Jair Ventura já está há um mês e meio na Chapecoense, mas segue sem vencer. Agora o clube catarinense, vindo de cinco derrotas seguidas, amarga a lanterna (20.ª colocação) do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, o substituto de Mozart Santos rechaçou a ideia de pedir demissão. Para ele, tal atitude não condiz com seu perfil.
"Eu sou um treinador jovem e nunca entreguei o chapéu. Isso não combina com o meu perfil. Desistir é para os fracos, fugir ou se esconder debaixo da cama. Se esperam isso de mim, então contrataram o treinador errado. Isso é para os fracos e não para um líder", afirmou.
Jair Ventura foi demitido de todos os seus trabalhos, sendo que no Santos, no Corinthians e no Sport ficou com desempenho abaixo de 50%. Atualmente a Chapecoense soma quatro pontos em 12 jogos. Desempenho de 11,1% de aproveitamento.
"É muito fácil falar de uma situação que nunca viveu. No meu primeiro trabalho como interino, estávamos em 17.º lugar no primeiro jogo do returno e terminamos em quinto. Isso nunca tinha acontecido, mas houve isso. Hoje, terminando fora da zona de rebaixamento, será um grande título. Tivemos uma remontagem. A competição é diferente, mas enquanto tiver a oportunidade matemática iremos lutar. Iremos fazer de tudo para que a Chape não volte para a Série B", seguiu Jair Ventura, responsável pelo time de pior defesa da Série A (23 gols sofridos).
Depois de perder do Cuiabá (3 a 2), a Chapecoense terá outro encontro de Série B de 2020. Assim como catarinenses e mato-grossenses, o Juventude, adversário da 13.ª rodada, obteve o acesso no ano passado. Jair Ventura não terá o zagueiro Felipe Santana (suspeita de ruptura do tendão de Aquiles) e o atacante Anselmo Ramon (suspenso).
"Continuar trabalhando para reverter o quanto antes. Não tenho que ficar aqui lamentando. A torcida não quer saber, mas quer saber apenas de vencer. E é para isso que iremos trabalhar", finalizou o comandante.