O velório de Freddy Rincón, ídolo do Corinthians e da seleção colombiana, arrastou uma multidão em Buenaventura, cidade natal do jogador, neste sábado, na Colômbia. Centenas de fãs acompanharam o cortejo do corpo do atleta pelas ruas da maior cidade da zona portuária da Colômbia até o ginásio Roberto Lozano Batalla.
Rincón será velado novamente neste sábado, no Estádio Pascual Guerrero, casa do América de Cali, ao meio-dia (horário de Brasília). Aberto ao público, o velório deve se estender até às 18h, com o enterro marcado para às 20h, no cemitério Metropolitano del Sur. Rincón tinha 55 anos e morreu após acidente de carro em Cali.
Na madrugada de segunda-feira, dia 11, Rincón sofreu um grave acidente de carro. O automóvel em que ele estava bateu violentamente contra um ônibus em um cruzamento de duas avenidas em Cali. Era madrugada. Ele foi socorrido na Clínica Imbanaco com traumatismo craniano e em estado bastante crítico.
O jogador foi submetido a uma cirurgia de quase três horas, mas seu quadro clínico não evoluiu nos dias seguintes. Ele morreu na quinta-feira, dia 14, aos 55 anos, deixando dois filhos. A clínica prestou condolências e reforçou que o povo colombiano iria recordar com alegria da trajetória do jogador, que disputou três Copas do Mundo (1990, 1994 e 1998).
Foi jogando pelo Buenaventura que, aos 19 anos, Rincón chamou a chamar atenção nos gramados. Ele passou ainda pelo Tolima antes de, finalmente, virar jogador profissional e ganhar destaque nacional no Independiente Santa Fe e América de Cali.
Rincón ganhou notoriedade internacional na Copa de 1990, ao marcar o gol de empate da seleção colombiana sobre a Alemanha na primeira fase do Mundial da Itália. Nas Eliminatórias para a Copa dos EUA, em 1994, viveu o auge ao brilhar na goleada por 5 a 0 sobre a Argentina, em Buenos Aires, com direito a dois gols do jogador que atuava como meia-atacante.
Misturando classe com grande força física, foi no futebol brasileiro que Rincón teve maior destaque. Fez parte do esquadrão palmeirense na era Parmalat, em 1994, atuando ao lado de craques como Edmundo, Evair, Edilson e Zinho. Se transferiu para o Real Madrid no ano seguinte, voltando para jogar no time alviverde entre 1996 e 1997.
Ainda no Brasil, Rincón ganhou ainda mais notoriedade em campo depois de sua transferência para o Corinthians. Ao lado de Dida, Gamarra, Vampeta, Marcelinho, Edilson, Ricardinho e Luizão foi bicampeão brasileiro — trajando a braçadeira de capitão. Foi ele o responsável por levantar a taça de campeão do Mundial de Clubes da Fifa de 2000, no Maracanã, após vitória contra o Vasco. O título é um dos mais importantes da história do clube.