Único jogo de Copa América no Morumbi até hoje teve gol de Zico e briga


Confirmado como palco da abertura do torneio em 2019, estádio do São Paulo já recebeu a seleção brasileira 28 vezes

Por Renan Cacioli

Confirmado como palco da abertura da próxima Copa América, em 2019, o Morumbi já recebeu uma partida do torneio. Foi no dia 16 de agosto de 1979, quando a seleção brasileira derrotou a Bolívia por 2 a 0, com gols de Tita e Zico, em jogo que terminou em briga.

A edição daquele ano, a exemplo de quatro anos antes, não teve sede fixa, o que se repetiria em 1983 – foram as três únicas até hoje com partidas disputadas em vários países. Os jogos eram realizados na casa de cada participante do três grupos. O do Brasil tinha ainda Bolívia e Argentina, logo, houve confrontos em La Paz, Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo.

Zico (D) corre atrás do jogador da Bolívia que o chutou logo após a marcação do segundo gol brasileiro no Morumbi Foto: A.LUCIO / ACERVO ESTADÃO/ 16-8-1979
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O ex-lateral Júnior, hoje comentarista da Rede Globo, fazia parte do elenco e conta ao ESTADO o que significava aquele torneio. “Na verdade, era uma bagunça danada. Esse tipo de competição parecia uma forma de preencher o calendário, os jogos no meio dos campeonatos... Não tinha a visibilidade que tem hoje. Antigamente, os países queriam participar, mas ninguém queria sediar. Hoje não, existe uma procura grande porque se tornou uma competição rentável, as seleções trazem os jogadores estrangeiros para participar”, analisa.

Apesar da confusão extracampo, particularmente para aquela geração, o torneio era bem importante. “Foi a primeira convocação, o início do pós-1978. Dos remanescentes da última Copa, você tinha Leão, Oscar, Batista, Zico... O resto era tudo novato”, comenta. “Foi um momento de transição, a coisa foi evoluindo. Poucos ficariam para 1982.”

Após perder dos bolivianos (2 a 1), fora de casa, e derrotar os argentinos (2 a 1), no Maracanã, o time dirigido por Cláudio Coutinho chegou ao Morumbi precisando ganhar da Bolívia para não colocar em risco a classificação às semifinais.

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Zico faz o segundo gol da vitória por 2 a 0; Tita havia aberto placar Foto: A.LUCIO / ACERVO ESTADÃO/ 16-8-1979

A equipe foi a campo com: Leão; Toninho, Amaral, Edinho e Júnior; Batista, Zenon e Zico; Nílton Batata, Sócrates e Zé Sérgio. Depois do 0 a 0 na etapa inicial, Tita, que havia substituído Nilton Batata, abriu o placar logo no primeiro minuto do segundo tempo. Nos acréscimos, Zico marcou outro gol. Foi quando teve início uma grande confusão no Morumbi.

“O Zico fez o gol e o cara da Bolívia deu uma bicuda nele quando ele saía para comemorar. Aí, foi aquela confusão toda”, relembra Júnior. No vídeo abaixo, é possível ver que foi necessário até a presença de policias no campo para dispersar o tumulto. O Brasil acabaria eliminado na semifinal, para o Paraguai, que confirmaria o título mais tarde ao derrotar o Chile na final.

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Ao todo, o Morumbi já recebeu 28 jogos da seleção brasileira, de acordo com dados oficiais divulgados pelo São Paulo. Foram 18 vitórias, nove empates e apenas uma derrota – na Copa Roca de 1963, para a Argentina (3 a 2). A maioria das apresentações se deu em amistosos (16). Houve ainda nove confrontos pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, um jogo de Copa América, um de Copa Roca e um pela Taça Independência de 1972, também conhecida como Mini-Copa.

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Confirmado como palco da abertura da próxima Copa América, em 2019, o Morumbi já recebeu uma partida do torneio. Foi no dia 16 de agosto de 1979, quando a seleção brasileira derrotou a Bolívia por 2 a 0, com gols de Tita e Zico, em jogo que terminou em briga.

A edição daquele ano, a exemplo de quatro anos antes, não teve sede fixa, o que se repetiria em 1983 – foram as três únicas até hoje com partidas disputadas em vários países. Os jogos eram realizados na casa de cada participante do três grupos. O do Brasil tinha ainda Bolívia e Argentina, logo, houve confrontos em La Paz, Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo.

Zico (D) corre atrás do jogador da Bolívia que o chutou logo após a marcação do segundo gol brasileiro no Morumbi Foto: A.LUCIO / ACERVO ESTADÃO/ 16-8-1979

O ex-lateral Júnior, hoje comentarista da Rede Globo, fazia parte do elenco e conta ao ESTADO o que significava aquele torneio. “Na verdade, era uma bagunça danada. Esse tipo de competição parecia uma forma de preencher o calendário, os jogos no meio dos campeonatos... Não tinha a visibilidade que tem hoje. Antigamente, os países queriam participar, mas ninguém queria sediar. Hoje não, existe uma procura grande porque se tornou uma competição rentável, as seleções trazem os jogadores estrangeiros para participar”, analisa.

Apesar da confusão extracampo, particularmente para aquela geração, o torneio era bem importante. “Foi a primeira convocação, o início do pós-1978. Dos remanescentes da última Copa, você tinha Leão, Oscar, Batista, Zico... O resto era tudo novato”, comenta. “Foi um momento de transição, a coisa foi evoluindo. Poucos ficariam para 1982.”

Após perder dos bolivianos (2 a 1), fora de casa, e derrotar os argentinos (2 a 1), no Maracanã, o time dirigido por Cláudio Coutinho chegou ao Morumbi precisando ganhar da Bolívia para não colocar em risco a classificação às semifinais.

Zico faz o segundo gol da vitória por 2 a 0; Tita havia aberto placar Foto: A.LUCIO / ACERVO ESTADÃO/ 16-8-1979

A equipe foi a campo com: Leão; Toninho, Amaral, Edinho e Júnior; Batista, Zenon e Zico; Nílton Batata, Sócrates e Zé Sérgio. Depois do 0 a 0 na etapa inicial, Tita, que havia substituído Nilton Batata, abriu o placar logo no primeiro minuto do segundo tempo. Nos acréscimos, Zico marcou outro gol. Foi quando teve início uma grande confusão no Morumbi.

“O Zico fez o gol e o cara da Bolívia deu uma bicuda nele quando ele saía para comemorar. Aí, foi aquela confusão toda”, relembra Júnior. No vídeo abaixo, é possível ver que foi necessário até a presença de policias no campo para dispersar o tumulto. O Brasil acabaria eliminado na semifinal, para o Paraguai, que confirmaria o título mais tarde ao derrotar o Chile na final.

Ao todo, o Morumbi já recebeu 28 jogos da seleção brasileira, de acordo com dados oficiais divulgados pelo São Paulo. Foram 18 vitórias, nove empates e apenas uma derrota – na Copa Roca de 1963, para a Argentina (3 a 2). A maioria das apresentações se deu em amistosos (16). Houve ainda nove confrontos pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, um jogo de Copa América, um de Copa Roca e um pela Taça Independência de 1972, também conhecida como Mini-Copa.

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Confirmado como palco da abertura da próxima Copa América, em 2019, o Morumbi já recebeu uma partida do torneio. Foi no dia 16 de agosto de 1979, quando a seleção brasileira derrotou a Bolívia por 2 a 0, com gols de Tita e Zico, em jogo que terminou em briga.

A edição daquele ano, a exemplo de quatro anos antes, não teve sede fixa, o que se repetiria em 1983 – foram as três únicas até hoje com partidas disputadas em vários países. Os jogos eram realizados na casa de cada participante do três grupos. O do Brasil tinha ainda Bolívia e Argentina, logo, houve confrontos em La Paz, Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo.

Zico (D) corre atrás do jogador da Bolívia que o chutou logo após a marcação do segundo gol brasileiro no Morumbi Foto: A.LUCIO / ACERVO ESTADÃO/ 16-8-1979

O ex-lateral Júnior, hoje comentarista da Rede Globo, fazia parte do elenco e conta ao ESTADO o que significava aquele torneio. “Na verdade, era uma bagunça danada. Esse tipo de competição parecia uma forma de preencher o calendário, os jogos no meio dos campeonatos... Não tinha a visibilidade que tem hoje. Antigamente, os países queriam participar, mas ninguém queria sediar. Hoje não, existe uma procura grande porque se tornou uma competição rentável, as seleções trazem os jogadores estrangeiros para participar”, analisa.

Apesar da confusão extracampo, particularmente para aquela geração, o torneio era bem importante. “Foi a primeira convocação, o início do pós-1978. Dos remanescentes da última Copa, você tinha Leão, Oscar, Batista, Zico... O resto era tudo novato”, comenta. “Foi um momento de transição, a coisa foi evoluindo. Poucos ficariam para 1982.”

Após perder dos bolivianos (2 a 1), fora de casa, e derrotar os argentinos (2 a 1), no Maracanã, o time dirigido por Cláudio Coutinho chegou ao Morumbi precisando ganhar da Bolívia para não colocar em risco a classificação às semifinais.

Zico faz o segundo gol da vitória por 2 a 0; Tita havia aberto placar Foto: A.LUCIO / ACERVO ESTADÃO/ 16-8-1979

A equipe foi a campo com: Leão; Toninho, Amaral, Edinho e Júnior; Batista, Zenon e Zico; Nílton Batata, Sócrates e Zé Sérgio. Depois do 0 a 0 na etapa inicial, Tita, que havia substituído Nilton Batata, abriu o placar logo no primeiro minuto do segundo tempo. Nos acréscimos, Zico marcou outro gol. Foi quando teve início uma grande confusão no Morumbi.

“O Zico fez o gol e o cara da Bolívia deu uma bicuda nele quando ele saía para comemorar. Aí, foi aquela confusão toda”, relembra Júnior. No vídeo abaixo, é possível ver que foi necessário até a presença de policias no campo para dispersar o tumulto. O Brasil acabaria eliminado na semifinal, para o Paraguai, que confirmaria o título mais tarde ao derrotar o Chile na final.

Ao todo, o Morumbi já recebeu 28 jogos da seleção brasileira, de acordo com dados oficiais divulgados pelo São Paulo. Foram 18 vitórias, nove empates e apenas uma derrota – na Copa Roca de 1963, para a Argentina (3 a 2). A maioria das apresentações se deu em amistosos (16). Houve ainda nove confrontos pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, um jogo de Copa América, um de Copa Roca e um pela Taça Independência de 1972, também conhecida como Mini-Copa.

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