O croata Ivan Leko, do Club Brugge, passou a noite na prisão e está sendo interrogado nesta quinta-feira, 11, em meio a investigação realizada na Bélgica de um suposto esquema de combinação de resultados, fraude e lavagem de dinheiro, que ainda envolve outros seis países.
Segundo informaram fontes do Ministério Público local, o comandante da equipe que disputa a Liga dos Campeões, está prestando depoimento a um juiz de instrução, que será o responsável por decidir se a detenção seguirá estendida.
Representantes do MP belga concederam entrevista coletiva e afirmaram que 22 pessoas estão sendo interrogadas, entre elas, o técnico do Club Brugge.
Ao todo, nove clubes estão apontados como envolvidos no esquema investigado pela justiça, Anderlecht, Club Brugge, Standard de Liège, Genk, Kortrijk, Oostende, Lokeren e Gent, todas a primeira divisão, além do Mechelen, da segunda.
Além de operações na Bélgica, realizadas em parceria com o Eurojust, órgão de cooperação judicial da União Europeia (UE), também aconteceram em França, Luxemburgo, Chipre, Montenegro, Sérvia e Macedônia.
Ao todo, foram sequestradas pela justiça bens e contas bancárias, que geraram arrecadação de 3,6 milhões de euros (R$ 15,5 milhões).
A acusação aponta que agente de jogadores Dejan Veljkovic, que tinha ligação até o último ano com o Mechelen e seria líder do esquema, que geraria comissões e vantagens fiscais a alguns jogadores, que ocultavam o dinheiro em empresas sediadas em Chipre, Montenegro e Sérvia.
Segundo o jornal belga Le Soir, outro envolvido seria um dos agentes mais influentes do futebol belga, Mogi Bayat, ex-dirigente do Charleroi, que teria manipulado a transferência de vários jogadores, visando aumentar as próprias comissões, assim como o ex-diretor do Anderlecht Herman Van Holsbeeck.