Como esperado, o atacante Romário, de 41 anos, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no começo da noite desta terça-feira, por 120 dias pelo uso da substância Finasterida, que é encontrada em tônicos capilares. Veja também: Eurico rouba a cena em audiência que condenou Romário Vasco da Gama apresenta parceira com Habib's Romário parecia que escaparia da punição, já que o STJD o absolvia por 2 votos a 1, mas os últimos dois juízes votaram pela condenação do jogador, com o mesmo tempo dado ao lateral Marcão, do Internacional, que também foi pego no exame antidoping pelo uso da mesma substância, neste ano. Agora, o departamento jurídico do Vasco vai recorrer da decisão. A intenção é a redução da pena pela metade, sendo o restante pago através de cestas básicas. Tal tentativa deve ser bem-sucedida, uma vez que esta tem sido a política adotada pelo STJD, justamente em casos como do lateral Marcão e do atacante Dodô, então no Botafogo, que foi punido pelo uso da substância fenprororex, mas o departamento jurídico do clube conseguiu desqualificar o ocorrido ao dizer que cápsulas de cafeína, tomadas pelos jogadores, estavam contaminadas pela substância por culpa do laboratório responsável por sua manufatura. A substância finasterida não é considerada dopante, mas sim um agente que ajuda a esconder o possível uso de outras substâncias que são proibidas, como o isometepteno e a sibutramina, que são estimulantes. Assim que soube que havia sido pego no exame antidoping, na partida diante do Palmeiras, no dia 28 de outubro deste ano, pelo Brasileirão, Romário brincou e assumiu a culpa por tomar um tônico capilar, já que, por vaidade, queria fortalecer seus cabelos. A DEFESA O atacante não compareceu ao STJD para o julgamento porque, segundo os advogados, estaria "muito tenso e nervoso". "Ele até adiou uma viagem com a família para esperar o resultado do julgamento", acrescentou Reis. A estratégia do corpo jurídico do Vasco foi tentar sensibilizar os auditores do STJD. Eles levaram uma edição compacta de vídeo com os últimos grandes momentos do jogador no ano de 2007. Foram exibidas imagens de Romário no milésimo gol da sua carreira, com a filha Ivy, que é portadora de Síndrome de Down, e da ida à Fifa na solenidade que confirmou o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014. O ex-administrador da CBF, Carlos Alberto da Luz, e o médico do Vasco, Rafael Blum, também foram arrolados como testemunhas de defesa. "O Romário já tomava na minha época o remédio contra a calvície e era até motivo de brincadeira entre os colegas", declarou o ex-administrador da CBF, que trabalhou com Romário na seleção nas Copas de 1994 e 1998. "Ele só avisou que tomava o remédio no dia do exame", destacou o médico do Vasco, que acompanhou o atacante no teste realizado após a partida contra o Palmeiras, em São Januário, em outubro desse ano. Confira os casos de doping no futebol nos últimos dois anos: Adams (Criciúma) - sibutramina (estimulante) Adãozinho (América-RN) - isometepteno (estimulante) Alex Alves (Juventude) - sibutramina (estimulante) Anderson Marques (Grêmio Barueri) - isometepteno Dodô (Botafogo-RJ) - fenprororex (estimulante) Fabrício (Brasil de Pelotas) - cocaína Felipe (Santos) - hidroclorotiazida (agente mascarante) Júlio César (Juventude) - sibutramina (estimulante) Leonardo (Brasiliense) - cocaína Luiz André (Criciúma) - salbutamol (estimulante) Marcão (Internacional) - finasterida (agente mascarante) Nílson Sergipano (CRB) - maconha Renato Silva (Fluminense) - maconha Ricardo Lopes (Paulista) - isometepteno (estimulante) Romário (Vasco) - finasterida (agente mascarante) Walker (Náutico) - sibutramina (estimulante) Vaguinho (Portuguesa) - maconha
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