Seleção brasileira dá alegria momentânea para quem não tem casa para morar em São Paulo


Entidades de apoio e acolhimento a pessoas em situação de rua organizam ações para transmitir jogo de estreia

Por Gonçalo Junior
Atualização:

A Copa do Mundo traz uma pergunta recorrente: onde você vai assistir ao jogo do Brasil? Para 32 mil pessoas que vivem em situação de rua em São Paulo, a questão é constrangedora e, quase sempre, fica sem resposta. Sem casa, eles buscaram alternativas para ver a vitória do Brasil diante da Sérvia ontem. Neste cenário, entidades se movimentaram para apoiar essa parcela da população que cresceu 31% em dois anos na cidade.

A telinha que o encarregado de obras Samuel Santos Araújo encontrou para ver o jogo estava no alto de um bar no centro da Praça da Sé, região central da cidade. O lugar estava disputado a ponto de o gerente dizer que não dava para dar entrevista. O baiano de 59 anos está desempregado e suas roupas ficam em um saco preto de lixo. Depois de ter sido pastor, ele conta que sua vida desandou por causa de uma mulher – não entra nos detalhes. Ele conta que dorme em um tapete, sua barraca foi roubada. As dificuldades da vida são soterradas – por 90 minutos mais os acréscimos – por uma partida de futebol. “Não perco um jogo da seleção brasileira.”

Aos 66 anos, Fátima Braz diz que não tem muito sentido falar de Copa quando falta um teto. Natural de Piraju, interior de São Paulo, a senhora vive nas ruas há nove anos, três deles na Praça Marechal Deodoro, zona central. Ela evita falar a razão de ter ido para a rua, mas reclama da família. “Não tem sentido em falar de um jogo se eu tenho de pensar na minha vida”, resume. “Se eu tivesse uma casa, eu podia ver a Copa, curtir o carnaval ou assistir a um show.”

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TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  

Diante de relatos assim, organizações não-governamentais e entidades assistenciais estão promovendo ações específicas de apoio e acolhimento para as pessoas em situação de rua nos jogos do Brasil na Copa. A SP Invisível, ONG de apoio à população de rua, organizou uma festa – com decoração e até vuvuzela – para 50 pessoas no Centro de Acolhida Especial Mulheres de Santo Amaro, zona sul. A mulher trans Luani Gabrielly Nogueira, de 29 anos, afirma que se sentiu não só acolhida, mas “vista”.

“Vivi preconceito familiar e fui expulsa de casa. Na rua, a gente vive uma situação de ser invisível”, conta a autônoma que sonha ser enfermeira. Na Copa de 2018, lembra Luani, ela ainda morava com a família, mas não havia assumido sua sexualidade. “Foi uma atitude libertadora.”

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A ação da SP Invisível faz parte de uma campanha para promover a inclusão, a diversidade e discutir os Direitos Humanos. Aqui no Brasil e na Copa. “A Copa é um momento de inclusão, não importa a classe social. Quisemos dar uma Copa mais digna para as pessoas em situação de rua e mostrar qeu todos podem curtir a Copa. O protagonismo feminino e a força das mulheres trans são muito importantes nesse momento”, afirma André Soler, presidente da SP Invisível.

POBREZA

Entre 2019 e 2021 o número de pessoas em situação de rua em São Paulo teve um aumento de 31%, segundo censo. Nesse período, a concentração, que ainda é grande na região central, se ampliou em várias periferias da cidade, onde a alta chegou a seis vezes, dependendo da subprefeitura. É uma situação que pode ser percebida além dos números.

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O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo distribuiu sopa na hora do jogo. Cerca de 200 pessoas passaram pela fila, mas logo buscavam uma televisão nos bares e restaurantes que estavam abertos. Ninguém parou para se sentar na calçada da rua José Bonifácio, como fazem nos outros dias.

TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  

Esses aparelhos foram as principais opções para as pessoas em situação de rua. Na Praça Marechal Deodoro, Carlos Pereira Silva, de 49 anos, reclama que a Prefeitura retirou o “gato” (instalação elétrica ilegal) que ele tinha feito para iluminar sua barraca. Com isso, também se foi a chance de adaptar uma televisão do ferro-velho para tentar sintonizar os jogos da Copa.

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Além da mobilização das entidades, a Prefeitura promoveu uma ação especial no Centro de Acolhida Portal do Futuro, no bairro da Luz, região central. O local possui 220 vagas de acolhimento para homens e mulheres, que permite pernoite. Não há prazo definido para que as pessoas permaneçam no local.

Ontem, um telão transmitiu a partida, com cachorro- quente e refrigerante. Na visão do secretário Carlos Bezerra, o objetivo é humanizar o acolhimento, fortalecer os laços de quem vive no local.

Para Márcia Gabriela, de 29 anos, o evento foi uma oportunidade de viver a alegria da Copa como se fosse a primeira vez. Ela tem epilepsia e leve deficiência intelectual. “Eu me lembro pouco das coisas. Mas estou vivendo um momento de alegria. A Copa é bastante colorida. Isso deixa a gente bem.” l

A Copa do Mundo traz uma pergunta recorrente: onde você vai assistir ao jogo do Brasil? Para 32 mil pessoas que vivem em situação de rua em São Paulo, a questão é constrangedora e, quase sempre, fica sem resposta. Sem casa, eles buscaram alternativas para ver a vitória do Brasil diante da Sérvia ontem. Neste cenário, entidades se movimentaram para apoiar essa parcela da população que cresceu 31% em dois anos na cidade.

A telinha que o encarregado de obras Samuel Santos Araújo encontrou para ver o jogo estava no alto de um bar no centro da Praça da Sé, região central da cidade. O lugar estava disputado a ponto de o gerente dizer que não dava para dar entrevista. O baiano de 59 anos está desempregado e suas roupas ficam em um saco preto de lixo. Depois de ter sido pastor, ele conta que sua vida desandou por causa de uma mulher – não entra nos detalhes. Ele conta que dorme em um tapete, sua barraca foi roubada. As dificuldades da vida são soterradas – por 90 minutos mais os acréscimos – por uma partida de futebol. “Não perco um jogo da seleção brasileira.”

Aos 66 anos, Fátima Braz diz que não tem muito sentido falar de Copa quando falta um teto. Natural de Piraju, interior de São Paulo, a senhora vive nas ruas há nove anos, três deles na Praça Marechal Deodoro, zona central. Ela evita falar a razão de ter ido para a rua, mas reclama da família. “Não tem sentido em falar de um jogo se eu tenho de pensar na minha vida”, resume. “Se eu tivesse uma casa, eu podia ver a Copa, curtir o carnaval ou assistir a um show.”

TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  

Diante de relatos assim, organizações não-governamentais e entidades assistenciais estão promovendo ações específicas de apoio e acolhimento para as pessoas em situação de rua nos jogos do Brasil na Copa. A SP Invisível, ONG de apoio à população de rua, organizou uma festa – com decoração e até vuvuzela – para 50 pessoas no Centro de Acolhida Especial Mulheres de Santo Amaro, zona sul. A mulher trans Luani Gabrielly Nogueira, de 29 anos, afirma que se sentiu não só acolhida, mas “vista”.

“Vivi preconceito familiar e fui expulsa de casa. Na rua, a gente vive uma situação de ser invisível”, conta a autônoma que sonha ser enfermeira. Na Copa de 2018, lembra Luani, ela ainda morava com a família, mas não havia assumido sua sexualidade. “Foi uma atitude libertadora.”

A ação da SP Invisível faz parte de uma campanha para promover a inclusão, a diversidade e discutir os Direitos Humanos. Aqui no Brasil e na Copa. “A Copa é um momento de inclusão, não importa a classe social. Quisemos dar uma Copa mais digna para as pessoas em situação de rua e mostrar qeu todos podem curtir a Copa. O protagonismo feminino e a força das mulheres trans são muito importantes nesse momento”, afirma André Soler, presidente da SP Invisível.

POBREZA

Entre 2019 e 2021 o número de pessoas em situação de rua em São Paulo teve um aumento de 31%, segundo censo. Nesse período, a concentração, que ainda é grande na região central, se ampliou em várias periferias da cidade, onde a alta chegou a seis vezes, dependendo da subprefeitura. É uma situação que pode ser percebida além dos números.

O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo distribuiu sopa na hora do jogo. Cerca de 200 pessoas passaram pela fila, mas logo buscavam uma televisão nos bares e restaurantes que estavam abertos. Ninguém parou para se sentar na calçada da rua José Bonifácio, como fazem nos outros dias.

TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  

Esses aparelhos foram as principais opções para as pessoas em situação de rua. Na Praça Marechal Deodoro, Carlos Pereira Silva, de 49 anos, reclama que a Prefeitura retirou o “gato” (instalação elétrica ilegal) que ele tinha feito para iluminar sua barraca. Com isso, também se foi a chance de adaptar uma televisão do ferro-velho para tentar sintonizar os jogos da Copa.

Além da mobilização das entidades, a Prefeitura promoveu uma ação especial no Centro de Acolhida Portal do Futuro, no bairro da Luz, região central. O local possui 220 vagas de acolhimento para homens e mulheres, que permite pernoite. Não há prazo definido para que as pessoas permaneçam no local.

Ontem, um telão transmitiu a partida, com cachorro- quente e refrigerante. Na visão do secretário Carlos Bezerra, o objetivo é humanizar o acolhimento, fortalecer os laços de quem vive no local.

Para Márcia Gabriela, de 29 anos, o evento foi uma oportunidade de viver a alegria da Copa como se fosse a primeira vez. Ela tem epilepsia e leve deficiência intelectual. “Eu me lembro pouco das coisas. Mas estou vivendo um momento de alegria. A Copa é bastante colorida. Isso deixa a gente bem.” l

A Copa do Mundo traz uma pergunta recorrente: onde você vai assistir ao jogo do Brasil? Para 32 mil pessoas que vivem em situação de rua em São Paulo, a questão é constrangedora e, quase sempre, fica sem resposta. Sem casa, eles buscaram alternativas para ver a vitória do Brasil diante da Sérvia ontem. Neste cenário, entidades se movimentaram para apoiar essa parcela da população que cresceu 31% em dois anos na cidade.

A telinha que o encarregado de obras Samuel Santos Araújo encontrou para ver o jogo estava no alto de um bar no centro da Praça da Sé, região central da cidade. O lugar estava disputado a ponto de o gerente dizer que não dava para dar entrevista. O baiano de 59 anos está desempregado e suas roupas ficam em um saco preto de lixo. Depois de ter sido pastor, ele conta que sua vida desandou por causa de uma mulher – não entra nos detalhes. Ele conta que dorme em um tapete, sua barraca foi roubada. As dificuldades da vida são soterradas – por 90 minutos mais os acréscimos – por uma partida de futebol. “Não perco um jogo da seleção brasileira.”

Aos 66 anos, Fátima Braz diz que não tem muito sentido falar de Copa quando falta um teto. Natural de Piraju, interior de São Paulo, a senhora vive nas ruas há nove anos, três deles na Praça Marechal Deodoro, zona central. Ela evita falar a razão de ter ido para a rua, mas reclama da família. “Não tem sentido em falar de um jogo se eu tenho de pensar na minha vida”, resume. “Se eu tivesse uma casa, eu podia ver a Copa, curtir o carnaval ou assistir a um show.”

TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  

Diante de relatos assim, organizações não-governamentais e entidades assistenciais estão promovendo ações específicas de apoio e acolhimento para as pessoas em situação de rua nos jogos do Brasil na Copa. A SP Invisível, ONG de apoio à população de rua, organizou uma festa – com decoração e até vuvuzela – para 50 pessoas no Centro de Acolhida Especial Mulheres de Santo Amaro, zona sul. A mulher trans Luani Gabrielly Nogueira, de 29 anos, afirma que se sentiu não só acolhida, mas “vista”.

“Vivi preconceito familiar e fui expulsa de casa. Na rua, a gente vive uma situação de ser invisível”, conta a autônoma que sonha ser enfermeira. Na Copa de 2018, lembra Luani, ela ainda morava com a família, mas não havia assumido sua sexualidade. “Foi uma atitude libertadora.”

A ação da SP Invisível faz parte de uma campanha para promover a inclusão, a diversidade e discutir os Direitos Humanos. Aqui no Brasil e na Copa. “A Copa é um momento de inclusão, não importa a classe social. Quisemos dar uma Copa mais digna para as pessoas em situação de rua e mostrar qeu todos podem curtir a Copa. O protagonismo feminino e a força das mulheres trans são muito importantes nesse momento”, afirma André Soler, presidente da SP Invisível.

POBREZA

Entre 2019 e 2021 o número de pessoas em situação de rua em São Paulo teve um aumento de 31%, segundo censo. Nesse período, a concentração, que ainda é grande na região central, se ampliou em várias periferias da cidade, onde a alta chegou a seis vezes, dependendo da subprefeitura. É uma situação que pode ser percebida além dos números.

O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo distribuiu sopa na hora do jogo. Cerca de 200 pessoas passaram pela fila, mas logo buscavam uma televisão nos bares e restaurantes que estavam abertos. Ninguém parou para se sentar na calçada da rua José Bonifácio, como fazem nos outros dias.

TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  

Esses aparelhos foram as principais opções para as pessoas em situação de rua. Na Praça Marechal Deodoro, Carlos Pereira Silva, de 49 anos, reclama que a Prefeitura retirou o “gato” (instalação elétrica ilegal) que ele tinha feito para iluminar sua barraca. Com isso, também se foi a chance de adaptar uma televisão do ferro-velho para tentar sintonizar os jogos da Copa.

Além da mobilização das entidades, a Prefeitura promoveu uma ação especial no Centro de Acolhida Portal do Futuro, no bairro da Luz, região central. O local possui 220 vagas de acolhimento para homens e mulheres, que permite pernoite. Não há prazo definido para que as pessoas permaneçam no local.

Ontem, um telão transmitiu a partida, com cachorro- quente e refrigerante. Na visão do secretário Carlos Bezerra, o objetivo é humanizar o acolhimento, fortalecer os laços de quem vive no local.

Para Márcia Gabriela, de 29 anos, o evento foi uma oportunidade de viver a alegria da Copa como se fosse a primeira vez. Ela tem epilepsia e leve deficiência intelectual. “Eu me lembro pouco das coisas. Mas estou vivendo um momento de alegria. A Copa é bastante colorida. Isso deixa a gente bem.” l

A Copa do Mundo traz uma pergunta recorrente: onde você vai assistir ao jogo do Brasil? Para 32 mil pessoas que vivem em situação de rua em São Paulo, a questão é constrangedora e, quase sempre, fica sem resposta. Sem casa, eles buscaram alternativas para ver a vitória do Brasil diante da Sérvia ontem. Neste cenário, entidades se movimentaram para apoiar essa parcela da população que cresceu 31% em dois anos na cidade.

A telinha que o encarregado de obras Samuel Santos Araújo encontrou para ver o jogo estava no alto de um bar no centro da Praça da Sé, região central da cidade. O lugar estava disputado a ponto de o gerente dizer que não dava para dar entrevista. O baiano de 59 anos está desempregado e suas roupas ficam em um saco preto de lixo. Depois de ter sido pastor, ele conta que sua vida desandou por causa de uma mulher – não entra nos detalhes. Ele conta que dorme em um tapete, sua barraca foi roubada. As dificuldades da vida são soterradas – por 90 minutos mais os acréscimos – por uma partida de futebol. “Não perco um jogo da seleção brasileira.”

Aos 66 anos, Fátima Braz diz que não tem muito sentido falar de Copa quando falta um teto. Natural de Piraju, interior de São Paulo, a senhora vive nas ruas há nove anos, três deles na Praça Marechal Deodoro, zona central. Ela evita falar a razão de ter ido para a rua, mas reclama da família. “Não tem sentido em falar de um jogo se eu tenho de pensar na minha vida”, resume. “Se eu tivesse uma casa, eu podia ver a Copa, curtir o carnaval ou assistir a um show.”

TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  

Diante de relatos assim, organizações não-governamentais e entidades assistenciais estão promovendo ações específicas de apoio e acolhimento para as pessoas em situação de rua nos jogos do Brasil na Copa. A SP Invisível, ONG de apoio à população de rua, organizou uma festa – com decoração e até vuvuzela – para 50 pessoas no Centro de Acolhida Especial Mulheres de Santo Amaro, zona sul. A mulher trans Luani Gabrielly Nogueira, de 29 anos, afirma que se sentiu não só acolhida, mas “vista”.

“Vivi preconceito familiar e fui expulsa de casa. Na rua, a gente vive uma situação de ser invisível”, conta a autônoma que sonha ser enfermeira. Na Copa de 2018, lembra Luani, ela ainda morava com a família, mas não havia assumido sua sexualidade. “Foi uma atitude libertadora.”

A ação da SP Invisível faz parte de uma campanha para promover a inclusão, a diversidade e discutir os Direitos Humanos. Aqui no Brasil e na Copa. “A Copa é um momento de inclusão, não importa a classe social. Quisemos dar uma Copa mais digna para as pessoas em situação de rua e mostrar qeu todos podem curtir a Copa. O protagonismo feminino e a força das mulheres trans são muito importantes nesse momento”, afirma André Soler, presidente da SP Invisível.

POBREZA

Entre 2019 e 2021 o número de pessoas em situação de rua em São Paulo teve um aumento de 31%, segundo censo. Nesse período, a concentração, que ainda é grande na região central, se ampliou em várias periferias da cidade, onde a alta chegou a seis vezes, dependendo da subprefeitura. É uma situação que pode ser percebida além dos números.

O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo distribuiu sopa na hora do jogo. Cerca de 200 pessoas passaram pela fila, mas logo buscavam uma televisão nos bares e restaurantes que estavam abertos. Ninguém parou para se sentar na calçada da rua José Bonifácio, como fazem nos outros dias.

TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  

Esses aparelhos foram as principais opções para as pessoas em situação de rua. Na Praça Marechal Deodoro, Carlos Pereira Silva, de 49 anos, reclama que a Prefeitura retirou o “gato” (instalação elétrica ilegal) que ele tinha feito para iluminar sua barraca. Com isso, também se foi a chance de adaptar uma televisão do ferro-velho para tentar sintonizar os jogos da Copa.

Além da mobilização das entidades, a Prefeitura promoveu uma ação especial no Centro de Acolhida Portal do Futuro, no bairro da Luz, região central. O local possui 220 vagas de acolhimento para homens e mulheres, que permite pernoite. Não há prazo definido para que as pessoas permaneçam no local.

Ontem, um telão transmitiu a partida, com cachorro- quente e refrigerante. Na visão do secretário Carlos Bezerra, o objetivo é humanizar o acolhimento, fortalecer os laços de quem vive no local.

Para Márcia Gabriela, de 29 anos, o evento foi uma oportunidade de viver a alegria da Copa como se fosse a primeira vez. Ela tem epilepsia e leve deficiência intelectual. “Eu me lembro pouco das coisas. Mas estou vivendo um momento de alegria. A Copa é bastante colorida. Isso deixa a gente bem.” l

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