Veja por que o Barcelona pode romper com a Nike e confeccionar própria camisa


Fornecedora esportiva dos Estados Unidos é responsável por uniformes do clube desde 1998 e faz parte da rivalidade do clube com o Real Madrid, parceiro da Adidas

Por Leonardo Catto
Atualização:

O Barcelona está próximo de criar uma marca própria para seus uniformes. A decisão passa pelo rompimento com a Nike, responsável pelo fornecimento do clube desde 1998, na gestão do presidente Josep Lluís Núñez. O contrato iria até 30 de junho de 2028.

A data foi uma das prorrogações feitas em revisões de contrato entre as partes. Segundo o jornal espanhol Sport, há um desconforto financeiro por parte do clube. A Puma demonstrou interesse em ser a substituta e ofereceu pouco mais de 100 milhões de euros (R$ 537,2 milhões) por temporada, valor maior que os 85 milhões de euros (R$ 456,6 milhões) pagos pela Nike. Na LaLiga, a fornecedora alemã atende Alavés, Valencia e Girona. Já a Nike tem os uniformes de Atlético de Madrid e Real Mallorca, além da equipe catalã.

Um terceiro caminho é considerado pelo presidente Joan Laporta. Em entrevista à rádio catalã RAC1, o mandatário falou sobre a possibilidade de criar uma marca própria do Barcelona. Nenhum clube da primeira divisão espanhola tem uma iniciativa semelhante. Essa é a opção mais sólida para o Barcelona, segundo o Sport.

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Joan Laporta, presidente do Barcelona, mira em mudança inovadora entre os clubes da primeira divisão espanhola. Foto: Alejandro García/EFE

O plano de Laporta envolve a BLM, empresa responsável pela fabricação e distribuição de todos os materiais não esportivos do Barcelona. A ideia é associar-se, ainda, a uma grande multinacional do ramo, que ficaria encarregada pelas camisas de jogo.

A decisão definitiva deve ser tomada no decorrer de março. O Barcelona, porém, ainda aguarda uma resposta da Nike, no sentido de a empresa aceitar aportar mais dinheiro no clube para manter a parceria de quase 26 anos. Se não houver melhora, o caminho para a marca própria fica ainda mais próximo.

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O próprio presidente Laporta se reuniu com empresas que podem apoiar o clube neste processo.“A situação no clube está posta. É preciso correr riscos e ser corajoso e é difícil encontrar alguém mais corajoso que Laporta”, disse uma fonte ao Sport.

Caso confirmado o rompimento, a intenção do Barcelona é que isso seja feito de forma amigável. O plano é evitar danos para o clube, como uma denúncia da Nike por não cumprimento do contrato. Se isso acontecesse, poderia haver um problema financeiro para a equipe catalã, que teria que arcar com uma indenização.

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Ainda assim, o contrato é analisado há meses pelo setor responsável no Barcelona. Uma vitória judicial é vista como possível, mas não é o caminho preferido. Um argumento que ajudaria o clube judicialmente é que a Nike não seria trocada por outra marca concorrente, mas um fornecedor próprio.

Esse é justamente um dos motivos que Laporta elenca para a fabricação própria. Outro ponto é financeiro. Acredita-se que a marca do Barcelona renderia mais. O ônus seria assumir custos de produção e distribuição, mas o faturamento total de vendas seria todo do clube. Essa pauta ocupou um bom tempo da reunião do conselho de administração nesta quarta-feira, dia 29, revelou o Sport.

Nike fornece camisas do Barcelona desde 1998. Foto: Alex Caparrós/FC Barcelona
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Especialistas questionam mudança

A distribuição é o principal problema na avaliação de Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana comandada pelo cantor Jay-Z. “Vimos que no Brasil esse modelo de operação só foi benéfico para clubes de abrangência local, estadual. Não vejo lógica nem viabilidade para um clube de alcance mundial abdicar de um fornecedor como o atual, para se aventurar com uma marca própria”, avalia

Já Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo acredit que a parceria com Nike era fator atrativo para outros negocios. “O Barcelona tem que ter os melhores fornecedores, e com sua força, moldar a parceria da sua forma, mas deixar que especialistas façam o trabalho. Imagina se uma potência como eles fossem criar uma estrutura para cada oportunidade comercial que a marca Barcelona traz? Seria praticamente impossível, por isso é importante que a instituição entenda a força e capilaridade mundial que tem para obter de seus parceiros o melhor produto e com a maior rentabilidade possível”, afirma.

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El Clásico perderia uma das principais características

A dualidade espanhola entre Barcelona e Real Madrid não coloca frente a frente apenas os dois maiores clubes do país. Por muito tempo, foi o confronto que opôs Messi e Cristiano Ronaldo, rivais nas disputas de melhor jogador do mundo. Além disso, era o duelo entre Nike e Adidas em campo.

A assinatura do Real Madrid com a Adidas veio como “resposta” poucos meses depois de o Barcelona ter rompido com a Kappa e assinado com a Nike. Na época, a fornecedora norte-americana colocou holofotes no clube catalão. Um exemplo foi o amistoso do time contra a seleção brasileira, em 1999, no Camp Nou lotado com 80 mil pessoas. A partida foi 2 a 2, com gols de Ronaldo e Rivaldo para a seleção, e de Luis Enrique e Cocu para os espanhóis.

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Quando o Real Madrid formou o time “galático”, no começo dos anos 2000, Zidane e Beckham já tinham acordos próprios com a Adidas. Ronaldo, que já tinha deixado o Barcelona, ido para a Inter de Milão e voltado para a Espanha, mas no Real, tinha patrocínio da Nike - mantido até hoje em contrato vitalício assinado em 1994. Ronaldinho Gaúcho é outra estrela que tem patrocínio da Nike. A marca teve influência na ida dele para o Barcelona, quando deixou o PSG.

Em 2016, a Nike firmou com o Barcelona o maior contrato de fornecimento esportivo da época, pagando 105 milhões de euros (R$ 413,77 milhões) na cotação daquele momento. Isso foi feito depois de a marca perder o Manchester United para a empresa rival, que ficou com o segundo maior contrato, de 96 milhões de euros (R$ 378,31 milhões), junto aos ingleses.

O Barcelona está próximo de criar uma marca própria para seus uniformes. A decisão passa pelo rompimento com a Nike, responsável pelo fornecimento do clube desde 1998, na gestão do presidente Josep Lluís Núñez. O contrato iria até 30 de junho de 2028.

A data foi uma das prorrogações feitas em revisões de contrato entre as partes. Segundo o jornal espanhol Sport, há um desconforto financeiro por parte do clube. A Puma demonstrou interesse em ser a substituta e ofereceu pouco mais de 100 milhões de euros (R$ 537,2 milhões) por temporada, valor maior que os 85 milhões de euros (R$ 456,6 milhões) pagos pela Nike. Na LaLiga, a fornecedora alemã atende Alavés, Valencia e Girona. Já a Nike tem os uniformes de Atlético de Madrid e Real Mallorca, além da equipe catalã.

Um terceiro caminho é considerado pelo presidente Joan Laporta. Em entrevista à rádio catalã RAC1, o mandatário falou sobre a possibilidade de criar uma marca própria do Barcelona. Nenhum clube da primeira divisão espanhola tem uma iniciativa semelhante. Essa é a opção mais sólida para o Barcelona, segundo o Sport.

Joan Laporta, presidente do Barcelona, mira em mudança inovadora entre os clubes da primeira divisão espanhola. Foto: Alejandro García/EFE

O plano de Laporta envolve a BLM, empresa responsável pela fabricação e distribuição de todos os materiais não esportivos do Barcelona. A ideia é associar-se, ainda, a uma grande multinacional do ramo, que ficaria encarregada pelas camisas de jogo.

A decisão definitiva deve ser tomada no decorrer de março. O Barcelona, porém, ainda aguarda uma resposta da Nike, no sentido de a empresa aceitar aportar mais dinheiro no clube para manter a parceria de quase 26 anos. Se não houver melhora, o caminho para a marca própria fica ainda mais próximo.

O próprio presidente Laporta se reuniu com empresas que podem apoiar o clube neste processo.“A situação no clube está posta. É preciso correr riscos e ser corajoso e é difícil encontrar alguém mais corajoso que Laporta”, disse uma fonte ao Sport.

Caso confirmado o rompimento, a intenção do Barcelona é que isso seja feito de forma amigável. O plano é evitar danos para o clube, como uma denúncia da Nike por não cumprimento do contrato. Se isso acontecesse, poderia haver um problema financeiro para a equipe catalã, que teria que arcar com uma indenização.

Ainda assim, o contrato é analisado há meses pelo setor responsável no Barcelona. Uma vitória judicial é vista como possível, mas não é o caminho preferido. Um argumento que ajudaria o clube judicialmente é que a Nike não seria trocada por outra marca concorrente, mas um fornecedor próprio.

Esse é justamente um dos motivos que Laporta elenca para a fabricação própria. Outro ponto é financeiro. Acredita-se que a marca do Barcelona renderia mais. O ônus seria assumir custos de produção e distribuição, mas o faturamento total de vendas seria todo do clube. Essa pauta ocupou um bom tempo da reunião do conselho de administração nesta quarta-feira, dia 29, revelou o Sport.

Nike fornece camisas do Barcelona desde 1998. Foto: Alex Caparrós/FC Barcelona

Especialistas questionam mudança

A distribuição é o principal problema na avaliação de Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana comandada pelo cantor Jay-Z. “Vimos que no Brasil esse modelo de operação só foi benéfico para clubes de abrangência local, estadual. Não vejo lógica nem viabilidade para um clube de alcance mundial abdicar de um fornecedor como o atual, para se aventurar com uma marca própria”, avalia

Já Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo acredit que a parceria com Nike era fator atrativo para outros negocios. “O Barcelona tem que ter os melhores fornecedores, e com sua força, moldar a parceria da sua forma, mas deixar que especialistas façam o trabalho. Imagina se uma potência como eles fossem criar uma estrutura para cada oportunidade comercial que a marca Barcelona traz? Seria praticamente impossível, por isso é importante que a instituição entenda a força e capilaridade mundial que tem para obter de seus parceiros o melhor produto e com a maior rentabilidade possível”, afirma.

El Clásico perderia uma das principais características

A dualidade espanhola entre Barcelona e Real Madrid não coloca frente a frente apenas os dois maiores clubes do país. Por muito tempo, foi o confronto que opôs Messi e Cristiano Ronaldo, rivais nas disputas de melhor jogador do mundo. Além disso, era o duelo entre Nike e Adidas em campo.

A assinatura do Real Madrid com a Adidas veio como “resposta” poucos meses depois de o Barcelona ter rompido com a Kappa e assinado com a Nike. Na época, a fornecedora norte-americana colocou holofotes no clube catalão. Um exemplo foi o amistoso do time contra a seleção brasileira, em 1999, no Camp Nou lotado com 80 mil pessoas. A partida foi 2 a 2, com gols de Ronaldo e Rivaldo para a seleção, e de Luis Enrique e Cocu para os espanhóis.

Quando o Real Madrid formou o time “galático”, no começo dos anos 2000, Zidane e Beckham já tinham acordos próprios com a Adidas. Ronaldo, que já tinha deixado o Barcelona, ido para a Inter de Milão e voltado para a Espanha, mas no Real, tinha patrocínio da Nike - mantido até hoje em contrato vitalício assinado em 1994. Ronaldinho Gaúcho é outra estrela que tem patrocínio da Nike. A marca teve influência na ida dele para o Barcelona, quando deixou o PSG.

Em 2016, a Nike firmou com o Barcelona o maior contrato de fornecimento esportivo da época, pagando 105 milhões de euros (R$ 413,77 milhões) na cotação daquele momento. Isso foi feito depois de a marca perder o Manchester United para a empresa rival, que ficou com o segundo maior contrato, de 96 milhões de euros (R$ 378,31 milhões), junto aos ingleses.

O Barcelona está próximo de criar uma marca própria para seus uniformes. A decisão passa pelo rompimento com a Nike, responsável pelo fornecimento do clube desde 1998, na gestão do presidente Josep Lluís Núñez. O contrato iria até 30 de junho de 2028.

A data foi uma das prorrogações feitas em revisões de contrato entre as partes. Segundo o jornal espanhol Sport, há um desconforto financeiro por parte do clube. A Puma demonstrou interesse em ser a substituta e ofereceu pouco mais de 100 milhões de euros (R$ 537,2 milhões) por temporada, valor maior que os 85 milhões de euros (R$ 456,6 milhões) pagos pela Nike. Na LaLiga, a fornecedora alemã atende Alavés, Valencia e Girona. Já a Nike tem os uniformes de Atlético de Madrid e Real Mallorca, além da equipe catalã.

Um terceiro caminho é considerado pelo presidente Joan Laporta. Em entrevista à rádio catalã RAC1, o mandatário falou sobre a possibilidade de criar uma marca própria do Barcelona. Nenhum clube da primeira divisão espanhola tem uma iniciativa semelhante. Essa é a opção mais sólida para o Barcelona, segundo o Sport.

Joan Laporta, presidente do Barcelona, mira em mudança inovadora entre os clubes da primeira divisão espanhola. Foto: Alejandro García/EFE

O plano de Laporta envolve a BLM, empresa responsável pela fabricação e distribuição de todos os materiais não esportivos do Barcelona. A ideia é associar-se, ainda, a uma grande multinacional do ramo, que ficaria encarregada pelas camisas de jogo.

A decisão definitiva deve ser tomada no decorrer de março. O Barcelona, porém, ainda aguarda uma resposta da Nike, no sentido de a empresa aceitar aportar mais dinheiro no clube para manter a parceria de quase 26 anos. Se não houver melhora, o caminho para a marca própria fica ainda mais próximo.

O próprio presidente Laporta se reuniu com empresas que podem apoiar o clube neste processo.“A situação no clube está posta. É preciso correr riscos e ser corajoso e é difícil encontrar alguém mais corajoso que Laporta”, disse uma fonte ao Sport.

Caso confirmado o rompimento, a intenção do Barcelona é que isso seja feito de forma amigável. O plano é evitar danos para o clube, como uma denúncia da Nike por não cumprimento do contrato. Se isso acontecesse, poderia haver um problema financeiro para a equipe catalã, que teria que arcar com uma indenização.

Ainda assim, o contrato é analisado há meses pelo setor responsável no Barcelona. Uma vitória judicial é vista como possível, mas não é o caminho preferido. Um argumento que ajudaria o clube judicialmente é que a Nike não seria trocada por outra marca concorrente, mas um fornecedor próprio.

Esse é justamente um dos motivos que Laporta elenca para a fabricação própria. Outro ponto é financeiro. Acredita-se que a marca do Barcelona renderia mais. O ônus seria assumir custos de produção e distribuição, mas o faturamento total de vendas seria todo do clube. Essa pauta ocupou um bom tempo da reunião do conselho de administração nesta quarta-feira, dia 29, revelou o Sport.

Nike fornece camisas do Barcelona desde 1998. Foto: Alex Caparrós/FC Barcelona

Especialistas questionam mudança

A distribuição é o principal problema na avaliação de Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana comandada pelo cantor Jay-Z. “Vimos que no Brasil esse modelo de operação só foi benéfico para clubes de abrangência local, estadual. Não vejo lógica nem viabilidade para um clube de alcance mundial abdicar de um fornecedor como o atual, para se aventurar com uma marca própria”, avalia

Já Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo acredit que a parceria com Nike era fator atrativo para outros negocios. “O Barcelona tem que ter os melhores fornecedores, e com sua força, moldar a parceria da sua forma, mas deixar que especialistas façam o trabalho. Imagina se uma potência como eles fossem criar uma estrutura para cada oportunidade comercial que a marca Barcelona traz? Seria praticamente impossível, por isso é importante que a instituição entenda a força e capilaridade mundial que tem para obter de seus parceiros o melhor produto e com a maior rentabilidade possível”, afirma.

El Clásico perderia uma das principais características

A dualidade espanhola entre Barcelona e Real Madrid não coloca frente a frente apenas os dois maiores clubes do país. Por muito tempo, foi o confronto que opôs Messi e Cristiano Ronaldo, rivais nas disputas de melhor jogador do mundo. Além disso, era o duelo entre Nike e Adidas em campo.

A assinatura do Real Madrid com a Adidas veio como “resposta” poucos meses depois de o Barcelona ter rompido com a Kappa e assinado com a Nike. Na época, a fornecedora norte-americana colocou holofotes no clube catalão. Um exemplo foi o amistoso do time contra a seleção brasileira, em 1999, no Camp Nou lotado com 80 mil pessoas. A partida foi 2 a 2, com gols de Ronaldo e Rivaldo para a seleção, e de Luis Enrique e Cocu para os espanhóis.

Quando o Real Madrid formou o time “galático”, no começo dos anos 2000, Zidane e Beckham já tinham acordos próprios com a Adidas. Ronaldo, que já tinha deixado o Barcelona, ido para a Inter de Milão e voltado para a Espanha, mas no Real, tinha patrocínio da Nike - mantido até hoje em contrato vitalício assinado em 1994. Ronaldinho Gaúcho é outra estrela que tem patrocínio da Nike. A marca teve influência na ida dele para o Barcelona, quando deixou o PSG.

Em 2016, a Nike firmou com o Barcelona o maior contrato de fornecimento esportivo da época, pagando 105 milhões de euros (R$ 413,77 milhões) na cotação daquele momento. Isso foi feito depois de a marca perder o Manchester United para a empresa rival, que ficou com o segundo maior contrato, de 96 milhões de euros (R$ 378,31 milhões), junto aos ingleses.

O Barcelona está próximo de criar uma marca própria para seus uniformes. A decisão passa pelo rompimento com a Nike, responsável pelo fornecimento do clube desde 1998, na gestão do presidente Josep Lluís Núñez. O contrato iria até 30 de junho de 2028.

A data foi uma das prorrogações feitas em revisões de contrato entre as partes. Segundo o jornal espanhol Sport, há um desconforto financeiro por parte do clube. A Puma demonstrou interesse em ser a substituta e ofereceu pouco mais de 100 milhões de euros (R$ 537,2 milhões) por temporada, valor maior que os 85 milhões de euros (R$ 456,6 milhões) pagos pela Nike. Na LaLiga, a fornecedora alemã atende Alavés, Valencia e Girona. Já a Nike tem os uniformes de Atlético de Madrid e Real Mallorca, além da equipe catalã.

Um terceiro caminho é considerado pelo presidente Joan Laporta. Em entrevista à rádio catalã RAC1, o mandatário falou sobre a possibilidade de criar uma marca própria do Barcelona. Nenhum clube da primeira divisão espanhola tem uma iniciativa semelhante. Essa é a opção mais sólida para o Barcelona, segundo o Sport.

Joan Laporta, presidente do Barcelona, mira em mudança inovadora entre os clubes da primeira divisão espanhola. Foto: Alejandro García/EFE

O plano de Laporta envolve a BLM, empresa responsável pela fabricação e distribuição de todos os materiais não esportivos do Barcelona. A ideia é associar-se, ainda, a uma grande multinacional do ramo, que ficaria encarregada pelas camisas de jogo.

A decisão definitiva deve ser tomada no decorrer de março. O Barcelona, porém, ainda aguarda uma resposta da Nike, no sentido de a empresa aceitar aportar mais dinheiro no clube para manter a parceria de quase 26 anos. Se não houver melhora, o caminho para a marca própria fica ainda mais próximo.

O próprio presidente Laporta se reuniu com empresas que podem apoiar o clube neste processo.“A situação no clube está posta. É preciso correr riscos e ser corajoso e é difícil encontrar alguém mais corajoso que Laporta”, disse uma fonte ao Sport.

Caso confirmado o rompimento, a intenção do Barcelona é que isso seja feito de forma amigável. O plano é evitar danos para o clube, como uma denúncia da Nike por não cumprimento do contrato. Se isso acontecesse, poderia haver um problema financeiro para a equipe catalã, que teria que arcar com uma indenização.

Ainda assim, o contrato é analisado há meses pelo setor responsável no Barcelona. Uma vitória judicial é vista como possível, mas não é o caminho preferido. Um argumento que ajudaria o clube judicialmente é que a Nike não seria trocada por outra marca concorrente, mas um fornecedor próprio.

Esse é justamente um dos motivos que Laporta elenca para a fabricação própria. Outro ponto é financeiro. Acredita-se que a marca do Barcelona renderia mais. O ônus seria assumir custos de produção e distribuição, mas o faturamento total de vendas seria todo do clube. Essa pauta ocupou um bom tempo da reunião do conselho de administração nesta quarta-feira, dia 29, revelou o Sport.

Nike fornece camisas do Barcelona desde 1998. Foto: Alex Caparrós/FC Barcelona

Especialistas questionam mudança

A distribuição é o principal problema na avaliação de Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana comandada pelo cantor Jay-Z. “Vimos que no Brasil esse modelo de operação só foi benéfico para clubes de abrangência local, estadual. Não vejo lógica nem viabilidade para um clube de alcance mundial abdicar de um fornecedor como o atual, para se aventurar com uma marca própria”, avalia

Já Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo acredit que a parceria com Nike era fator atrativo para outros negocios. “O Barcelona tem que ter os melhores fornecedores, e com sua força, moldar a parceria da sua forma, mas deixar que especialistas façam o trabalho. Imagina se uma potência como eles fossem criar uma estrutura para cada oportunidade comercial que a marca Barcelona traz? Seria praticamente impossível, por isso é importante que a instituição entenda a força e capilaridade mundial que tem para obter de seus parceiros o melhor produto e com a maior rentabilidade possível”, afirma.

El Clásico perderia uma das principais características

A dualidade espanhola entre Barcelona e Real Madrid não coloca frente a frente apenas os dois maiores clubes do país. Por muito tempo, foi o confronto que opôs Messi e Cristiano Ronaldo, rivais nas disputas de melhor jogador do mundo. Além disso, era o duelo entre Nike e Adidas em campo.

A assinatura do Real Madrid com a Adidas veio como “resposta” poucos meses depois de o Barcelona ter rompido com a Kappa e assinado com a Nike. Na época, a fornecedora norte-americana colocou holofotes no clube catalão. Um exemplo foi o amistoso do time contra a seleção brasileira, em 1999, no Camp Nou lotado com 80 mil pessoas. A partida foi 2 a 2, com gols de Ronaldo e Rivaldo para a seleção, e de Luis Enrique e Cocu para os espanhóis.

Quando o Real Madrid formou o time “galático”, no começo dos anos 2000, Zidane e Beckham já tinham acordos próprios com a Adidas. Ronaldo, que já tinha deixado o Barcelona, ido para a Inter de Milão e voltado para a Espanha, mas no Real, tinha patrocínio da Nike - mantido até hoje em contrato vitalício assinado em 1994. Ronaldinho Gaúcho é outra estrela que tem patrocínio da Nike. A marca teve influência na ida dele para o Barcelona, quando deixou o PSG.

Em 2016, a Nike firmou com o Barcelona o maior contrato de fornecimento esportivo da época, pagando 105 milhões de euros (R$ 413,77 milhões) na cotação daquele momento. Isso foi feito depois de a marca perder o Manchester United para a empresa rival, que ficou com o segundo maior contrato, de 96 milhões de euros (R$ 378,31 milhões), junto aos ingleses.

O Barcelona está próximo de criar uma marca própria para seus uniformes. A decisão passa pelo rompimento com a Nike, responsável pelo fornecimento do clube desde 1998, na gestão do presidente Josep Lluís Núñez. O contrato iria até 30 de junho de 2028.

A data foi uma das prorrogações feitas em revisões de contrato entre as partes. Segundo o jornal espanhol Sport, há um desconforto financeiro por parte do clube. A Puma demonstrou interesse em ser a substituta e ofereceu pouco mais de 100 milhões de euros (R$ 537,2 milhões) por temporada, valor maior que os 85 milhões de euros (R$ 456,6 milhões) pagos pela Nike. Na LaLiga, a fornecedora alemã atende Alavés, Valencia e Girona. Já a Nike tem os uniformes de Atlético de Madrid e Real Mallorca, além da equipe catalã.

Um terceiro caminho é considerado pelo presidente Joan Laporta. Em entrevista à rádio catalã RAC1, o mandatário falou sobre a possibilidade de criar uma marca própria do Barcelona. Nenhum clube da primeira divisão espanhola tem uma iniciativa semelhante. Essa é a opção mais sólida para o Barcelona, segundo o Sport.

Joan Laporta, presidente do Barcelona, mira em mudança inovadora entre os clubes da primeira divisão espanhola. Foto: Alejandro García/EFE

O plano de Laporta envolve a BLM, empresa responsável pela fabricação e distribuição de todos os materiais não esportivos do Barcelona. A ideia é associar-se, ainda, a uma grande multinacional do ramo, que ficaria encarregada pelas camisas de jogo.

A decisão definitiva deve ser tomada no decorrer de março. O Barcelona, porém, ainda aguarda uma resposta da Nike, no sentido de a empresa aceitar aportar mais dinheiro no clube para manter a parceria de quase 26 anos. Se não houver melhora, o caminho para a marca própria fica ainda mais próximo.

O próprio presidente Laporta se reuniu com empresas que podem apoiar o clube neste processo.“A situação no clube está posta. É preciso correr riscos e ser corajoso e é difícil encontrar alguém mais corajoso que Laporta”, disse uma fonte ao Sport.

Caso confirmado o rompimento, a intenção do Barcelona é que isso seja feito de forma amigável. O plano é evitar danos para o clube, como uma denúncia da Nike por não cumprimento do contrato. Se isso acontecesse, poderia haver um problema financeiro para a equipe catalã, que teria que arcar com uma indenização.

Ainda assim, o contrato é analisado há meses pelo setor responsável no Barcelona. Uma vitória judicial é vista como possível, mas não é o caminho preferido. Um argumento que ajudaria o clube judicialmente é que a Nike não seria trocada por outra marca concorrente, mas um fornecedor próprio.

Esse é justamente um dos motivos que Laporta elenca para a fabricação própria. Outro ponto é financeiro. Acredita-se que a marca do Barcelona renderia mais. O ônus seria assumir custos de produção e distribuição, mas o faturamento total de vendas seria todo do clube. Essa pauta ocupou um bom tempo da reunião do conselho de administração nesta quarta-feira, dia 29, revelou o Sport.

Nike fornece camisas do Barcelona desde 1998. Foto: Alex Caparrós/FC Barcelona

Especialistas questionam mudança

A distribuição é o principal problema na avaliação de Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana comandada pelo cantor Jay-Z. “Vimos que no Brasil esse modelo de operação só foi benéfico para clubes de abrangência local, estadual. Não vejo lógica nem viabilidade para um clube de alcance mundial abdicar de um fornecedor como o atual, para se aventurar com uma marca própria”, avalia

Já Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo acredit que a parceria com Nike era fator atrativo para outros negocios. “O Barcelona tem que ter os melhores fornecedores, e com sua força, moldar a parceria da sua forma, mas deixar que especialistas façam o trabalho. Imagina se uma potência como eles fossem criar uma estrutura para cada oportunidade comercial que a marca Barcelona traz? Seria praticamente impossível, por isso é importante que a instituição entenda a força e capilaridade mundial que tem para obter de seus parceiros o melhor produto e com a maior rentabilidade possível”, afirma.

El Clásico perderia uma das principais características

A dualidade espanhola entre Barcelona e Real Madrid não coloca frente a frente apenas os dois maiores clubes do país. Por muito tempo, foi o confronto que opôs Messi e Cristiano Ronaldo, rivais nas disputas de melhor jogador do mundo. Além disso, era o duelo entre Nike e Adidas em campo.

A assinatura do Real Madrid com a Adidas veio como “resposta” poucos meses depois de o Barcelona ter rompido com a Kappa e assinado com a Nike. Na época, a fornecedora norte-americana colocou holofotes no clube catalão. Um exemplo foi o amistoso do time contra a seleção brasileira, em 1999, no Camp Nou lotado com 80 mil pessoas. A partida foi 2 a 2, com gols de Ronaldo e Rivaldo para a seleção, e de Luis Enrique e Cocu para os espanhóis.

Quando o Real Madrid formou o time “galático”, no começo dos anos 2000, Zidane e Beckham já tinham acordos próprios com a Adidas. Ronaldo, que já tinha deixado o Barcelona, ido para a Inter de Milão e voltado para a Espanha, mas no Real, tinha patrocínio da Nike - mantido até hoje em contrato vitalício assinado em 1994. Ronaldinho Gaúcho é outra estrela que tem patrocínio da Nike. A marca teve influência na ida dele para o Barcelona, quando deixou o PSG.

Em 2016, a Nike firmou com o Barcelona o maior contrato de fornecimento esportivo da época, pagando 105 milhões de euros (R$ 413,77 milhões) na cotação daquele momento. Isso foi feito depois de a marca perder o Manchester United para a empresa rival, que ficou com o segundo maior contrato, de 96 milhões de euros (R$ 378,31 milhões), junto aos ingleses.

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