O meia Gustavo Scarpa, do Palmeiras, conseguiu nesta quinta-feira uma vitória na Justiça. Os advogados do jogador conseguiram uma liminar em que suspenderam o bloqueio imediato de R$ 200 milhões realizados pelo Fluminense nas contas do atletas e determinaram que a juíza autora dessa decisão anterior, Dalva Macedo, não realize outros atos adicionais no processo.
Na última sexta-feira a 70ª Vara do Trabalho do Rio havia determinado o arresto de R$ 200 milhões das contas de Scarpa e do Palmeiras. A medida valia como uma segurança para garantir ao clube carioca o recebimento do montante, que correspondia ao valor da multa rescisória prevista no contrato. O prazo para pagamento era de cinco dias. A diretoria do Fluminense exigia a quantia para ser ressarcida pela saída do jogador, que se deu sem custos.
Os advogados do meia, no entanto, tiveram o pedido de liminar atendido pela desembargadora Mery Bucker Caminha, vice-corregedora do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. A briga jurídica não impede Scarpa de ser escalado pelo Palmeiras, com quem tem contrato válido por cinco temporadas.
O jogador tem sido protagonista de uma longa briga entre os dois clubes. Primeiramente, Scarpa deixou o Fluminense em janeiro, após conseguir rescisão ao comprovar uma dívida de R$ 9 milhões do Fluminense por salários atrasados, FGTS e outros direitos trabalhistas. O meia conseguiu se livrar do vínculo com um liminar e assinar com o Palmeiras. Porém, em março, o time carioca conseguiu derrubar a decisão.
Scarpa passou três meses parado até o Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, conceder habeas corpus que o liberou do contrato com o Fluminense. O meia voltou ao Palmeiras, refez o contrato com validade até dezembro de 2022 e chegou, inclusive, a enfrentar o antigo time em jogo do Campeonato Brasileiro. O processo, no entanto, continua a correr na Justiça.
Nesta quinta-feira, em entrevista à ESPN Brasil, o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, afirmou que o clube tenta resolver o caso com diálogos com o Fluminense. "É nosso objetivo e em mais algum tempo esperamos chegar a um acordo se conseguirmos resolver. Se não, vamos discutir juridicamente, mas acho que todos perdem neste caminho. Através do diálogo entre todos, esperamos resolver", disse.