A cantora e compositora Rita Lee, morta nesta segunda-feira, aos 75 anos, teve relação estreita com o Corinthians, seu time de coração, ao longo de sua carreira. A Rainha do Rock brasileiro participou de eventos da Democracia Corintiana com os principais atletas da época e chegou a narrar um documentário sobre o movimento que mudou a história do clube.
Na década de 1980, durante a Ditadura Militar, o Corinthians decidiu submeter ao voto dos jogadores e funcionários todas as decisões do clube. Rita Lee narra os bastidores em “Democracia em Preto e Branco”, dirigido por Pedro Asberg e lançado em 2014. Em um trecho do filme, os jogadores Vladimir, Sócrates e Casagrande lembram do dia que invadiram o show da cantora para lhe dar uma camisa corintiana.
Walter Casagrande, um dos líderes da Democracia Corintiana, nunca escondeu sua idolatria por Rita Lee, de quem é fã desde a adolescência. O comentarista já confidenciou que teve a oportunidade de conversar com a cantora sobre os seus problemas de dependência química e revelou que o primeiro show que fez questão de ir após a reabilitação foi o da cantora. Casagrande havia dedicou o gol do título do Paulistão de 1982, sobre o São Paulo, para a artista.
Rita Lee também declarou seu amor ao Corinthians na canção “Amor Branco e Preto”, faixa do disco Hoje é o Primeiro Dia do Resto de Nossas Vidas, de 1972, segundo álbum da cantora e lançado um ano antes de sair do grupo Os Mutantes, um dos mais inventivos da música brasileira. “Sofro, mas continuo a te adorar/Corinthians, meu amor/Corinthians”, canta Rita.
O clube lamentou a perda da cantora em publicação nas redes sociais. “Aos 75 anos, a Rainha do Rock Brasileiro se despediu de nós. Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras da música nacional faleceu na última segunda (8), após um câncer no pulmão. Torcedora apaixonada, participou ativamente da Democracia Corinthiana. Nossa solidariedade à família, aos amigos e aos fãs. Eternamente em nossos corações.”