O espanhol Félix Sánchez não escondeu a tristeza por não conseguir conduzir o Catar a um resultado positivo na estreia da Copa do Mundo. O treinador sabia que a missão seria difícil, disse que sua equipe foi “traída pelo nervosismo”, e assumiu que o Equador mereceu o triunfo por 2 a 0, construído antes do intervalo no Estádio Al Bayt.
“Temos de felicitar o Equador, que mereceu a vitória. Eles nos superaram em tudo”, admitiu o técnico. “Cometemos muitos erros no começo, deixamos que chegassem com facilidade no ataque. E não soubemos criar jogadas quando estávamos com a posse de bola. Estivemos muito desequilibrados”, reconheceu. “Mas temos margem de melhora, não mostramos nosso melhor nível. Fomos traídos pelo nervosismo e começamos muito mal, concedemos dois gols e isso condicionou o restante da partida”, seguiu.
Ficar atrás do placar em dois gols com somente 31 minutos acabou com o entusiasmo dos catarianos, que “desistiram” da partida ainda no intervalo. O estádio recebeu 70 mil pessoas para a estreia da seleção local, mas boa parte foi embora assim que o árbitro apitou o fim do primeiro tempo.
“Hoje foi um jogo de muito nervosismo, o primeiro da história em uma Copa do Mundo, a primeira vez diante do nosso torcedor, do nosso povo. Duvidamos muito de nossa capacidade e foi impossível ao longo do jogo atingir o nível que queríamos”, lamentou o treinador. “Depois deste jogo, não teremos mais essa pressão e acredito que seremos mais competitivos. Sei do que podemos fazer”, disse Felix Sánchez.
Mesmo com a seleção cabisbaixa, o espanhol adota discurso otimista para reerguer o moral da seleção do Catar antes do próximo compromisso, sexta-feira, diante do Senegal.
“O ambiente era de muita expectativa e sentimos não ter podido fazer parte da festa. Mas sabíamos que isso podia acontecer”, falou o técnico. “Espero que nossa torcida se sinta mais orgulhosa na próxima partida. A gente sabe que pode dar mais.”