Um torcedor do Palmeiras morreu nesta segunda-feira em jogo tumultuado após briga entre torcedores de Coritiba e do time paulista nos arredores do Estádio Couto Pereira. O confronto ocorreu no domingo e foi vencido pelo Palmeiras por 2 a 0, válido pelo Brasileirão. Não houve atos violentos dentro do estádio. De acordo com a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (DEMAFE), o torcedor já tinha diabetes e "abusou" da ingestão de bebida alcóolica.
O palmeirense, cuja identidade ainda não foi confirmada pela polícia, passou mal no jogo e chegou a ser levado rapidamente ao hospital, mas não resistiu. Exames não constataram lesões corporais, descartando a possibilidade deco homem ter sofrido agressões dos adversários curitibanos.
De acordo com uma nota publicada pelo Coritiba, a briga começou após torcedores do Palmeiras tentarem invadir o Couto Pereira, já no segundo tempo da partida. A Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar os palmeirenses e os efeitos foram sentidos por quem estava nas arquibancadas. Até mesmo alguns jogadores do Palmeiras sentiram o efeito do gás. Eles estavam fazendo aquecimento próximos ao local.
"O clube manifesta sua total reprovação e lamenta profundamente os fatos ocorridos e a crescente escalada da violência entre torcidas organizadas em várias cidades pelo país", escreveu o clube paranaense.
Também em nota, a Mancha Alviverde, principal organizada do Palmeiras, repudiou a ação da polícia do Paraná durante a escolta para o Couto Pereira. Segundo a uniformizada, sete ônibus com 350 torcedores, todos com ingressos, saíram de São Paulo para acompanhar a partida, mas a PM errou o trajeto e o portão de entrada no estádio, deixando os veículos em uma rua repleta de torcedores rivais, que teriam arremessado pedras nos carros. A Mancha alega ainda que a PM faltou com preparo no uso de gás lacrimogêneo e armas com balas de borracha.
"Não aceitamos mentiras que foram divulgadas como "estavam sem ingressos e tentaram invadir o estádio", "tentaram invadir a sede de outra torcida"", escreveu a liderança da torcida paulista. "Não saímos de SP com cada um pagando R$ 130 de passagem e R$ 200 de ingresso, com muitas mulheres e crianças em nossos ônibus, para não entrar no jogo, invadir sede e brigar. Também não saímos de SP para sermos mal tratados por PMs amadores, que nos jogaram em uma cilada para sermos apedrejados e massacrados dentro de ônibus." A PM da cidade informou também que dois ônibus dos torcedores do Palmeiras erraram o caminho e passaram em frente à sede da torcida do Coritiba. Foi quando a briga começou. Torcida de duas equipes estão sendo reavaliadas no Estado do Paraná. Estava liberado, mas as entidades devem voltar atrás nessa decisão.