A chegada do colombiano Juan Carlos Osorio traz ao São Paulo o 13º técnico estrangeiro da sua história. O último foi o chileno Roberto Rojas, em 2003, mas o clube há tempos não garante um título comandado por um treinador de outro país. Em 1975 o argentino José Poy levantou a taça do Campeonato Paulista e desde então o Tricolor não teve mais "gringos" que comandaram equipes vencedoras.
O país que mais "exportou" técnicos ao São Paulo foi o Uruguai, com quatro treinadores. A Hungria e a Argentina tiveram três cada. Portugal e Chile, com um técnico cada, completam a lista. Já Osorio será o primeiro colombiano da história do Tricolor. O Estado recuperou a trajetória dos estrangeiros que comandaram a equipe do Morumbi no passado.
1. Eugenio Medgyessy (Húngaro)
Teve uma passagem rápida entre 1932 e 1933, sem conquistar títulos. Na primeira temporada sob seu comando, o clube viveu um período conturbado e somente entrou em campo 11 vezes, já que muitos jogadores, inclusive Arthur Friedenreich, lutavam na RevoluçãoConstitucionalista.
2. Ignác Amsel (Húngaro)
Substituiu Vicente Feola duranter 28 jogos em 1939. Teve uma retrospecto ruim e em 28 jogos, ganhou 13 vezes e perdeu 12. Saiu do comando após uma derrota para o Corinthians por 1 a 0, pelo Campeonato Paulista.
3. Ramón Platero (Uruguaio)
Apesar de ter conquistado títulos por Fluminense, Vasco e Flamengo, pouco fez no São Paulo. Em 1940, pegou um time em formação e ficou no comando durante 37 partidas. O treinador era fã de boxe e se destacou por investir na preparação física e psicológica dos jogadores.
4. Conrado Ross (Uruguaio)
Participou da campanha do título paulista de 1943. O técnico havia assumido o comando no ano anterior, na vaga de Vicente Feola. Ficou no cargo por um ano e dois meses e durante a campanha que daria a conquista ao Tricolor, perdeu lugar para Jorge de Lima, o Joreca. O uruguaio também trabalhou no Palmeiras e no Guarani.
5. Joreca (Português)
Foi o primeiro estrangeiro a ter sucesso no clube. Entre 1943 e 1947, ganhou três vezes o Campeonato Paulista (1943, 45 e 47). Formou um esquadrão do São Paulo e teve como estrela o atacante Leônidas da Silva, o Diamante Negro. Saiu porque pediu demissão e meses depois foi para o Corinthians.
6. Jim López (Argentino)
Formado em economia, teve duas passagens. Na primeira, entre 1953 e 54. Logo na chegada, montou uma equipe que foi campeã estadual com 24 vitórias em 28 partidas, liderada em campo por Gino, o segundo maior artilheiro da história do clube. Depois voltou em 1965, somente para terminar a temporada.
7. Béla Guttmann (Húngaro)
Revolucionou a história do futebol brasileiro ao apresentar o esquema 4-2-4, o mesmo usado pela seleção no título da Copa de 1958. O técnico desembarcou ao Brasil sem falar português, mas se adaptou rápido e com Zizinho como destaque, levou o São Paulo à conquista do Estadual, em 1957, mesmo ano da sua chegada. Na temporada seguinte, resolveu sair.
8. Armando Renganeschi (Argentino)
Ex-zagueiro do time, substituiu Béla Guttmann entre 1958 e 1959. Conhecido por "Renga", foi vice-campeão paulista em 58 e no ano seguinte, perdeu o cargo depois de uma campanha ruim no Torneio Rio-São Paulo.
9. José Poy (Argentino)
Foi goleiro da equipe e ao se aposentar, iniciou a primeira das seis passagens no comando. Trabalhou entre 1964 e 65 como interino, depois voltou a substituir técnicos em 1970, 71 e 72. Entre 1973 e 1976 se manteve como efetivo e ganhou o Campeonato Paulista de 1975, período em que o clube chegou a ficar 47 jogos invicto. Teve outra passagem entre 1982 e 1983.
10. Pablo Forlán (Uruguaio)
Teve os piores resultados de um estrangeiro no comando do clube. Em 1990, o ex-lateral da equipe e pai de Diego Forlán, trabalhou durante 28 jogos, período em que o Tricolor acabou o Estadual nas últimas posições, foi eliminado na Copa do Brasil e começou mal no Brasileiro. Para o lugar dele a diretoria trouxe Telê Santana.
11. Dario Pereyra (Uruguaio)
Ex-zagueiro do clube, trabalhou entre 1997 e 98. Em 63 jogos, levou a equipe ao vice-campeonato da Supercopa da Libertadores no primeiro ano e perdeu o cargo na temporada seguinte, quando teve maus resultados no Torneio Rio-São Paulo.
12. Roberto Rojas (Chileno)
Foi goleiro, preparador de goleiros e a princípio assumiria o time apenas interinamente em 2003. Oswaldo de Oliveira havia acabado de ser demitido e sobrou para Rojas a missão de comandar o clube por oito meses. Ganhou 28 dos 52 jogos, classificou a equipe para a Copa Libertadores depois de dez anos de ausência e chegou à semifinal da Copa Sul-Americana.