Robinho muda de versão e admite sexo com vítima de estupro em novos áudios


Gravações utilizadas pela Justiça da Itália na sentença de nove anos de prisão contra o jogador são divulgadas nesta sexta-feira pelo ‘Uol’; amigo do atleta, Ricardo Falco mentiu à polícia sobre o envolvimento do atacante no ato

Por Redação
Atualização:

Novos áudios utilizados pela Justiça italiana na condenação de Robinho por estupro foram divulgados nesta sexta-feira, no quinto episódio do podcast “Os Grampos de Robinho”, do portal Uol. Em uma das gravações, o jogador admite que fez sexo com penetração com a vítima. Anteriormente, o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira tinha afirmado que só havia ocorrido sexo oral. O brasileiro e seu amigo Ricardo Falco foram condenados a nove anos de prisão pelo crime de agressão sexual em grupo. Como voltou para o Brasil, a pena não foi executada.

Os trechos divulgados mostram Robinho conversando com Falco sobre a noite do crime, ocorrido em 2013, na boate Sio Café, em Milão. Eles discutem sobre os depoimentos que deram para a polícia. As gravações trazem descrições explícitas da cena do abuso e linguagem imprópria.

Robinho, segundo pessoas de sua confiança, estaria vivendo de forma discreta na Baixada Santista. Foto: Ivan Storti/Santos FC
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“Eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez ‘chupeta’ pra mim e depois saí fora. Os cara continuaram lá”, diz Robinho.

Em outro trecho, Robinho afirma que a vítima “quis” fazer sexo, mas tanto ele quanto Falco admitem que a mulher estava embriagada. Este fator teria sido determinante para a Justiça concluir que houve o crime de estupro. Falco diz a Robinho, ainda, que mentiu para o advogado e à polícia sobre o envolvimento do jogador no ato. “Dei depoimento, falei toda a verdade ao meu advogado. Só não falei que você comeu a mina”, contou.

Posteriormente, Falco ameaçou mudar o próprio depoimento ao descobrir que a estratégia de Robinho era incriminá-lo. “Eu sou homem até o fim, porque é o seguinte, num bagulho desse quem tem mais a perder é ele, porque eu podia chegar lá e falar assim: ‘O Robinho comeu a mina mesmo e o caralho’. É sua vida, sua profissão, você se f...”, afirmou Falco a Robinho.

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No primeiro episódio da série, Robinho disse que daria um soco na cara da vítima se ela fizesse a denúncia e demonstrou preocupação com a divulgação do caso. “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?”, disse. “C..., se esse bagulho sair na imprensa, eu vou me f...”

Um dos capítulos anteriores, o brasileiro ri e debocha da condição da vítima, uma mulher albanesa, afirmando que ela teria dificuldade para comprovar a agressão sexual naquela dia na boate em Milão. “Como não tinha câmera, vai ficar embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida”, diz. Em outras gravações, os envolvidos descobriram que a mulher disse estar grávida, o que não era verdade. E tentavam descobrir, aos risos, quem seria o pai.

O ex-atacante do Santos e da seleção brasileira foi sentenciado em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra uma mulher albanesa numa boate em Milão, em 2013, quando atuava pelo Milan. Ele entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de o País não extraditar brasileiros. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve retomar o julgamento da ação no dia 2 de agosto. Robinho nega as acusações.

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Entenda o caso Robinho

De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação. O Estadão esteve na boate em Milão e constatou que o local passou por reforma após o episódio. Procurado pela reportagem em outubro de 2020, o advogado Franco Moretti, que representava Robinho na Itália, reforçou que seu cliente era inocente. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher. Robinho é casado.

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Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os áudios revelados agora já estavam transcritos nos processo.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são “auto acusatório”. As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou ao atleta sobre a investigação.

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Robinho e Falco foram condenados com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”.

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um “equívoco de interpretação” em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano. As gravações provam o contrário.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. O jogador foi anunciado como reforço pelo clube da Vila com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do atleta. Robinho vive atualmente em Santos.

Novos áudios utilizados pela Justiça italiana na condenação de Robinho por estupro foram divulgados nesta sexta-feira, no quinto episódio do podcast “Os Grampos de Robinho”, do portal Uol. Em uma das gravações, o jogador admite que fez sexo com penetração com a vítima. Anteriormente, o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira tinha afirmado que só havia ocorrido sexo oral. O brasileiro e seu amigo Ricardo Falco foram condenados a nove anos de prisão pelo crime de agressão sexual em grupo. Como voltou para o Brasil, a pena não foi executada.

Os trechos divulgados mostram Robinho conversando com Falco sobre a noite do crime, ocorrido em 2013, na boate Sio Café, em Milão. Eles discutem sobre os depoimentos que deram para a polícia. As gravações trazem descrições explícitas da cena do abuso e linguagem imprópria.

Robinho, segundo pessoas de sua confiança, estaria vivendo de forma discreta na Baixada Santista. Foto: Ivan Storti/Santos FC

“Eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez ‘chupeta’ pra mim e depois saí fora. Os cara continuaram lá”, diz Robinho.

Em outro trecho, Robinho afirma que a vítima “quis” fazer sexo, mas tanto ele quanto Falco admitem que a mulher estava embriagada. Este fator teria sido determinante para a Justiça concluir que houve o crime de estupro. Falco diz a Robinho, ainda, que mentiu para o advogado e à polícia sobre o envolvimento do jogador no ato. “Dei depoimento, falei toda a verdade ao meu advogado. Só não falei que você comeu a mina”, contou.

Posteriormente, Falco ameaçou mudar o próprio depoimento ao descobrir que a estratégia de Robinho era incriminá-lo. “Eu sou homem até o fim, porque é o seguinte, num bagulho desse quem tem mais a perder é ele, porque eu podia chegar lá e falar assim: ‘O Robinho comeu a mina mesmo e o caralho’. É sua vida, sua profissão, você se f...”, afirmou Falco a Robinho.

No primeiro episódio da série, Robinho disse que daria um soco na cara da vítima se ela fizesse a denúncia e demonstrou preocupação com a divulgação do caso. “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?”, disse. “C..., se esse bagulho sair na imprensa, eu vou me f...”

Um dos capítulos anteriores, o brasileiro ri e debocha da condição da vítima, uma mulher albanesa, afirmando que ela teria dificuldade para comprovar a agressão sexual naquela dia na boate em Milão. “Como não tinha câmera, vai ficar embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida”, diz. Em outras gravações, os envolvidos descobriram que a mulher disse estar grávida, o que não era verdade. E tentavam descobrir, aos risos, quem seria o pai.

O ex-atacante do Santos e da seleção brasileira foi sentenciado em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra uma mulher albanesa numa boate em Milão, em 2013, quando atuava pelo Milan. Ele entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de o País não extraditar brasileiros. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve retomar o julgamento da ação no dia 2 de agosto. Robinho nega as acusações.

Entenda o caso Robinho

De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação. O Estadão esteve na boate em Milão e constatou que o local passou por reforma após o episódio. Procurado pela reportagem em outubro de 2020, o advogado Franco Moretti, que representava Robinho na Itália, reforçou que seu cliente era inocente. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher. Robinho é casado.

Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os áudios revelados agora já estavam transcritos nos processo.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são “auto acusatório”. As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou ao atleta sobre a investigação.

Robinho e Falco foram condenados com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”.

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um “equívoco de interpretação” em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano. As gravações provam o contrário.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. O jogador foi anunciado como reforço pelo clube da Vila com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do atleta. Robinho vive atualmente em Santos.

Novos áudios utilizados pela Justiça italiana na condenação de Robinho por estupro foram divulgados nesta sexta-feira, no quinto episódio do podcast “Os Grampos de Robinho”, do portal Uol. Em uma das gravações, o jogador admite que fez sexo com penetração com a vítima. Anteriormente, o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira tinha afirmado que só havia ocorrido sexo oral. O brasileiro e seu amigo Ricardo Falco foram condenados a nove anos de prisão pelo crime de agressão sexual em grupo. Como voltou para o Brasil, a pena não foi executada.

Os trechos divulgados mostram Robinho conversando com Falco sobre a noite do crime, ocorrido em 2013, na boate Sio Café, em Milão. Eles discutem sobre os depoimentos que deram para a polícia. As gravações trazem descrições explícitas da cena do abuso e linguagem imprópria.

Robinho, segundo pessoas de sua confiança, estaria vivendo de forma discreta na Baixada Santista. Foto: Ivan Storti/Santos FC

“Eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez ‘chupeta’ pra mim e depois saí fora. Os cara continuaram lá”, diz Robinho.

Em outro trecho, Robinho afirma que a vítima “quis” fazer sexo, mas tanto ele quanto Falco admitem que a mulher estava embriagada. Este fator teria sido determinante para a Justiça concluir que houve o crime de estupro. Falco diz a Robinho, ainda, que mentiu para o advogado e à polícia sobre o envolvimento do jogador no ato. “Dei depoimento, falei toda a verdade ao meu advogado. Só não falei que você comeu a mina”, contou.

Posteriormente, Falco ameaçou mudar o próprio depoimento ao descobrir que a estratégia de Robinho era incriminá-lo. “Eu sou homem até o fim, porque é o seguinte, num bagulho desse quem tem mais a perder é ele, porque eu podia chegar lá e falar assim: ‘O Robinho comeu a mina mesmo e o caralho’. É sua vida, sua profissão, você se f...”, afirmou Falco a Robinho.

No primeiro episódio da série, Robinho disse que daria um soco na cara da vítima se ela fizesse a denúncia e demonstrou preocupação com a divulgação do caso. “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?”, disse. “C..., se esse bagulho sair na imprensa, eu vou me f...”

Um dos capítulos anteriores, o brasileiro ri e debocha da condição da vítima, uma mulher albanesa, afirmando que ela teria dificuldade para comprovar a agressão sexual naquela dia na boate em Milão. “Como não tinha câmera, vai ficar embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida”, diz. Em outras gravações, os envolvidos descobriram que a mulher disse estar grávida, o que não era verdade. E tentavam descobrir, aos risos, quem seria o pai.

O ex-atacante do Santos e da seleção brasileira foi sentenciado em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra uma mulher albanesa numa boate em Milão, em 2013, quando atuava pelo Milan. Ele entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de o País não extraditar brasileiros. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve retomar o julgamento da ação no dia 2 de agosto. Robinho nega as acusações.

Entenda o caso Robinho

De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação. O Estadão esteve na boate em Milão e constatou que o local passou por reforma após o episódio. Procurado pela reportagem em outubro de 2020, o advogado Franco Moretti, que representava Robinho na Itália, reforçou que seu cliente era inocente. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher. Robinho é casado.

Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os áudios revelados agora já estavam transcritos nos processo.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são “auto acusatório”. As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou ao atleta sobre a investigação.

Robinho e Falco foram condenados com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”.

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um “equívoco de interpretação” em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano. As gravações provam o contrário.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. O jogador foi anunciado como reforço pelo clube da Vila com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do atleta. Robinho vive atualmente em Santos.

Novos áudios utilizados pela Justiça italiana na condenação de Robinho por estupro foram divulgados nesta sexta-feira, no quinto episódio do podcast “Os Grampos de Robinho”, do portal Uol. Em uma das gravações, o jogador admite que fez sexo com penetração com a vítima. Anteriormente, o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira tinha afirmado que só havia ocorrido sexo oral. O brasileiro e seu amigo Ricardo Falco foram condenados a nove anos de prisão pelo crime de agressão sexual em grupo. Como voltou para o Brasil, a pena não foi executada.

Os trechos divulgados mostram Robinho conversando com Falco sobre a noite do crime, ocorrido em 2013, na boate Sio Café, em Milão. Eles discutem sobre os depoimentos que deram para a polícia. As gravações trazem descrições explícitas da cena do abuso e linguagem imprópria.

Robinho, segundo pessoas de sua confiança, estaria vivendo de forma discreta na Baixada Santista. Foto: Ivan Storti/Santos FC

“Eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez ‘chupeta’ pra mim e depois saí fora. Os cara continuaram lá”, diz Robinho.

Em outro trecho, Robinho afirma que a vítima “quis” fazer sexo, mas tanto ele quanto Falco admitem que a mulher estava embriagada. Este fator teria sido determinante para a Justiça concluir que houve o crime de estupro. Falco diz a Robinho, ainda, que mentiu para o advogado e à polícia sobre o envolvimento do jogador no ato. “Dei depoimento, falei toda a verdade ao meu advogado. Só não falei que você comeu a mina”, contou.

Posteriormente, Falco ameaçou mudar o próprio depoimento ao descobrir que a estratégia de Robinho era incriminá-lo. “Eu sou homem até o fim, porque é o seguinte, num bagulho desse quem tem mais a perder é ele, porque eu podia chegar lá e falar assim: ‘O Robinho comeu a mina mesmo e o caralho’. É sua vida, sua profissão, você se f...”, afirmou Falco a Robinho.

No primeiro episódio da série, Robinho disse que daria um soco na cara da vítima se ela fizesse a denúncia e demonstrou preocupação com a divulgação do caso. “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?”, disse. “C..., se esse bagulho sair na imprensa, eu vou me f...”

Um dos capítulos anteriores, o brasileiro ri e debocha da condição da vítima, uma mulher albanesa, afirmando que ela teria dificuldade para comprovar a agressão sexual naquela dia na boate em Milão. “Como não tinha câmera, vai ficar embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida”, diz. Em outras gravações, os envolvidos descobriram que a mulher disse estar grávida, o que não era verdade. E tentavam descobrir, aos risos, quem seria o pai.

O ex-atacante do Santos e da seleção brasileira foi sentenciado em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra uma mulher albanesa numa boate em Milão, em 2013, quando atuava pelo Milan. Ele entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de o País não extraditar brasileiros. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve retomar o julgamento da ação no dia 2 de agosto. Robinho nega as acusações.

Entenda o caso Robinho

De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação. O Estadão esteve na boate em Milão e constatou que o local passou por reforma após o episódio. Procurado pela reportagem em outubro de 2020, o advogado Franco Moretti, que representava Robinho na Itália, reforçou que seu cliente era inocente. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher. Robinho é casado.

Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os áudios revelados agora já estavam transcritos nos processo.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são “auto acusatório”. As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou ao atleta sobre a investigação.

Robinho e Falco foram condenados com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”.

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um “equívoco de interpretação” em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano. As gravações provam o contrário.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. O jogador foi anunciado como reforço pelo clube da Vila com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do atleta. Robinho vive atualmente em Santos.

Novos áudios utilizados pela Justiça italiana na condenação de Robinho por estupro foram divulgados nesta sexta-feira, no quinto episódio do podcast “Os Grampos de Robinho”, do portal Uol. Em uma das gravações, o jogador admite que fez sexo com penetração com a vítima. Anteriormente, o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira tinha afirmado que só havia ocorrido sexo oral. O brasileiro e seu amigo Ricardo Falco foram condenados a nove anos de prisão pelo crime de agressão sexual em grupo. Como voltou para o Brasil, a pena não foi executada.

Os trechos divulgados mostram Robinho conversando com Falco sobre a noite do crime, ocorrido em 2013, na boate Sio Café, em Milão. Eles discutem sobre os depoimentos que deram para a polícia. As gravações trazem descrições explícitas da cena do abuso e linguagem imprópria.

Robinho, segundo pessoas de sua confiança, estaria vivendo de forma discreta na Baixada Santista. Foto: Ivan Storti/Santos FC

“Eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez ‘chupeta’ pra mim e depois saí fora. Os cara continuaram lá”, diz Robinho.

Em outro trecho, Robinho afirma que a vítima “quis” fazer sexo, mas tanto ele quanto Falco admitem que a mulher estava embriagada. Este fator teria sido determinante para a Justiça concluir que houve o crime de estupro. Falco diz a Robinho, ainda, que mentiu para o advogado e à polícia sobre o envolvimento do jogador no ato. “Dei depoimento, falei toda a verdade ao meu advogado. Só não falei que você comeu a mina”, contou.

Posteriormente, Falco ameaçou mudar o próprio depoimento ao descobrir que a estratégia de Robinho era incriminá-lo. “Eu sou homem até o fim, porque é o seguinte, num bagulho desse quem tem mais a perder é ele, porque eu podia chegar lá e falar assim: ‘O Robinho comeu a mina mesmo e o caralho’. É sua vida, sua profissão, você se f...”, afirmou Falco a Robinho.

No primeiro episódio da série, Robinho disse que daria um soco na cara da vítima se ela fizesse a denúncia e demonstrou preocupação com a divulgação do caso. “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?”, disse. “C..., se esse bagulho sair na imprensa, eu vou me f...”

Um dos capítulos anteriores, o brasileiro ri e debocha da condição da vítima, uma mulher albanesa, afirmando que ela teria dificuldade para comprovar a agressão sexual naquela dia na boate em Milão. “Como não tinha câmera, vai ficar embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida”, diz. Em outras gravações, os envolvidos descobriram que a mulher disse estar grávida, o que não era verdade. E tentavam descobrir, aos risos, quem seria o pai.

O ex-atacante do Santos e da seleção brasileira foi sentenciado em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra uma mulher albanesa numa boate em Milão, em 2013, quando atuava pelo Milan. Ele entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de o País não extraditar brasileiros. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve retomar o julgamento da ação no dia 2 de agosto. Robinho nega as acusações.

Entenda o caso Robinho

De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação. O Estadão esteve na boate em Milão e constatou que o local passou por reforma após o episódio. Procurado pela reportagem em outubro de 2020, o advogado Franco Moretti, que representava Robinho na Itália, reforçou que seu cliente era inocente. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher. Robinho é casado.

Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os áudios revelados agora já estavam transcritos nos processo.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são “auto acusatório”. As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou ao atleta sobre a investigação.

Robinho e Falco foram condenados com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”.

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um “equívoco de interpretação” em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano. As gravações provam o contrário.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. O jogador foi anunciado como reforço pelo clube da Vila com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do atleta. Robinho vive atualmente em Santos.

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