Análise|São Paulo vê Botafogo dominar primeiro tempo, mas consegue equilíbrio em empate sem gols no Rio


Zubeldía erra em escalação com três zagueiros e perde meio de campo para botafoguenses, que não aproveitaram sufoco na primeira metade da partida

Por Leonardo Catto
Atualização:

São Paulo e Botafogo empataram por 0 a 0 pela partida de ida das quartas de final da Copa Libertadores. A decisão pela vaga na semifinal ficou para o MorumBis, na próxima quarta-feira, 25, às 21h30 (horário de Brasília). Ainda que tenham equilibrado a partida no segundo tempo, os são-paulinos saem de campo com alívio.

O Botafogo fez o que quis durante o primeiro tempo. Se havia dúvidas sobre escalação com três zagueiros, a etapa inicial deu a resposta, já que o time paulista praticamente só atrapalhou os ataques botafoguenses - mais do que de fato se defender. As melhores chances criadas pelos cariocas pararam na trave ou foram para fora, sem mérito dos são-paulinos. Mas faltou o gol, e o São Paulo pôde se recuperar.

continua após a publicidade

Bastos, que recebeu o terceiro cartão amarelo, será desfalque para os cariocas. Antes disso, pelo Brasileirão, o São Paulo recebe o Internacional, no domingo, às 18h30. O Botafogo tem o clássico contra o Fluminense, no mesmo horário, mas no sábado, no Maracanã.

Calleri viveu noite 'amarrada' no Nilton Santos, pela Libertadores. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O Botafogo se colocou como dono do jogo desde o começo. Principal contratação da janela botafoguense, Alex Telles tinha facilidade em avançar pela esquerda, enquanto Vitinho subia do outro lado.

continua após a publicidade

Os três zagueiros são-paulinos não ofereceram a resistência esperada ao Botafogo. Com a bola, pior ainda para o São Paulo, que sofria rápida pressão do adversário.

O esquema de Zubeldía também prejudicou Lucas Moura, que virou uma ilha solitária no meio de campo. À frente dele, Calleri era obrigado a jogar de costas para o gol já na intermediária, para ser opção de um time que não avançava ao ataque.

Rafinha e Wellington, na condição de alas, não participavam da criação com o camisa 7, nem conseguiam cobrir espaços juntos dos zagueiros de lado. William Gomes, principal nome são-paulino na vitória contra o Cruzeiro pelo Brasileirão, não foi o escape esperado.

continua após a publicidade
Lucas teve noite apagada com a camisa do São Paulo no Rio. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Do outro lado, o Botafogo mostrou ter tudo que faltou ao São Paulo. Com Savarino, saíram bonitas jogadas individuais. Uma delas acabando no travessão de Rafael, também acertado por Luiz Henrique, de cabeça. Coletivamente, o time de Artur Jorge orquestrou passes que levavam até a área adversária.

A equipe não teve medo de buscar cruzamentos, mesmo que Igor Jesus não cumpra a função de um centroavante de referência. Assim, sufocou o São Paulo até mesmo com as chances menos claras.

continua após a publicidade

A estratégia são-paulina continuou sem funcionar no começo do segundo tempo, e Zubeldía finalmente mudou, sacando Rafinha para entrada de Wellington Rato. A equipe conseguiu mais presença ofensiva, ainda que sem construções elaboradas. Quebrar a formação inicial contribuiu para que o time conseguisse se defender melhor.

O Botafogo amornou seu ritmo. Alex Telles teve de sair, como esperado, já que não tem condição física para atuar 90 minutos. Luiz Henrique também deixou o campo. A confiança botafoguense pareceu cair, o que chamou os são-paulinos ao ataque. Foi neste momento que a partida finalmente chegou a um nível de equilíbrio.

continua após a publicidade
São Paulo melhorou na segunda etapa, e Botafogo precisou se defender. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Assim, o São Paulo conseguiu sua melhor chance, com Calleri, aos 30 minutos da segunda etapa. Michel Araújo cruzou na medida para o camisa 9. O argentino chutou por cima, sofrendo do mesmo mal que afligiu o Botafogo na primeira etapa, a ineficiência.

Os botafoguenses responderam e mostraram que não haviam abandonado o jogo. A tensão cresceu no Nilton Santos, com impressão que a qualquer momento o zero sairia do placar.

continua após a publicidade

A partir de então, porém, imperaram as defesas. A intensidade caiu, e as equipes resguardaram-se. Ficou tudo para o jogo de volta.

BOTAFOGO 0 X 0 SÃO PAULO

BOTAFOGO - John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal); Gregore e Marlon Freitas (Tchê Tchê); Luiz Henrique (Tiquinho Soares), Savarino e Thiago Almada; Igor Jesus (Matheus Martins). Técnico: Artur Jorge.

SÃO PAULO - Rafael; Alan Franco (Ferraresi), Arboleda e Sabino; Rafinha (Wellington Rato), Luiz Gustavo, Bobadilla e Wellington; Lucas Moura (Luciano), William Gomes (Michel Araújo) e Calleri (André Silva). Técnico: Luis Zubeldía.

CARTÕES AMARELOS - Luiz Henrique e Bastos (Botafogo) e Rafinha e Arboleda (São Paulo).

ÁRBITRO - Esteban Ostojich (URU).

RENDA - R$ 2.466.890,00.

PÚBLICO - 40.089 presentes.

LOCAL - Estádio Nilton Santo, no Rio.

São Paulo e Botafogo empataram por 0 a 0 pela partida de ida das quartas de final da Copa Libertadores. A decisão pela vaga na semifinal ficou para o MorumBis, na próxima quarta-feira, 25, às 21h30 (horário de Brasília). Ainda que tenham equilibrado a partida no segundo tempo, os são-paulinos saem de campo com alívio.

O Botafogo fez o que quis durante o primeiro tempo. Se havia dúvidas sobre escalação com três zagueiros, a etapa inicial deu a resposta, já que o time paulista praticamente só atrapalhou os ataques botafoguenses - mais do que de fato se defender. As melhores chances criadas pelos cariocas pararam na trave ou foram para fora, sem mérito dos são-paulinos. Mas faltou o gol, e o São Paulo pôde se recuperar.

Bastos, que recebeu o terceiro cartão amarelo, será desfalque para os cariocas. Antes disso, pelo Brasileirão, o São Paulo recebe o Internacional, no domingo, às 18h30. O Botafogo tem o clássico contra o Fluminense, no mesmo horário, mas no sábado, no Maracanã.

Calleri viveu noite 'amarrada' no Nilton Santos, pela Libertadores. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O Botafogo se colocou como dono do jogo desde o começo. Principal contratação da janela botafoguense, Alex Telles tinha facilidade em avançar pela esquerda, enquanto Vitinho subia do outro lado.

Os três zagueiros são-paulinos não ofereceram a resistência esperada ao Botafogo. Com a bola, pior ainda para o São Paulo, que sofria rápida pressão do adversário.

O esquema de Zubeldía também prejudicou Lucas Moura, que virou uma ilha solitária no meio de campo. À frente dele, Calleri era obrigado a jogar de costas para o gol já na intermediária, para ser opção de um time que não avançava ao ataque.

Rafinha e Wellington, na condição de alas, não participavam da criação com o camisa 7, nem conseguiam cobrir espaços juntos dos zagueiros de lado. William Gomes, principal nome são-paulino na vitória contra o Cruzeiro pelo Brasileirão, não foi o escape esperado.

Lucas teve noite apagada com a camisa do São Paulo no Rio. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Do outro lado, o Botafogo mostrou ter tudo que faltou ao São Paulo. Com Savarino, saíram bonitas jogadas individuais. Uma delas acabando no travessão de Rafael, também acertado por Luiz Henrique, de cabeça. Coletivamente, o time de Artur Jorge orquestrou passes que levavam até a área adversária.

A equipe não teve medo de buscar cruzamentos, mesmo que Igor Jesus não cumpra a função de um centroavante de referência. Assim, sufocou o São Paulo até mesmo com as chances menos claras.

A estratégia são-paulina continuou sem funcionar no começo do segundo tempo, e Zubeldía finalmente mudou, sacando Rafinha para entrada de Wellington Rato. A equipe conseguiu mais presença ofensiva, ainda que sem construções elaboradas. Quebrar a formação inicial contribuiu para que o time conseguisse se defender melhor.

O Botafogo amornou seu ritmo. Alex Telles teve de sair, como esperado, já que não tem condição física para atuar 90 minutos. Luiz Henrique também deixou o campo. A confiança botafoguense pareceu cair, o que chamou os são-paulinos ao ataque. Foi neste momento que a partida finalmente chegou a um nível de equilíbrio.

São Paulo melhorou na segunda etapa, e Botafogo precisou se defender. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Assim, o São Paulo conseguiu sua melhor chance, com Calleri, aos 30 minutos da segunda etapa. Michel Araújo cruzou na medida para o camisa 9. O argentino chutou por cima, sofrendo do mesmo mal que afligiu o Botafogo na primeira etapa, a ineficiência.

Os botafoguenses responderam e mostraram que não haviam abandonado o jogo. A tensão cresceu no Nilton Santos, com impressão que a qualquer momento o zero sairia do placar.

A partir de então, porém, imperaram as defesas. A intensidade caiu, e as equipes resguardaram-se. Ficou tudo para o jogo de volta.

BOTAFOGO 0 X 0 SÃO PAULO

BOTAFOGO - John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal); Gregore e Marlon Freitas (Tchê Tchê); Luiz Henrique (Tiquinho Soares), Savarino e Thiago Almada; Igor Jesus (Matheus Martins). Técnico: Artur Jorge.

SÃO PAULO - Rafael; Alan Franco (Ferraresi), Arboleda e Sabino; Rafinha (Wellington Rato), Luiz Gustavo, Bobadilla e Wellington; Lucas Moura (Luciano), William Gomes (Michel Araújo) e Calleri (André Silva). Técnico: Luis Zubeldía.

CARTÕES AMARELOS - Luiz Henrique e Bastos (Botafogo) e Rafinha e Arboleda (São Paulo).

ÁRBITRO - Esteban Ostojich (URU).

RENDA - R$ 2.466.890,00.

PÚBLICO - 40.089 presentes.

LOCAL - Estádio Nilton Santo, no Rio.

São Paulo e Botafogo empataram por 0 a 0 pela partida de ida das quartas de final da Copa Libertadores. A decisão pela vaga na semifinal ficou para o MorumBis, na próxima quarta-feira, 25, às 21h30 (horário de Brasília). Ainda que tenham equilibrado a partida no segundo tempo, os são-paulinos saem de campo com alívio.

O Botafogo fez o que quis durante o primeiro tempo. Se havia dúvidas sobre escalação com três zagueiros, a etapa inicial deu a resposta, já que o time paulista praticamente só atrapalhou os ataques botafoguenses - mais do que de fato se defender. As melhores chances criadas pelos cariocas pararam na trave ou foram para fora, sem mérito dos são-paulinos. Mas faltou o gol, e o São Paulo pôde se recuperar.

Bastos, que recebeu o terceiro cartão amarelo, será desfalque para os cariocas. Antes disso, pelo Brasileirão, o São Paulo recebe o Internacional, no domingo, às 18h30. O Botafogo tem o clássico contra o Fluminense, no mesmo horário, mas no sábado, no Maracanã.

Calleri viveu noite 'amarrada' no Nilton Santos, pela Libertadores. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O Botafogo se colocou como dono do jogo desde o começo. Principal contratação da janela botafoguense, Alex Telles tinha facilidade em avançar pela esquerda, enquanto Vitinho subia do outro lado.

Os três zagueiros são-paulinos não ofereceram a resistência esperada ao Botafogo. Com a bola, pior ainda para o São Paulo, que sofria rápida pressão do adversário.

O esquema de Zubeldía também prejudicou Lucas Moura, que virou uma ilha solitária no meio de campo. À frente dele, Calleri era obrigado a jogar de costas para o gol já na intermediária, para ser opção de um time que não avançava ao ataque.

Rafinha e Wellington, na condição de alas, não participavam da criação com o camisa 7, nem conseguiam cobrir espaços juntos dos zagueiros de lado. William Gomes, principal nome são-paulino na vitória contra o Cruzeiro pelo Brasileirão, não foi o escape esperado.

Lucas teve noite apagada com a camisa do São Paulo no Rio. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Do outro lado, o Botafogo mostrou ter tudo que faltou ao São Paulo. Com Savarino, saíram bonitas jogadas individuais. Uma delas acabando no travessão de Rafael, também acertado por Luiz Henrique, de cabeça. Coletivamente, o time de Artur Jorge orquestrou passes que levavam até a área adversária.

A equipe não teve medo de buscar cruzamentos, mesmo que Igor Jesus não cumpra a função de um centroavante de referência. Assim, sufocou o São Paulo até mesmo com as chances menos claras.

A estratégia são-paulina continuou sem funcionar no começo do segundo tempo, e Zubeldía finalmente mudou, sacando Rafinha para entrada de Wellington Rato. A equipe conseguiu mais presença ofensiva, ainda que sem construções elaboradas. Quebrar a formação inicial contribuiu para que o time conseguisse se defender melhor.

O Botafogo amornou seu ritmo. Alex Telles teve de sair, como esperado, já que não tem condição física para atuar 90 minutos. Luiz Henrique também deixou o campo. A confiança botafoguense pareceu cair, o que chamou os são-paulinos ao ataque. Foi neste momento que a partida finalmente chegou a um nível de equilíbrio.

São Paulo melhorou na segunda etapa, e Botafogo precisou se defender. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Assim, o São Paulo conseguiu sua melhor chance, com Calleri, aos 30 minutos da segunda etapa. Michel Araújo cruzou na medida para o camisa 9. O argentino chutou por cima, sofrendo do mesmo mal que afligiu o Botafogo na primeira etapa, a ineficiência.

Os botafoguenses responderam e mostraram que não haviam abandonado o jogo. A tensão cresceu no Nilton Santos, com impressão que a qualquer momento o zero sairia do placar.

A partir de então, porém, imperaram as defesas. A intensidade caiu, e as equipes resguardaram-se. Ficou tudo para o jogo de volta.

BOTAFOGO 0 X 0 SÃO PAULO

BOTAFOGO - John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal); Gregore e Marlon Freitas (Tchê Tchê); Luiz Henrique (Tiquinho Soares), Savarino e Thiago Almada; Igor Jesus (Matheus Martins). Técnico: Artur Jorge.

SÃO PAULO - Rafael; Alan Franco (Ferraresi), Arboleda e Sabino; Rafinha (Wellington Rato), Luiz Gustavo, Bobadilla e Wellington; Lucas Moura (Luciano), William Gomes (Michel Araújo) e Calleri (André Silva). Técnico: Luis Zubeldía.

CARTÕES AMARELOS - Luiz Henrique e Bastos (Botafogo) e Rafinha e Arboleda (São Paulo).

ÁRBITRO - Esteban Ostojich (URU).

RENDA - R$ 2.466.890,00.

PÚBLICO - 40.089 presentes.

LOCAL - Estádio Nilton Santo, no Rio.

Análise por Leonardo Catto

Jornalista natural de Santa Maria (RS), bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Repórter de Esportes do Estadão. Antes, fez parte do 32º Curso Estado de Jornalismo.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.