Tribunal de Berna valida reportagem de jornal suíço que cita sêmen de Cuca no corpo da vítima


Em resposta ao “Estadão”, Corte confirma que processo está sob sigilo, mas que ‘não há motivo para duvidar’ de artigos do Der Bund sobre o caso

Por Ricardo Magatti
Atualização:

O Tribunal Superior do Cantão de Berna deu informações a respeito da condenação de Cuca, ex-técnico do Corinthians, sob a acusação de manter relação sexual com uma jovem de 13 anos em 1987, quando era jogador do Grêmio. Em resposta ao Estadão, a corte confirmou o sigilo de 110 anos no processo e validou uma reportagem da época que afirmou que o relatório forense encontrou vestígios de sêmen de Cuca no corpo da vítima.

Em resposta por e-mail à reportagem, o Tribunal Superior do Cantão de Berna reiterou que, por motivos legais, não é possível ter acesso aos autos do processo em que Cuca e outros três jogadores do Grêmio - Henrique Arlindo Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi - foram réus acusados de ter relação sexual com uma menor de idade no hotel Metrópole.

O processo só pode ser acessado em caso de autorização da vítima ou por meio de uma decisão judicial determinando a derrubada do sigilo. “A proteção de dados pessoais é tratada com muito mais rigor na Suíça do que nos Estados Unidos, por exemplo”, comparou uma porta-voz da Corte de Berna, que justificou a necessidade de manter os documentos do caso sigilosos. “O legislador quer ter certeza de que nenhuma das pessoas mencionadas no processo estará viva quando ele se tornar público”.

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Cuca enfrenta protestos no Corinthians por condenação em caso de estupro em 1987 Foto: Diego Vara/Reuters

Sêmen de Cuca na vítima

O Tribunal Superior de Berna referendou dois artigos do Der Bund, principal jornal de Berna. Uma das reportagens, datada de 16 de agosto de 1989, dias após o julgamento, relata que o relatório forense realizado à época pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna encontrou vestígios de sêmen de Cuca e de Eduardo no corpo da vítima.

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A reportagem também mencionou que a jovem “afirmou que ficou paralisada durante o incidente e, portanto, não gritou nem revidou”. A matéria na íntegra pode ser lida aqui.

Embora ela não tenha consultado o processo por motivos legais, a porta-voz da Corte suíça chancelou a publicação ao afirmar que, como o Der Bund “é um jornal muito conceituado e profissional, não há razão para duvidar das informações”.

O mesmo artigo do Der Bund, intitulado “Coerção e fornicação foram determinantes em três casos”, cita que, segundo o médico que a tratou, a menina sofreu “graves transtornos mentais desde aquele incidente e, entre outras coisas, tentou suicídio na primavera passada”.

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Cuca declarou ser inocente em apresentação no Corinthians Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians

A tentativa de suicídio e a existência do esperma de Cuca na jovem foram confirmadas pelo advogado da vítima, Willi Egloff, em declarações ao Uol. “É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota”, disse ele.

O Estadão publicou em 7 de agosto 1987 que Eduardo e Henrique admitiram ter tido relação sexual com a garota, mas de forma consensual, e que Fernando e Cuca negaram qualquer participação no ato.

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O Der Bund noticiou que os jogadores primeiro “negaram ter tocado na garota”, depois, no segundo depoimento, “confessaram a relação sexual, com exceção de Fernando”. No entanto, afirmaram que “nada havia acontecido contra a vontade da menina” e que “a garota teria se divertido com tudo”.

A publicação narra com detalhes o que aconteceu no hotel, os depoimentos das vítimas e dos acusados e o que foi decidido pela Justiça Suíça. O Estadão publicou um apanhado completo sobre o caso.

A Corte ressaltou que todos os juízes que estavam participaram do julgamento em 1989 “certamente já se aposentaram há muito tempo” e que os magistrados na ativa hoje não podem se pronunciar sobre casos do passado.

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O que diz Cuca

Cuca declarou ser “totalmente inocente” e disse ter “vaga lembrança” do episódio. “Eu estava no Grêmio há uns 20 dias. Tenho vaga lembrança de tudo que aconteceu. Na lembrança que tenho, tinha 23 anos, íamos jogar uma partida e pouco antes subiu uma menina para o quarto. O quarto em que eu estava com mais três jogadores era duplo, tinha duas camas. Essa foi minha participação nesse caso”, disse o treinador.

“Sou totalmente inocente, não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro. Eu não fiz nada”, completou o técnico. Ele também alega que a jovem não lhe reconheceu como um de seus agressores.

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“O mais importante não é a palavra da vítima? Ela falou: ‘Eu não conheço, não vi, não estava’. Foram três vezes. A palavra da mulher era que o Cuca não estava lá. Como posso ser condenado? Pelo quê?”, questionou.

Após pressão nas redes e pedido da família, Cuca abandonou o cargo após vitória sobre o Remo na Copa do Brasil na noite desta quarta-feira, 26.

“Não esperava esta avalanche, coisas passadas há muito tempo, fui julgado e punido pela internet, mas não quero entrar em detalhes”, afirmou durante o anúncio após a partida.

Questionado após o anúncio de saída de Cuca, o presidente Duílio Monteiro Alves preferiu não alimentar especulações sobre qual rumo o clube tomará na escolha do novo treinador. O mandatário disse ainda que o pedido de demissão de Cuca não causa alívio ou sentimento de fracasso, mas tristeza pela decisão.

O Tribunal Superior do Cantão de Berna deu informações a respeito da condenação de Cuca, ex-técnico do Corinthians, sob a acusação de manter relação sexual com uma jovem de 13 anos em 1987, quando era jogador do Grêmio. Em resposta ao Estadão, a corte confirmou o sigilo de 110 anos no processo e validou uma reportagem da época que afirmou que o relatório forense encontrou vestígios de sêmen de Cuca no corpo da vítima.

Em resposta por e-mail à reportagem, o Tribunal Superior do Cantão de Berna reiterou que, por motivos legais, não é possível ter acesso aos autos do processo em que Cuca e outros três jogadores do Grêmio - Henrique Arlindo Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi - foram réus acusados de ter relação sexual com uma menor de idade no hotel Metrópole.

O processo só pode ser acessado em caso de autorização da vítima ou por meio de uma decisão judicial determinando a derrubada do sigilo. “A proteção de dados pessoais é tratada com muito mais rigor na Suíça do que nos Estados Unidos, por exemplo”, comparou uma porta-voz da Corte de Berna, que justificou a necessidade de manter os documentos do caso sigilosos. “O legislador quer ter certeza de que nenhuma das pessoas mencionadas no processo estará viva quando ele se tornar público”.

Cuca enfrenta protestos no Corinthians por condenação em caso de estupro em 1987 Foto: Diego Vara/Reuters

Sêmen de Cuca na vítima

O Tribunal Superior de Berna referendou dois artigos do Der Bund, principal jornal de Berna. Uma das reportagens, datada de 16 de agosto de 1989, dias após o julgamento, relata que o relatório forense realizado à época pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna encontrou vestígios de sêmen de Cuca e de Eduardo no corpo da vítima.

A reportagem também mencionou que a jovem “afirmou que ficou paralisada durante o incidente e, portanto, não gritou nem revidou”. A matéria na íntegra pode ser lida aqui.

Embora ela não tenha consultado o processo por motivos legais, a porta-voz da Corte suíça chancelou a publicação ao afirmar que, como o Der Bund “é um jornal muito conceituado e profissional, não há razão para duvidar das informações”.

O mesmo artigo do Der Bund, intitulado “Coerção e fornicação foram determinantes em três casos”, cita que, segundo o médico que a tratou, a menina sofreu “graves transtornos mentais desde aquele incidente e, entre outras coisas, tentou suicídio na primavera passada”.

Cuca declarou ser inocente em apresentação no Corinthians Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians

A tentativa de suicídio e a existência do esperma de Cuca na jovem foram confirmadas pelo advogado da vítima, Willi Egloff, em declarações ao Uol. “É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota”, disse ele.

O Estadão publicou em 7 de agosto 1987 que Eduardo e Henrique admitiram ter tido relação sexual com a garota, mas de forma consensual, e que Fernando e Cuca negaram qualquer participação no ato.

O Der Bund noticiou que os jogadores primeiro “negaram ter tocado na garota”, depois, no segundo depoimento, “confessaram a relação sexual, com exceção de Fernando”. No entanto, afirmaram que “nada havia acontecido contra a vontade da menina” e que “a garota teria se divertido com tudo”.

A publicação narra com detalhes o que aconteceu no hotel, os depoimentos das vítimas e dos acusados e o que foi decidido pela Justiça Suíça. O Estadão publicou um apanhado completo sobre o caso.

A Corte ressaltou que todos os juízes que estavam participaram do julgamento em 1989 “certamente já se aposentaram há muito tempo” e que os magistrados na ativa hoje não podem se pronunciar sobre casos do passado.

O que diz Cuca

Cuca declarou ser “totalmente inocente” e disse ter “vaga lembrança” do episódio. “Eu estava no Grêmio há uns 20 dias. Tenho vaga lembrança de tudo que aconteceu. Na lembrança que tenho, tinha 23 anos, íamos jogar uma partida e pouco antes subiu uma menina para o quarto. O quarto em que eu estava com mais três jogadores era duplo, tinha duas camas. Essa foi minha participação nesse caso”, disse o treinador.

“Sou totalmente inocente, não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro. Eu não fiz nada”, completou o técnico. Ele também alega que a jovem não lhe reconheceu como um de seus agressores.

“O mais importante não é a palavra da vítima? Ela falou: ‘Eu não conheço, não vi, não estava’. Foram três vezes. A palavra da mulher era que o Cuca não estava lá. Como posso ser condenado? Pelo quê?”, questionou.

Após pressão nas redes e pedido da família, Cuca abandonou o cargo após vitória sobre o Remo na Copa do Brasil na noite desta quarta-feira, 26.

“Não esperava esta avalanche, coisas passadas há muito tempo, fui julgado e punido pela internet, mas não quero entrar em detalhes”, afirmou durante o anúncio após a partida.

Questionado após o anúncio de saída de Cuca, o presidente Duílio Monteiro Alves preferiu não alimentar especulações sobre qual rumo o clube tomará na escolha do novo treinador. O mandatário disse ainda que o pedido de demissão de Cuca não causa alívio ou sentimento de fracasso, mas tristeza pela decisão.

O Tribunal Superior do Cantão de Berna deu informações a respeito da condenação de Cuca, ex-técnico do Corinthians, sob a acusação de manter relação sexual com uma jovem de 13 anos em 1987, quando era jogador do Grêmio. Em resposta ao Estadão, a corte confirmou o sigilo de 110 anos no processo e validou uma reportagem da época que afirmou que o relatório forense encontrou vestígios de sêmen de Cuca no corpo da vítima.

Em resposta por e-mail à reportagem, o Tribunal Superior do Cantão de Berna reiterou que, por motivos legais, não é possível ter acesso aos autos do processo em que Cuca e outros três jogadores do Grêmio - Henrique Arlindo Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi - foram réus acusados de ter relação sexual com uma menor de idade no hotel Metrópole.

O processo só pode ser acessado em caso de autorização da vítima ou por meio de uma decisão judicial determinando a derrubada do sigilo. “A proteção de dados pessoais é tratada com muito mais rigor na Suíça do que nos Estados Unidos, por exemplo”, comparou uma porta-voz da Corte de Berna, que justificou a necessidade de manter os documentos do caso sigilosos. “O legislador quer ter certeza de que nenhuma das pessoas mencionadas no processo estará viva quando ele se tornar público”.

Cuca enfrenta protestos no Corinthians por condenação em caso de estupro em 1987 Foto: Diego Vara/Reuters

Sêmen de Cuca na vítima

O Tribunal Superior de Berna referendou dois artigos do Der Bund, principal jornal de Berna. Uma das reportagens, datada de 16 de agosto de 1989, dias após o julgamento, relata que o relatório forense realizado à época pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna encontrou vestígios de sêmen de Cuca e de Eduardo no corpo da vítima.

A reportagem também mencionou que a jovem “afirmou que ficou paralisada durante o incidente e, portanto, não gritou nem revidou”. A matéria na íntegra pode ser lida aqui.

Embora ela não tenha consultado o processo por motivos legais, a porta-voz da Corte suíça chancelou a publicação ao afirmar que, como o Der Bund “é um jornal muito conceituado e profissional, não há razão para duvidar das informações”.

O mesmo artigo do Der Bund, intitulado “Coerção e fornicação foram determinantes em três casos”, cita que, segundo o médico que a tratou, a menina sofreu “graves transtornos mentais desde aquele incidente e, entre outras coisas, tentou suicídio na primavera passada”.

Cuca declarou ser inocente em apresentação no Corinthians Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians

A tentativa de suicídio e a existência do esperma de Cuca na jovem foram confirmadas pelo advogado da vítima, Willi Egloff, em declarações ao Uol. “É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota”, disse ele.

O Estadão publicou em 7 de agosto 1987 que Eduardo e Henrique admitiram ter tido relação sexual com a garota, mas de forma consensual, e que Fernando e Cuca negaram qualquer participação no ato.

O Der Bund noticiou que os jogadores primeiro “negaram ter tocado na garota”, depois, no segundo depoimento, “confessaram a relação sexual, com exceção de Fernando”. No entanto, afirmaram que “nada havia acontecido contra a vontade da menina” e que “a garota teria se divertido com tudo”.

A publicação narra com detalhes o que aconteceu no hotel, os depoimentos das vítimas e dos acusados e o que foi decidido pela Justiça Suíça. O Estadão publicou um apanhado completo sobre o caso.

A Corte ressaltou que todos os juízes que estavam participaram do julgamento em 1989 “certamente já se aposentaram há muito tempo” e que os magistrados na ativa hoje não podem se pronunciar sobre casos do passado.

O que diz Cuca

Cuca declarou ser “totalmente inocente” e disse ter “vaga lembrança” do episódio. “Eu estava no Grêmio há uns 20 dias. Tenho vaga lembrança de tudo que aconteceu. Na lembrança que tenho, tinha 23 anos, íamos jogar uma partida e pouco antes subiu uma menina para o quarto. O quarto em que eu estava com mais três jogadores era duplo, tinha duas camas. Essa foi minha participação nesse caso”, disse o treinador.

“Sou totalmente inocente, não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro. Eu não fiz nada”, completou o técnico. Ele também alega que a jovem não lhe reconheceu como um de seus agressores.

“O mais importante não é a palavra da vítima? Ela falou: ‘Eu não conheço, não vi, não estava’. Foram três vezes. A palavra da mulher era que o Cuca não estava lá. Como posso ser condenado? Pelo quê?”, questionou.

Após pressão nas redes e pedido da família, Cuca abandonou o cargo após vitória sobre o Remo na Copa do Brasil na noite desta quarta-feira, 26.

“Não esperava esta avalanche, coisas passadas há muito tempo, fui julgado e punido pela internet, mas não quero entrar em detalhes”, afirmou durante o anúncio após a partida.

Questionado após o anúncio de saída de Cuca, o presidente Duílio Monteiro Alves preferiu não alimentar especulações sobre qual rumo o clube tomará na escolha do novo treinador. O mandatário disse ainda que o pedido de demissão de Cuca não causa alívio ou sentimento de fracasso, mas tristeza pela decisão.

O Tribunal Superior do Cantão de Berna deu informações a respeito da condenação de Cuca, ex-técnico do Corinthians, sob a acusação de manter relação sexual com uma jovem de 13 anos em 1987, quando era jogador do Grêmio. Em resposta ao Estadão, a corte confirmou o sigilo de 110 anos no processo e validou uma reportagem da época que afirmou que o relatório forense encontrou vestígios de sêmen de Cuca no corpo da vítima.

Em resposta por e-mail à reportagem, o Tribunal Superior do Cantão de Berna reiterou que, por motivos legais, não é possível ter acesso aos autos do processo em que Cuca e outros três jogadores do Grêmio - Henrique Arlindo Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi - foram réus acusados de ter relação sexual com uma menor de idade no hotel Metrópole.

O processo só pode ser acessado em caso de autorização da vítima ou por meio de uma decisão judicial determinando a derrubada do sigilo. “A proteção de dados pessoais é tratada com muito mais rigor na Suíça do que nos Estados Unidos, por exemplo”, comparou uma porta-voz da Corte de Berna, que justificou a necessidade de manter os documentos do caso sigilosos. “O legislador quer ter certeza de que nenhuma das pessoas mencionadas no processo estará viva quando ele se tornar público”.

Cuca enfrenta protestos no Corinthians por condenação em caso de estupro em 1987 Foto: Diego Vara/Reuters

Sêmen de Cuca na vítima

O Tribunal Superior de Berna referendou dois artigos do Der Bund, principal jornal de Berna. Uma das reportagens, datada de 16 de agosto de 1989, dias após o julgamento, relata que o relatório forense realizado à época pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna encontrou vestígios de sêmen de Cuca e de Eduardo no corpo da vítima.

A reportagem também mencionou que a jovem “afirmou que ficou paralisada durante o incidente e, portanto, não gritou nem revidou”. A matéria na íntegra pode ser lida aqui.

Embora ela não tenha consultado o processo por motivos legais, a porta-voz da Corte suíça chancelou a publicação ao afirmar que, como o Der Bund “é um jornal muito conceituado e profissional, não há razão para duvidar das informações”.

O mesmo artigo do Der Bund, intitulado “Coerção e fornicação foram determinantes em três casos”, cita que, segundo o médico que a tratou, a menina sofreu “graves transtornos mentais desde aquele incidente e, entre outras coisas, tentou suicídio na primavera passada”.

Cuca declarou ser inocente em apresentação no Corinthians Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians

A tentativa de suicídio e a existência do esperma de Cuca na jovem foram confirmadas pelo advogado da vítima, Willi Egloff, em declarações ao Uol. “É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota”, disse ele.

O Estadão publicou em 7 de agosto 1987 que Eduardo e Henrique admitiram ter tido relação sexual com a garota, mas de forma consensual, e que Fernando e Cuca negaram qualquer participação no ato.

O Der Bund noticiou que os jogadores primeiro “negaram ter tocado na garota”, depois, no segundo depoimento, “confessaram a relação sexual, com exceção de Fernando”. No entanto, afirmaram que “nada havia acontecido contra a vontade da menina” e que “a garota teria se divertido com tudo”.

A publicação narra com detalhes o que aconteceu no hotel, os depoimentos das vítimas e dos acusados e o que foi decidido pela Justiça Suíça. O Estadão publicou um apanhado completo sobre o caso.

A Corte ressaltou que todos os juízes que estavam participaram do julgamento em 1989 “certamente já se aposentaram há muito tempo” e que os magistrados na ativa hoje não podem se pronunciar sobre casos do passado.

O que diz Cuca

Cuca declarou ser “totalmente inocente” e disse ter “vaga lembrança” do episódio. “Eu estava no Grêmio há uns 20 dias. Tenho vaga lembrança de tudo que aconteceu. Na lembrança que tenho, tinha 23 anos, íamos jogar uma partida e pouco antes subiu uma menina para o quarto. O quarto em que eu estava com mais três jogadores era duplo, tinha duas camas. Essa foi minha participação nesse caso”, disse o treinador.

“Sou totalmente inocente, não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro. Eu não fiz nada”, completou o técnico. Ele também alega que a jovem não lhe reconheceu como um de seus agressores.

“O mais importante não é a palavra da vítima? Ela falou: ‘Eu não conheço, não vi, não estava’. Foram três vezes. A palavra da mulher era que o Cuca não estava lá. Como posso ser condenado? Pelo quê?”, questionou.

Após pressão nas redes e pedido da família, Cuca abandonou o cargo após vitória sobre o Remo na Copa do Brasil na noite desta quarta-feira, 26.

“Não esperava esta avalanche, coisas passadas há muito tempo, fui julgado e punido pela internet, mas não quero entrar em detalhes”, afirmou durante o anúncio após a partida.

Questionado após o anúncio de saída de Cuca, o presidente Duílio Monteiro Alves preferiu não alimentar especulações sobre qual rumo o clube tomará na escolha do novo treinador. O mandatário disse ainda que o pedido de demissão de Cuca não causa alívio ou sentimento de fracasso, mas tristeza pela decisão.

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