Rogério Ceni gostaria de continuar estudando para ser treinador, mas, após receber o convite do São Paulo, não deve dúvidas de que era o momento e resolveu chamar a responsabilidade. "Meu coração me diz que se o São Paulo me chama para uma oportunidade como essa, jamais eu poderia recusar. Mas meu trabalho não será só no campo, será também a gestão de pessoas fora dele", afirmou o ex-goleiro, ao ser apresentado oficialmente pelo clube nesta quinta-feira.
"O que me moveu para tentar bater faltas sendo goleiro e o que me move são os grandes desafios. Tinha a carreira completa aqui, da base até ser capitão. Agora venho como técnico. Na vida, só erra quem decide. Não quero ser julgado como atleta, mas como treinador a partir de agora A graça da vida está nos grandes desafios. Tem coisas que você faz pelo dinheiro. Eu vim aqui em busca da glória", avisou.
O ex-goleiro chega amparado pelo apoio do torcedor e, mesmo sem ter experiência como treinador, precisará mostrar para o grupo que tem condições de comandá-lo às vitórias. Por isso, pretende usar a comissão técnica permanente do São Paulo, com talvez algumas mudanças, e aproveitar a tecnologia à disposição.
Um ponto importante que o novo comandante terá de lidar é em relação à equipe para 2017. Ele quer se concentrar em um time forte e eficiente, com os 11 titulares e alguns reservas de muita qualidade, e o restante do elenco pretende inserir os garotos das categorias de base. Ou seja, ele não vê sentido em pagar altos salários para atletas que vão jogar pouco.
"Existe um investimento que é feito em Cotia, que é muito alto, e não podemos gastar mais de R$ 20 milhões por ano sem aproveitar os atletas. Observei do sub-15 ao sub-20. Vejo profissionais altamente qualificados, profissionais que dão sustentação bacana para os meninos. Pelo que vi em Cotia, é possível o aproveitamento de mais jogadores. Gradativamente vamos usar", afirmou, lembrando que não pretende trabalhar com um grupo muito grande.