A LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, comunicou nesta quinta-feira que encaminhou para as autoridades a sétima denúncia de um episódio de racismo contra Vinícius Júnior. O novo caso, registrado no domingo passado durante o duelo entre Betis e Real Madrid, foi encaminhado à Corte de Instrução de Sevilla. As promessas de parar com a perseguição não têm resultados positivos.
O objetivo é identificar o torcedor que usou a palavra “macaco” para ofender o atacante brasileiro, cena que tem se repetido com frequência em jogos do Real Madrid em estádios adversários. A LaLiga já foi cobrada publicamente por Vini Jr. pela falta de punições a racistas no futebol espanhol. Desde então, passou a se movimentar para coibir casos do tipo e abriu canais diretos para colaboração na identificação dos autores de injúrias raciais nos estádios. Torcedores que tiverem informações podem entrar em contato com a entidade pelo e-mail stopracismo@laliga.es.
Na semana passada, a Comissão Estatal contra Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte da Espanha pediu que um dos autores de insultos racistas contra Vini Jr. seja banido por um ano dos estádios e pague multa de 4 mil euros (R$ 22,1 mil). O indivíduo em questão é torcedor do Mallorca e tem 20 anos, mas não teve a identidade revelada pela comissão.
Além das ofensas direcionadas a Vinícius Júnior, o jovem também é responsável pelo ataque racista a Samuel Chukwueze, meio-campista nigeriano que atua no Villarreal. Ele foi identificado após uma operação comandada pelo diretor de segurança do próprio Mallorca e prestou depoimento à polícia. Os dois casos ocorreram no Estádio Iberostar, onde o Mallorca manda suas partidas.
O Real Valladolid, time que também teve torcedores racistas atacando Vinícius Júnior, comunicou, também na semana passada, que estava trabalhando para definir a punição para um grupo de cerca de dez pessoas identificadas como autoras de insultos ao atacante. Vini Jr não se manifestou.