Análise|São Paulo multiplica erros, perde para o Fortaleza e deixa Carpini à beira da demissão


No MorumBis, time da casa se mostra improdutivo e desorganizado e sofre revés que deve custar o emprego do treinador

Por Marcos Antomil
Atualização:

Havia motivos para acreditar que o São Paulo pudesse superar a má fase neste sábado na estreia do Brasileirão. Quem foi ao MorumBis, porém, assistiu a um time desorganizado, improdutivo e desesperado, graças ao criticado trabalho do técnico Thiago Carpini. O Fortaleza soube se aproveitar do momento e construiu a vitória no segundo tempo, fechando o placar em 2 a 1.

A impaciência da torcida - bem justificada - sobre o treinador prejudica sistematicamente o elenco. O relógio, desde o primeiro minuto, se tornou um adversário para o São Paulo. Obviamente a responsabilidade pelo péssimo momento não é inteiramente de Carpini, mas é ele quem deverá pagar por isso. As circunstâncias favoreceram o Fortaleza, que conseguiu seu quarto resultado positivo seguido no MorumBis pelo Brasileirão.

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Sob Carpini, o São Paulo impulsionou e tornou mais robustos os problemas que já apareciam na reta final do trabalho de Dorival Júnior. Nem mesmo alterações promovidas pelo treinador durante as partidas modificam a dinâmica. É um sinal de esgotamento. O time peca na coletividade e, com isso, mingua a qualidade individual dos jogadores. Uma das migalhas restantes se viu com o atacante André Silva, que fez um belíssimo gol.

São Paulo e Fortaleza se enfrentaram neste sábado no MorumBis. Foto: Fortaleza EC via X

Posse de bola estéril do São Paulo traduz fase ruim

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A partida começou da forma como se esperava. O São Paulo apresentou suas falhas mais do que comuns e teve dificuldades para superar a boa marcação do Fortaleza. A necessidade de uma vitória convincente trouxe uma pressão extra aos jogadores do time da casa. Mesmo assim, as criações ofensivas exibiam uma equipe mais ambiciosa, a fim de encontrar soluções dentro de campo para começar bem o Brasileirão.

A qualidade técnica deixou a desejar na primeira parte. O São Paulo traduz sua crise em escolhas equivocadas ao longo do jogo. A posse de bola, desde os tempos de Dorival Júnior, é inócua. O que poderia ser um fator positivo - como nos times de Pep Guardiola ou na seleção espanhola - se tornou o foco de um problema crônico do São Paulo.

O Fortaleza também não colaborou com o bom desenvolvimento do jogo. Talvez com o pior elenco desde a chegada de Juan Pablo Vojvoda, o time do Pici passou longe de perturbar a defesa são-paulina. No mais, o primeiro tempo refletiu o que é o momento das duas equipes com o placar zerado.

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Segundo tempo premia a equipe mais bem treinada

Na volta do intervalo, o Fortaleza reagiu ao comodismo da primeira etapa e se tornou a melhor equipe em campo. Então, as duas equipes promoveram substituições, mas o panoramo continuou igual, com os visitantes superiores. Aos 21 minutos, o prêmio. O Fortaleza construiu jogada de velocidade pela direita, os atletas do São Paulo assistiram à movimentação e não notaram a infiltração de Lucero. O argentino recebeu cruzamento na grande área e anotou um golaço para os visitantes.

Após sofrer o gol, o São Paulo se armou no ataque e fez o Fortaleza ficar mais acuado. O time cearense passou a fortalecer os lances de contra-ataque. Foi assim que saiu o segundo gol. Em velocidade pela esquerda, Machuca pegou a zaga desprevenida e fez mais um, aos 34 minutos.

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Aos 39, o São Paulo esboçou uma reação. André Silva, que entrara no lugar de Luciano, achou espaço na bem postada defesa do Fortaleza e emendou um lindo chute para encurtar a distância no marcador. Mas já era tarde. No apito final, a torcida são-paulina vaiou o time e proferiu xingamentos ao técnico.

Próximos jogos de São Paulo e Fortaleza

O São Paulo volta a campo na quarta-feira, às 21h30, para encarar o Flamengo, no Maracanã, pela segunda rodada do Brasileirão. O Fortaleza atua um pouco mais cedo, às 20h, na Arena Castelão, diante do Cruzeiro.

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SÃO PAULO 1 x 2 FORTALEZA

  • SÃO PAULO: Rafael; Ferraresi, Arboleda e Diego Costa; Igor Vinícius (Erick), Pablo Maia, Alisson (Rodrigo Nestor), Galoppo (James Rodríguez) e Michel Araújo (William Gomes); Luciano (André Silva) e Calleri. Técnico: Thiago Carpini.
  • FORTALEZA: João Ricardo; Brítez, Kuscevic, Titi e Bruno Pacheco; José Welison (Lucas Sasha), Hércules (Pedro Augusto), Pochettino e Yago Pikachu (Machuca); Lucero e Marinho (Moisés). Técnico: Juan Pablo Vojvoda.
  • GOLS: Lucero, aos 21, Machuca aos 34, Adré Silva aos 39 minutos do 2º tempo.
  • ÁRBITRO: Alex Gomes Stefano (RJ).
  • CARTÕES AMARELOS: Luciano, Brítez, Lucero e Pochettino.
  • PÚBLICO: 35.055 torcedores.
  • RENDA: R$ 1.836.126,00.
  • LOCAL: MorumBis.

Havia motivos para acreditar que o São Paulo pudesse superar a má fase neste sábado na estreia do Brasileirão. Quem foi ao MorumBis, porém, assistiu a um time desorganizado, improdutivo e desesperado, graças ao criticado trabalho do técnico Thiago Carpini. O Fortaleza soube se aproveitar do momento e construiu a vitória no segundo tempo, fechando o placar em 2 a 1.

A impaciência da torcida - bem justificada - sobre o treinador prejudica sistematicamente o elenco. O relógio, desde o primeiro minuto, se tornou um adversário para o São Paulo. Obviamente a responsabilidade pelo péssimo momento não é inteiramente de Carpini, mas é ele quem deverá pagar por isso. As circunstâncias favoreceram o Fortaleza, que conseguiu seu quarto resultado positivo seguido no MorumBis pelo Brasileirão.

Sob Carpini, o São Paulo impulsionou e tornou mais robustos os problemas que já apareciam na reta final do trabalho de Dorival Júnior. Nem mesmo alterações promovidas pelo treinador durante as partidas modificam a dinâmica. É um sinal de esgotamento. O time peca na coletividade e, com isso, mingua a qualidade individual dos jogadores. Uma das migalhas restantes se viu com o atacante André Silva, que fez um belíssimo gol.

São Paulo e Fortaleza se enfrentaram neste sábado no MorumBis. Foto: Fortaleza EC via X

Posse de bola estéril do São Paulo traduz fase ruim

A partida começou da forma como se esperava. O São Paulo apresentou suas falhas mais do que comuns e teve dificuldades para superar a boa marcação do Fortaleza. A necessidade de uma vitória convincente trouxe uma pressão extra aos jogadores do time da casa. Mesmo assim, as criações ofensivas exibiam uma equipe mais ambiciosa, a fim de encontrar soluções dentro de campo para começar bem o Brasileirão.

A qualidade técnica deixou a desejar na primeira parte. O São Paulo traduz sua crise em escolhas equivocadas ao longo do jogo. A posse de bola, desde os tempos de Dorival Júnior, é inócua. O que poderia ser um fator positivo - como nos times de Pep Guardiola ou na seleção espanhola - se tornou o foco de um problema crônico do São Paulo.

O Fortaleza também não colaborou com o bom desenvolvimento do jogo. Talvez com o pior elenco desde a chegada de Juan Pablo Vojvoda, o time do Pici passou longe de perturbar a defesa são-paulina. No mais, o primeiro tempo refletiu o que é o momento das duas equipes com o placar zerado.

Segundo tempo premia a equipe mais bem treinada

Na volta do intervalo, o Fortaleza reagiu ao comodismo da primeira etapa e se tornou a melhor equipe em campo. Então, as duas equipes promoveram substituições, mas o panoramo continuou igual, com os visitantes superiores. Aos 21 minutos, o prêmio. O Fortaleza construiu jogada de velocidade pela direita, os atletas do São Paulo assistiram à movimentação e não notaram a infiltração de Lucero. O argentino recebeu cruzamento na grande área e anotou um golaço para os visitantes.

Após sofrer o gol, o São Paulo se armou no ataque e fez o Fortaleza ficar mais acuado. O time cearense passou a fortalecer os lances de contra-ataque. Foi assim que saiu o segundo gol. Em velocidade pela esquerda, Machuca pegou a zaga desprevenida e fez mais um, aos 34 minutos.

Aos 39, o São Paulo esboçou uma reação. André Silva, que entrara no lugar de Luciano, achou espaço na bem postada defesa do Fortaleza e emendou um lindo chute para encurtar a distância no marcador. Mas já era tarde. No apito final, a torcida são-paulina vaiou o time e proferiu xingamentos ao técnico.

Próximos jogos de São Paulo e Fortaleza

O São Paulo volta a campo na quarta-feira, às 21h30, para encarar o Flamengo, no Maracanã, pela segunda rodada do Brasileirão. O Fortaleza atua um pouco mais cedo, às 20h, na Arena Castelão, diante do Cruzeiro.

SÃO PAULO 1 x 2 FORTALEZA

  • SÃO PAULO: Rafael; Ferraresi, Arboleda e Diego Costa; Igor Vinícius (Erick), Pablo Maia, Alisson (Rodrigo Nestor), Galoppo (James Rodríguez) e Michel Araújo (William Gomes); Luciano (André Silva) e Calleri. Técnico: Thiago Carpini.
  • FORTALEZA: João Ricardo; Brítez, Kuscevic, Titi e Bruno Pacheco; José Welison (Lucas Sasha), Hércules (Pedro Augusto), Pochettino e Yago Pikachu (Machuca); Lucero e Marinho (Moisés). Técnico: Juan Pablo Vojvoda.
  • GOLS: Lucero, aos 21, Machuca aos 34, Adré Silva aos 39 minutos do 2º tempo.
  • ÁRBITRO: Alex Gomes Stefano (RJ).
  • CARTÕES AMARELOS: Luciano, Brítez, Lucero e Pochettino.
  • PÚBLICO: 35.055 torcedores.
  • RENDA: R$ 1.836.126,00.
  • LOCAL: MorumBis.

Havia motivos para acreditar que o São Paulo pudesse superar a má fase neste sábado na estreia do Brasileirão. Quem foi ao MorumBis, porém, assistiu a um time desorganizado, improdutivo e desesperado, graças ao criticado trabalho do técnico Thiago Carpini. O Fortaleza soube se aproveitar do momento e construiu a vitória no segundo tempo, fechando o placar em 2 a 1.

A impaciência da torcida - bem justificada - sobre o treinador prejudica sistematicamente o elenco. O relógio, desde o primeiro minuto, se tornou um adversário para o São Paulo. Obviamente a responsabilidade pelo péssimo momento não é inteiramente de Carpini, mas é ele quem deverá pagar por isso. As circunstâncias favoreceram o Fortaleza, que conseguiu seu quarto resultado positivo seguido no MorumBis pelo Brasileirão.

Sob Carpini, o São Paulo impulsionou e tornou mais robustos os problemas que já apareciam na reta final do trabalho de Dorival Júnior. Nem mesmo alterações promovidas pelo treinador durante as partidas modificam a dinâmica. É um sinal de esgotamento. O time peca na coletividade e, com isso, mingua a qualidade individual dos jogadores. Uma das migalhas restantes se viu com o atacante André Silva, que fez um belíssimo gol.

São Paulo e Fortaleza se enfrentaram neste sábado no MorumBis. Foto: Fortaleza EC via X

Posse de bola estéril do São Paulo traduz fase ruim

A partida começou da forma como se esperava. O São Paulo apresentou suas falhas mais do que comuns e teve dificuldades para superar a boa marcação do Fortaleza. A necessidade de uma vitória convincente trouxe uma pressão extra aos jogadores do time da casa. Mesmo assim, as criações ofensivas exibiam uma equipe mais ambiciosa, a fim de encontrar soluções dentro de campo para começar bem o Brasileirão.

A qualidade técnica deixou a desejar na primeira parte. O São Paulo traduz sua crise em escolhas equivocadas ao longo do jogo. A posse de bola, desde os tempos de Dorival Júnior, é inócua. O que poderia ser um fator positivo - como nos times de Pep Guardiola ou na seleção espanhola - se tornou o foco de um problema crônico do São Paulo.

O Fortaleza também não colaborou com o bom desenvolvimento do jogo. Talvez com o pior elenco desde a chegada de Juan Pablo Vojvoda, o time do Pici passou longe de perturbar a defesa são-paulina. No mais, o primeiro tempo refletiu o que é o momento das duas equipes com o placar zerado.

Segundo tempo premia a equipe mais bem treinada

Na volta do intervalo, o Fortaleza reagiu ao comodismo da primeira etapa e se tornou a melhor equipe em campo. Então, as duas equipes promoveram substituições, mas o panoramo continuou igual, com os visitantes superiores. Aos 21 minutos, o prêmio. O Fortaleza construiu jogada de velocidade pela direita, os atletas do São Paulo assistiram à movimentação e não notaram a infiltração de Lucero. O argentino recebeu cruzamento na grande área e anotou um golaço para os visitantes.

Após sofrer o gol, o São Paulo se armou no ataque e fez o Fortaleza ficar mais acuado. O time cearense passou a fortalecer os lances de contra-ataque. Foi assim que saiu o segundo gol. Em velocidade pela esquerda, Machuca pegou a zaga desprevenida e fez mais um, aos 34 minutos.

Aos 39, o São Paulo esboçou uma reação. André Silva, que entrara no lugar de Luciano, achou espaço na bem postada defesa do Fortaleza e emendou um lindo chute para encurtar a distância no marcador. Mas já era tarde. No apito final, a torcida são-paulina vaiou o time e proferiu xingamentos ao técnico.

Próximos jogos de São Paulo e Fortaleza

O São Paulo volta a campo na quarta-feira, às 21h30, para encarar o Flamengo, no Maracanã, pela segunda rodada do Brasileirão. O Fortaleza atua um pouco mais cedo, às 20h, na Arena Castelão, diante do Cruzeiro.

SÃO PAULO 1 x 2 FORTALEZA

  • SÃO PAULO: Rafael; Ferraresi, Arboleda e Diego Costa; Igor Vinícius (Erick), Pablo Maia, Alisson (Rodrigo Nestor), Galoppo (James Rodríguez) e Michel Araújo (William Gomes); Luciano (André Silva) e Calleri. Técnico: Thiago Carpini.
  • FORTALEZA: João Ricardo; Brítez, Kuscevic, Titi e Bruno Pacheco; José Welison (Lucas Sasha), Hércules (Pedro Augusto), Pochettino e Yago Pikachu (Machuca); Lucero e Marinho (Moisés). Técnico: Juan Pablo Vojvoda.
  • GOLS: Lucero, aos 21, Machuca aos 34, Adré Silva aos 39 minutos do 2º tempo.
  • ÁRBITRO: Alex Gomes Stefano (RJ).
  • CARTÕES AMARELOS: Luciano, Brítez, Lucero e Pochettino.
  • PÚBLICO: 35.055 torcedores.
  • RENDA: R$ 1.836.126,00.
  • LOCAL: MorumBis.
Análise por Marcos Antomil

Editor assistente de Esportes. Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduado em Jornalismo e Transmissões Esportivas pela Universidad Nebrija (Espanha).

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