Atlético Nacional e River Plate tiveram uma etapa de superioridade cada no jogo de ida da final da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, na Colômbia, e ficaram no empate em 1 a 1, deixando a definição do título aberta para a próxima semana.
Empurrado pela torcida no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, e escalado num esquema que priorizou o ataque, o Atlético, algoz do São Paulo nas semifinais, dominou o primeiro tempo, fez 1 a 0, com gol de Berrío, e só não aumentou a vantagem devido à boa atuação do goleiro adversário, Marcelo Barovero. Na etapa final, porém, o River cresceu e buscou a igualdade graças a ótimo chute de longe de Pisculichi.
Como vem acontecendo nas finais de competições da Conmebol, a decisão do torneio continental não tem como critério de desempate o gol marcado fora de casa. Com isso, uma nova igualdade na próxima quarta, no Monumental de Nuñez, levará à prorrogação e, se necessário, aos pênaltis. Se houver um vencedor no tempo normal, este levantará o troféu.
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O JOGO
O técnico do Atlético Nacional, Juan Carlos Osorio teve todos os jogadores à disposição e optou por um esquema ofensivo, com três atacantes, como fez quando jogou em casa contra o São Paulo. No River Plate, a ausência do lateral-direito Mercado, suspenso, levou Marcelo Gallardo a escalar o jovem Mammana, de apenas 18 anos.
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Escalado no 4-3-3, o time da casa tomou a iniciativa e já teve uma boa chance de gol logo aos cinco minutos de bola rolando. Cardona cobrou falta da entrada da área, a bola quicou e traiu o goleiro Barovero, batendo na trave. Cinco minutos depois, Ruiz recebeu cruzamento livre, mas não alcançou.
O Atlético Nacional não deixava o River Plate respirar, mas tinha dificuldade em criar boas chances, como a dos instantes iniciais. Sem espaço para entrar na área, Copete arriscou de longe, mas a bola desviou em Mammana e saiu em escanteio, aos 21 minutos. Pouco em seguida, aos 25, o centroavante saiu da área, foi à ponta e cruzou rasteiro buscando Ruiz, mas Funes Mori se antecipou e cortou de carrinho.
No único contra-ataque que conseguiu emplacar, o time visitante ficou a centímetros de sair na frente. Aos 32, Vangioni ganhou pela esquerda, tirou da marcação e finalizou cruzado. O goleiro Armani não desviou, Gutiérrez também não alcançou e a bola raspou o pé da trave.
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Mas a resposta do Nacional foi dada dois minutos depois, e foi certeira. Cardona descolou ótimo lançamento por baixo nas costas de Vangioni, Berrío entrou na área e encheu o pé. Barovero, que fez boa partida de uma forma geral, se ajoelhou no estilo Rogério Ceni e não defendeu.
O gol animou a equipe anfitriã, que se lançou ao ataque, e o próprio Berrío poderia ter feito 2 a 0 aos 37. O meia aproveitou passe errado de Ponzio e soltou mais uma bomba, mas desta vez o arqueiro argentino trabalhou bem.
O jogo era bastante favorável ao Nacional, mas o time colombiano perdeu qualidade no meio-campo minutos antes do intervalo. Bernal sentiu a coxa esquerda e teve que ser substituído por Guerra.
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O River voltou melhor do intervalo e levou perigo logo aos três minutos. Gutiérrez cruzou, Sánchez emendou de primeira e Armani fez grande intervenção. Logo a seguir, aos cinco, Pisculichi bateu falta com força, e o goleiro pegou mais uma.
Acuado em um primeiro momento, o Nacional encaixou um bom ataque pela direita, aos 18 minutos. Berrío cruzou à meia altura, Pérez, que entrara na vaga de Copete, acertou um lindo peixinho e carimbou o travessão.
O momento, porém, era mesmo do River, e o empate aconteceu aos 22. Pisculichi mandou mais uma bomba de fora da área para cima de Armani, que até tocou na bola, mas caiu com certo atraso e não evitou a igualdade.
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Depois disso, o jogo ficou lá e cá, com os dois times criando. Aos 26 minutos, Carovero saiu mal na cobrança de escanteio e Berrío cabeceou perto da trave esquerda. Um minuto depois, Rojas fez o chuveirinho na infração e Funes Mori cabeceou perigosamente por cima.
Embora estivessem dispostas a continuar atacando para tentarem obter a vitória, as duas equipes acusaram o cansaço do final de temporada, e as chances de gol rarearam. No último bom chute, aos 34 minutos, Carmona cobrou falta com efeito e mandou por cima da meta.
FICHA TÉCNICA
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ATLÉTICO NACIONAL - Armani; Bocanegra, Henríquez, Murillo e Díaz; Mejía, Bernal (Guerra) e Cardona; Berrío (Guisao), Ruiz e Copete (Pérez). Técnico: Juan Carlos Osorio.
RIVER PLATE - Barovero; Mammana (Solari), Pezzella, Ramiro Funes Mori e Vangioni; Sánchez, Ponzio, Rojas e Pisculichi (Kranevitter); Mora (Cavenaghi) e Gutiérrez. Técnico: Marcelo Gallardo.
ÁRBITRO - Ricardo Marques Ribeiro, auxiliado por Emerson de Carvalho e Marcelo Van Gasse.
CARTÕES AMARELOS - Pezzella e Gutiérrez (River Plate).
GOLS - Berrío (Nacional de Medellín); Pisculichi (River Plate).
LOCAL - Atanasio Girardot, em Medellín (Colômbia).