Sim, torço pelo Corinthians


Por Wagner Vilaron

SÃO PAULO - Nas últimas semanas tenho provocado os amigos corintianos ao dizer que, daqui a 20 anos, quando ouvirem a pergunta “qual era mesmo a escalação do Corinthians que disputou o Campeonato Brasileiro de 2011?” terão a clara noção de que este time é comum. Mas como uma equipe “comum”, que não arranca suspiros de ninguém, liderou 25 das 36 rodadas disputadas até aqui, retrospecto que a coloca em condição muito favorável para conquistar seu quinto título nacional? Pois é, há algo diferente aí. Calma, não vou apelar para aqueles clichês do tipo “o Corinthians é diferente” ou “aqui é ‘Curíntia’, mano!”, que torcedores adoram ler/ouvir, mas que não dizem nada com nada, pois podem – e são – repetidos por qualquer torcida.Não sei se o Corinthians será o campeão brasileiro. Torço para que a taça vá para o Parque São Jorge até como prêmio pela campanha citada acima. Mas independentemente do resultado final, o Alvinegro é exemplo de um grupo consciente de suas limitações técnicas e que buscou alternativas para compensar tal deficiência. Na terça-feira bati um papo com Tite, que esbanjou simpatia em visita à redação do Estado. Ontem, encontrei-me com o zagueiro Paulo André durante o Arena Sportv. E o discurso de ambos é parecido quando tentam explicar qual seria o diferencial de uma equipe igual às outras: organização, alma e dor. Peraí, alma e dor? Que conversa é essa? “É meu amigo, de nossas 20 vitórias até aqui, 16 foram por apenas um gol de diferença. É muito sofrido. Dói ser campeão”, resumiu Paulo André.É verdade que não deveria ser assim, tão dolorido. No planejamento inicial, Tite esperava contar com pelo menos dois atletas diferenciados: Alex e Adriano. Do primeiro esperava-se que tivesse importância parecida com a do argentino Montillo no Cruzeiro, mostrando habilidade, precisão nos passes, criatividade na armação e poder de fogo nos arremates. Do segundo, apesar de todos os problemas que compõem o “Pacote Imperador”, imaginava-se que pudesse seguir os passos de Ronaldo, que se recuperou e foi decisivo. Por motivos diferentes, ambos não corresponderam. Pelo menos até aqui. E antes que digam alguma coisa, sim, o gol marcado por Adriano contra o Atlético-MG foi importantíssimo, mas não muda uma letra desta linha de raciocínio.E o melhor exemplo é o sistema defensivo. Lembram-se da pergunta sobre a escalação do Corinthians feita logo nas primeiras linhas desta coluna? Pois bem, meus amigos corintianos começariam com Júlio César, Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos.Cá entre nós, nenhum deles seria, digamos, cogitado para a seleção brasileira. Porém, juntos, com Ralf na proteção, formam a melhor defesa – ou sistema defensivo – da competição a duas rodadas de seu encerramento. E quando vemos tantas torcidas reclamando que os jogadores de seus clubes não são comprometidos, o Corinthians dá exemplo e joga sempre no limite.

SÃO PAULO - Nas últimas semanas tenho provocado os amigos corintianos ao dizer que, daqui a 20 anos, quando ouvirem a pergunta “qual era mesmo a escalação do Corinthians que disputou o Campeonato Brasileiro de 2011?” terão a clara noção de que este time é comum. Mas como uma equipe “comum”, que não arranca suspiros de ninguém, liderou 25 das 36 rodadas disputadas até aqui, retrospecto que a coloca em condição muito favorável para conquistar seu quinto título nacional? Pois é, há algo diferente aí. Calma, não vou apelar para aqueles clichês do tipo “o Corinthians é diferente” ou “aqui é ‘Curíntia’, mano!”, que torcedores adoram ler/ouvir, mas que não dizem nada com nada, pois podem – e são – repetidos por qualquer torcida.Não sei se o Corinthians será o campeão brasileiro. Torço para que a taça vá para o Parque São Jorge até como prêmio pela campanha citada acima. Mas independentemente do resultado final, o Alvinegro é exemplo de um grupo consciente de suas limitações técnicas e que buscou alternativas para compensar tal deficiência. Na terça-feira bati um papo com Tite, que esbanjou simpatia em visita à redação do Estado. Ontem, encontrei-me com o zagueiro Paulo André durante o Arena Sportv. E o discurso de ambos é parecido quando tentam explicar qual seria o diferencial de uma equipe igual às outras: organização, alma e dor. Peraí, alma e dor? Que conversa é essa? “É meu amigo, de nossas 20 vitórias até aqui, 16 foram por apenas um gol de diferença. É muito sofrido. Dói ser campeão”, resumiu Paulo André.É verdade que não deveria ser assim, tão dolorido. No planejamento inicial, Tite esperava contar com pelo menos dois atletas diferenciados: Alex e Adriano. Do primeiro esperava-se que tivesse importância parecida com a do argentino Montillo no Cruzeiro, mostrando habilidade, precisão nos passes, criatividade na armação e poder de fogo nos arremates. Do segundo, apesar de todos os problemas que compõem o “Pacote Imperador”, imaginava-se que pudesse seguir os passos de Ronaldo, que se recuperou e foi decisivo. Por motivos diferentes, ambos não corresponderam. Pelo menos até aqui. E antes que digam alguma coisa, sim, o gol marcado por Adriano contra o Atlético-MG foi importantíssimo, mas não muda uma letra desta linha de raciocínio.E o melhor exemplo é o sistema defensivo. Lembram-se da pergunta sobre a escalação do Corinthians feita logo nas primeiras linhas desta coluna? Pois bem, meus amigos corintianos começariam com Júlio César, Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos.Cá entre nós, nenhum deles seria, digamos, cogitado para a seleção brasileira. Porém, juntos, com Ralf na proteção, formam a melhor defesa – ou sistema defensivo – da competição a duas rodadas de seu encerramento. E quando vemos tantas torcidas reclamando que os jogadores de seus clubes não são comprometidos, o Corinthians dá exemplo e joga sempre no limite.

SÃO PAULO - Nas últimas semanas tenho provocado os amigos corintianos ao dizer que, daqui a 20 anos, quando ouvirem a pergunta “qual era mesmo a escalação do Corinthians que disputou o Campeonato Brasileiro de 2011?” terão a clara noção de que este time é comum. Mas como uma equipe “comum”, que não arranca suspiros de ninguém, liderou 25 das 36 rodadas disputadas até aqui, retrospecto que a coloca em condição muito favorável para conquistar seu quinto título nacional? Pois é, há algo diferente aí. Calma, não vou apelar para aqueles clichês do tipo “o Corinthians é diferente” ou “aqui é ‘Curíntia’, mano!”, que torcedores adoram ler/ouvir, mas que não dizem nada com nada, pois podem – e são – repetidos por qualquer torcida.Não sei se o Corinthians será o campeão brasileiro. Torço para que a taça vá para o Parque São Jorge até como prêmio pela campanha citada acima. Mas independentemente do resultado final, o Alvinegro é exemplo de um grupo consciente de suas limitações técnicas e que buscou alternativas para compensar tal deficiência. Na terça-feira bati um papo com Tite, que esbanjou simpatia em visita à redação do Estado. Ontem, encontrei-me com o zagueiro Paulo André durante o Arena Sportv. E o discurso de ambos é parecido quando tentam explicar qual seria o diferencial de uma equipe igual às outras: organização, alma e dor. Peraí, alma e dor? Que conversa é essa? “É meu amigo, de nossas 20 vitórias até aqui, 16 foram por apenas um gol de diferença. É muito sofrido. Dói ser campeão”, resumiu Paulo André.É verdade que não deveria ser assim, tão dolorido. No planejamento inicial, Tite esperava contar com pelo menos dois atletas diferenciados: Alex e Adriano. Do primeiro esperava-se que tivesse importância parecida com a do argentino Montillo no Cruzeiro, mostrando habilidade, precisão nos passes, criatividade na armação e poder de fogo nos arremates. Do segundo, apesar de todos os problemas que compõem o “Pacote Imperador”, imaginava-se que pudesse seguir os passos de Ronaldo, que se recuperou e foi decisivo. Por motivos diferentes, ambos não corresponderam. Pelo menos até aqui. E antes que digam alguma coisa, sim, o gol marcado por Adriano contra o Atlético-MG foi importantíssimo, mas não muda uma letra desta linha de raciocínio.E o melhor exemplo é o sistema defensivo. Lembram-se da pergunta sobre a escalação do Corinthians feita logo nas primeiras linhas desta coluna? Pois bem, meus amigos corintianos começariam com Júlio César, Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos.Cá entre nós, nenhum deles seria, digamos, cogitado para a seleção brasileira. Porém, juntos, com Ralf na proteção, formam a melhor defesa – ou sistema defensivo – da competição a duas rodadas de seu encerramento. E quando vemos tantas torcidas reclamando que os jogadores de seus clubes não são comprometidos, o Corinthians dá exemplo e joga sempre no limite.

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