse Abel Ferreira, em coletiva após o clássico com o Santos. “Entendo perfeitamente, mas há uma coisa que se chama manutenção. E não altero uma vírgula do que disse há um mês e meio e só há uma forma de melhorar: grama sintética e nova”, cobrou.

Abel já havia reclamado do gramado do Allianz em dezembro, na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, última partida da equipe em casa no ano passado. O treinador reclamou de “coisinhas” espalhadas pelo campo após as três apresentações da cantora americana Taylor Swift no estádio. A queixa levou a WTorre a realizar uma limpeza dos apetrechos deixados no campo.

Palmeiras x WTorre

Em abril deste ano, vieram à tona desavenças entre Palmeiras e WTorre. O clube afirma que a Real Arenas, empresa criada pela construtora para gerir o Allianz Parque, não faz repasses das receitas pelo uso da arena palmeirense desde 2015 que somam quase R$ 150 milhões. A presidente Leila Pereira afirmou que a parceria é um “péssimo negócio” para o clube e detonou mais de uma vez a gestora, que contesta a versão. A dirigente palmeirense chegou a fazer uma analogia entre o estádio e o Coliseu. Em junho, a Justiça de São Paulo suspendeu a execução solicitada pelo Palmeiras contra a WTorre cobrando o valor milionário.

Com o aval da presidente Leila Pereira e de uma junta de advogados especializados, o clube pede a apuração de possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa, além do bloqueio de bens, valores e contas da Real Arenas e seus gestores, e a quebra do sigilo bancário da empresa desde novembro de 2014, ano do início da parceria e inauguração do estádio.

Segundo o Palmeiras, somente os valores de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro a junho de 2015, exceto maio, foram pagos. A dívida é discutida na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução de título extrajudicial. Como ainda não houve solução, a direção do clube fez a denúncia à polícia, que abriu um inquérito no 23º Distrito Policial de São Paulo (em Perdizes) em maio do ano passado. O valor é considerado incontroverso pelo Palmeiras, como consta no inquérito. A Real Arenas, por sua vez, contesta os números do débito.

O contrato firmado entre as partes prevê que o Palmeiras receba mensalmente valores referentes a receitas geradas no Allianz Parque com aluguéis para shows, exploração de áreas como restaurantes e estacionamentos, locações de cadeiras, camarotes e naming rigths. Trata-se de um valor progressivo. Como são 30 anos de parceria e o contrato começou a valer no ano de inauguração da arena, tem vigência até novembro de 2044.

Acordos com rivais

Apesar do imbróglio, a WTorre continua fazendo negócios com outros clubes. Recentemente, o São Paulo firmou um acordo com a construtora visando a reforma do MorumBis. A expectativa é de que a modernização do estádio seja concluída em 2030, ano do centenário do tricolor paulista.

Além do acerto com o São Paulo, a WTorre assinou contrato com o Santos, em setembro, para a reforma da Vila Belmiro. A futura arena terá capacidade para receber 30 mil torcedores, quase o dobro da atual, que é de 16 mil. A previsão é que a reconstrução do estádio dure de 24 a 30 meses.

O acordo segue o formato de direito de superfície, similar ao contrato celebrado com o Palmeiras pelo Allianz Parque. Assim, o clube cede o local à empresa por 30 anos, com prazo contando a partir da inauguração da nova arena. O clube continua sendo dono do terreno e do estádio e a empresa tem o direito de uso do local.

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