Seleção brasileira vive seu maior período sem treinador desde o início do século


Cargo está oficialmente vago desde janeiro, quando Tite deixou a função após a Copa do Catar; lista deste domingo foi elaborada por técnico da sub-20 em meio à Copa do Mundo da categoria

Por Marcio Dolzan
Atualização:

Sem técnico desde 17 de janeiro, quando Tite foi à sede da CBF, no Rio, assinar sua rescisão, a seleção brasileira vive o maior vácuo em seu comando em mais de duas décadas. Já são mais de quatro meses sem treinador, e pela segunda vez nesse período a equipe precisou ser montada por um técnico da base para disputar seus amistosos. Desta vez, a CBF foi além: a entidade precisou recorrer a Ramon Menezes em meio ao seu trabalho com a equipe sub-20 que disputa o Mundial na Argentina. Ele teve de se deslocar para anunciar neste domingo a nova lista de convocados para amistosos em junho. Sem comando efetivo, o Brasil perde tempo de preparação para a Copa do Mundo de 2026.

A última vez que o Brasil ficou tanto tempo sem saber quem seria seu treinador foi logo após a conquista do penta, em 2002. Naquele ano, Luiz Felipe Scolari anunciou em 9 de agosto que estava deixando o comando da seleção brasileira, enquanto seu sucessor, Carlos Alberto Parreira, só aceitou assumir novamente o time cinco meses depois, em 8 de janeiro de 2003. A espera agora é de pouco mais de quatro meses.

Na prática, porém, o atual período já é maior que o vácuo de 20 anos atrás. Afinal, quando o Brasil foi eliminado pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em 9 de dezembro do ano passado, todo mundo já sabia que Tite estava deixando o posto - e o próprio treinador reiterou isso em entrevista após aquela partida. A demora de 39 dias entre aquela derrota e a rescisão de contrato foi meramente burocrática.

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Carlo Ancelotti é o nome preferido do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Foto: Peter Powell / EFE

Na “era moderna” - até a década de 1990, a seleção tinha menos jogos nos períodos entre as Copas -, em geral, a seleção nunca ficou mais do que uma semana sem saber quem seria seu treinador. Em 2016, Tite foi anunciado seis dias após a demissão de Dunga, mesmo período que o capitão do tetra demorou para ser escolhido com a saída de Felipão, em 2014. Naquele ano, porém, o anúncio oficial levou mais dois dias até ser feito.

A troca de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari, em 2012, levou seis dias para ser efetivada, e a de Parreira para a Dunga, em 2006, foi feita em apenas cinco dias. Quatro anos mais tarde viria uma espera um pouco maior: eliminado nas quartas de final para a Holanda na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Dunga foi demitido em 4 de julho. Mano Menezes acabaria anunciado 20 dias depois.

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COINCIDÊNCIAS

Nenhuma delas, porém, se assemelha aos vácuos de agora e de 2002. E os dois períodos também guardam coincidências. No início do século, Parreira demorou para aceitar seu retorno à seleção brasileira mais de oito anos após levar o Brasil ao tetra nos EUA, em 1994, porque estava empregado - era técnico do Corinthians. E o alvo da CBF hoje, Carlo Ancelotti, também está na ativa: o italiano dirige o Real Madrid.

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Outra coincidência está no fato de que a seleção precisou recorrer a um interino para treinar a equipe enquanto aguardava pelo anúncio do novo comandante. Em 2002, Mário Jorge Lobo Zagallo foi o técnico na vitória por 3 a 2 em amistoso realizado diante da Coreia do Sul, em Seul - antes, Felipão ainda esteve à beira do campo para um último amistoso, realizado 12 dias após o anúncio de sua saída. Este ano, em março, Ramon Menezes foi o escolhido pela CBF para treinar o Brasil na derrota por 2 a 1 para o Marrocos, em Tanger. No próximo mês, repetirá a dose diante de Guiné e Senegal, em jogos que serão disputados em Barcelona e Lisboa.

O vácuo coloca a seleção brasileira no fim da fila dos grandes times mundiais que se prepararam para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. E também para a própria competição que será disputada simultaneamente em três países: Canadá ,México e EUA. Pior: essa demora acontece em um período de transição de boa parte do elenco que esteve com Tite por seis anos. A CBF, por ora, não tem quem colocar no cargo. Os nomes desejados, como Ancelotti, não acenam positivamente para o cargo. E no Brasil, a safra de técnicos é ruim.

Sem técnico desde 17 de janeiro, quando Tite foi à sede da CBF, no Rio, assinar sua rescisão, a seleção brasileira vive o maior vácuo em seu comando em mais de duas décadas. Já são mais de quatro meses sem treinador, e pela segunda vez nesse período a equipe precisou ser montada por um técnico da base para disputar seus amistosos. Desta vez, a CBF foi além: a entidade precisou recorrer a Ramon Menezes em meio ao seu trabalho com a equipe sub-20 que disputa o Mundial na Argentina. Ele teve de se deslocar para anunciar neste domingo a nova lista de convocados para amistosos em junho. Sem comando efetivo, o Brasil perde tempo de preparação para a Copa do Mundo de 2026.

A última vez que o Brasil ficou tanto tempo sem saber quem seria seu treinador foi logo após a conquista do penta, em 2002. Naquele ano, Luiz Felipe Scolari anunciou em 9 de agosto que estava deixando o comando da seleção brasileira, enquanto seu sucessor, Carlos Alberto Parreira, só aceitou assumir novamente o time cinco meses depois, em 8 de janeiro de 2003. A espera agora é de pouco mais de quatro meses.

Na prática, porém, o atual período já é maior que o vácuo de 20 anos atrás. Afinal, quando o Brasil foi eliminado pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em 9 de dezembro do ano passado, todo mundo já sabia que Tite estava deixando o posto - e o próprio treinador reiterou isso em entrevista após aquela partida. A demora de 39 dias entre aquela derrota e a rescisão de contrato foi meramente burocrática.

Carlo Ancelotti é o nome preferido do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Foto: Peter Powell / EFE

Na “era moderna” - até a década de 1990, a seleção tinha menos jogos nos períodos entre as Copas -, em geral, a seleção nunca ficou mais do que uma semana sem saber quem seria seu treinador. Em 2016, Tite foi anunciado seis dias após a demissão de Dunga, mesmo período que o capitão do tetra demorou para ser escolhido com a saída de Felipão, em 2014. Naquele ano, porém, o anúncio oficial levou mais dois dias até ser feito.

A troca de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari, em 2012, levou seis dias para ser efetivada, e a de Parreira para a Dunga, em 2006, foi feita em apenas cinco dias. Quatro anos mais tarde viria uma espera um pouco maior: eliminado nas quartas de final para a Holanda na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Dunga foi demitido em 4 de julho. Mano Menezes acabaria anunciado 20 dias depois.

COINCIDÊNCIAS

Nenhuma delas, porém, se assemelha aos vácuos de agora e de 2002. E os dois períodos também guardam coincidências. No início do século, Parreira demorou para aceitar seu retorno à seleção brasileira mais de oito anos após levar o Brasil ao tetra nos EUA, em 1994, porque estava empregado - era técnico do Corinthians. E o alvo da CBF hoje, Carlo Ancelotti, também está na ativa: o italiano dirige o Real Madrid.

Outra coincidência está no fato de que a seleção precisou recorrer a um interino para treinar a equipe enquanto aguardava pelo anúncio do novo comandante. Em 2002, Mário Jorge Lobo Zagallo foi o técnico na vitória por 3 a 2 em amistoso realizado diante da Coreia do Sul, em Seul - antes, Felipão ainda esteve à beira do campo para um último amistoso, realizado 12 dias após o anúncio de sua saída. Este ano, em março, Ramon Menezes foi o escolhido pela CBF para treinar o Brasil na derrota por 2 a 1 para o Marrocos, em Tanger. No próximo mês, repetirá a dose diante de Guiné e Senegal, em jogos que serão disputados em Barcelona e Lisboa.

O vácuo coloca a seleção brasileira no fim da fila dos grandes times mundiais que se prepararam para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. E também para a própria competição que será disputada simultaneamente em três países: Canadá ,México e EUA. Pior: essa demora acontece em um período de transição de boa parte do elenco que esteve com Tite por seis anos. A CBF, por ora, não tem quem colocar no cargo. Os nomes desejados, como Ancelotti, não acenam positivamente para o cargo. E no Brasil, a safra de técnicos é ruim.

Sem técnico desde 17 de janeiro, quando Tite foi à sede da CBF, no Rio, assinar sua rescisão, a seleção brasileira vive o maior vácuo em seu comando em mais de duas décadas. Já são mais de quatro meses sem treinador, e pela segunda vez nesse período a equipe precisou ser montada por um técnico da base para disputar seus amistosos. Desta vez, a CBF foi além: a entidade precisou recorrer a Ramon Menezes em meio ao seu trabalho com a equipe sub-20 que disputa o Mundial na Argentina. Ele teve de se deslocar para anunciar neste domingo a nova lista de convocados para amistosos em junho. Sem comando efetivo, o Brasil perde tempo de preparação para a Copa do Mundo de 2026.

A última vez que o Brasil ficou tanto tempo sem saber quem seria seu treinador foi logo após a conquista do penta, em 2002. Naquele ano, Luiz Felipe Scolari anunciou em 9 de agosto que estava deixando o comando da seleção brasileira, enquanto seu sucessor, Carlos Alberto Parreira, só aceitou assumir novamente o time cinco meses depois, em 8 de janeiro de 2003. A espera agora é de pouco mais de quatro meses.

Na prática, porém, o atual período já é maior que o vácuo de 20 anos atrás. Afinal, quando o Brasil foi eliminado pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em 9 de dezembro do ano passado, todo mundo já sabia que Tite estava deixando o posto - e o próprio treinador reiterou isso em entrevista após aquela partida. A demora de 39 dias entre aquela derrota e a rescisão de contrato foi meramente burocrática.

Carlo Ancelotti é o nome preferido do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Foto: Peter Powell / EFE

Na “era moderna” - até a década de 1990, a seleção tinha menos jogos nos períodos entre as Copas -, em geral, a seleção nunca ficou mais do que uma semana sem saber quem seria seu treinador. Em 2016, Tite foi anunciado seis dias após a demissão de Dunga, mesmo período que o capitão do tetra demorou para ser escolhido com a saída de Felipão, em 2014. Naquele ano, porém, o anúncio oficial levou mais dois dias até ser feito.

A troca de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari, em 2012, levou seis dias para ser efetivada, e a de Parreira para a Dunga, em 2006, foi feita em apenas cinco dias. Quatro anos mais tarde viria uma espera um pouco maior: eliminado nas quartas de final para a Holanda na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Dunga foi demitido em 4 de julho. Mano Menezes acabaria anunciado 20 dias depois.

COINCIDÊNCIAS

Nenhuma delas, porém, se assemelha aos vácuos de agora e de 2002. E os dois períodos também guardam coincidências. No início do século, Parreira demorou para aceitar seu retorno à seleção brasileira mais de oito anos após levar o Brasil ao tetra nos EUA, em 1994, porque estava empregado - era técnico do Corinthians. E o alvo da CBF hoje, Carlo Ancelotti, também está na ativa: o italiano dirige o Real Madrid.

Outra coincidência está no fato de que a seleção precisou recorrer a um interino para treinar a equipe enquanto aguardava pelo anúncio do novo comandante. Em 2002, Mário Jorge Lobo Zagallo foi o técnico na vitória por 3 a 2 em amistoso realizado diante da Coreia do Sul, em Seul - antes, Felipão ainda esteve à beira do campo para um último amistoso, realizado 12 dias após o anúncio de sua saída. Este ano, em março, Ramon Menezes foi o escolhido pela CBF para treinar o Brasil na derrota por 2 a 1 para o Marrocos, em Tanger. No próximo mês, repetirá a dose diante de Guiné e Senegal, em jogos que serão disputados em Barcelona e Lisboa.

O vácuo coloca a seleção brasileira no fim da fila dos grandes times mundiais que se prepararam para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. E também para a própria competição que será disputada simultaneamente em três países: Canadá ,México e EUA. Pior: essa demora acontece em um período de transição de boa parte do elenco que esteve com Tite por seis anos. A CBF, por ora, não tem quem colocar no cargo. Os nomes desejados, como Ancelotti, não acenam positivamente para o cargo. E no Brasil, a safra de técnicos é ruim.

Sem técnico desde 17 de janeiro, quando Tite foi à sede da CBF, no Rio, assinar sua rescisão, a seleção brasileira vive o maior vácuo em seu comando em mais de duas décadas. Já são mais de quatro meses sem treinador, e pela segunda vez nesse período a equipe precisou ser montada por um técnico da base para disputar seus amistosos. Desta vez, a CBF foi além: a entidade precisou recorrer a Ramon Menezes em meio ao seu trabalho com a equipe sub-20 que disputa o Mundial na Argentina. Ele teve de se deslocar para anunciar neste domingo a nova lista de convocados para amistosos em junho. Sem comando efetivo, o Brasil perde tempo de preparação para a Copa do Mundo de 2026.

A última vez que o Brasil ficou tanto tempo sem saber quem seria seu treinador foi logo após a conquista do penta, em 2002. Naquele ano, Luiz Felipe Scolari anunciou em 9 de agosto que estava deixando o comando da seleção brasileira, enquanto seu sucessor, Carlos Alberto Parreira, só aceitou assumir novamente o time cinco meses depois, em 8 de janeiro de 2003. A espera agora é de pouco mais de quatro meses.

Na prática, porém, o atual período já é maior que o vácuo de 20 anos atrás. Afinal, quando o Brasil foi eliminado pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em 9 de dezembro do ano passado, todo mundo já sabia que Tite estava deixando o posto - e o próprio treinador reiterou isso em entrevista após aquela partida. A demora de 39 dias entre aquela derrota e a rescisão de contrato foi meramente burocrática.

Carlo Ancelotti é o nome preferido do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Foto: Peter Powell / EFE

Na “era moderna” - até a década de 1990, a seleção tinha menos jogos nos períodos entre as Copas -, em geral, a seleção nunca ficou mais do que uma semana sem saber quem seria seu treinador. Em 2016, Tite foi anunciado seis dias após a demissão de Dunga, mesmo período que o capitão do tetra demorou para ser escolhido com a saída de Felipão, em 2014. Naquele ano, porém, o anúncio oficial levou mais dois dias até ser feito.

A troca de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari, em 2012, levou seis dias para ser efetivada, e a de Parreira para a Dunga, em 2006, foi feita em apenas cinco dias. Quatro anos mais tarde viria uma espera um pouco maior: eliminado nas quartas de final para a Holanda na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Dunga foi demitido em 4 de julho. Mano Menezes acabaria anunciado 20 dias depois.

COINCIDÊNCIAS

Nenhuma delas, porém, se assemelha aos vácuos de agora e de 2002. E os dois períodos também guardam coincidências. No início do século, Parreira demorou para aceitar seu retorno à seleção brasileira mais de oito anos após levar o Brasil ao tetra nos EUA, em 1994, porque estava empregado - era técnico do Corinthians. E o alvo da CBF hoje, Carlo Ancelotti, também está na ativa: o italiano dirige o Real Madrid.

Outra coincidência está no fato de que a seleção precisou recorrer a um interino para treinar a equipe enquanto aguardava pelo anúncio do novo comandante. Em 2002, Mário Jorge Lobo Zagallo foi o técnico na vitória por 3 a 2 em amistoso realizado diante da Coreia do Sul, em Seul - antes, Felipão ainda esteve à beira do campo para um último amistoso, realizado 12 dias após o anúncio de sua saída. Este ano, em março, Ramon Menezes foi o escolhido pela CBF para treinar o Brasil na derrota por 2 a 1 para o Marrocos, em Tanger. No próximo mês, repetirá a dose diante de Guiné e Senegal, em jogos que serão disputados em Barcelona e Lisboa.

O vácuo coloca a seleção brasileira no fim da fila dos grandes times mundiais que se prepararam para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. E também para a própria competição que será disputada simultaneamente em três países: Canadá ,México e EUA. Pior: essa demora acontece em um período de transição de boa parte do elenco que esteve com Tite por seis anos. A CBF, por ora, não tem quem colocar no cargo. Os nomes desejados, como Ancelotti, não acenam positivamente para o cargo. E no Brasil, a safra de técnicos é ruim.

Sem técnico desde 17 de janeiro, quando Tite foi à sede da CBF, no Rio, assinar sua rescisão, a seleção brasileira vive o maior vácuo em seu comando em mais de duas décadas. Já são mais de quatro meses sem treinador, e pela segunda vez nesse período a equipe precisou ser montada por um técnico da base para disputar seus amistosos. Desta vez, a CBF foi além: a entidade precisou recorrer a Ramon Menezes em meio ao seu trabalho com a equipe sub-20 que disputa o Mundial na Argentina. Ele teve de se deslocar para anunciar neste domingo a nova lista de convocados para amistosos em junho. Sem comando efetivo, o Brasil perde tempo de preparação para a Copa do Mundo de 2026.

A última vez que o Brasil ficou tanto tempo sem saber quem seria seu treinador foi logo após a conquista do penta, em 2002. Naquele ano, Luiz Felipe Scolari anunciou em 9 de agosto que estava deixando o comando da seleção brasileira, enquanto seu sucessor, Carlos Alberto Parreira, só aceitou assumir novamente o time cinco meses depois, em 8 de janeiro de 2003. A espera agora é de pouco mais de quatro meses.

Na prática, porém, o atual período já é maior que o vácuo de 20 anos atrás. Afinal, quando o Brasil foi eliminado pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em 9 de dezembro do ano passado, todo mundo já sabia que Tite estava deixando o posto - e o próprio treinador reiterou isso em entrevista após aquela partida. A demora de 39 dias entre aquela derrota e a rescisão de contrato foi meramente burocrática.

Carlo Ancelotti é o nome preferido do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Foto: Peter Powell / EFE

Na “era moderna” - até a década de 1990, a seleção tinha menos jogos nos períodos entre as Copas -, em geral, a seleção nunca ficou mais do que uma semana sem saber quem seria seu treinador. Em 2016, Tite foi anunciado seis dias após a demissão de Dunga, mesmo período que o capitão do tetra demorou para ser escolhido com a saída de Felipão, em 2014. Naquele ano, porém, o anúncio oficial levou mais dois dias até ser feito.

A troca de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari, em 2012, levou seis dias para ser efetivada, e a de Parreira para a Dunga, em 2006, foi feita em apenas cinco dias. Quatro anos mais tarde viria uma espera um pouco maior: eliminado nas quartas de final para a Holanda na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Dunga foi demitido em 4 de julho. Mano Menezes acabaria anunciado 20 dias depois.

COINCIDÊNCIAS

Nenhuma delas, porém, se assemelha aos vácuos de agora e de 2002. E os dois períodos também guardam coincidências. No início do século, Parreira demorou para aceitar seu retorno à seleção brasileira mais de oito anos após levar o Brasil ao tetra nos EUA, em 1994, porque estava empregado - era técnico do Corinthians. E o alvo da CBF hoje, Carlo Ancelotti, também está na ativa: o italiano dirige o Real Madrid.

Outra coincidência está no fato de que a seleção precisou recorrer a um interino para treinar a equipe enquanto aguardava pelo anúncio do novo comandante. Em 2002, Mário Jorge Lobo Zagallo foi o técnico na vitória por 3 a 2 em amistoso realizado diante da Coreia do Sul, em Seul - antes, Felipão ainda esteve à beira do campo para um último amistoso, realizado 12 dias após o anúncio de sua saída. Este ano, em março, Ramon Menezes foi o escolhido pela CBF para treinar o Brasil na derrota por 2 a 1 para o Marrocos, em Tanger. No próximo mês, repetirá a dose diante de Guiné e Senegal, em jogos que serão disputados em Barcelona e Lisboa.

O vácuo coloca a seleção brasileira no fim da fila dos grandes times mundiais que se prepararam para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. E também para a própria competição que será disputada simultaneamente em três países: Canadá ,México e EUA. Pior: essa demora acontece em um período de transição de boa parte do elenco que esteve com Tite por seis anos. A CBF, por ora, não tem quem colocar no cargo. Os nomes desejados, como Ancelotti, não acenam positivamente para o cargo. E no Brasil, a safra de técnicos é ruim.

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