Drama da queda: Santos tem tabela mais difícil, Corinthians respira e nem São Paulo está salvo ainda


Time da baixada ocupa a 16ª posição após vitória sobre o Coritiba, mas ainda corre risco rebaixamento inédito; Corinthians e Goiás têm caminhos ‘mais suaves’ e tricolor paulista precisa abrir o olho

Por Murillo César Alves
Atualização:

À exceção de Coritiba e América-MG, 19º e 20º colocados do Brasileirão, respectivamente, a briga para fugir das duas últimas vagas do rebaixamento promete ser emocionante. Da parte inferior da tabela, ninguém está seguro. Vários são os fatores de risco para os últimos nove times. A nove jogos do fim do Brasileirão, o Santos, 16º colocado após a vitória sobre o Coritiba, tem a tabela mais difícil para evitar o primeiro rebaixamento de sua história; Cuiabá é aquele com o maior número de confrontos diretos, enquanto Corinthians e Goiás têm caminhos mais suaves. Nem mesmo o São Paulo, com certa distância do Z-4, está salvo.

Esse é o cenário do Brasileirão, que inicia sua 30ª rodada no fim de semana. Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além dos iminentes rebaixados América-MG e Coritiba, nove equipes correm risco de queda para a segunda divisão: Vasco, com 70%, Goiás está mais próximo dos 50% e Santos, dos 33%, além de Bahia, Corinthians, Internacional, Cuiabá, Cruzeiro e São Paulo, com probabilidades mais remotas, inferiores a 20%. Com base nesses nove clubes, o Estadão traçou uma análise da tabela de cada um para a reta final da disputa.

A partir da média de pontos conquistados por cada um dos nove próximos adversários desses times – recurso utilizado para analisar a força do calendário nas ligas americanas, como a National Basketball Association (NBA) e a National Football League (NFL) –, dá para se imaginar quais times terão mais dificuldades de somar pontos. Nesse quesito, o Santos, que já trocou de técnico três vezes somente neste ano, tem o caminho mais complicado: em média, seus próximos adversários somam 1,47 ponto por jogo. Além disso, também terá dois clássico, com Corinthians e São Paulo.

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Logo abaixo está o São Paulo, que, apesar disso, é o melhor colocado na tabela dentre todos os candidatos ao rebaixamento: 1,45 ponto por jogo dos seus adversários nas próximas rodadas. A goleada imposta pelo Palmeiras nesta quarta-feira, dia 25, abalou os ânimos do campeão da Copa do Brasil. As chances de a equipe de Dorival Júnior ser rebaixada, segundo a UFMG, são remotas (3,8%), mas preocupam quando somadas à dificuldade do calendário e ao desempenho como visitante: é, ao lado do Goiás, o único que ainda não venceu fora de casa no Brasileirão.

“O Palmeiras fez uma brilhante partida, desde o primeiro minuto, mereceu. Nossos comportamentos não foram respeitados, mas muito em razão da postura que a equipe do Palmeiras teve. Outro dia fizemos um jogo quase perfeito contra o Grêmio, dentro do Morumbi. Hoje foi ao contrário. O dinamismo do futebol, infelizmente, provoca situações como essa. Depois da expulsão (de Rafinha) ficou ainda mais difícil. Já não seria fácil. Com a expulsão ficou muito mais complicado”, comentou Dorival após a derrota na rodada.

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Corinthians e Goiás têm um calendário mais tranquilo. O time de Mano Menezes ganhou na rodada e subiu na tabela. O Goiás voltou para o Z-4 com a vitória do Santos. Mas o clube goiano é aquele que menos terá duelos com equipes do G-6: enfrenta apenas Red Bull Bragantino e Grêmio até o fim do Brasileirão.

Confrontos diretos e ‘Fator Athletico-PR’

Com tantos envolvidos na disputa contra o rebaixamento, haverá, nessas últimas rodadas, diversos confrontos diretos entre as nove equipes ameaçadas. Vasco e Cuiabá, com uma dificuldade de calendário semelhante (1,4 ponto por jogo), terão, nas nove últimas partidas, cinco confrontos direto – ambos também se enfrentarão, na 31ª rodada, na luta contra o descenso. Goiás, novamente, é um dos que menos terá esses “jogos de seis pontos”: apenas três, contra Vasco, Santos e Cruzeiro.

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Outros duelos que podem ser cruciais são aqueles com as equipes que estão na parte de cima da tabela. Nesse sentido, o Vasco é o time que está mais “prejudicado”. Do G-6, enfrenta quatro: Botafogo, Athletico-PR, Grêmio e Bragantino. Os paranaenses, que brigam pela vaga direta na Libertadores do próximo ano, se mostram como um importante fator para a luta contra o rebaixamento – apesar de figurar na quinta posição.

O Athletico jogará, nas próximas nove rodadas, contra sete candidatos ao rebaixamento. A exceção é o Goiás, que tem o menor número de confrontos com o G-6 – e o Internacional.

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Histórico de rebaixamento

A edição de 2023 é 21ª da história do Brasileirão por pontos corridos. Desde seu começo, em 2003, 78 clubes já foram rebaixados – na primeira competição no atual formato, apenas duas equipes caíram. Ao considerar os times que estavam no Z-4 (ou Z-2, no caso de 2003) a nove rodadas do fim, 78,2% das equipes terminaram o ano “classificadas” para disputar a Série B na temporada seguinte. Poucos escaparam da degola.

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Em apenas cinco edições do Brasileirão os quatro times que ocupavam alguma posição no Z-4 foram rebaixados para a Série B. Isso ocorreu nas competições de 2007, 2012, 2016, 2017 e 2020. Em 2023, além de Coritiba e América-MG, Vasco e Goiás ocupam as quatro últimas posições da competição antes do início da 30ª rodada. Veja a tabela.

O único ano em que nenhum dos times que ocupavam as posições de rebaixamento a nove jogos do fim do Brasileirão caiu foi 2003. Na ocasião, Fluminense e Grêmio estavam no Z-2, mas foram Fortaleza e Bahia que terminaram a temporada rebaixados para a Série B.

Risco de rebaixamento para a Série B

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  • América-MG - 99,8%
  • Coritiba - 99,6%
  • Vasco - 70,6%
  • Goiás - 50,8%
  • Santos - 33%
  • Bahia - 18,1%
  • Corinthians - 10%
  • Cuiabá - 7,1%
  • Cruzeiro - 4,9%
  • São Paulo - 4,2%
  • Internacional - 1,7%

À exceção de Coritiba e América-MG, 19º e 20º colocados do Brasileirão, respectivamente, a briga para fugir das duas últimas vagas do rebaixamento promete ser emocionante. Da parte inferior da tabela, ninguém está seguro. Vários são os fatores de risco para os últimos nove times. A nove jogos do fim do Brasileirão, o Santos, 16º colocado após a vitória sobre o Coritiba, tem a tabela mais difícil para evitar o primeiro rebaixamento de sua história; Cuiabá é aquele com o maior número de confrontos diretos, enquanto Corinthians e Goiás têm caminhos mais suaves. Nem mesmo o São Paulo, com certa distância do Z-4, está salvo.

Esse é o cenário do Brasileirão, que inicia sua 30ª rodada no fim de semana. Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além dos iminentes rebaixados América-MG e Coritiba, nove equipes correm risco de queda para a segunda divisão: Vasco, com 70%, Goiás está mais próximo dos 50% e Santos, dos 33%, além de Bahia, Corinthians, Internacional, Cuiabá, Cruzeiro e São Paulo, com probabilidades mais remotas, inferiores a 20%. Com base nesses nove clubes, o Estadão traçou uma análise da tabela de cada um para a reta final da disputa.

A partir da média de pontos conquistados por cada um dos nove próximos adversários desses times – recurso utilizado para analisar a força do calendário nas ligas americanas, como a National Basketball Association (NBA) e a National Football League (NFL) –, dá para se imaginar quais times terão mais dificuldades de somar pontos. Nesse quesito, o Santos, que já trocou de técnico três vezes somente neste ano, tem o caminho mais complicado: em média, seus próximos adversários somam 1,47 ponto por jogo. Além disso, também terá dois clássico, com Corinthians e São Paulo.

Logo abaixo está o São Paulo, que, apesar disso, é o melhor colocado na tabela dentre todos os candidatos ao rebaixamento: 1,45 ponto por jogo dos seus adversários nas próximas rodadas. A goleada imposta pelo Palmeiras nesta quarta-feira, dia 25, abalou os ânimos do campeão da Copa do Brasil. As chances de a equipe de Dorival Júnior ser rebaixada, segundo a UFMG, são remotas (3,8%), mas preocupam quando somadas à dificuldade do calendário e ao desempenho como visitante: é, ao lado do Goiás, o único que ainda não venceu fora de casa no Brasileirão.

“O Palmeiras fez uma brilhante partida, desde o primeiro minuto, mereceu. Nossos comportamentos não foram respeitados, mas muito em razão da postura que a equipe do Palmeiras teve. Outro dia fizemos um jogo quase perfeito contra o Grêmio, dentro do Morumbi. Hoje foi ao contrário. O dinamismo do futebol, infelizmente, provoca situações como essa. Depois da expulsão (de Rafinha) ficou ainda mais difícil. Já não seria fácil. Com a expulsão ficou muito mais complicado”, comentou Dorival após a derrota na rodada.

Corinthians e Goiás têm um calendário mais tranquilo. O time de Mano Menezes ganhou na rodada e subiu na tabela. O Goiás voltou para o Z-4 com a vitória do Santos. Mas o clube goiano é aquele que menos terá duelos com equipes do G-6: enfrenta apenas Red Bull Bragantino e Grêmio até o fim do Brasileirão.

Confrontos diretos e ‘Fator Athletico-PR’

Com tantos envolvidos na disputa contra o rebaixamento, haverá, nessas últimas rodadas, diversos confrontos diretos entre as nove equipes ameaçadas. Vasco e Cuiabá, com uma dificuldade de calendário semelhante (1,4 ponto por jogo), terão, nas nove últimas partidas, cinco confrontos direto – ambos também se enfrentarão, na 31ª rodada, na luta contra o descenso. Goiás, novamente, é um dos que menos terá esses “jogos de seis pontos”: apenas três, contra Vasco, Santos e Cruzeiro.

Outros duelos que podem ser cruciais são aqueles com as equipes que estão na parte de cima da tabela. Nesse sentido, o Vasco é o time que está mais “prejudicado”. Do G-6, enfrenta quatro: Botafogo, Athletico-PR, Grêmio e Bragantino. Os paranaenses, que brigam pela vaga direta na Libertadores do próximo ano, se mostram como um importante fator para a luta contra o rebaixamento – apesar de figurar na quinta posição.

O Athletico jogará, nas próximas nove rodadas, contra sete candidatos ao rebaixamento. A exceção é o Goiás, que tem o menor número de confrontos com o G-6 – e o Internacional.

Histórico de rebaixamento

A edição de 2023 é 21ª da história do Brasileirão por pontos corridos. Desde seu começo, em 2003, 78 clubes já foram rebaixados – na primeira competição no atual formato, apenas duas equipes caíram. Ao considerar os times que estavam no Z-4 (ou Z-2, no caso de 2003) a nove rodadas do fim, 78,2% das equipes terminaram o ano “classificadas” para disputar a Série B na temporada seguinte. Poucos escaparam da degola.

Em apenas cinco edições do Brasileirão os quatro times que ocupavam alguma posição no Z-4 foram rebaixados para a Série B. Isso ocorreu nas competições de 2007, 2012, 2016, 2017 e 2020. Em 2023, além de Coritiba e América-MG, Vasco e Goiás ocupam as quatro últimas posições da competição antes do início da 30ª rodada. Veja a tabela.

O único ano em que nenhum dos times que ocupavam as posições de rebaixamento a nove jogos do fim do Brasileirão caiu foi 2003. Na ocasião, Fluminense e Grêmio estavam no Z-2, mas foram Fortaleza e Bahia que terminaram a temporada rebaixados para a Série B.

Risco de rebaixamento para a Série B

  • América-MG - 99,8%
  • Coritiba - 99,6%
  • Vasco - 70,6%
  • Goiás - 50,8%
  • Santos - 33%
  • Bahia - 18,1%
  • Corinthians - 10%
  • Cuiabá - 7,1%
  • Cruzeiro - 4,9%
  • São Paulo - 4,2%
  • Internacional - 1,7%

À exceção de Coritiba e América-MG, 19º e 20º colocados do Brasileirão, respectivamente, a briga para fugir das duas últimas vagas do rebaixamento promete ser emocionante. Da parte inferior da tabela, ninguém está seguro. Vários são os fatores de risco para os últimos nove times. A nove jogos do fim do Brasileirão, o Santos, 16º colocado após a vitória sobre o Coritiba, tem a tabela mais difícil para evitar o primeiro rebaixamento de sua história; Cuiabá é aquele com o maior número de confrontos diretos, enquanto Corinthians e Goiás têm caminhos mais suaves. Nem mesmo o São Paulo, com certa distância do Z-4, está salvo.

Esse é o cenário do Brasileirão, que inicia sua 30ª rodada no fim de semana. Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além dos iminentes rebaixados América-MG e Coritiba, nove equipes correm risco de queda para a segunda divisão: Vasco, com 70%, Goiás está mais próximo dos 50% e Santos, dos 33%, além de Bahia, Corinthians, Internacional, Cuiabá, Cruzeiro e São Paulo, com probabilidades mais remotas, inferiores a 20%. Com base nesses nove clubes, o Estadão traçou uma análise da tabela de cada um para a reta final da disputa.

A partir da média de pontos conquistados por cada um dos nove próximos adversários desses times – recurso utilizado para analisar a força do calendário nas ligas americanas, como a National Basketball Association (NBA) e a National Football League (NFL) –, dá para se imaginar quais times terão mais dificuldades de somar pontos. Nesse quesito, o Santos, que já trocou de técnico três vezes somente neste ano, tem o caminho mais complicado: em média, seus próximos adversários somam 1,47 ponto por jogo. Além disso, também terá dois clássico, com Corinthians e São Paulo.

Logo abaixo está o São Paulo, que, apesar disso, é o melhor colocado na tabela dentre todos os candidatos ao rebaixamento: 1,45 ponto por jogo dos seus adversários nas próximas rodadas. A goleada imposta pelo Palmeiras nesta quarta-feira, dia 25, abalou os ânimos do campeão da Copa do Brasil. As chances de a equipe de Dorival Júnior ser rebaixada, segundo a UFMG, são remotas (3,8%), mas preocupam quando somadas à dificuldade do calendário e ao desempenho como visitante: é, ao lado do Goiás, o único que ainda não venceu fora de casa no Brasileirão.

“O Palmeiras fez uma brilhante partida, desde o primeiro minuto, mereceu. Nossos comportamentos não foram respeitados, mas muito em razão da postura que a equipe do Palmeiras teve. Outro dia fizemos um jogo quase perfeito contra o Grêmio, dentro do Morumbi. Hoje foi ao contrário. O dinamismo do futebol, infelizmente, provoca situações como essa. Depois da expulsão (de Rafinha) ficou ainda mais difícil. Já não seria fácil. Com a expulsão ficou muito mais complicado”, comentou Dorival após a derrota na rodada.

Corinthians e Goiás têm um calendário mais tranquilo. O time de Mano Menezes ganhou na rodada e subiu na tabela. O Goiás voltou para o Z-4 com a vitória do Santos. Mas o clube goiano é aquele que menos terá duelos com equipes do G-6: enfrenta apenas Red Bull Bragantino e Grêmio até o fim do Brasileirão.

Confrontos diretos e ‘Fator Athletico-PR’

Com tantos envolvidos na disputa contra o rebaixamento, haverá, nessas últimas rodadas, diversos confrontos diretos entre as nove equipes ameaçadas. Vasco e Cuiabá, com uma dificuldade de calendário semelhante (1,4 ponto por jogo), terão, nas nove últimas partidas, cinco confrontos direto – ambos também se enfrentarão, na 31ª rodada, na luta contra o descenso. Goiás, novamente, é um dos que menos terá esses “jogos de seis pontos”: apenas três, contra Vasco, Santos e Cruzeiro.

Outros duelos que podem ser cruciais são aqueles com as equipes que estão na parte de cima da tabela. Nesse sentido, o Vasco é o time que está mais “prejudicado”. Do G-6, enfrenta quatro: Botafogo, Athletico-PR, Grêmio e Bragantino. Os paranaenses, que brigam pela vaga direta na Libertadores do próximo ano, se mostram como um importante fator para a luta contra o rebaixamento – apesar de figurar na quinta posição.

O Athletico jogará, nas próximas nove rodadas, contra sete candidatos ao rebaixamento. A exceção é o Goiás, que tem o menor número de confrontos com o G-6 – e o Internacional.

Histórico de rebaixamento

A edição de 2023 é 21ª da história do Brasileirão por pontos corridos. Desde seu começo, em 2003, 78 clubes já foram rebaixados – na primeira competição no atual formato, apenas duas equipes caíram. Ao considerar os times que estavam no Z-4 (ou Z-2, no caso de 2003) a nove rodadas do fim, 78,2% das equipes terminaram o ano “classificadas” para disputar a Série B na temporada seguinte. Poucos escaparam da degola.

Em apenas cinco edições do Brasileirão os quatro times que ocupavam alguma posição no Z-4 foram rebaixados para a Série B. Isso ocorreu nas competições de 2007, 2012, 2016, 2017 e 2020. Em 2023, além de Coritiba e América-MG, Vasco e Goiás ocupam as quatro últimas posições da competição antes do início da 30ª rodada. Veja a tabela.

O único ano em que nenhum dos times que ocupavam as posições de rebaixamento a nove jogos do fim do Brasileirão caiu foi 2003. Na ocasião, Fluminense e Grêmio estavam no Z-2, mas foram Fortaleza e Bahia que terminaram a temporada rebaixados para a Série B.

Risco de rebaixamento para a Série B

  • América-MG - 99,8%
  • Coritiba - 99,6%
  • Vasco - 70,6%
  • Goiás - 50,8%
  • Santos - 33%
  • Bahia - 18,1%
  • Corinthians - 10%
  • Cuiabá - 7,1%
  • Cruzeiro - 4,9%
  • São Paulo - 4,2%
  • Internacional - 1,7%

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