Cano rei do Rio? Argentino mantém fase artilheira e se destaca como o cara do futebol carioca


Adaptado à cidade, atacante do Fluminense repete boas atuações do ano passado e está entre os mais eficientes do mundo dentro da área, como eram o Romário e Renato Gaúcho

Por Marcio Dolzan
Atualização:

Eleito o melhor jogador do Campeonato Carioca, no qual foi artilheiro com 16 gols, o atacante argentino Germán Cano bem que poderia ver seu momento coroado como novo “Rei do Rio”. Mesmo sendo ele um argentino. Aos 35 anos, o jogador do Fluminense é o mais letal atacante do futebol brasileiro desde a temporada passada e chega para o Brasileirão mais uma vez disposto a buscar a artilharia, repetindo o feito do ano passado.

De fato, o título simbólico de ‘Rei do Rio’ foi dado unicamente uma vez, em 1995. À época, Renato Gaúcho, do Fluminense; Romário, do Flamengo; Túlio Maravilha, do Botafogo; e Valdir Bigode, do Vasco, eram os grandes nomes do futebol carioca e a imprensa local decidiu fazer uma brincadeira e coroar aquele que seria o Rei da cidade. No fim, quem venceu foi Renato Gaúcho, graças ao seu famoso gol de barriga no Fla-Flu que decidiu o Carioca daquele ano em favor do Fluminense. Renato foi coroado.

Desde então, outros jogadores se destacaram e, de alguma forma, receberam a referência a um possível reinado. Há pouco anos, foi Gabriel Barbosa, o Gabigol, essencial nas inúmeras conquistas do Flamengo. Seu nome era visto em todos os cantos da cidade, com a frase que se perdeu pelo caminho: “Hoje tem gol do Gabigol”. Nunca antes, porém, a alcunha havia sido sugerida a um jogador argentino. Mas Germán Cano é o cara da vez no Rio.

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Germán Cano tem faro artilheiro e é cobiçado pela seleção colombiana. Foto: Marcelo Gonçalves/ FFC

O atacante é atualmente um dos mais eficientes do mundo. Desde o início do ano, Cano já marcou 18 gols. O número é o mesmo dos astros Karim Benzema, do Real Madrid, e Erling Haaland, do Manchester City. E 16 desses gols foram marcados nas 13 partidas que o argentino disputou pelo Campeonato Carioca, vencida pelo seu time, o Flu, diante do Flamengo.

Os números de Cano chamam a atenção desde que ele chegou ao Vasco, em 2020, mas foi no Fluminense, clube para o qual se transferiu no início de 2022, que o atacante argentino ganhou mais projeção. Ele foi o artilheiro do Brasil no ano passado ao marcar 54 gols - quase metade deles, 26, no Brasileirão, na qual foi o artilheiro também.

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Tamanha efetividade fez o clube das Laranjeiras ampliar o vínculo com o argentino antes mesmo que ele chegasse à metade do contrato. Inicialmente, Cano ficaria no Fluminense até o fim desta temporada, mas em novembro passado o clube fez um acordo de renovação. Agora, ele deverá ficar nas Laranjeiras até dezembro de 2025. O salário, claro, também foi ampliado. Os números não são revelados oficialmente, mas estima-se que entre os vencimentos em carteira e luvas o atacante receba próximo de R$ 700 mil por mês.

ADAPTAÇÃO AO RIO

Nascido na cidade argentina de Lomas de Zamora, que faz divisa com a capital Buenos Aires, Germán Cano iniciou a carreira no Lanús, em 2007. Rodou por clubes do país e, antes de chegar ao Brasil, atuou também no futebol do México e da Colômbia.

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Cano teve passagem de destaque pelo Independiente Medellín, clube pelo qual atuou em dois momentos e marcou 124 gols em partidas oficiais. Ele já manifestou o desejo em morar na Colômbia após encerrar a carreira, mas o sucesso e a adaptação que alcançou no Rio - onde eventualmente é até visto jogando altinha na praia com desconhecidos - já o fazem pensar em morar para sempre na cidade brasileira.

A família também se sente bem na capital fluminense. O filho Lorenzo, que fará cinco anos em julho, estuda no Rio e está aprendendo a falar português. O menino é o grande xodó do atacante - tanto é assim que todos os gols de Cano são comemorados com o jogador fazendo o gesto da letra ‘L’ com a mão, referência direta à primeira letra do nome do filho. No começo, foi confundido com o ‘L’ de Lula, presidente do Brasil, nas eleições. Nunca foi.

No domingo, logo após a conquista do Campeonato Carioca com goleada sobre o Flamengo, Cano comemorou muito o título no Maracanã carregando o garoto no colo. “O Lorenzo é o amor da minha vida. Estou muito feliz. Desfrutar com ele aqui no Maracanã não tem preço”, disse, em entrevista à TV Band ainda no estádio.

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Apesar da profusão de gols e de viver a fase mais artilheira de sua carreira, desfrutando do Rio e do sabor de seus gols, o atacante de 35 anos nunca foi convocado para defender a seleção argentina principal. E tampouco considera que tenha chances no momento no time de Scaloni e Messi, a não ser que alguns dos que venham sendo convocados pela campeã do mundo se machuquem ou fiquem suspensos.

“Sei que é muito difícil, porque já existe um processo e uma equipe formada. Os jogadores nos representam da melhor maneira”, declarou esta semana em entrevista à rádio argentina La Red. “E eu não aceitaria jogar pelo Brasil. Gosto muito do meu país e da minha seleção.” A citação de atuar no ataque da seleção brasileira vem do fato que seu nome já foi cogitado, pelo menos entre torcedores brasileiros do Fluminense. Oficialmente, isso até seria possível, visto que Cano nunca jogou uma partida oficial pela seleção principal da Argentina, um pré-requisito exigido pela Fifa.

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Curiosamente, o atacante até tem uma camisa da seleção brasileira com seu nome gravado às costas. Foi um presente que ele ganhou do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, durante a Copa do Mundo do Catar, disputada no fim do ano passado. Cano acompanhou o Mundial como torcedor, assistindo inclusive a estreia do Brasil diante da Sérvia. Mas seu coração, e sua torcida, sempre foi pelo seu país de origem.

“Argentina campeã do mundo”, publicou no Instagram logo após a final do Mundial. Cano postou a foto ainda do Estádio Lusail, onde os argentinos derrotaram a França nos pênaltis na decisão. “Difícil descrever com palavras estes sentimentos que vivemos dentro do campo. Obrigado aos jogadores por este belo ensinamento que deram ao planeta. Messi, te amo. Este sonho jamais será apagado de nossos corações. Família, te amo’, acrescentou na legenda, deixando claro que o (potencial) Rei do Rio, hoje, é mesmo argentino.

Eleito o melhor jogador do Campeonato Carioca, no qual foi artilheiro com 16 gols, o atacante argentino Germán Cano bem que poderia ver seu momento coroado como novo “Rei do Rio”. Mesmo sendo ele um argentino. Aos 35 anos, o jogador do Fluminense é o mais letal atacante do futebol brasileiro desde a temporada passada e chega para o Brasileirão mais uma vez disposto a buscar a artilharia, repetindo o feito do ano passado.

De fato, o título simbólico de ‘Rei do Rio’ foi dado unicamente uma vez, em 1995. À época, Renato Gaúcho, do Fluminense; Romário, do Flamengo; Túlio Maravilha, do Botafogo; e Valdir Bigode, do Vasco, eram os grandes nomes do futebol carioca e a imprensa local decidiu fazer uma brincadeira e coroar aquele que seria o Rei da cidade. No fim, quem venceu foi Renato Gaúcho, graças ao seu famoso gol de barriga no Fla-Flu que decidiu o Carioca daquele ano em favor do Fluminense. Renato foi coroado.

Desde então, outros jogadores se destacaram e, de alguma forma, receberam a referência a um possível reinado. Há pouco anos, foi Gabriel Barbosa, o Gabigol, essencial nas inúmeras conquistas do Flamengo. Seu nome era visto em todos os cantos da cidade, com a frase que se perdeu pelo caminho: “Hoje tem gol do Gabigol”. Nunca antes, porém, a alcunha havia sido sugerida a um jogador argentino. Mas Germán Cano é o cara da vez no Rio.

Germán Cano tem faro artilheiro e é cobiçado pela seleção colombiana. Foto: Marcelo Gonçalves/ FFC

O atacante é atualmente um dos mais eficientes do mundo. Desde o início do ano, Cano já marcou 18 gols. O número é o mesmo dos astros Karim Benzema, do Real Madrid, e Erling Haaland, do Manchester City. E 16 desses gols foram marcados nas 13 partidas que o argentino disputou pelo Campeonato Carioca, vencida pelo seu time, o Flu, diante do Flamengo.

Os números de Cano chamam a atenção desde que ele chegou ao Vasco, em 2020, mas foi no Fluminense, clube para o qual se transferiu no início de 2022, que o atacante argentino ganhou mais projeção. Ele foi o artilheiro do Brasil no ano passado ao marcar 54 gols - quase metade deles, 26, no Brasileirão, na qual foi o artilheiro também.

Tamanha efetividade fez o clube das Laranjeiras ampliar o vínculo com o argentino antes mesmo que ele chegasse à metade do contrato. Inicialmente, Cano ficaria no Fluminense até o fim desta temporada, mas em novembro passado o clube fez um acordo de renovação. Agora, ele deverá ficar nas Laranjeiras até dezembro de 2025. O salário, claro, também foi ampliado. Os números não são revelados oficialmente, mas estima-se que entre os vencimentos em carteira e luvas o atacante receba próximo de R$ 700 mil por mês.

ADAPTAÇÃO AO RIO

Nascido na cidade argentina de Lomas de Zamora, que faz divisa com a capital Buenos Aires, Germán Cano iniciou a carreira no Lanús, em 2007. Rodou por clubes do país e, antes de chegar ao Brasil, atuou também no futebol do México e da Colômbia.

Cano teve passagem de destaque pelo Independiente Medellín, clube pelo qual atuou em dois momentos e marcou 124 gols em partidas oficiais. Ele já manifestou o desejo em morar na Colômbia após encerrar a carreira, mas o sucesso e a adaptação que alcançou no Rio - onde eventualmente é até visto jogando altinha na praia com desconhecidos - já o fazem pensar em morar para sempre na cidade brasileira.

A família também se sente bem na capital fluminense. O filho Lorenzo, que fará cinco anos em julho, estuda no Rio e está aprendendo a falar português. O menino é o grande xodó do atacante - tanto é assim que todos os gols de Cano são comemorados com o jogador fazendo o gesto da letra ‘L’ com a mão, referência direta à primeira letra do nome do filho. No começo, foi confundido com o ‘L’ de Lula, presidente do Brasil, nas eleições. Nunca foi.

No domingo, logo após a conquista do Campeonato Carioca com goleada sobre o Flamengo, Cano comemorou muito o título no Maracanã carregando o garoto no colo. “O Lorenzo é o amor da minha vida. Estou muito feliz. Desfrutar com ele aqui no Maracanã não tem preço”, disse, em entrevista à TV Band ainda no estádio.

SELEÇÃO

Apesar da profusão de gols e de viver a fase mais artilheira de sua carreira, desfrutando do Rio e do sabor de seus gols, o atacante de 35 anos nunca foi convocado para defender a seleção argentina principal. E tampouco considera que tenha chances no momento no time de Scaloni e Messi, a não ser que alguns dos que venham sendo convocados pela campeã do mundo se machuquem ou fiquem suspensos.

“Sei que é muito difícil, porque já existe um processo e uma equipe formada. Os jogadores nos representam da melhor maneira”, declarou esta semana em entrevista à rádio argentina La Red. “E eu não aceitaria jogar pelo Brasil. Gosto muito do meu país e da minha seleção.” A citação de atuar no ataque da seleção brasileira vem do fato que seu nome já foi cogitado, pelo menos entre torcedores brasileiros do Fluminense. Oficialmente, isso até seria possível, visto que Cano nunca jogou uma partida oficial pela seleção principal da Argentina, um pré-requisito exigido pela Fifa.

Curiosamente, o atacante até tem uma camisa da seleção brasileira com seu nome gravado às costas. Foi um presente que ele ganhou do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, durante a Copa do Mundo do Catar, disputada no fim do ano passado. Cano acompanhou o Mundial como torcedor, assistindo inclusive a estreia do Brasil diante da Sérvia. Mas seu coração, e sua torcida, sempre foi pelo seu país de origem.

“Argentina campeã do mundo”, publicou no Instagram logo após a final do Mundial. Cano postou a foto ainda do Estádio Lusail, onde os argentinos derrotaram a França nos pênaltis na decisão. “Difícil descrever com palavras estes sentimentos que vivemos dentro do campo. Obrigado aos jogadores por este belo ensinamento que deram ao planeta. Messi, te amo. Este sonho jamais será apagado de nossos corações. Família, te amo’, acrescentou na legenda, deixando claro que o (potencial) Rei do Rio, hoje, é mesmo argentino.

Eleito o melhor jogador do Campeonato Carioca, no qual foi artilheiro com 16 gols, o atacante argentino Germán Cano bem que poderia ver seu momento coroado como novo “Rei do Rio”. Mesmo sendo ele um argentino. Aos 35 anos, o jogador do Fluminense é o mais letal atacante do futebol brasileiro desde a temporada passada e chega para o Brasileirão mais uma vez disposto a buscar a artilharia, repetindo o feito do ano passado.

De fato, o título simbólico de ‘Rei do Rio’ foi dado unicamente uma vez, em 1995. À época, Renato Gaúcho, do Fluminense; Romário, do Flamengo; Túlio Maravilha, do Botafogo; e Valdir Bigode, do Vasco, eram os grandes nomes do futebol carioca e a imprensa local decidiu fazer uma brincadeira e coroar aquele que seria o Rei da cidade. No fim, quem venceu foi Renato Gaúcho, graças ao seu famoso gol de barriga no Fla-Flu que decidiu o Carioca daquele ano em favor do Fluminense. Renato foi coroado.

Desde então, outros jogadores se destacaram e, de alguma forma, receberam a referência a um possível reinado. Há pouco anos, foi Gabriel Barbosa, o Gabigol, essencial nas inúmeras conquistas do Flamengo. Seu nome era visto em todos os cantos da cidade, com a frase que se perdeu pelo caminho: “Hoje tem gol do Gabigol”. Nunca antes, porém, a alcunha havia sido sugerida a um jogador argentino. Mas Germán Cano é o cara da vez no Rio.

Germán Cano tem faro artilheiro e é cobiçado pela seleção colombiana. Foto: Marcelo Gonçalves/ FFC

O atacante é atualmente um dos mais eficientes do mundo. Desde o início do ano, Cano já marcou 18 gols. O número é o mesmo dos astros Karim Benzema, do Real Madrid, e Erling Haaland, do Manchester City. E 16 desses gols foram marcados nas 13 partidas que o argentino disputou pelo Campeonato Carioca, vencida pelo seu time, o Flu, diante do Flamengo.

Os números de Cano chamam a atenção desde que ele chegou ao Vasco, em 2020, mas foi no Fluminense, clube para o qual se transferiu no início de 2022, que o atacante argentino ganhou mais projeção. Ele foi o artilheiro do Brasil no ano passado ao marcar 54 gols - quase metade deles, 26, no Brasileirão, na qual foi o artilheiro também.

Tamanha efetividade fez o clube das Laranjeiras ampliar o vínculo com o argentino antes mesmo que ele chegasse à metade do contrato. Inicialmente, Cano ficaria no Fluminense até o fim desta temporada, mas em novembro passado o clube fez um acordo de renovação. Agora, ele deverá ficar nas Laranjeiras até dezembro de 2025. O salário, claro, também foi ampliado. Os números não são revelados oficialmente, mas estima-se que entre os vencimentos em carteira e luvas o atacante receba próximo de R$ 700 mil por mês.

ADAPTAÇÃO AO RIO

Nascido na cidade argentina de Lomas de Zamora, que faz divisa com a capital Buenos Aires, Germán Cano iniciou a carreira no Lanús, em 2007. Rodou por clubes do país e, antes de chegar ao Brasil, atuou também no futebol do México e da Colômbia.

Cano teve passagem de destaque pelo Independiente Medellín, clube pelo qual atuou em dois momentos e marcou 124 gols em partidas oficiais. Ele já manifestou o desejo em morar na Colômbia após encerrar a carreira, mas o sucesso e a adaptação que alcançou no Rio - onde eventualmente é até visto jogando altinha na praia com desconhecidos - já o fazem pensar em morar para sempre na cidade brasileira.

A família também se sente bem na capital fluminense. O filho Lorenzo, que fará cinco anos em julho, estuda no Rio e está aprendendo a falar português. O menino é o grande xodó do atacante - tanto é assim que todos os gols de Cano são comemorados com o jogador fazendo o gesto da letra ‘L’ com a mão, referência direta à primeira letra do nome do filho. No começo, foi confundido com o ‘L’ de Lula, presidente do Brasil, nas eleições. Nunca foi.

No domingo, logo após a conquista do Campeonato Carioca com goleada sobre o Flamengo, Cano comemorou muito o título no Maracanã carregando o garoto no colo. “O Lorenzo é o amor da minha vida. Estou muito feliz. Desfrutar com ele aqui no Maracanã não tem preço”, disse, em entrevista à TV Band ainda no estádio.

SELEÇÃO

Apesar da profusão de gols e de viver a fase mais artilheira de sua carreira, desfrutando do Rio e do sabor de seus gols, o atacante de 35 anos nunca foi convocado para defender a seleção argentina principal. E tampouco considera que tenha chances no momento no time de Scaloni e Messi, a não ser que alguns dos que venham sendo convocados pela campeã do mundo se machuquem ou fiquem suspensos.

“Sei que é muito difícil, porque já existe um processo e uma equipe formada. Os jogadores nos representam da melhor maneira”, declarou esta semana em entrevista à rádio argentina La Red. “E eu não aceitaria jogar pelo Brasil. Gosto muito do meu país e da minha seleção.” A citação de atuar no ataque da seleção brasileira vem do fato que seu nome já foi cogitado, pelo menos entre torcedores brasileiros do Fluminense. Oficialmente, isso até seria possível, visto que Cano nunca jogou uma partida oficial pela seleção principal da Argentina, um pré-requisito exigido pela Fifa.

Curiosamente, o atacante até tem uma camisa da seleção brasileira com seu nome gravado às costas. Foi um presente que ele ganhou do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, durante a Copa do Mundo do Catar, disputada no fim do ano passado. Cano acompanhou o Mundial como torcedor, assistindo inclusive a estreia do Brasil diante da Sérvia. Mas seu coração, e sua torcida, sempre foi pelo seu país de origem.

“Argentina campeã do mundo”, publicou no Instagram logo após a final do Mundial. Cano postou a foto ainda do Estádio Lusail, onde os argentinos derrotaram a França nos pênaltis na decisão. “Difícil descrever com palavras estes sentimentos que vivemos dentro do campo. Obrigado aos jogadores por este belo ensinamento que deram ao planeta. Messi, te amo. Este sonho jamais será apagado de nossos corações. Família, te amo’, acrescentou na legenda, deixando claro que o (potencial) Rei do Rio, hoje, é mesmo argentino.

Eleito o melhor jogador do Campeonato Carioca, no qual foi artilheiro com 16 gols, o atacante argentino Germán Cano bem que poderia ver seu momento coroado como novo “Rei do Rio”. Mesmo sendo ele um argentino. Aos 35 anos, o jogador do Fluminense é o mais letal atacante do futebol brasileiro desde a temporada passada e chega para o Brasileirão mais uma vez disposto a buscar a artilharia, repetindo o feito do ano passado.

De fato, o título simbólico de ‘Rei do Rio’ foi dado unicamente uma vez, em 1995. À época, Renato Gaúcho, do Fluminense; Romário, do Flamengo; Túlio Maravilha, do Botafogo; e Valdir Bigode, do Vasco, eram os grandes nomes do futebol carioca e a imprensa local decidiu fazer uma brincadeira e coroar aquele que seria o Rei da cidade. No fim, quem venceu foi Renato Gaúcho, graças ao seu famoso gol de barriga no Fla-Flu que decidiu o Carioca daquele ano em favor do Fluminense. Renato foi coroado.

Desde então, outros jogadores se destacaram e, de alguma forma, receberam a referência a um possível reinado. Há pouco anos, foi Gabriel Barbosa, o Gabigol, essencial nas inúmeras conquistas do Flamengo. Seu nome era visto em todos os cantos da cidade, com a frase que se perdeu pelo caminho: “Hoje tem gol do Gabigol”. Nunca antes, porém, a alcunha havia sido sugerida a um jogador argentino. Mas Germán Cano é o cara da vez no Rio.

Germán Cano tem faro artilheiro e é cobiçado pela seleção colombiana. Foto: Marcelo Gonçalves/ FFC

O atacante é atualmente um dos mais eficientes do mundo. Desde o início do ano, Cano já marcou 18 gols. O número é o mesmo dos astros Karim Benzema, do Real Madrid, e Erling Haaland, do Manchester City. E 16 desses gols foram marcados nas 13 partidas que o argentino disputou pelo Campeonato Carioca, vencida pelo seu time, o Flu, diante do Flamengo.

Os números de Cano chamam a atenção desde que ele chegou ao Vasco, em 2020, mas foi no Fluminense, clube para o qual se transferiu no início de 2022, que o atacante argentino ganhou mais projeção. Ele foi o artilheiro do Brasil no ano passado ao marcar 54 gols - quase metade deles, 26, no Brasileirão, na qual foi o artilheiro também.

Tamanha efetividade fez o clube das Laranjeiras ampliar o vínculo com o argentino antes mesmo que ele chegasse à metade do contrato. Inicialmente, Cano ficaria no Fluminense até o fim desta temporada, mas em novembro passado o clube fez um acordo de renovação. Agora, ele deverá ficar nas Laranjeiras até dezembro de 2025. O salário, claro, também foi ampliado. Os números não são revelados oficialmente, mas estima-se que entre os vencimentos em carteira e luvas o atacante receba próximo de R$ 700 mil por mês.

ADAPTAÇÃO AO RIO

Nascido na cidade argentina de Lomas de Zamora, que faz divisa com a capital Buenos Aires, Germán Cano iniciou a carreira no Lanús, em 2007. Rodou por clubes do país e, antes de chegar ao Brasil, atuou também no futebol do México e da Colômbia.

Cano teve passagem de destaque pelo Independiente Medellín, clube pelo qual atuou em dois momentos e marcou 124 gols em partidas oficiais. Ele já manifestou o desejo em morar na Colômbia após encerrar a carreira, mas o sucesso e a adaptação que alcançou no Rio - onde eventualmente é até visto jogando altinha na praia com desconhecidos - já o fazem pensar em morar para sempre na cidade brasileira.

A família também se sente bem na capital fluminense. O filho Lorenzo, que fará cinco anos em julho, estuda no Rio e está aprendendo a falar português. O menino é o grande xodó do atacante - tanto é assim que todos os gols de Cano são comemorados com o jogador fazendo o gesto da letra ‘L’ com a mão, referência direta à primeira letra do nome do filho. No começo, foi confundido com o ‘L’ de Lula, presidente do Brasil, nas eleições. Nunca foi.

No domingo, logo após a conquista do Campeonato Carioca com goleada sobre o Flamengo, Cano comemorou muito o título no Maracanã carregando o garoto no colo. “O Lorenzo é o amor da minha vida. Estou muito feliz. Desfrutar com ele aqui no Maracanã não tem preço”, disse, em entrevista à TV Band ainda no estádio.

SELEÇÃO

Apesar da profusão de gols e de viver a fase mais artilheira de sua carreira, desfrutando do Rio e do sabor de seus gols, o atacante de 35 anos nunca foi convocado para defender a seleção argentina principal. E tampouco considera que tenha chances no momento no time de Scaloni e Messi, a não ser que alguns dos que venham sendo convocados pela campeã do mundo se machuquem ou fiquem suspensos.

“Sei que é muito difícil, porque já existe um processo e uma equipe formada. Os jogadores nos representam da melhor maneira”, declarou esta semana em entrevista à rádio argentina La Red. “E eu não aceitaria jogar pelo Brasil. Gosto muito do meu país e da minha seleção.” A citação de atuar no ataque da seleção brasileira vem do fato que seu nome já foi cogitado, pelo menos entre torcedores brasileiros do Fluminense. Oficialmente, isso até seria possível, visto que Cano nunca jogou uma partida oficial pela seleção principal da Argentina, um pré-requisito exigido pela Fifa.

Curiosamente, o atacante até tem uma camisa da seleção brasileira com seu nome gravado às costas. Foi um presente que ele ganhou do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, durante a Copa do Mundo do Catar, disputada no fim do ano passado. Cano acompanhou o Mundial como torcedor, assistindo inclusive a estreia do Brasil diante da Sérvia. Mas seu coração, e sua torcida, sempre foi pelo seu país de origem.

“Argentina campeã do mundo”, publicou no Instagram logo após a final do Mundial. Cano postou a foto ainda do Estádio Lusail, onde os argentinos derrotaram a França nos pênaltis na decisão. “Difícil descrever com palavras estes sentimentos que vivemos dentro do campo. Obrigado aos jogadores por este belo ensinamento que deram ao planeta. Messi, te amo. Este sonho jamais será apagado de nossos corações. Família, te amo’, acrescentou na legenda, deixando claro que o (potencial) Rei do Rio, hoje, é mesmo argentino.

Eleito o melhor jogador do Campeonato Carioca, no qual foi artilheiro com 16 gols, o atacante argentino Germán Cano bem que poderia ver seu momento coroado como novo “Rei do Rio”. Mesmo sendo ele um argentino. Aos 35 anos, o jogador do Fluminense é o mais letal atacante do futebol brasileiro desde a temporada passada e chega para o Brasileirão mais uma vez disposto a buscar a artilharia, repetindo o feito do ano passado.

De fato, o título simbólico de ‘Rei do Rio’ foi dado unicamente uma vez, em 1995. À época, Renato Gaúcho, do Fluminense; Romário, do Flamengo; Túlio Maravilha, do Botafogo; e Valdir Bigode, do Vasco, eram os grandes nomes do futebol carioca e a imprensa local decidiu fazer uma brincadeira e coroar aquele que seria o Rei da cidade. No fim, quem venceu foi Renato Gaúcho, graças ao seu famoso gol de barriga no Fla-Flu que decidiu o Carioca daquele ano em favor do Fluminense. Renato foi coroado.

Desde então, outros jogadores se destacaram e, de alguma forma, receberam a referência a um possível reinado. Há pouco anos, foi Gabriel Barbosa, o Gabigol, essencial nas inúmeras conquistas do Flamengo. Seu nome era visto em todos os cantos da cidade, com a frase que se perdeu pelo caminho: “Hoje tem gol do Gabigol”. Nunca antes, porém, a alcunha havia sido sugerida a um jogador argentino. Mas Germán Cano é o cara da vez no Rio.

Germán Cano tem faro artilheiro e é cobiçado pela seleção colombiana. Foto: Marcelo Gonçalves/ FFC

O atacante é atualmente um dos mais eficientes do mundo. Desde o início do ano, Cano já marcou 18 gols. O número é o mesmo dos astros Karim Benzema, do Real Madrid, e Erling Haaland, do Manchester City. E 16 desses gols foram marcados nas 13 partidas que o argentino disputou pelo Campeonato Carioca, vencida pelo seu time, o Flu, diante do Flamengo.

Os números de Cano chamam a atenção desde que ele chegou ao Vasco, em 2020, mas foi no Fluminense, clube para o qual se transferiu no início de 2022, que o atacante argentino ganhou mais projeção. Ele foi o artilheiro do Brasil no ano passado ao marcar 54 gols - quase metade deles, 26, no Brasileirão, na qual foi o artilheiro também.

Tamanha efetividade fez o clube das Laranjeiras ampliar o vínculo com o argentino antes mesmo que ele chegasse à metade do contrato. Inicialmente, Cano ficaria no Fluminense até o fim desta temporada, mas em novembro passado o clube fez um acordo de renovação. Agora, ele deverá ficar nas Laranjeiras até dezembro de 2025. O salário, claro, também foi ampliado. Os números não são revelados oficialmente, mas estima-se que entre os vencimentos em carteira e luvas o atacante receba próximo de R$ 700 mil por mês.

ADAPTAÇÃO AO RIO

Nascido na cidade argentina de Lomas de Zamora, que faz divisa com a capital Buenos Aires, Germán Cano iniciou a carreira no Lanús, em 2007. Rodou por clubes do país e, antes de chegar ao Brasil, atuou também no futebol do México e da Colômbia.

Cano teve passagem de destaque pelo Independiente Medellín, clube pelo qual atuou em dois momentos e marcou 124 gols em partidas oficiais. Ele já manifestou o desejo em morar na Colômbia após encerrar a carreira, mas o sucesso e a adaptação que alcançou no Rio - onde eventualmente é até visto jogando altinha na praia com desconhecidos - já o fazem pensar em morar para sempre na cidade brasileira.

A família também se sente bem na capital fluminense. O filho Lorenzo, que fará cinco anos em julho, estuda no Rio e está aprendendo a falar português. O menino é o grande xodó do atacante - tanto é assim que todos os gols de Cano são comemorados com o jogador fazendo o gesto da letra ‘L’ com a mão, referência direta à primeira letra do nome do filho. No começo, foi confundido com o ‘L’ de Lula, presidente do Brasil, nas eleições. Nunca foi.

No domingo, logo após a conquista do Campeonato Carioca com goleada sobre o Flamengo, Cano comemorou muito o título no Maracanã carregando o garoto no colo. “O Lorenzo é o amor da minha vida. Estou muito feliz. Desfrutar com ele aqui no Maracanã não tem preço”, disse, em entrevista à TV Band ainda no estádio.

SELEÇÃO

Apesar da profusão de gols e de viver a fase mais artilheira de sua carreira, desfrutando do Rio e do sabor de seus gols, o atacante de 35 anos nunca foi convocado para defender a seleção argentina principal. E tampouco considera que tenha chances no momento no time de Scaloni e Messi, a não ser que alguns dos que venham sendo convocados pela campeã do mundo se machuquem ou fiquem suspensos.

“Sei que é muito difícil, porque já existe um processo e uma equipe formada. Os jogadores nos representam da melhor maneira”, declarou esta semana em entrevista à rádio argentina La Red. “E eu não aceitaria jogar pelo Brasil. Gosto muito do meu país e da minha seleção.” A citação de atuar no ataque da seleção brasileira vem do fato que seu nome já foi cogitado, pelo menos entre torcedores brasileiros do Fluminense. Oficialmente, isso até seria possível, visto que Cano nunca jogou uma partida oficial pela seleção principal da Argentina, um pré-requisito exigido pela Fifa.

Curiosamente, o atacante até tem uma camisa da seleção brasileira com seu nome gravado às costas. Foi um presente que ele ganhou do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, durante a Copa do Mundo do Catar, disputada no fim do ano passado. Cano acompanhou o Mundial como torcedor, assistindo inclusive a estreia do Brasil diante da Sérvia. Mas seu coração, e sua torcida, sempre foi pelo seu país de origem.

“Argentina campeã do mundo”, publicou no Instagram logo após a final do Mundial. Cano postou a foto ainda do Estádio Lusail, onde os argentinos derrotaram a França nos pênaltis na decisão. “Difícil descrever com palavras estes sentimentos que vivemos dentro do campo. Obrigado aos jogadores por este belo ensinamento que deram ao planeta. Messi, te amo. Este sonho jamais será apagado de nossos corações. Família, te amo’, acrescentou na legenda, deixando claro que o (potencial) Rei do Rio, hoje, é mesmo argentino.

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