São Paulo fatura mais no Allianz Parque e Palmeiras registra público histórico no Morumbi


Clubes fazem saldo positivo de acordo que permitiu que um utilizasse o estádio do outro no Campeonato Paulista

Por Ricardo Magatti
Atualização:

Depois de o Palmeiras atuar no Morumbi durante a primeira fase do Paulistão, foi a vez de o São Paulo jogar como mandante no Allianz Parque, pelas quartas de final do Estadual. Em um acordo inédito, Leila Pereira, mandatária alviverde, e Júlio Casares, presidente são-paulino, negociaram a cessão dos espaços para minimizar os prejuízos com o aluguel para shows e eventos quando seus respectivos estádios estivessem impossibilitados.

Passados os dois duelos, a avaliação dos dirigentes sobre a utilização dos estádios adversários é positiva, ainda que, esportivamente, o saldo para o São Paulo tenha sido negativo, já que caiu precocemente nas quartas do Paulistão ao perder nos pênaltis para o Água Santa jogando na casa do rival.

Os presidentes dos dois clubes haviam feito a projeção de que ganhariam mais dinheiro com bilheteria mandando seus jogos na arena do rival do que, por exemplo, na Arena Barueri, que fica longe da região central da capital e apresenta problemas de deslocamento para os torcedores e de estrutura. A projeção foi acertada e o acordo, benéfico para ambos, como comprovam os números apurados pelo Estadão.

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São Paulo encheu os cofres com bilheteria ao mandar jogo no Allianz Parque Foto: Paulo Pinto/SPFC

Em fevereiro, o Palmeiras levou 49.241 torcedores ao Morumbi e registrou o maior público do time neste século. A renda superou a casa de R$ 2 milhões, com um ticket médio de R$ 42,10, valor menor do que a média anual palmeirense. O jogo contra o São Bernardo, por exemplo, pelas quartas de final, teve renda de R$ 2,6 milhões. Mas a presença do público no Morumbi foi um recorde. Muitos torcedores aprovaram o retorno ao palco utilizado em decisões do Palmeiras até o início dos anos 2000.

Já a equipe comandada por Rogério Ceni, que tinha a segunda melhor média de público da fase classificatória do Paulistão, com mais de 40 mil espectadores por jogo, levou 39.454 torcedores ao Allianz na segunda-feira. A bilheteria do duelo com o Água Santa no estádio do rival rendeu R$ 3.277.089,00 à agremiação tricolor, valor superior à renda de todas as seis partidas da equipe no Estadual dentro do Morumbi.

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Chama a atenção o salto em relação às partidas no Morumbi. Nos seis primeiros jogos como mandante em 2023, o São Paulo tinha o menor valor cobrado pelo ingresso do Trio de Ferro da capital, com R$ 40,16. No duelo na arena palmeirense, o número mais do que dobrou, com a marca de R$ 83,06 por entrada. Nas redes sociais, muitos torcedores reclamaram do processo de venda de ingressos, com pouca disponibilidade de meia-entrada e com falhas no desconto para sócios-torcedores.

Contra o Água Santa, os ingressos variaram de R$ 40 (meia-entrada) para o setor Gol Norte, até R$ 600 em camarotes corporativos, como o Braza Restaurante e o La Coppa, locais com ativações especiais e serviços de comida e bebida à vontade. “São espaços que vão além da experiência esportiva, locais onde os torcedores podem usufruir de toda a experiência de um estádio de futebol, somado a alta gastronomia e vastas opções de entretenimento”, diz Mark Zammit, CEO da GSH, empresa que participa de operações em arenas e recebeu os são-paulinos nos dois restaurante que administra no Allianz Parque.

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Já após o primeiro jogo do acordo, o duelo do Palmeiras com o Santos no Morumbi, os presidente dos clubes haviam celebrado a parceria bem-sucedida. “A rivalidade deve se restringir ao campo de jogo. Fora dele, os clubes têm interesses em comum e precisam trabalhar coletivamente em busca de melhorias para a indústria do futebol”, disse Leila Pereira naquela ocasião. O posicionamento foi endossado por Júlio Casares.

“São Paulo e Palmeiras mostram que é possível a convivência pacífica entre rivais históricos, deixando a disputa acirrada apenas para dentro de campo nos jogos entre os times. Queremos que este momento seja um marco para o futebol paulista”, afirmara o presidente são-paulino. A Polícia de São Paulo tomou mais providências para a partida do São Paulo no Allianz dada a proximidade de bares e lojas palmeirenses ao redor da arena. Bares foram fechados e tapumes erguidos. Não houve confusão.

São-paulinos frequentaram sem confusão bar palmeirense antes de jogo no Allianz Parque Foto: Alex Silva/Estadão
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Não houve registro de nenhum caso grave de vandalismo e depredação em ambos os estádios ocupados por torcedores rivais. No entorno do Allianz Parque, foram colocados tapumes de aço. No dia seguinte ao jogo do São Paulo, o Palmeiras fez a vistoria em sua arena e não identificou avarias relevantes à estrutura do local, como arquibancadas e cadeiras nos setores usados pela torcida do São Paulo.

Na visão de Renê Salviano, especialista em marketing esportivo e fundador da HeatMap, o acordo entre os rivais é importante para aumentar as receitas das agremiações. “Do ponto de vista financeiro, foi um acordo interessante para os dois lados. Palmeiras e São Paulo administram dois dos palcos mais tradicionais do futebol brasileiro, praças esportivas que possuem camarotes de grandes marcas e espaços com enormes potenciais de ativações”, afirma.

O Palmeiras deve usar o Morumbi novamente em breve. Entre os dias 18 e 20 de abril, terá de atuar fora de seus domínios na primeira partida como mandante na Libertadores. Ainda não existe confirmação, mas o destino mais provável para o confronto é a casa são-paulina.

Depois de o Palmeiras atuar no Morumbi durante a primeira fase do Paulistão, foi a vez de o São Paulo jogar como mandante no Allianz Parque, pelas quartas de final do Estadual. Em um acordo inédito, Leila Pereira, mandatária alviverde, e Júlio Casares, presidente são-paulino, negociaram a cessão dos espaços para minimizar os prejuízos com o aluguel para shows e eventos quando seus respectivos estádios estivessem impossibilitados.

Passados os dois duelos, a avaliação dos dirigentes sobre a utilização dos estádios adversários é positiva, ainda que, esportivamente, o saldo para o São Paulo tenha sido negativo, já que caiu precocemente nas quartas do Paulistão ao perder nos pênaltis para o Água Santa jogando na casa do rival.

Os presidentes dos dois clubes haviam feito a projeção de que ganhariam mais dinheiro com bilheteria mandando seus jogos na arena do rival do que, por exemplo, na Arena Barueri, que fica longe da região central da capital e apresenta problemas de deslocamento para os torcedores e de estrutura. A projeção foi acertada e o acordo, benéfico para ambos, como comprovam os números apurados pelo Estadão.

São Paulo encheu os cofres com bilheteria ao mandar jogo no Allianz Parque Foto: Paulo Pinto/SPFC

Em fevereiro, o Palmeiras levou 49.241 torcedores ao Morumbi e registrou o maior público do time neste século. A renda superou a casa de R$ 2 milhões, com um ticket médio de R$ 42,10, valor menor do que a média anual palmeirense. O jogo contra o São Bernardo, por exemplo, pelas quartas de final, teve renda de R$ 2,6 milhões. Mas a presença do público no Morumbi foi um recorde. Muitos torcedores aprovaram o retorno ao palco utilizado em decisões do Palmeiras até o início dos anos 2000.

Já a equipe comandada por Rogério Ceni, que tinha a segunda melhor média de público da fase classificatória do Paulistão, com mais de 40 mil espectadores por jogo, levou 39.454 torcedores ao Allianz na segunda-feira. A bilheteria do duelo com o Água Santa no estádio do rival rendeu R$ 3.277.089,00 à agremiação tricolor, valor superior à renda de todas as seis partidas da equipe no Estadual dentro do Morumbi.

Chama a atenção o salto em relação às partidas no Morumbi. Nos seis primeiros jogos como mandante em 2023, o São Paulo tinha o menor valor cobrado pelo ingresso do Trio de Ferro da capital, com R$ 40,16. No duelo na arena palmeirense, o número mais do que dobrou, com a marca de R$ 83,06 por entrada. Nas redes sociais, muitos torcedores reclamaram do processo de venda de ingressos, com pouca disponibilidade de meia-entrada e com falhas no desconto para sócios-torcedores.

Contra o Água Santa, os ingressos variaram de R$ 40 (meia-entrada) para o setor Gol Norte, até R$ 600 em camarotes corporativos, como o Braza Restaurante e o La Coppa, locais com ativações especiais e serviços de comida e bebida à vontade. “São espaços que vão além da experiência esportiva, locais onde os torcedores podem usufruir de toda a experiência de um estádio de futebol, somado a alta gastronomia e vastas opções de entretenimento”, diz Mark Zammit, CEO da GSH, empresa que participa de operações em arenas e recebeu os são-paulinos nos dois restaurante que administra no Allianz Parque.

Já após o primeiro jogo do acordo, o duelo do Palmeiras com o Santos no Morumbi, os presidente dos clubes haviam celebrado a parceria bem-sucedida. “A rivalidade deve se restringir ao campo de jogo. Fora dele, os clubes têm interesses em comum e precisam trabalhar coletivamente em busca de melhorias para a indústria do futebol”, disse Leila Pereira naquela ocasião. O posicionamento foi endossado por Júlio Casares.

“São Paulo e Palmeiras mostram que é possível a convivência pacífica entre rivais históricos, deixando a disputa acirrada apenas para dentro de campo nos jogos entre os times. Queremos que este momento seja um marco para o futebol paulista”, afirmara o presidente são-paulino. A Polícia de São Paulo tomou mais providências para a partida do São Paulo no Allianz dada a proximidade de bares e lojas palmeirenses ao redor da arena. Bares foram fechados e tapumes erguidos. Não houve confusão.

São-paulinos frequentaram sem confusão bar palmeirense antes de jogo no Allianz Parque Foto: Alex Silva/Estadão

Não houve registro de nenhum caso grave de vandalismo e depredação em ambos os estádios ocupados por torcedores rivais. No entorno do Allianz Parque, foram colocados tapumes de aço. No dia seguinte ao jogo do São Paulo, o Palmeiras fez a vistoria em sua arena e não identificou avarias relevantes à estrutura do local, como arquibancadas e cadeiras nos setores usados pela torcida do São Paulo.

Na visão de Renê Salviano, especialista em marketing esportivo e fundador da HeatMap, o acordo entre os rivais é importante para aumentar as receitas das agremiações. “Do ponto de vista financeiro, foi um acordo interessante para os dois lados. Palmeiras e São Paulo administram dois dos palcos mais tradicionais do futebol brasileiro, praças esportivas que possuem camarotes de grandes marcas e espaços com enormes potenciais de ativações”, afirma.

O Palmeiras deve usar o Morumbi novamente em breve. Entre os dias 18 e 20 de abril, terá de atuar fora de seus domínios na primeira partida como mandante na Libertadores. Ainda não existe confirmação, mas o destino mais provável para o confronto é a casa são-paulina.

Depois de o Palmeiras atuar no Morumbi durante a primeira fase do Paulistão, foi a vez de o São Paulo jogar como mandante no Allianz Parque, pelas quartas de final do Estadual. Em um acordo inédito, Leila Pereira, mandatária alviverde, e Júlio Casares, presidente são-paulino, negociaram a cessão dos espaços para minimizar os prejuízos com o aluguel para shows e eventos quando seus respectivos estádios estivessem impossibilitados.

Passados os dois duelos, a avaliação dos dirigentes sobre a utilização dos estádios adversários é positiva, ainda que, esportivamente, o saldo para o São Paulo tenha sido negativo, já que caiu precocemente nas quartas do Paulistão ao perder nos pênaltis para o Água Santa jogando na casa do rival.

Os presidentes dos dois clubes haviam feito a projeção de que ganhariam mais dinheiro com bilheteria mandando seus jogos na arena do rival do que, por exemplo, na Arena Barueri, que fica longe da região central da capital e apresenta problemas de deslocamento para os torcedores e de estrutura. A projeção foi acertada e o acordo, benéfico para ambos, como comprovam os números apurados pelo Estadão.

São Paulo encheu os cofres com bilheteria ao mandar jogo no Allianz Parque Foto: Paulo Pinto/SPFC

Em fevereiro, o Palmeiras levou 49.241 torcedores ao Morumbi e registrou o maior público do time neste século. A renda superou a casa de R$ 2 milhões, com um ticket médio de R$ 42,10, valor menor do que a média anual palmeirense. O jogo contra o São Bernardo, por exemplo, pelas quartas de final, teve renda de R$ 2,6 milhões. Mas a presença do público no Morumbi foi um recorde. Muitos torcedores aprovaram o retorno ao palco utilizado em decisões do Palmeiras até o início dos anos 2000.

Já a equipe comandada por Rogério Ceni, que tinha a segunda melhor média de público da fase classificatória do Paulistão, com mais de 40 mil espectadores por jogo, levou 39.454 torcedores ao Allianz na segunda-feira. A bilheteria do duelo com o Água Santa no estádio do rival rendeu R$ 3.277.089,00 à agremiação tricolor, valor superior à renda de todas as seis partidas da equipe no Estadual dentro do Morumbi.

Chama a atenção o salto em relação às partidas no Morumbi. Nos seis primeiros jogos como mandante em 2023, o São Paulo tinha o menor valor cobrado pelo ingresso do Trio de Ferro da capital, com R$ 40,16. No duelo na arena palmeirense, o número mais do que dobrou, com a marca de R$ 83,06 por entrada. Nas redes sociais, muitos torcedores reclamaram do processo de venda de ingressos, com pouca disponibilidade de meia-entrada e com falhas no desconto para sócios-torcedores.

Contra o Água Santa, os ingressos variaram de R$ 40 (meia-entrada) para o setor Gol Norte, até R$ 600 em camarotes corporativos, como o Braza Restaurante e o La Coppa, locais com ativações especiais e serviços de comida e bebida à vontade. “São espaços que vão além da experiência esportiva, locais onde os torcedores podem usufruir de toda a experiência de um estádio de futebol, somado a alta gastronomia e vastas opções de entretenimento”, diz Mark Zammit, CEO da GSH, empresa que participa de operações em arenas e recebeu os são-paulinos nos dois restaurante que administra no Allianz Parque.

Já após o primeiro jogo do acordo, o duelo do Palmeiras com o Santos no Morumbi, os presidente dos clubes haviam celebrado a parceria bem-sucedida. “A rivalidade deve se restringir ao campo de jogo. Fora dele, os clubes têm interesses em comum e precisam trabalhar coletivamente em busca de melhorias para a indústria do futebol”, disse Leila Pereira naquela ocasião. O posicionamento foi endossado por Júlio Casares.

“São Paulo e Palmeiras mostram que é possível a convivência pacífica entre rivais históricos, deixando a disputa acirrada apenas para dentro de campo nos jogos entre os times. Queremos que este momento seja um marco para o futebol paulista”, afirmara o presidente são-paulino. A Polícia de São Paulo tomou mais providências para a partida do São Paulo no Allianz dada a proximidade de bares e lojas palmeirenses ao redor da arena. Bares foram fechados e tapumes erguidos. Não houve confusão.

São-paulinos frequentaram sem confusão bar palmeirense antes de jogo no Allianz Parque Foto: Alex Silva/Estadão

Não houve registro de nenhum caso grave de vandalismo e depredação em ambos os estádios ocupados por torcedores rivais. No entorno do Allianz Parque, foram colocados tapumes de aço. No dia seguinte ao jogo do São Paulo, o Palmeiras fez a vistoria em sua arena e não identificou avarias relevantes à estrutura do local, como arquibancadas e cadeiras nos setores usados pela torcida do São Paulo.

Na visão de Renê Salviano, especialista em marketing esportivo e fundador da HeatMap, o acordo entre os rivais é importante para aumentar as receitas das agremiações. “Do ponto de vista financeiro, foi um acordo interessante para os dois lados. Palmeiras e São Paulo administram dois dos palcos mais tradicionais do futebol brasileiro, praças esportivas que possuem camarotes de grandes marcas e espaços com enormes potenciais de ativações”, afirma.

O Palmeiras deve usar o Morumbi novamente em breve. Entre os dias 18 e 20 de abril, terá de atuar fora de seus domínios na primeira partida como mandante na Libertadores. Ainda não existe confirmação, mas o destino mais provável para o confronto é a casa são-paulina.

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