Agente de atletas, ex-jogador e empresário: quem já foi preso pelo esquema de apostas?


Três pessoas apontadas como integrantes de grupo está detidas em São Paulo e devem ser transferidas para Goiânia, onde as investigações estão concentradas

Por Redação
Atualização:

A Justiça de Goiás determinou a prisão de três pessoas envolvidas em um esquema fraudulento envolvendo apostas esportivas em jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e do Paulistão e Gaúchão 2023. Bruno Lopez de Moura, Romário Hugo dos Santos e Thiago Chambó de Andrade são suspeitos de liderar uma quadrilha que cooptava jogadores para realizar ações deliberadas em campo, como receber cartões amarelos e vermelhos ou cometer faltas. Em troca, os atletas recebiam vantagens financeiras de até R$ 100 mil. Os presos estão em São Paulo, mas devem ser transferidos em breve para Goiânia, onde as investigações estão concentradas.

A Justiça de Goiás tornou réus 16 denunciados, incluindo sete jogadores. Os casos também são investigados pela Polícia Federal, que instaurou inquérito por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, acatando um pedido da CBF.

Bruno Lopez é apontado como o chefe do esquema de apostas esportivas. Foto: Federação internacional de esportes universitários
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Bruno Lopez

Apontado como líder do grupo, Bruno Lopez, identificado na denúncia também como “BL”, já havia sido preso durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro e que mirava apenas jogos da segunda divisão nacional. Ele foi solto por meio de habeas corpus e voltou a ser detido quando a segunda fase da operação foi deflagrada. Bruno é dono da empresa BC Sport Management, que agencia a carreira de dez atletas, e foi o pivô das investigações sobre esquemas de apostas.

De acordo com o MP, a investigação teve início em novembro de 2022, quando o presidente do Vila Nova, de Goiás, Hugo Jorge Bravo, denunciou o aliciamento de jogadores de seus clubes para provocar eventos específicos em jogos do time. “O citado noticiante evidenciou a atuação ilícita de Bruno Lopez de Moura na manipulação dos resultados das partidas entre Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina, destacando que Bruno Lopez afirmou para ele que realizara tratativas com Romário, atleta do clube, para que organizasse e providenciasse, ainda que com terceiros, o cometimento de pênalti de sua equipe no primeiro tempo da vindoura partida com o Sport Club Recife”, detalha a denúncia. A partida era válida pela 36ª rodada da Série B, realizada no dia 21 de outubro de 2022.

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A fraude veio à tona porque Romário não cometeu o pênalti, frustrando as apostas, como está descrito na acusação. “Tem-se que o próprio Bruno Lopez detalhou para o presidente do Vila Nova os valores combinados com os atletas em caso de êxito e acrescentou que, como somente no jogo do Vila Nova Futebol Clube não houve o cometimento de pênalti, as apostas foram frustradas e agora ele cobrava de Romário o prejuízo em montante superior a R$ 500.000,00.”

O esquema movimentou no período compreendido pela investigação, do segundo semestre de 2022 até a data da primeira batida, mais de R$ 1 milhão somente por meio da mulher de Bruno Lopez, Camila Silva Motta, também ré no processo. A audiência de custódia de Bruno foi realizada em 19 de abril. Seu advogado, Ralph Fraga, diz que o cliente vai se explicar somente durante o interrogatório e evita comentar o fato de ele ser apontado como o cérebro do grupo.

Romarinho

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Natural de Belo Horizonte, Romario Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, é ex-jogador e passou pelas categorias de base do Palmeiras, mas não obteve sucesso no futebol profissional, com breves experiências em clubes como Atlético Sorocaba e Ponte Preta, antes de encerrar sua carreira em 2019. Ele possui uma empresa do ramo automotivo na Freguesia do Ó, bairro na zona norte de São Paulo. A firma não está na mira do MP.

Romarinho teve seu nome citado nas mensagens enviadas por um apostador a Bauermann, em 2022, quando o zagueiro do Santos foi aliciado para receber cartão em dois jogos do Brasileirão, contra Avaí e Botafogo. No diálogo, Romarinho revela que teve um prejuízo de R$ 800 mil em apostas e insistiu para que o atleta o ressarcisse – já que Bauermann não teria cumprido com sua parte no acordo.

Romarinho teve uma breve carreira como jogador profissional. Ele apontado como um dos membros do grupo.  Foto: Divulgação/Passo Fundo
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Segundo o MP, o ex-jogador transferiu à conta de Gabriel Tota, do Juventude, R$ 10 mil para que o atleta fosse advertido com um cartão amarelo na derrota para o Goiás, por 1 a 0, no Brasileirão do último ano. Na denúncia, Romarinho estaria envolvido em cinco jogos: Goiás x Juventude, Red Bull Bragantino x América-MG, Palmeiras x Cuiabá, além dos jogos do Santos contra Avaí e Botafogo, todos válidos pelo Brasileirão de 2022.

Thiago Chambó

O terceiro preso é Thiago Chambó Andrade, que nos prints de Whatsapp anexados pelo MP à denúncia aparece como “TH CH”. Apontado como um dos financiadores do esquema, ele possui uma empresa com CNPJ vinculado ao bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo. Nas conversas obtidas pela investigação, ele aparece encaminhando comprovantes de pagamentos feitos para as contas da esposa de Bruno e também de sua empresa, a BC Sport, seguidos de anotações quanto aos ganhos com as apostas manipuladas.

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Ainda de acordo com a denúncia, Chambó foi quem orientou Bruno Lopez sobre os cuidados no fornecimento de endereço, número de telefone e contas bancárias para terceiros, recomendado, inclusive, utilização de laranjas para receber valores e viabilizar o esquema.

A Justiça de Goiás determinou a prisão de três pessoas envolvidas em um esquema fraudulento envolvendo apostas esportivas em jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e do Paulistão e Gaúchão 2023. Bruno Lopez de Moura, Romário Hugo dos Santos e Thiago Chambó de Andrade são suspeitos de liderar uma quadrilha que cooptava jogadores para realizar ações deliberadas em campo, como receber cartões amarelos e vermelhos ou cometer faltas. Em troca, os atletas recebiam vantagens financeiras de até R$ 100 mil. Os presos estão em São Paulo, mas devem ser transferidos em breve para Goiânia, onde as investigações estão concentradas.

A Justiça de Goiás tornou réus 16 denunciados, incluindo sete jogadores. Os casos também são investigados pela Polícia Federal, que instaurou inquérito por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, acatando um pedido da CBF.

Bruno Lopez é apontado como o chefe do esquema de apostas esportivas. Foto: Federação internacional de esportes universitários

Bruno Lopez

Apontado como líder do grupo, Bruno Lopez, identificado na denúncia também como “BL”, já havia sido preso durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro e que mirava apenas jogos da segunda divisão nacional. Ele foi solto por meio de habeas corpus e voltou a ser detido quando a segunda fase da operação foi deflagrada. Bruno é dono da empresa BC Sport Management, que agencia a carreira de dez atletas, e foi o pivô das investigações sobre esquemas de apostas.

De acordo com o MP, a investigação teve início em novembro de 2022, quando o presidente do Vila Nova, de Goiás, Hugo Jorge Bravo, denunciou o aliciamento de jogadores de seus clubes para provocar eventos específicos em jogos do time. “O citado noticiante evidenciou a atuação ilícita de Bruno Lopez de Moura na manipulação dos resultados das partidas entre Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina, destacando que Bruno Lopez afirmou para ele que realizara tratativas com Romário, atleta do clube, para que organizasse e providenciasse, ainda que com terceiros, o cometimento de pênalti de sua equipe no primeiro tempo da vindoura partida com o Sport Club Recife”, detalha a denúncia. A partida era válida pela 36ª rodada da Série B, realizada no dia 21 de outubro de 2022.

A fraude veio à tona porque Romário não cometeu o pênalti, frustrando as apostas, como está descrito na acusação. “Tem-se que o próprio Bruno Lopez detalhou para o presidente do Vila Nova os valores combinados com os atletas em caso de êxito e acrescentou que, como somente no jogo do Vila Nova Futebol Clube não houve o cometimento de pênalti, as apostas foram frustradas e agora ele cobrava de Romário o prejuízo em montante superior a R$ 500.000,00.”

O esquema movimentou no período compreendido pela investigação, do segundo semestre de 2022 até a data da primeira batida, mais de R$ 1 milhão somente por meio da mulher de Bruno Lopez, Camila Silva Motta, também ré no processo. A audiência de custódia de Bruno foi realizada em 19 de abril. Seu advogado, Ralph Fraga, diz que o cliente vai se explicar somente durante o interrogatório e evita comentar o fato de ele ser apontado como o cérebro do grupo.

Romarinho

Natural de Belo Horizonte, Romario Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, é ex-jogador e passou pelas categorias de base do Palmeiras, mas não obteve sucesso no futebol profissional, com breves experiências em clubes como Atlético Sorocaba e Ponte Preta, antes de encerrar sua carreira em 2019. Ele possui uma empresa do ramo automotivo na Freguesia do Ó, bairro na zona norte de São Paulo. A firma não está na mira do MP.

Romarinho teve seu nome citado nas mensagens enviadas por um apostador a Bauermann, em 2022, quando o zagueiro do Santos foi aliciado para receber cartão em dois jogos do Brasileirão, contra Avaí e Botafogo. No diálogo, Romarinho revela que teve um prejuízo de R$ 800 mil em apostas e insistiu para que o atleta o ressarcisse – já que Bauermann não teria cumprido com sua parte no acordo.

Romarinho teve uma breve carreira como jogador profissional. Ele apontado como um dos membros do grupo.  Foto: Divulgação/Passo Fundo

Segundo o MP, o ex-jogador transferiu à conta de Gabriel Tota, do Juventude, R$ 10 mil para que o atleta fosse advertido com um cartão amarelo na derrota para o Goiás, por 1 a 0, no Brasileirão do último ano. Na denúncia, Romarinho estaria envolvido em cinco jogos: Goiás x Juventude, Red Bull Bragantino x América-MG, Palmeiras x Cuiabá, além dos jogos do Santos contra Avaí e Botafogo, todos válidos pelo Brasileirão de 2022.

Thiago Chambó

O terceiro preso é Thiago Chambó Andrade, que nos prints de Whatsapp anexados pelo MP à denúncia aparece como “TH CH”. Apontado como um dos financiadores do esquema, ele possui uma empresa com CNPJ vinculado ao bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo. Nas conversas obtidas pela investigação, ele aparece encaminhando comprovantes de pagamentos feitos para as contas da esposa de Bruno e também de sua empresa, a BC Sport, seguidos de anotações quanto aos ganhos com as apostas manipuladas.

Ainda de acordo com a denúncia, Chambó foi quem orientou Bruno Lopez sobre os cuidados no fornecimento de endereço, número de telefone e contas bancárias para terceiros, recomendado, inclusive, utilização de laranjas para receber valores e viabilizar o esquema.

A Justiça de Goiás determinou a prisão de três pessoas envolvidas em um esquema fraudulento envolvendo apostas esportivas em jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e do Paulistão e Gaúchão 2023. Bruno Lopez de Moura, Romário Hugo dos Santos e Thiago Chambó de Andrade são suspeitos de liderar uma quadrilha que cooptava jogadores para realizar ações deliberadas em campo, como receber cartões amarelos e vermelhos ou cometer faltas. Em troca, os atletas recebiam vantagens financeiras de até R$ 100 mil. Os presos estão em São Paulo, mas devem ser transferidos em breve para Goiânia, onde as investigações estão concentradas.

A Justiça de Goiás tornou réus 16 denunciados, incluindo sete jogadores. Os casos também são investigados pela Polícia Federal, que instaurou inquérito por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, acatando um pedido da CBF.

Bruno Lopez é apontado como o chefe do esquema de apostas esportivas. Foto: Federação internacional de esportes universitários

Bruno Lopez

Apontado como líder do grupo, Bruno Lopez, identificado na denúncia também como “BL”, já havia sido preso durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro e que mirava apenas jogos da segunda divisão nacional. Ele foi solto por meio de habeas corpus e voltou a ser detido quando a segunda fase da operação foi deflagrada. Bruno é dono da empresa BC Sport Management, que agencia a carreira de dez atletas, e foi o pivô das investigações sobre esquemas de apostas.

De acordo com o MP, a investigação teve início em novembro de 2022, quando o presidente do Vila Nova, de Goiás, Hugo Jorge Bravo, denunciou o aliciamento de jogadores de seus clubes para provocar eventos específicos em jogos do time. “O citado noticiante evidenciou a atuação ilícita de Bruno Lopez de Moura na manipulação dos resultados das partidas entre Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina, destacando que Bruno Lopez afirmou para ele que realizara tratativas com Romário, atleta do clube, para que organizasse e providenciasse, ainda que com terceiros, o cometimento de pênalti de sua equipe no primeiro tempo da vindoura partida com o Sport Club Recife”, detalha a denúncia. A partida era válida pela 36ª rodada da Série B, realizada no dia 21 de outubro de 2022.

A fraude veio à tona porque Romário não cometeu o pênalti, frustrando as apostas, como está descrito na acusação. “Tem-se que o próprio Bruno Lopez detalhou para o presidente do Vila Nova os valores combinados com os atletas em caso de êxito e acrescentou que, como somente no jogo do Vila Nova Futebol Clube não houve o cometimento de pênalti, as apostas foram frustradas e agora ele cobrava de Romário o prejuízo em montante superior a R$ 500.000,00.”

O esquema movimentou no período compreendido pela investigação, do segundo semestre de 2022 até a data da primeira batida, mais de R$ 1 milhão somente por meio da mulher de Bruno Lopez, Camila Silva Motta, também ré no processo. A audiência de custódia de Bruno foi realizada em 19 de abril. Seu advogado, Ralph Fraga, diz que o cliente vai se explicar somente durante o interrogatório e evita comentar o fato de ele ser apontado como o cérebro do grupo.

Romarinho

Natural de Belo Horizonte, Romario Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, é ex-jogador e passou pelas categorias de base do Palmeiras, mas não obteve sucesso no futebol profissional, com breves experiências em clubes como Atlético Sorocaba e Ponte Preta, antes de encerrar sua carreira em 2019. Ele possui uma empresa do ramo automotivo na Freguesia do Ó, bairro na zona norte de São Paulo. A firma não está na mira do MP.

Romarinho teve seu nome citado nas mensagens enviadas por um apostador a Bauermann, em 2022, quando o zagueiro do Santos foi aliciado para receber cartão em dois jogos do Brasileirão, contra Avaí e Botafogo. No diálogo, Romarinho revela que teve um prejuízo de R$ 800 mil em apostas e insistiu para que o atleta o ressarcisse – já que Bauermann não teria cumprido com sua parte no acordo.

Romarinho teve uma breve carreira como jogador profissional. Ele apontado como um dos membros do grupo.  Foto: Divulgação/Passo Fundo

Segundo o MP, o ex-jogador transferiu à conta de Gabriel Tota, do Juventude, R$ 10 mil para que o atleta fosse advertido com um cartão amarelo na derrota para o Goiás, por 1 a 0, no Brasileirão do último ano. Na denúncia, Romarinho estaria envolvido em cinco jogos: Goiás x Juventude, Red Bull Bragantino x América-MG, Palmeiras x Cuiabá, além dos jogos do Santos contra Avaí e Botafogo, todos válidos pelo Brasileirão de 2022.

Thiago Chambó

O terceiro preso é Thiago Chambó Andrade, que nos prints de Whatsapp anexados pelo MP à denúncia aparece como “TH CH”. Apontado como um dos financiadores do esquema, ele possui uma empresa com CNPJ vinculado ao bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo. Nas conversas obtidas pela investigação, ele aparece encaminhando comprovantes de pagamentos feitos para as contas da esposa de Bruno e também de sua empresa, a BC Sport, seguidos de anotações quanto aos ganhos com as apostas manipuladas.

Ainda de acordo com a denúncia, Chambó foi quem orientou Bruno Lopez sobre os cuidados no fornecimento de endereço, número de telefone e contas bancárias para terceiros, recomendado, inclusive, utilização de laranjas para receber valores e viabilizar o esquema.

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