Santos vence, mostra que distância para o Palmeiras não é tão grande e abre vantagem na final


Sob os olhares de Neymar, time alvinegro marca com Otero, segura o atual bicampeão brasileiro e paulista e jogará pelo empate no Allianz Parque para erguer o troféu do Paulistão

Por Ricardo Magatti
Atualização:

O Santos jogará a segunda divisão pela primeira vez em sua história, mas, a julgar pelo seu desempenho nos primeiros meses de 2024, não terá dificuldades para voltar à Série A. Isso ficou ainda mais evidente pela atuação diante do Palmeiras, atual bicampeão brasileiro e paulista. Sob os olhares de Neymar, que entrou em campo com a taça que será entregue ao campeão, o time de Fábio Carille dominou em parte do clássico o poderoso rival, mais acostumado a finais, e largou em vantagem na decisão do Paulistão ao ganhar por 1 a 0.

Foi do venezuelano Otero o gol que garantiu a vitória do Santos e deu à equipe alvinegra a vantagem do empate no jogo de volta, na semana que vem, quando será conhecido o campeão paulista de 2024. A seu favor, o Palmeiras, que viu cair sua invencibilidade de 20 partidas, terá o Allianz Parque lotado, mas precisa ganhar por ao menos dois gols de diferença para levantar a taça pela terceira vez seguida, feito que não acontece desde 1934. Caso vença por um, o título será decidido nos pênaltis.

Curiosamente, nos dois anos anteriores em que levantou a taça do Estadual, o time de Abel Ferreira, que chegou à decisão como o único invicto do torneio, perdeu o jogo de ida contra São Paulo e Água Santa. A ver se terá a mesma força mostrada em 2022 e 2023, quando goleou por 4 a 0 nas duas ocasiões, para reverter a desvantagem.

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Seguramente, o time de Abel Ferreira terá de mostrar outra postura para ser mais uma vez campeão. Neste domingo, jogou para não perder e perdeu. Limitou-se a anular as fortalezas do adversário até levar um gol na etapa final e sair desesperado para reduzir o prejuízo.

Otero comemora gol que deixa o Santos em vantagem na final do Paulistão Foto: Werther Santana/Estadão

O Santos fez Neymar e mais de 15 mil torcedores felizes na Vila Belmiro. Foi competitivo como tem sido e dominou o Palmeiras em algumas partes do jogo. No primeiro tempo, teve mais volume de jogo, empurrou o rival para o campo de defesa e chegou com perigo em arremates de fora da área.

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A virtude do Palmeiras foi se defender bem e fazer uma leitura tática inteligente nos primeiros 45 minutos. Inteligente não foi Flaco López na única chance de gol que os visitantes criaram na etapa inicial. Artilheiro da competição, o argentino ficou na cara do gol após assistência de Endrick, mas parou em João Paulo quando poderia cavar.

O Santos voltou ainda melhor do intervalo e foi premiado aos dois minutos, quando Guilherme fez o que quis com Marcos Rocha e cruzou na cabeça de Otero, que apareceu sozinho na pequena área e mandou para as redes.

Ficou claro, pelo gol, que o caminho para a vitória santista era explorar as vulnerabilidades dos laterais palmeirenses. Marcos Rocha, veterano frágil defensivamente, e Piquerez, em péssima fase, foram dois dos piores em campo.

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Endrick foi bem marcado e teve atuação apagada no clássico Foto: Werther Santana/Estadão

Abel Ferreira, que não raro tira os jogadores de suas posições originais e improvisa conforme o adversário, continua usando Mayke improvisado de ponta e fez Raphael Veiga virar volante. Endrick, longe do gol, tinha que buscar a bola e até chegou a armar as jogadas, tamanha a passividade do meio de campo palmeirense.

Esse cenário foi favorável ao Santos, que superou suas limitações técnicas e, empurrado pela torcida, encurralou o poderoso rival, mostrando que, embora um esteja na elite do futebol brasileiro e o outro na segunda divisão, a a disparidade entre as equipes em campo é menor do que aparenta ser.

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Inquieto à beira do gramado, o técnico português tirou Endrick, substituição que já estava programada devido às dores na coxa que incomodam o jovem atacante desde o duelo contra a Espanha, em Madri. Entrou em seu lugar Lázaro. Rony e Richard Ríos também foram a campo e deixaram o time mais veloz e perigoso.

Mas João Paulo salvou o Santos nas finalizações de Rony e Lázaro e na bobeada de Felipe Jonathan, que quase marcou contra. O goleiro foi personagem central no triunfo do Santos, que está perto de conquistar seu primeiro título em oito anos.

Neymar entrou em campo com a taça que será entregue ao campeão do Paulistão Foto: Werther Santana/Estadão
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SANTOS 1 X 0 PALMEIRAS

  • SANTOS: João Paulo; JP Chermont (Aderlan), Gil, Joaquim e Felipe Jonatan; João Schmidt (Rincón), Diego Pituca e Giuliano (Cazares); Guilherme, Julio Furch (Morelos) e Otero (Pedrinho). Técnico: Fábio Carille.
  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Murilo; Mayke (Estêvão), Aníbal Moreno, Zé Rafael (Richard Ríos), Raphael Veiga e Piquerez (Vanderlan); Endrick (Lázaro) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira
  • GOL: Otero, aos 2 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Flávio Rodrigues de Souza.
  • CARTÕES AMARELOS: João Schmidt, Zé Rafael, Estêvão, Morelos.
  • PÚBLICO: 15.946
  • RENDA: R$ 1.075.330,00.
  • LOCAL: Vila Belmiro, em Santos.

O Santos jogará a segunda divisão pela primeira vez em sua história, mas, a julgar pelo seu desempenho nos primeiros meses de 2024, não terá dificuldades para voltar à Série A. Isso ficou ainda mais evidente pela atuação diante do Palmeiras, atual bicampeão brasileiro e paulista. Sob os olhares de Neymar, que entrou em campo com a taça que será entregue ao campeão, o time de Fábio Carille dominou em parte do clássico o poderoso rival, mais acostumado a finais, e largou em vantagem na decisão do Paulistão ao ganhar por 1 a 0.

Foi do venezuelano Otero o gol que garantiu a vitória do Santos e deu à equipe alvinegra a vantagem do empate no jogo de volta, na semana que vem, quando será conhecido o campeão paulista de 2024. A seu favor, o Palmeiras, que viu cair sua invencibilidade de 20 partidas, terá o Allianz Parque lotado, mas precisa ganhar por ao menos dois gols de diferença para levantar a taça pela terceira vez seguida, feito que não acontece desde 1934. Caso vença por um, o título será decidido nos pênaltis.

Curiosamente, nos dois anos anteriores em que levantou a taça do Estadual, o time de Abel Ferreira, que chegou à decisão como o único invicto do torneio, perdeu o jogo de ida contra São Paulo e Água Santa. A ver se terá a mesma força mostrada em 2022 e 2023, quando goleou por 4 a 0 nas duas ocasiões, para reverter a desvantagem.

Seguramente, o time de Abel Ferreira terá de mostrar outra postura para ser mais uma vez campeão. Neste domingo, jogou para não perder e perdeu. Limitou-se a anular as fortalezas do adversário até levar um gol na etapa final e sair desesperado para reduzir o prejuízo.

Otero comemora gol que deixa o Santos em vantagem na final do Paulistão Foto: Werther Santana/Estadão

O Santos fez Neymar e mais de 15 mil torcedores felizes na Vila Belmiro. Foi competitivo como tem sido e dominou o Palmeiras em algumas partes do jogo. No primeiro tempo, teve mais volume de jogo, empurrou o rival para o campo de defesa e chegou com perigo em arremates de fora da área.

A virtude do Palmeiras foi se defender bem e fazer uma leitura tática inteligente nos primeiros 45 minutos. Inteligente não foi Flaco López na única chance de gol que os visitantes criaram na etapa inicial. Artilheiro da competição, o argentino ficou na cara do gol após assistência de Endrick, mas parou em João Paulo quando poderia cavar.

O Santos voltou ainda melhor do intervalo e foi premiado aos dois minutos, quando Guilherme fez o que quis com Marcos Rocha e cruzou na cabeça de Otero, que apareceu sozinho na pequena área e mandou para as redes.

Ficou claro, pelo gol, que o caminho para a vitória santista era explorar as vulnerabilidades dos laterais palmeirenses. Marcos Rocha, veterano frágil defensivamente, e Piquerez, em péssima fase, foram dois dos piores em campo.

Endrick foi bem marcado e teve atuação apagada no clássico Foto: Werther Santana/Estadão

Abel Ferreira, que não raro tira os jogadores de suas posições originais e improvisa conforme o adversário, continua usando Mayke improvisado de ponta e fez Raphael Veiga virar volante. Endrick, longe do gol, tinha que buscar a bola e até chegou a armar as jogadas, tamanha a passividade do meio de campo palmeirense.

Esse cenário foi favorável ao Santos, que superou suas limitações técnicas e, empurrado pela torcida, encurralou o poderoso rival, mostrando que, embora um esteja na elite do futebol brasileiro e o outro na segunda divisão, a a disparidade entre as equipes em campo é menor do que aparenta ser.

Inquieto à beira do gramado, o técnico português tirou Endrick, substituição que já estava programada devido às dores na coxa que incomodam o jovem atacante desde o duelo contra a Espanha, em Madri. Entrou em seu lugar Lázaro. Rony e Richard Ríos também foram a campo e deixaram o time mais veloz e perigoso.

Mas João Paulo salvou o Santos nas finalizações de Rony e Lázaro e na bobeada de Felipe Jonathan, que quase marcou contra. O goleiro foi personagem central no triunfo do Santos, que está perto de conquistar seu primeiro título em oito anos.

Neymar entrou em campo com a taça que será entregue ao campeão do Paulistão Foto: Werther Santana/Estadão

SANTOS 1 X 0 PALMEIRAS

  • SANTOS: João Paulo; JP Chermont (Aderlan), Gil, Joaquim e Felipe Jonatan; João Schmidt (Rincón), Diego Pituca e Giuliano (Cazares); Guilherme, Julio Furch (Morelos) e Otero (Pedrinho). Técnico: Fábio Carille.
  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Murilo; Mayke (Estêvão), Aníbal Moreno, Zé Rafael (Richard Ríos), Raphael Veiga e Piquerez (Vanderlan); Endrick (Lázaro) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira
  • GOL: Otero, aos 2 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Flávio Rodrigues de Souza.
  • CARTÕES AMARELOS: João Schmidt, Zé Rafael, Estêvão, Morelos.
  • PÚBLICO: 15.946
  • RENDA: R$ 1.075.330,00.
  • LOCAL: Vila Belmiro, em Santos.

O Santos jogará a segunda divisão pela primeira vez em sua história, mas, a julgar pelo seu desempenho nos primeiros meses de 2024, não terá dificuldades para voltar à Série A. Isso ficou ainda mais evidente pela atuação diante do Palmeiras, atual bicampeão brasileiro e paulista. Sob os olhares de Neymar, que entrou em campo com a taça que será entregue ao campeão, o time de Fábio Carille dominou em parte do clássico o poderoso rival, mais acostumado a finais, e largou em vantagem na decisão do Paulistão ao ganhar por 1 a 0.

Foi do venezuelano Otero o gol que garantiu a vitória do Santos e deu à equipe alvinegra a vantagem do empate no jogo de volta, na semana que vem, quando será conhecido o campeão paulista de 2024. A seu favor, o Palmeiras, que viu cair sua invencibilidade de 20 partidas, terá o Allianz Parque lotado, mas precisa ganhar por ao menos dois gols de diferença para levantar a taça pela terceira vez seguida, feito que não acontece desde 1934. Caso vença por um, o título será decidido nos pênaltis.

Curiosamente, nos dois anos anteriores em que levantou a taça do Estadual, o time de Abel Ferreira, que chegou à decisão como o único invicto do torneio, perdeu o jogo de ida contra São Paulo e Água Santa. A ver se terá a mesma força mostrada em 2022 e 2023, quando goleou por 4 a 0 nas duas ocasiões, para reverter a desvantagem.

Seguramente, o time de Abel Ferreira terá de mostrar outra postura para ser mais uma vez campeão. Neste domingo, jogou para não perder e perdeu. Limitou-se a anular as fortalezas do adversário até levar um gol na etapa final e sair desesperado para reduzir o prejuízo.

Otero comemora gol que deixa o Santos em vantagem na final do Paulistão Foto: Werther Santana/Estadão

O Santos fez Neymar e mais de 15 mil torcedores felizes na Vila Belmiro. Foi competitivo como tem sido e dominou o Palmeiras em algumas partes do jogo. No primeiro tempo, teve mais volume de jogo, empurrou o rival para o campo de defesa e chegou com perigo em arremates de fora da área.

A virtude do Palmeiras foi se defender bem e fazer uma leitura tática inteligente nos primeiros 45 minutos. Inteligente não foi Flaco López na única chance de gol que os visitantes criaram na etapa inicial. Artilheiro da competição, o argentino ficou na cara do gol após assistência de Endrick, mas parou em João Paulo quando poderia cavar.

O Santos voltou ainda melhor do intervalo e foi premiado aos dois minutos, quando Guilherme fez o que quis com Marcos Rocha e cruzou na cabeça de Otero, que apareceu sozinho na pequena área e mandou para as redes.

Ficou claro, pelo gol, que o caminho para a vitória santista era explorar as vulnerabilidades dos laterais palmeirenses. Marcos Rocha, veterano frágil defensivamente, e Piquerez, em péssima fase, foram dois dos piores em campo.

Endrick foi bem marcado e teve atuação apagada no clássico Foto: Werther Santana/Estadão

Abel Ferreira, que não raro tira os jogadores de suas posições originais e improvisa conforme o adversário, continua usando Mayke improvisado de ponta e fez Raphael Veiga virar volante. Endrick, longe do gol, tinha que buscar a bola e até chegou a armar as jogadas, tamanha a passividade do meio de campo palmeirense.

Esse cenário foi favorável ao Santos, que superou suas limitações técnicas e, empurrado pela torcida, encurralou o poderoso rival, mostrando que, embora um esteja na elite do futebol brasileiro e o outro na segunda divisão, a a disparidade entre as equipes em campo é menor do que aparenta ser.

Inquieto à beira do gramado, o técnico português tirou Endrick, substituição que já estava programada devido às dores na coxa que incomodam o jovem atacante desde o duelo contra a Espanha, em Madri. Entrou em seu lugar Lázaro. Rony e Richard Ríos também foram a campo e deixaram o time mais veloz e perigoso.

Mas João Paulo salvou o Santos nas finalizações de Rony e Lázaro e na bobeada de Felipe Jonathan, que quase marcou contra. O goleiro foi personagem central no triunfo do Santos, que está perto de conquistar seu primeiro título em oito anos.

Neymar entrou em campo com a taça que será entregue ao campeão do Paulistão Foto: Werther Santana/Estadão

SANTOS 1 X 0 PALMEIRAS

  • SANTOS: João Paulo; JP Chermont (Aderlan), Gil, Joaquim e Felipe Jonatan; João Schmidt (Rincón), Diego Pituca e Giuliano (Cazares); Guilherme, Julio Furch (Morelos) e Otero (Pedrinho). Técnico: Fábio Carille.
  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Murilo; Mayke (Estêvão), Aníbal Moreno, Zé Rafael (Richard Ríos), Raphael Veiga e Piquerez (Vanderlan); Endrick (Lázaro) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira
  • GOL: Otero, aos 2 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Flávio Rodrigues de Souza.
  • CARTÕES AMARELOS: João Schmidt, Zé Rafael, Estêvão, Morelos.
  • PÚBLICO: 15.946
  • RENDA: R$ 1.075.330,00.
  • LOCAL: Vila Belmiro, em Santos.

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