Análise|Corinthians sofre virada em 16 minutos, perde para o Racing e está fora da Sul-Americana


Equipe tem começo empolgante na Argentina, mas se destabiliza e vai se dedicar 100% à fuga do rebaixamento

Por Leonardo Catto
Atualização:

O Corinthians tem apenas o Brasileirão no restante da temporada 2024. O time foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Racing após perder de virada por 2 a 1 no estádio El Cilindro, na Argentina. Após abrir o placar com um começo avassalador, a equipe de Ramón Díaz sentiu o baque, tomou a virada e não conseguiu reagir com pouco mais da metade da partida pela frente.

A final reunirá Racing e Cruzeiro, que eliminou o Lanús, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai, em 23 de novembro. A Conmebol ainda não definiu o horário da partida. De qualquer forma, o campeão será inédito. A Argentina pode chegar ao 10º título, enquanto o Brasil busca o 6º.

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Virando a chave para o Brasileirão e tentando continuar fora do Z-4, o Corinthians tem pela frente o clássico contra o Palmeiras, na segunda-feira, 4, às 20h, na Neo Química Arena. André Ramalho deve ser desfalque, após ser suspenso pelo STJD por acertar o rosto de Luciano, do São Paulo. O clube tenta um efeito suspensivo.

Quintero foi a estrela do Racing, com dois gols, para virar sobre o Corinthians e classificar os argentinos à final. Foto: Alejandro Pagni/AFP

O ambiente que o Corinthians encontrou em Avellaneda foi semelhante ao que viveram Atlético-MG e Botafogo em Buenos Aires e Montevidéu, respectivamente, nesta semana, pela Libertadores. A torcida do Racing compareceu em peso, com sinalizadores, fumaça e cânticos ininterruptos para pressionar os visitantes.

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O time paulista tentou não se intimidar, ainda mais com a necessidade de garantir o placar. Com menos de um minuto a bola já rondou a área do Racing. Memphis e Yuri Alberto mostraram que iriam alternar-se em levar perigo ao adversário. Revelou-se, nos instantes iniciais, a estratégia de Ramón Díaz em manter a posse de bola para evitar ser atacado.

Deu certo. Com 5 minutos, Yuri Alberto tabelou com Memphis. O holandês emulou Sócrates com um passe de calcanhar para o companheiro. Yuri, então, quis referenciar Casagrande e tirou, sem ângulo, na saída do goleiro Arias para colocar o Corinthians na frente.

Somente depois ver o placar ser aberto, o Racing conseguiu manter a posse da bola. Félix Torres vacilou com uma falta no campo de defesa e deu aos argentinos uma chance de alçar a bola na área corintiana. A postura do time brasileiro já era diferente, mais postado na defesa, após abrir a vantagem.

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A cautela, contudo, não se instaurou de modo permanente. O Corinthians soube buscar ataques para mostrar que queria mais. O momento defensivo ganhou destaque pelo funcionamento coletivo, sem ser apenas uma retranca, mas um bloco que incluía os meias e marcava alto.

Assim o time conseguia sair rápido para contra-ataques quando recuperava a bola, e com vantagem numérica. Foi assim que Garro saiu cara a cara com Arias, aos 22 minutos. Ele tinha Yuri Alberto como opção para ficar sozinho com o gol aberto, mas preferiu tentar o chute. O goleiro argentino salvou.

Quatro minutos depois, o Racing deu a primeira finalização. Ampliar o placar fez falta aos 33, quando Salas cruzou, e a bola bateu no braço de Matheuzinho. O árbitro chileno Felipe González apitou e indicou a marca da cal para a primeira grande comemoração do El Cilindro. Quando Quintero bateu o pênalti no meio do gol, com Hugo caído para o lado esquerdo, veio o segundo brado. Estava tudo igual.

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Não foi apenas o psicológico do Corinthians que se destabilizou. O sistema defensivo tinha uma cratera entre si quando a um lançamento do Racing permitiu Quintero entrar sozinho na área para marcar o segundo e virar a partida, aos 38.

O segundo tempo começou mais com o Racing em defesa do que o Corinthians no ataque. O time paulista tinha dificuldade de quebrar linhas e, mesmo com a bola, via os lances morrerem sem conclusão. Os argentinos restringiram-se a contra-ataques, até quase ampliando com Salas.

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Ramón Díaz lançou Talles Magno na tentativa de quebrar o bloqueio do Racing. A pressão continuou, mas foi mantida a retranca argentina. O campo parecia estar reduzido à metade de ataque do Corinthians. Romero foi mais uma peça para pressionar, deixando o ataque corintiano com quatro integrantes.

Isso mudou quando Coronado entrou no lugar de Memphis. A impressão, porém, é que poderiam ser três, quatro ou cinco jogadores de frente, e a diferença seria pequena. A noite virou totalmente da defesa argentina, que classificou o Racing à final.

Com isso, o Corinthians praticamente deu adeus à Copa do Brasil 2025. A equipe perdeu a vaga pelo Paulistão e precisaria ir à Libertadores para conseguir entrar na terceira fase do torneio nacional.

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RACING 2 X 1 CORINTHIANS

  • RACING - Arias; Di Césare, Sosa e Basso; Martirena, Quintero (Vietto), Nardoni, Almendra (Zuculini) e Rojas; Martínez (Solari) e Salas (Roger Martínez). Técnico: Gustavo Costas.
  • CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Torres, André Ramalho e Bidu; José Martínez (Ángel Romero), Charles (Breno Bidon), Carrillo (Alex Santana) e Rodrigo Garro (Talles Magno); Memphis Depay (Igor Coronado) e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
  • ÁRBITRO - Felipe Gonzalez (CHI)
  • GOLS - Yuri Alberto, aos 5, e Quintero, aos 35, e aos 38 minutos do primeiro tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Félix Torres e Breno Bidon (Corinthians) e Basso e Rojas (Racing).
  • PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.
  • LOCAL - Estádio El Cilindro, em Avellaneda, na Argentina.

O Corinthians tem apenas o Brasileirão no restante da temporada 2024. O time foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Racing após perder de virada por 2 a 1 no estádio El Cilindro, na Argentina. Após abrir o placar com um começo avassalador, a equipe de Ramón Díaz sentiu o baque, tomou a virada e não conseguiu reagir com pouco mais da metade da partida pela frente.

A final reunirá Racing e Cruzeiro, que eliminou o Lanús, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai, em 23 de novembro. A Conmebol ainda não definiu o horário da partida. De qualquer forma, o campeão será inédito. A Argentina pode chegar ao 10º título, enquanto o Brasil busca o 6º.

Virando a chave para o Brasileirão e tentando continuar fora do Z-4, o Corinthians tem pela frente o clássico contra o Palmeiras, na segunda-feira, 4, às 20h, na Neo Química Arena. André Ramalho deve ser desfalque, após ser suspenso pelo STJD por acertar o rosto de Luciano, do São Paulo. O clube tenta um efeito suspensivo.

Quintero foi a estrela do Racing, com dois gols, para virar sobre o Corinthians e classificar os argentinos à final. Foto: Alejandro Pagni/AFP

O ambiente que o Corinthians encontrou em Avellaneda foi semelhante ao que viveram Atlético-MG e Botafogo em Buenos Aires e Montevidéu, respectivamente, nesta semana, pela Libertadores. A torcida do Racing compareceu em peso, com sinalizadores, fumaça e cânticos ininterruptos para pressionar os visitantes.

O time paulista tentou não se intimidar, ainda mais com a necessidade de garantir o placar. Com menos de um minuto a bola já rondou a área do Racing. Memphis e Yuri Alberto mostraram que iriam alternar-se em levar perigo ao adversário. Revelou-se, nos instantes iniciais, a estratégia de Ramón Díaz em manter a posse de bola para evitar ser atacado.

Deu certo. Com 5 minutos, Yuri Alberto tabelou com Memphis. O holandês emulou Sócrates com um passe de calcanhar para o companheiro. Yuri, então, quis referenciar Casagrande e tirou, sem ângulo, na saída do goleiro Arias para colocar o Corinthians na frente.

Somente depois ver o placar ser aberto, o Racing conseguiu manter a posse da bola. Félix Torres vacilou com uma falta no campo de defesa e deu aos argentinos uma chance de alçar a bola na área corintiana. A postura do time brasileiro já era diferente, mais postado na defesa, após abrir a vantagem.

A cautela, contudo, não se instaurou de modo permanente. O Corinthians soube buscar ataques para mostrar que queria mais. O momento defensivo ganhou destaque pelo funcionamento coletivo, sem ser apenas uma retranca, mas um bloco que incluía os meias e marcava alto.

Assim o time conseguia sair rápido para contra-ataques quando recuperava a bola, e com vantagem numérica. Foi assim que Garro saiu cara a cara com Arias, aos 22 minutos. Ele tinha Yuri Alberto como opção para ficar sozinho com o gol aberto, mas preferiu tentar o chute. O goleiro argentino salvou.

Quatro minutos depois, o Racing deu a primeira finalização. Ampliar o placar fez falta aos 33, quando Salas cruzou, e a bola bateu no braço de Matheuzinho. O árbitro chileno Felipe González apitou e indicou a marca da cal para a primeira grande comemoração do El Cilindro. Quando Quintero bateu o pênalti no meio do gol, com Hugo caído para o lado esquerdo, veio o segundo brado. Estava tudo igual.

Não foi apenas o psicológico do Corinthians que se destabilizou. O sistema defensivo tinha uma cratera entre si quando a um lançamento do Racing permitiu Quintero entrar sozinho na área para marcar o segundo e virar a partida, aos 38.

O segundo tempo começou mais com o Racing em defesa do que o Corinthians no ataque. O time paulista tinha dificuldade de quebrar linhas e, mesmo com a bola, via os lances morrerem sem conclusão. Os argentinos restringiram-se a contra-ataques, até quase ampliando com Salas.

Ramón Díaz lançou Talles Magno na tentativa de quebrar o bloqueio do Racing. A pressão continuou, mas foi mantida a retranca argentina. O campo parecia estar reduzido à metade de ataque do Corinthians. Romero foi mais uma peça para pressionar, deixando o ataque corintiano com quatro integrantes.

Isso mudou quando Coronado entrou no lugar de Memphis. A impressão, porém, é que poderiam ser três, quatro ou cinco jogadores de frente, e a diferença seria pequena. A noite virou totalmente da defesa argentina, que classificou o Racing à final.

Com isso, o Corinthians praticamente deu adeus à Copa do Brasil 2025. A equipe perdeu a vaga pelo Paulistão e precisaria ir à Libertadores para conseguir entrar na terceira fase do torneio nacional.

RACING 2 X 1 CORINTHIANS

  • RACING - Arias; Di Césare, Sosa e Basso; Martirena, Quintero (Vietto), Nardoni, Almendra (Zuculini) e Rojas; Martínez (Solari) e Salas (Roger Martínez). Técnico: Gustavo Costas.
  • CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Torres, André Ramalho e Bidu; José Martínez (Ángel Romero), Charles (Breno Bidon), Carrillo (Alex Santana) e Rodrigo Garro (Talles Magno); Memphis Depay (Igor Coronado) e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
  • ÁRBITRO - Felipe Gonzalez (CHI)
  • GOLS - Yuri Alberto, aos 5, e Quintero, aos 35, e aos 38 minutos do primeiro tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Félix Torres e Breno Bidon (Corinthians) e Basso e Rojas (Racing).
  • PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.
  • LOCAL - Estádio El Cilindro, em Avellaneda, na Argentina.

O Corinthians tem apenas o Brasileirão no restante da temporada 2024. O time foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Racing após perder de virada por 2 a 1 no estádio El Cilindro, na Argentina. Após abrir o placar com um começo avassalador, a equipe de Ramón Díaz sentiu o baque, tomou a virada e não conseguiu reagir com pouco mais da metade da partida pela frente.

A final reunirá Racing e Cruzeiro, que eliminou o Lanús, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai, em 23 de novembro. A Conmebol ainda não definiu o horário da partida. De qualquer forma, o campeão será inédito. A Argentina pode chegar ao 10º título, enquanto o Brasil busca o 6º.

Virando a chave para o Brasileirão e tentando continuar fora do Z-4, o Corinthians tem pela frente o clássico contra o Palmeiras, na segunda-feira, 4, às 20h, na Neo Química Arena. André Ramalho deve ser desfalque, após ser suspenso pelo STJD por acertar o rosto de Luciano, do São Paulo. O clube tenta um efeito suspensivo.

Quintero foi a estrela do Racing, com dois gols, para virar sobre o Corinthians e classificar os argentinos à final. Foto: Alejandro Pagni/AFP

O ambiente que o Corinthians encontrou em Avellaneda foi semelhante ao que viveram Atlético-MG e Botafogo em Buenos Aires e Montevidéu, respectivamente, nesta semana, pela Libertadores. A torcida do Racing compareceu em peso, com sinalizadores, fumaça e cânticos ininterruptos para pressionar os visitantes.

O time paulista tentou não se intimidar, ainda mais com a necessidade de garantir o placar. Com menos de um minuto a bola já rondou a área do Racing. Memphis e Yuri Alberto mostraram que iriam alternar-se em levar perigo ao adversário. Revelou-se, nos instantes iniciais, a estratégia de Ramón Díaz em manter a posse de bola para evitar ser atacado.

Deu certo. Com 5 minutos, Yuri Alberto tabelou com Memphis. O holandês emulou Sócrates com um passe de calcanhar para o companheiro. Yuri, então, quis referenciar Casagrande e tirou, sem ângulo, na saída do goleiro Arias para colocar o Corinthians na frente.

Somente depois ver o placar ser aberto, o Racing conseguiu manter a posse da bola. Félix Torres vacilou com uma falta no campo de defesa e deu aos argentinos uma chance de alçar a bola na área corintiana. A postura do time brasileiro já era diferente, mais postado na defesa, após abrir a vantagem.

A cautela, contudo, não se instaurou de modo permanente. O Corinthians soube buscar ataques para mostrar que queria mais. O momento defensivo ganhou destaque pelo funcionamento coletivo, sem ser apenas uma retranca, mas um bloco que incluía os meias e marcava alto.

Assim o time conseguia sair rápido para contra-ataques quando recuperava a bola, e com vantagem numérica. Foi assim que Garro saiu cara a cara com Arias, aos 22 minutos. Ele tinha Yuri Alberto como opção para ficar sozinho com o gol aberto, mas preferiu tentar o chute. O goleiro argentino salvou.

Quatro minutos depois, o Racing deu a primeira finalização. Ampliar o placar fez falta aos 33, quando Salas cruzou, e a bola bateu no braço de Matheuzinho. O árbitro chileno Felipe González apitou e indicou a marca da cal para a primeira grande comemoração do El Cilindro. Quando Quintero bateu o pênalti no meio do gol, com Hugo caído para o lado esquerdo, veio o segundo brado. Estava tudo igual.

Não foi apenas o psicológico do Corinthians que se destabilizou. O sistema defensivo tinha uma cratera entre si quando a um lançamento do Racing permitiu Quintero entrar sozinho na área para marcar o segundo e virar a partida, aos 38.

O segundo tempo começou mais com o Racing em defesa do que o Corinthians no ataque. O time paulista tinha dificuldade de quebrar linhas e, mesmo com a bola, via os lances morrerem sem conclusão. Os argentinos restringiram-se a contra-ataques, até quase ampliando com Salas.

Ramón Díaz lançou Talles Magno na tentativa de quebrar o bloqueio do Racing. A pressão continuou, mas foi mantida a retranca argentina. O campo parecia estar reduzido à metade de ataque do Corinthians. Romero foi mais uma peça para pressionar, deixando o ataque corintiano com quatro integrantes.

Isso mudou quando Coronado entrou no lugar de Memphis. A impressão, porém, é que poderiam ser três, quatro ou cinco jogadores de frente, e a diferença seria pequena. A noite virou totalmente da defesa argentina, que classificou o Racing à final.

Com isso, o Corinthians praticamente deu adeus à Copa do Brasil 2025. A equipe perdeu a vaga pelo Paulistão e precisaria ir à Libertadores para conseguir entrar na terceira fase do torneio nacional.

RACING 2 X 1 CORINTHIANS

  • RACING - Arias; Di Césare, Sosa e Basso; Martirena, Quintero (Vietto), Nardoni, Almendra (Zuculini) e Rojas; Martínez (Solari) e Salas (Roger Martínez). Técnico: Gustavo Costas.
  • CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Torres, André Ramalho e Bidu; José Martínez (Ángel Romero), Charles (Breno Bidon), Carrillo (Alex Santana) e Rodrigo Garro (Talles Magno); Memphis Depay (Igor Coronado) e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
  • ÁRBITRO - Felipe Gonzalez (CHI)
  • GOLS - Yuri Alberto, aos 5, e Quintero, aos 35, e aos 38 minutos do primeiro tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Félix Torres e Breno Bidon (Corinthians) e Basso e Rojas (Racing).
  • PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.
  • LOCAL - Estádio El Cilindro, em Avellaneda, na Argentina.

O Corinthians tem apenas o Brasileirão no restante da temporada 2024. O time foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Racing após perder de virada por 2 a 1 no estádio El Cilindro, na Argentina. Após abrir o placar com um começo avassalador, a equipe de Ramón Díaz sentiu o baque, tomou a virada e não conseguiu reagir com pouco mais da metade da partida pela frente.

A final reunirá Racing e Cruzeiro, que eliminou o Lanús, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai, em 23 de novembro. A Conmebol ainda não definiu o horário da partida. De qualquer forma, o campeão será inédito. A Argentina pode chegar ao 10º título, enquanto o Brasil busca o 6º.

Virando a chave para o Brasileirão e tentando continuar fora do Z-4, o Corinthians tem pela frente o clássico contra o Palmeiras, na segunda-feira, 4, às 20h, na Neo Química Arena. André Ramalho deve ser desfalque, após ser suspenso pelo STJD por acertar o rosto de Luciano, do São Paulo. O clube tenta um efeito suspensivo.

Quintero foi a estrela do Racing, com dois gols, para virar sobre o Corinthians e classificar os argentinos à final. Foto: Alejandro Pagni/AFP

O ambiente que o Corinthians encontrou em Avellaneda foi semelhante ao que viveram Atlético-MG e Botafogo em Buenos Aires e Montevidéu, respectivamente, nesta semana, pela Libertadores. A torcida do Racing compareceu em peso, com sinalizadores, fumaça e cânticos ininterruptos para pressionar os visitantes.

O time paulista tentou não se intimidar, ainda mais com a necessidade de garantir o placar. Com menos de um minuto a bola já rondou a área do Racing. Memphis e Yuri Alberto mostraram que iriam alternar-se em levar perigo ao adversário. Revelou-se, nos instantes iniciais, a estratégia de Ramón Díaz em manter a posse de bola para evitar ser atacado.

Deu certo. Com 5 minutos, Yuri Alberto tabelou com Memphis. O holandês emulou Sócrates com um passe de calcanhar para o companheiro. Yuri, então, quis referenciar Casagrande e tirou, sem ângulo, na saída do goleiro Arias para colocar o Corinthians na frente.

Somente depois ver o placar ser aberto, o Racing conseguiu manter a posse da bola. Félix Torres vacilou com uma falta no campo de defesa e deu aos argentinos uma chance de alçar a bola na área corintiana. A postura do time brasileiro já era diferente, mais postado na defesa, após abrir a vantagem.

A cautela, contudo, não se instaurou de modo permanente. O Corinthians soube buscar ataques para mostrar que queria mais. O momento defensivo ganhou destaque pelo funcionamento coletivo, sem ser apenas uma retranca, mas um bloco que incluía os meias e marcava alto.

Assim o time conseguia sair rápido para contra-ataques quando recuperava a bola, e com vantagem numérica. Foi assim que Garro saiu cara a cara com Arias, aos 22 minutos. Ele tinha Yuri Alberto como opção para ficar sozinho com o gol aberto, mas preferiu tentar o chute. O goleiro argentino salvou.

Quatro minutos depois, o Racing deu a primeira finalização. Ampliar o placar fez falta aos 33, quando Salas cruzou, e a bola bateu no braço de Matheuzinho. O árbitro chileno Felipe González apitou e indicou a marca da cal para a primeira grande comemoração do El Cilindro. Quando Quintero bateu o pênalti no meio do gol, com Hugo caído para o lado esquerdo, veio o segundo brado. Estava tudo igual.

Não foi apenas o psicológico do Corinthians que se destabilizou. O sistema defensivo tinha uma cratera entre si quando a um lançamento do Racing permitiu Quintero entrar sozinho na área para marcar o segundo e virar a partida, aos 38.

O segundo tempo começou mais com o Racing em defesa do que o Corinthians no ataque. O time paulista tinha dificuldade de quebrar linhas e, mesmo com a bola, via os lances morrerem sem conclusão. Os argentinos restringiram-se a contra-ataques, até quase ampliando com Salas.

Ramón Díaz lançou Talles Magno na tentativa de quebrar o bloqueio do Racing. A pressão continuou, mas foi mantida a retranca argentina. O campo parecia estar reduzido à metade de ataque do Corinthians. Romero foi mais uma peça para pressionar, deixando o ataque corintiano com quatro integrantes.

Isso mudou quando Coronado entrou no lugar de Memphis. A impressão, porém, é que poderiam ser três, quatro ou cinco jogadores de frente, e a diferença seria pequena. A noite virou totalmente da defesa argentina, que classificou o Racing à final.

Com isso, o Corinthians praticamente deu adeus à Copa do Brasil 2025. A equipe perdeu a vaga pelo Paulistão e precisaria ir à Libertadores para conseguir entrar na terceira fase do torneio nacional.

RACING 2 X 1 CORINTHIANS

  • RACING - Arias; Di Césare, Sosa e Basso; Martirena, Quintero (Vietto), Nardoni, Almendra (Zuculini) e Rojas; Martínez (Solari) e Salas (Roger Martínez). Técnico: Gustavo Costas.
  • CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Torres, André Ramalho e Bidu; José Martínez (Ángel Romero), Charles (Breno Bidon), Carrillo (Alex Santana) e Rodrigo Garro (Talles Magno); Memphis Depay (Igor Coronado) e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
  • ÁRBITRO - Felipe Gonzalez (CHI)
  • GOLS - Yuri Alberto, aos 5, e Quintero, aos 35, e aos 38 minutos do primeiro tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Félix Torres e Breno Bidon (Corinthians) e Basso e Rojas (Racing).
  • PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.
  • LOCAL - Estádio El Cilindro, em Avellaneda, na Argentina.
Análise por Leonardo Catto

Jornalista natural de Santa Maria (RS), bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Repórter de Esportes do Estadão. Antes, fez parte do 32º Curso Estado de Jornalismo.

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