Seleção brasileira faz diante da Venezuela seu primeiro jogo oficial no Mato Grosso


Equipe principal, que entra em campo nesta quinta-feira, não joga em Cuiabá desde 2002; em toda a história, foram apenas quatro amistosos no Estado

Por Marcio Dolzan

O Brasil enfrenta a Venezuela nesta quinta-feira na Arena Pantanal em um jogo válido pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, mas que também servirá como estreia: será a primeira vez na história centenária da seleção que a equipe fará um jogo oficial no Mato Grosso. Até aqui, foram apenas quatro jogos no Estado com o time principal, e todos eles amistosos.

Nem mesmo o estádio dos confrontos anteriores existe mais. Inaugurado em 1975, o Estádio José Fragelli foi demolido em 2010 para a construção da Arena Pantanal, que em 2014 sediaria quatro partidas da Copa do Mundo. Agora, receberá um jogo oficial da seleção brasileira pela primeira vez.

A torcida mato-grossense, claro, está em polvorosa. Na terça-feira, mais de cinco mil torcedores puderam assistir à parte final do treino. A maior parte era composta por crianças e adolescentes, que nem sequer haviam nascido na última vez que o Brasil jogou por lá, em março de 2002.

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Kaká em ação pela seleção diante da Islândia, no último amistoso do Brasil em Cuiabá Foto: Alaor Filho / AE

“Temos de explorar mais isso. Vi hoje (terça) na parte final do treino o tanto de criança… Você vê crianças com sonhos podendo ver seus ídolos, suas inspirações. Isso nos motiva muito, é bom ter esse contato com o torcedor, ver crianças e jovens nos apoiando, é uma demonstração de carinho grande”, comentou o goleiro Ederson. “Já foi isso em Belém, povo caloroso, nos sentimos acolhidos. É sempre bom ser bem recebido, como está sendo aqui e como foi em Belém.”

Especialmente na última década, seja por força de contrato, seja por opção da CBF, a seleção brasileira atuou num número muito restrito de cidades no País, ou então no exterior. Os jogos por aqui se limitaram a oito cidades - Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Brasília e, raramente, Manaus. A exceção foram jogos das seleções de base ou feminina.

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Quando assumiu a CBF, o presidente Ednaldo Rodrigues prometeu levar a seleção a outras praças. A única exigência dele era de que os locais oferecessem boas condições de jogo e de logística. Assim, o Brasil estreou nestas Eliminatórias do renovado Mangueirão, em Belém, e agora atuará em Cuiabá. “É uma premissa da nossa gestão aproximar a seleção dos torcedores de todas as regiões do Brasil. Já tivemos uma partida na região norte, em breve (nesta quinta) no centro-oeste e depois será a vez da região sudeste ser contemplada”, disse Rodrigues na semana passada, ao anunciar que o clássico com a Argentina, em novembro, será realizado no Maracanã.

Brasil venceu os quatro amistosos em Cuiabá

Não é por falta de bons resultados que a seleção tenha jogado pouco no Mato Grosso. O Brasil venceu todas as partidas por lá, entre o início da década de 1980 e março de 2002, na reta final de preparação para a Copa do Mundo do Japão e da Coreia.

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Brasil 2 x 0 Suíça - 21 de dezembro de 1980

Comandada por Telê Santana, a seleção brasileira venceu a Suíça na primeira vez que jogou em Cuiabá. Os 2 a 0, contudo, não foram de encher os olhos, como relatou o Estadão à época.

“Quando Telê Santana deixou os vestiários da seleção brasileira, no domingo à noite, após a vitória diante da Suíça, causou estranheza sua expressão tranquila, segura, uma demonstração de que estava satisfeito com sua equipe. Afinal, não haveria motivo para tanta calma, pois o Brasil tinha feito uma despedida aquém das expectativas, apresentando displicência na marcação e excessiva lentidão, motivos suficientes para normalmente irritar um treinador exigente como ele”, escreveu o então jovem repórter Antero Greco, enviado especial do jornal.

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A vitória saiu com gols de Sócrates e Zé Sérgio, o que segundo o jornal resultou em “uma verdadeira festa para Cuiabá”. O texto narra ainda que “a organização esteve perfeita, houve muita mordomia, mas ontem o presidente da Federação Mato-Grossense de Futebol anunciava que, apesar de Cr$ 17 milhões de renda (cerca de R$ 6,2 milhões), o amistoso provocou fortes prejuízos”.

Edição de 23 de dezembro retrata Telê Santana, que ficou satisfeito apesar do fraco futebol da seleção Foto: Acervo / Estadão

Brasil 1 x 0 Equador - 15 de março de 1989

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A seleção brasileira teve a estreia de Sebastião Lazaroni como técnico na segunda vez em que atuou em Cuiabá. E essa primeira partida sob novo comando “não poderia ser pior”, narrou o Estadão à época. “Venceu o fraco time do Equador por apenas 1 a 0 e deixou claro que precisa de muito trabalho para ser uma equipe competitiva.” O gol brasileiro foi marcado por Washington, atacante que atuava pelo Guarani.

Naquele jogo, nem o mais ansioso torcedor local ficou satisfeito e isso parece ter se refletido em campo. “Os jogadores brasileiros perderam a tranquilidade com as vaias da torcida e quase nada fizeram durante todo o segundo tempo”, registrou o jornal.

Edição de 16 de março tem destaque para chegada de Bobô ao São Paulo além da estreia de Lazaroni na seleção Foto: Acervo / Estadão
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Brasil 3 x 1 Finlândia - 15 de abril de 1992

Bebeto, duas vezes, e Paulo Sérgio marcaram para o Brasil de Carlos Alberto Parreira na vitória sobre a Finlândia. A vitória naquele amistoso foi mais agradável que as registradas nos jogos anteriores em Cuiabá, mas nem por isso significou sossego.

Em 1992, quando iniciava a montagem do time que dali a dois anos conquistaria o tetracampeonato mundial nos Estados Unidos, Parreira estava preocupado com um novo fenômeno: o interesse de clubes europeus por atletas brasileiros. Isso fez com que ele chegasse a cogitar uma “seleção permanente”, o que facilitaria os treinamentos. A ideia, porém, foi deixada de lado logo de cara.

Edição de 16 d e abril tem uma avaliação de Carlos Alberto Parreira sobre o amistoso Foto: Acervo / Estadão

Brasil 6 x 1 Islândia - 7 de março de 2002

A última vez que o Brasil jogou em Cuiabá o time era comandado por Luiz Felipe Scolari. E a goleada sem sobressaltos sobre a Islândia, além de encher o torcedor mato-grossense de orgulho, também serviu para Felipão definir mais nomes que levaria para a Copa do Mundo.

“Amistoso definiu mais quatro nomes para a Copa”, estampou o Estadão nos dias que se seguiram à vitória. “Anderson Polga, Kleberson, Gilberto Silva e Kaká estão praticamente garantidos.” De fato, todos eles estiveram na campanha que rendeu o penta para o Brasil. Os gols naquele jogo foram marcados por Ânderson Polga (2), Kléberson, Kaká, Gilberto Silva e Edílson.

Edição de 9 de março do Estadão cita os jogadores que foram bem naquele amistoso Foto: Acervo / Estadão

O Brasil enfrenta a Venezuela nesta quinta-feira na Arena Pantanal em um jogo válido pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, mas que também servirá como estreia: será a primeira vez na história centenária da seleção que a equipe fará um jogo oficial no Mato Grosso. Até aqui, foram apenas quatro jogos no Estado com o time principal, e todos eles amistosos.

Nem mesmo o estádio dos confrontos anteriores existe mais. Inaugurado em 1975, o Estádio José Fragelli foi demolido em 2010 para a construção da Arena Pantanal, que em 2014 sediaria quatro partidas da Copa do Mundo. Agora, receberá um jogo oficial da seleção brasileira pela primeira vez.

A torcida mato-grossense, claro, está em polvorosa. Na terça-feira, mais de cinco mil torcedores puderam assistir à parte final do treino. A maior parte era composta por crianças e adolescentes, que nem sequer haviam nascido na última vez que o Brasil jogou por lá, em março de 2002.

Kaká em ação pela seleção diante da Islândia, no último amistoso do Brasil em Cuiabá Foto: Alaor Filho / AE

“Temos de explorar mais isso. Vi hoje (terça) na parte final do treino o tanto de criança… Você vê crianças com sonhos podendo ver seus ídolos, suas inspirações. Isso nos motiva muito, é bom ter esse contato com o torcedor, ver crianças e jovens nos apoiando, é uma demonstração de carinho grande”, comentou o goleiro Ederson. “Já foi isso em Belém, povo caloroso, nos sentimos acolhidos. É sempre bom ser bem recebido, como está sendo aqui e como foi em Belém.”

Especialmente na última década, seja por força de contrato, seja por opção da CBF, a seleção brasileira atuou num número muito restrito de cidades no País, ou então no exterior. Os jogos por aqui se limitaram a oito cidades - Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Brasília e, raramente, Manaus. A exceção foram jogos das seleções de base ou feminina.

Quando assumiu a CBF, o presidente Ednaldo Rodrigues prometeu levar a seleção a outras praças. A única exigência dele era de que os locais oferecessem boas condições de jogo e de logística. Assim, o Brasil estreou nestas Eliminatórias do renovado Mangueirão, em Belém, e agora atuará em Cuiabá. “É uma premissa da nossa gestão aproximar a seleção dos torcedores de todas as regiões do Brasil. Já tivemos uma partida na região norte, em breve (nesta quinta) no centro-oeste e depois será a vez da região sudeste ser contemplada”, disse Rodrigues na semana passada, ao anunciar que o clássico com a Argentina, em novembro, será realizado no Maracanã.

Brasil venceu os quatro amistosos em Cuiabá

Não é por falta de bons resultados que a seleção tenha jogado pouco no Mato Grosso. O Brasil venceu todas as partidas por lá, entre o início da década de 1980 e março de 2002, na reta final de preparação para a Copa do Mundo do Japão e da Coreia.

Brasil 2 x 0 Suíça - 21 de dezembro de 1980

Comandada por Telê Santana, a seleção brasileira venceu a Suíça na primeira vez que jogou em Cuiabá. Os 2 a 0, contudo, não foram de encher os olhos, como relatou o Estadão à época.

“Quando Telê Santana deixou os vestiários da seleção brasileira, no domingo à noite, após a vitória diante da Suíça, causou estranheza sua expressão tranquila, segura, uma demonstração de que estava satisfeito com sua equipe. Afinal, não haveria motivo para tanta calma, pois o Brasil tinha feito uma despedida aquém das expectativas, apresentando displicência na marcação e excessiva lentidão, motivos suficientes para normalmente irritar um treinador exigente como ele”, escreveu o então jovem repórter Antero Greco, enviado especial do jornal.

A vitória saiu com gols de Sócrates e Zé Sérgio, o que segundo o jornal resultou em “uma verdadeira festa para Cuiabá”. O texto narra ainda que “a organização esteve perfeita, houve muita mordomia, mas ontem o presidente da Federação Mato-Grossense de Futebol anunciava que, apesar de Cr$ 17 milhões de renda (cerca de R$ 6,2 milhões), o amistoso provocou fortes prejuízos”.

Edição de 23 de dezembro retrata Telê Santana, que ficou satisfeito apesar do fraco futebol da seleção Foto: Acervo / Estadão

Brasil 1 x 0 Equador - 15 de março de 1989

A seleção brasileira teve a estreia de Sebastião Lazaroni como técnico na segunda vez em que atuou em Cuiabá. E essa primeira partida sob novo comando “não poderia ser pior”, narrou o Estadão à época. “Venceu o fraco time do Equador por apenas 1 a 0 e deixou claro que precisa de muito trabalho para ser uma equipe competitiva.” O gol brasileiro foi marcado por Washington, atacante que atuava pelo Guarani.

Naquele jogo, nem o mais ansioso torcedor local ficou satisfeito e isso parece ter se refletido em campo. “Os jogadores brasileiros perderam a tranquilidade com as vaias da torcida e quase nada fizeram durante todo o segundo tempo”, registrou o jornal.

Edição de 16 de março tem destaque para chegada de Bobô ao São Paulo além da estreia de Lazaroni na seleção Foto: Acervo / Estadão

Brasil 3 x 1 Finlândia - 15 de abril de 1992

Bebeto, duas vezes, e Paulo Sérgio marcaram para o Brasil de Carlos Alberto Parreira na vitória sobre a Finlândia. A vitória naquele amistoso foi mais agradável que as registradas nos jogos anteriores em Cuiabá, mas nem por isso significou sossego.

Em 1992, quando iniciava a montagem do time que dali a dois anos conquistaria o tetracampeonato mundial nos Estados Unidos, Parreira estava preocupado com um novo fenômeno: o interesse de clubes europeus por atletas brasileiros. Isso fez com que ele chegasse a cogitar uma “seleção permanente”, o que facilitaria os treinamentos. A ideia, porém, foi deixada de lado logo de cara.

Edição de 16 d e abril tem uma avaliação de Carlos Alberto Parreira sobre o amistoso Foto: Acervo / Estadão

Brasil 6 x 1 Islândia - 7 de março de 2002

A última vez que o Brasil jogou em Cuiabá o time era comandado por Luiz Felipe Scolari. E a goleada sem sobressaltos sobre a Islândia, além de encher o torcedor mato-grossense de orgulho, também serviu para Felipão definir mais nomes que levaria para a Copa do Mundo.

“Amistoso definiu mais quatro nomes para a Copa”, estampou o Estadão nos dias que se seguiram à vitória. “Anderson Polga, Kleberson, Gilberto Silva e Kaká estão praticamente garantidos.” De fato, todos eles estiveram na campanha que rendeu o penta para o Brasil. Os gols naquele jogo foram marcados por Ânderson Polga (2), Kléberson, Kaká, Gilberto Silva e Edílson.

Edição de 9 de março do Estadão cita os jogadores que foram bem naquele amistoso Foto: Acervo / Estadão

O Brasil enfrenta a Venezuela nesta quinta-feira na Arena Pantanal em um jogo válido pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, mas que também servirá como estreia: será a primeira vez na história centenária da seleção que a equipe fará um jogo oficial no Mato Grosso. Até aqui, foram apenas quatro jogos no Estado com o time principal, e todos eles amistosos.

Nem mesmo o estádio dos confrontos anteriores existe mais. Inaugurado em 1975, o Estádio José Fragelli foi demolido em 2010 para a construção da Arena Pantanal, que em 2014 sediaria quatro partidas da Copa do Mundo. Agora, receberá um jogo oficial da seleção brasileira pela primeira vez.

A torcida mato-grossense, claro, está em polvorosa. Na terça-feira, mais de cinco mil torcedores puderam assistir à parte final do treino. A maior parte era composta por crianças e adolescentes, que nem sequer haviam nascido na última vez que o Brasil jogou por lá, em março de 2002.

Kaká em ação pela seleção diante da Islândia, no último amistoso do Brasil em Cuiabá Foto: Alaor Filho / AE

“Temos de explorar mais isso. Vi hoje (terça) na parte final do treino o tanto de criança… Você vê crianças com sonhos podendo ver seus ídolos, suas inspirações. Isso nos motiva muito, é bom ter esse contato com o torcedor, ver crianças e jovens nos apoiando, é uma demonstração de carinho grande”, comentou o goleiro Ederson. “Já foi isso em Belém, povo caloroso, nos sentimos acolhidos. É sempre bom ser bem recebido, como está sendo aqui e como foi em Belém.”

Especialmente na última década, seja por força de contrato, seja por opção da CBF, a seleção brasileira atuou num número muito restrito de cidades no País, ou então no exterior. Os jogos por aqui se limitaram a oito cidades - Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Brasília e, raramente, Manaus. A exceção foram jogos das seleções de base ou feminina.

Quando assumiu a CBF, o presidente Ednaldo Rodrigues prometeu levar a seleção a outras praças. A única exigência dele era de que os locais oferecessem boas condições de jogo e de logística. Assim, o Brasil estreou nestas Eliminatórias do renovado Mangueirão, em Belém, e agora atuará em Cuiabá. “É uma premissa da nossa gestão aproximar a seleção dos torcedores de todas as regiões do Brasil. Já tivemos uma partida na região norte, em breve (nesta quinta) no centro-oeste e depois será a vez da região sudeste ser contemplada”, disse Rodrigues na semana passada, ao anunciar que o clássico com a Argentina, em novembro, será realizado no Maracanã.

Brasil venceu os quatro amistosos em Cuiabá

Não é por falta de bons resultados que a seleção tenha jogado pouco no Mato Grosso. O Brasil venceu todas as partidas por lá, entre o início da década de 1980 e março de 2002, na reta final de preparação para a Copa do Mundo do Japão e da Coreia.

Brasil 2 x 0 Suíça - 21 de dezembro de 1980

Comandada por Telê Santana, a seleção brasileira venceu a Suíça na primeira vez que jogou em Cuiabá. Os 2 a 0, contudo, não foram de encher os olhos, como relatou o Estadão à época.

“Quando Telê Santana deixou os vestiários da seleção brasileira, no domingo à noite, após a vitória diante da Suíça, causou estranheza sua expressão tranquila, segura, uma demonstração de que estava satisfeito com sua equipe. Afinal, não haveria motivo para tanta calma, pois o Brasil tinha feito uma despedida aquém das expectativas, apresentando displicência na marcação e excessiva lentidão, motivos suficientes para normalmente irritar um treinador exigente como ele”, escreveu o então jovem repórter Antero Greco, enviado especial do jornal.

A vitória saiu com gols de Sócrates e Zé Sérgio, o que segundo o jornal resultou em “uma verdadeira festa para Cuiabá”. O texto narra ainda que “a organização esteve perfeita, houve muita mordomia, mas ontem o presidente da Federação Mato-Grossense de Futebol anunciava que, apesar de Cr$ 17 milhões de renda (cerca de R$ 6,2 milhões), o amistoso provocou fortes prejuízos”.

Edição de 23 de dezembro retrata Telê Santana, que ficou satisfeito apesar do fraco futebol da seleção Foto: Acervo / Estadão

Brasil 1 x 0 Equador - 15 de março de 1989

A seleção brasileira teve a estreia de Sebastião Lazaroni como técnico na segunda vez em que atuou em Cuiabá. E essa primeira partida sob novo comando “não poderia ser pior”, narrou o Estadão à época. “Venceu o fraco time do Equador por apenas 1 a 0 e deixou claro que precisa de muito trabalho para ser uma equipe competitiva.” O gol brasileiro foi marcado por Washington, atacante que atuava pelo Guarani.

Naquele jogo, nem o mais ansioso torcedor local ficou satisfeito e isso parece ter se refletido em campo. “Os jogadores brasileiros perderam a tranquilidade com as vaias da torcida e quase nada fizeram durante todo o segundo tempo”, registrou o jornal.

Edição de 16 de março tem destaque para chegada de Bobô ao São Paulo além da estreia de Lazaroni na seleção Foto: Acervo / Estadão

Brasil 3 x 1 Finlândia - 15 de abril de 1992

Bebeto, duas vezes, e Paulo Sérgio marcaram para o Brasil de Carlos Alberto Parreira na vitória sobre a Finlândia. A vitória naquele amistoso foi mais agradável que as registradas nos jogos anteriores em Cuiabá, mas nem por isso significou sossego.

Em 1992, quando iniciava a montagem do time que dali a dois anos conquistaria o tetracampeonato mundial nos Estados Unidos, Parreira estava preocupado com um novo fenômeno: o interesse de clubes europeus por atletas brasileiros. Isso fez com que ele chegasse a cogitar uma “seleção permanente”, o que facilitaria os treinamentos. A ideia, porém, foi deixada de lado logo de cara.

Edição de 16 d e abril tem uma avaliação de Carlos Alberto Parreira sobre o amistoso Foto: Acervo / Estadão

Brasil 6 x 1 Islândia - 7 de março de 2002

A última vez que o Brasil jogou em Cuiabá o time era comandado por Luiz Felipe Scolari. E a goleada sem sobressaltos sobre a Islândia, além de encher o torcedor mato-grossense de orgulho, também serviu para Felipão definir mais nomes que levaria para a Copa do Mundo.

“Amistoso definiu mais quatro nomes para a Copa”, estampou o Estadão nos dias que se seguiram à vitória. “Anderson Polga, Kleberson, Gilberto Silva e Kaká estão praticamente garantidos.” De fato, todos eles estiveram na campanha que rendeu o penta para o Brasil. Os gols naquele jogo foram marcados por Ânderson Polga (2), Kléberson, Kaká, Gilberto Silva e Edílson.

Edição de 9 de março do Estadão cita os jogadores que foram bem naquele amistoso Foto: Acervo / Estadão

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