Se há algo de que o técnico da Roma, Paulo Fonseca, realmente sentirá falta quando o Campeonato Italiano finalmente reiniciar após a pandemia de coronavírus é um bom abraço. Em uma carta emocionante publicada no site do clube, o português descreveu a importância do abraço no vestiário, relembrou alguns dos abraços favoritos de sua carreira e revelou que o melhor abraço no futebol é o do argentino Federico Fazio.
Assim como os apertos de mão, o abraço será barrado quando o futebol recomeçar, como parte da prevenção do coronavírus—medidas que Fonseca disse apoiar totalmente, mesmo sendo difíceis de se adaptar. “Para mim é difícil imaginar jogar sem a paixão dos torcedores atrás de nós—e especialmente jogar sem esse abraço”, afirmou ele.
“Sim, esse abraço—que usamos para comemorar o melhor momento do futebol—o gol. O momento em que o autor do gol desaparece em meio a uma enxurrada de braços.” Fonseca lembrou-se de uma partida em sua primeira temporada no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, em que eles viraram para 3 x 2 nos minutos finais. “Todos os jogadores correram para mim e me abraçaram para comemorar o gol final. Nunca vou esquecer isso”, declarou ele.
“Como será sem o abraço no início ou no final dos jogos com o técnico adversário?”, ele se perguntou. “Aqui na Itália há tantas pessoas que quero abraçar, por muitas razões diferentes. E como vou oferecer apoio aos meus jogadores, nos momentos difíceis, sem o abraço?”
“Pra mim, a coisa mais difícil de imaginar é o vestiário sem o abraço”, acrescentou. “Esse simples gesto transmite algo que as palavras nunca conseguiriam fazer.”