Procuradoria vai investigar Del Nero e Ricardo Teixeira


Justiça no País pode ter dificuldades para agir contra dirigentes

Por Jamil Chade e correspondente em Zurique

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai pedir nos próximos dias à Justiça americana provas existentes contra os cartolas da CBF, Marco Polo Del Nero, presidente licenciado, e Ricardo Teixeira, que comandou a entidade até antes da Copa do Mundo de 2014, com o propósito de também investigá-los. O objetivo é avaliar se existe uma possibilidade de que os dirigentes sejam julgados no Brasil, já que uma extradição para os EUA está descartada.

Mas o obstáculo mais sério no caso do futebol é que, no Brasil, não existe uma lei que puna a corrupção privada. Um projeto de lei tramita no Congresso Nacional nesse sentido. Mesmo se for aprovado, não poderá valer para casos passados, mas apenas para novas investigações. Del Nero e Teixeira, portanto, têm grandes chances de conseguir evitar uma prisão, com a condição de que não saiam do Brasil. Uma opção estudada seria entrar no caso pela dimensão da evasão fiscal, algo que ainda depende de uma análise dos documentos que os americanos enviariam ao procurador-geral. 

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Retrospectiva 2015 - Corrupção no futebol

1 | 2

Escândalo na Fifa

Foto: Ruben Sprich/Reuters
2 | 2

Ricardo Teixeira acusa J. Hawilla

Foto: Paulo Giandalia/Estadão

Nesta quinta-feira, o Estado foi o primeiro jornal brasileiro a confirmar que o ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero, estariam entre os indiciados pela Justiça americana. Juntos com José Maria Marin, eles se uniram para "de forma intencional, conspirar para fraudar a CBF". Os documentos revelam que os três receberam milhões de dólares em propinas para contratos envolvendo a Copa Libertadores, Copa do Brasil e Copa América, além do contrato da CBF com a Nike, empresa de material esportivo que patrocina a seleção brasileira.

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Mas o FBI avisa: novos nomes de brasileiros estão sendo investigados no escândalo de corrupção no futebol e, em 2016, novas ordens de prisão e indiciamentos serão realizados. Fontes próximas ao caso confirmaram ao Estado que a investigação "não terminou" e que novos nomes já surgiram. Até agora, além dos três cartolas da CBF, o caso nos EUA também envolve os empresário brasileiros J. Hawilla, José Marguieles e Fabio Tordin. No total, 27 cartolas já foram indiciados. Segundo o FBI, estão na mira da Justiça outros 24 indivíduos de diversos países, inclusive do Brasil.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai pedir nos próximos dias à Justiça americana provas existentes contra os cartolas da CBF, Marco Polo Del Nero, presidente licenciado, e Ricardo Teixeira, que comandou a entidade até antes da Copa do Mundo de 2014, com o propósito de também investigá-los. O objetivo é avaliar se existe uma possibilidade de que os dirigentes sejam julgados no Brasil, já que uma extradição para os EUA está descartada.

Mas o obstáculo mais sério no caso do futebol é que, no Brasil, não existe uma lei que puna a corrupção privada. Um projeto de lei tramita no Congresso Nacional nesse sentido. Mesmo se for aprovado, não poderá valer para casos passados, mas apenas para novas investigações. Del Nero e Teixeira, portanto, têm grandes chances de conseguir evitar uma prisão, com a condição de que não saiam do Brasil. Uma opção estudada seria entrar no caso pela dimensão da evasão fiscal, algo que ainda depende de uma análise dos documentos que os americanos enviariam ao procurador-geral. 

Retrospectiva 2015 - Corrupção no futebol

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Escândalo na Fifa

Foto: Ruben Sprich/Reuters
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Ricardo Teixeira acusa J. Hawilla

Foto: Paulo Giandalia/Estadão

Nesta quinta-feira, o Estado foi o primeiro jornal brasileiro a confirmar que o ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero, estariam entre os indiciados pela Justiça americana. Juntos com José Maria Marin, eles se uniram para "de forma intencional, conspirar para fraudar a CBF". Os documentos revelam que os três receberam milhões de dólares em propinas para contratos envolvendo a Copa Libertadores, Copa do Brasil e Copa América, além do contrato da CBF com a Nike, empresa de material esportivo que patrocina a seleção brasileira.

Mas o FBI avisa: novos nomes de brasileiros estão sendo investigados no escândalo de corrupção no futebol e, em 2016, novas ordens de prisão e indiciamentos serão realizados. Fontes próximas ao caso confirmaram ao Estado que a investigação "não terminou" e que novos nomes já surgiram. Até agora, além dos três cartolas da CBF, o caso nos EUA também envolve os empresário brasileiros J. Hawilla, José Marguieles e Fabio Tordin. No total, 27 cartolas já foram indiciados. Segundo o FBI, estão na mira da Justiça outros 24 indivíduos de diversos países, inclusive do Brasil.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai pedir nos próximos dias à Justiça americana provas existentes contra os cartolas da CBF, Marco Polo Del Nero, presidente licenciado, e Ricardo Teixeira, que comandou a entidade até antes da Copa do Mundo de 2014, com o propósito de também investigá-los. O objetivo é avaliar se existe uma possibilidade de que os dirigentes sejam julgados no Brasil, já que uma extradição para os EUA está descartada.

Mas o obstáculo mais sério no caso do futebol é que, no Brasil, não existe uma lei que puna a corrupção privada. Um projeto de lei tramita no Congresso Nacional nesse sentido. Mesmo se for aprovado, não poderá valer para casos passados, mas apenas para novas investigações. Del Nero e Teixeira, portanto, têm grandes chances de conseguir evitar uma prisão, com a condição de que não saiam do Brasil. Uma opção estudada seria entrar no caso pela dimensão da evasão fiscal, algo que ainda depende de uma análise dos documentos que os americanos enviariam ao procurador-geral. 

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Foto: Ruben Sprich/Reuters
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Foto: Paulo Giandalia/Estadão

Nesta quinta-feira, o Estado foi o primeiro jornal brasileiro a confirmar que o ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero, estariam entre os indiciados pela Justiça americana. Juntos com José Maria Marin, eles se uniram para "de forma intencional, conspirar para fraudar a CBF". Os documentos revelam que os três receberam milhões de dólares em propinas para contratos envolvendo a Copa Libertadores, Copa do Brasil e Copa América, além do contrato da CBF com a Nike, empresa de material esportivo que patrocina a seleção brasileira.

Mas o FBI avisa: novos nomes de brasileiros estão sendo investigados no escândalo de corrupção no futebol e, em 2016, novas ordens de prisão e indiciamentos serão realizados. Fontes próximas ao caso confirmaram ao Estado que a investigação "não terminou" e que novos nomes já surgiram. Até agora, além dos três cartolas da CBF, o caso nos EUA também envolve os empresário brasileiros J. Hawilla, José Marguieles e Fabio Tordin. No total, 27 cartolas já foram indiciados. Segundo o FBI, estão na mira da Justiça outros 24 indivíduos de diversos países, inclusive do Brasil.

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