Vinícius Jr. incentiva a educação no Brasil; veja como funciona o projeto


Trabalho do astro da seleção brasileira e do Real Madrid foi reconhecido internacionalmente, inclusive pela Unesco

Por Rodrigo Almonacid
Atualização:

O avatar inspirado em Vinícius Júnior aponta para o céu para comemorar os “golaços” marcados por Ana Clara e Yuri, estudantes do Ensino Fundamental de uma escola pública em São Gonçalo, onde viveu o atacante brasileiro do Real Madrid. As duas crianças acertaram uma pergunta no aplicativo do Instituto Vini Jr., criado pelo jogador para melhorar o aprendizado na rede pública de educação no Brasil através do futebol e da tecnologia.

O trabalho do astro da seleção brasileira, também voltado para o combate ao racismo - que ele sentiu na própria pele -, foi reconhecido internacionalmente, inclusive pela Unesco. “É um projeto muito especial, ajuda o nosso desenvolvimento nos estudos. Aprendo mais quando uso o aplicativo, porque acaba sendo fácil, é como um jogo”, conta Ana Clara da Silva, uma menina sorridente de 11 anos.

Localizada no Rio de Janeiro, a Escola Municipal Visconde de Sepetiba, onde a jovem estuda, é um dos 10 centros educacionais públicos no país em que o Instituto Vini Jr. adaptou salas de aulas para que crianças entre seis e dez anos possam aprender e se divertir com o aplicativo.

continua após a publicidade
Yuri Rodrigues da Silva é um dos jovens beneficiados pelo projeto social de Vinícius Júnior.  Foto: Daniel Ramalho/AFP

Lançado em 2021, o projeto já beneficiou 4.500 estudantes e 500 professores em quatro estados brasileiros. Até o final de 2024, espera-se que chegue a 30 escolas, a maioria com alunos com recursos econômicos limitados.

Uma ‘partida’ de Matemática

continua após a publicidade

A decoração das salas de aula remete aos estádios de futebol, com grama sintética em vez de azulejos ou tapetes. Nelas, os alunos podem sentar em pufes em formato de bolas de futebol e têm acesso a tablets e celulares.

Sem pretensão de substituir professores ou a educação tradicional, o app foi criado como uma ferramenta para que educadores - a maioria mulheres - reforcem os conteúdos ensinados e acompanhem o progresso dos alunos. Conta com cerca de 2.000 perguntas em disciplinas como Matemática, Português ou Ciências, e permite que cada estudante tenha um nome de usuário, o que facilita no monitoramento de seus resultados.

continua após a publicidade

O nome do aplicativo também remete ao futebol: Base, como é conhecida a categoria de jovens jogadores das equipes brasileiras. Além disso, refere-se ao ano letivo como temporada e às aulas como partidas.

A figura de Vini Jr também está muito presente, seja através de um avatar no app, que comemora acertos e dá recomendações ou oferece conselhos, ou em fotos que decoram as paredes dos estabelecimentos escolares. “A gente usa a ludicidade, a potência do futebol, para trabalhar conteúdos do dia a dia da sala de aula”, conta Victor Oliveira, gerente executivo do Instituto, financiado com recursos do jogador e, recentemente, por patrocinadores.

O app e as salas de aula (chamadas de Centros Tecnológicos) têm ajudado as crianças a se prepararem melhor para provas e a facilitarem o estudo da matemática, segundo medições internas. “Tudo o que a gente aprende na aula, coloca em prática no aplicativo somos mais ligados ao telefone, mas também não somos desligados aos estudos, é bom sim para aprender”, conta o articulado Yuri Rodrigues, de 11 anos.

continua após a publicidade

‘Lutar por todos nós’

Por seu investimento na educação, o atacante foi nomeado embaixador da boa vontade da Unesco em fevereiro deste ano, sendo o segundo jogador brasileiro a receber esta homenagem, depois de Pelé.

Em outubro de 2023 também recebeu o Prêmio Sócrates, uma distinção entregue durante a cerimônia da Bola de Ouro a jogadores comprometidos com ações de mudança social.

continua após a publicidade

Mas o app e os centros tecnológicos não são as únicas cartas transformadoras do aspirante a melhor jogador do mundo, que também é um símbolo da luta contra o racismo, do qual foi vítima diversas vezes na Espanha.

Por meio do Instituto, o destaque do Real Madrid formou no ano passado cerca de 80 professoras com abordagens contra a discriminação racial.

Depois, em novembro, lançou o Manual de Educação Antirracista, de acesso gratuito, com conteúdos teóricos e práticos para o enfrentamento do racismo. “É um manual que trata da realidade brasileira. Fala sobre o bullying, a questão racial, de gênero feminino. As professoras gostaram bastante, as crianças também”, contou Mariana Carlos Alves, de 27 anos.

continua após a publicidade

Professora do colégio em São Gonçalo e participante da elaboração do guia, Alves garante que Vinícius Jr. “inspira” adultos e crianças nesta luta. “Ele é muito importante para cada um de nós”, defende também Ana Clara. “Eu fico muito feliz de ele nunca baixar a cabeça para ninguém. Como ele tem uma voz grande, consegue lutar por todos nós”, acrescenta a jovem.

O avatar inspirado em Vinícius Júnior aponta para o céu para comemorar os “golaços” marcados por Ana Clara e Yuri, estudantes do Ensino Fundamental de uma escola pública em São Gonçalo, onde viveu o atacante brasileiro do Real Madrid. As duas crianças acertaram uma pergunta no aplicativo do Instituto Vini Jr., criado pelo jogador para melhorar o aprendizado na rede pública de educação no Brasil através do futebol e da tecnologia.

O trabalho do astro da seleção brasileira, também voltado para o combate ao racismo - que ele sentiu na própria pele -, foi reconhecido internacionalmente, inclusive pela Unesco. “É um projeto muito especial, ajuda o nosso desenvolvimento nos estudos. Aprendo mais quando uso o aplicativo, porque acaba sendo fácil, é como um jogo”, conta Ana Clara da Silva, uma menina sorridente de 11 anos.

Localizada no Rio de Janeiro, a Escola Municipal Visconde de Sepetiba, onde a jovem estuda, é um dos 10 centros educacionais públicos no país em que o Instituto Vini Jr. adaptou salas de aulas para que crianças entre seis e dez anos possam aprender e se divertir com o aplicativo.

Yuri Rodrigues da Silva é um dos jovens beneficiados pelo projeto social de Vinícius Júnior.  Foto: Daniel Ramalho/AFP

Lançado em 2021, o projeto já beneficiou 4.500 estudantes e 500 professores em quatro estados brasileiros. Até o final de 2024, espera-se que chegue a 30 escolas, a maioria com alunos com recursos econômicos limitados.

Uma ‘partida’ de Matemática

A decoração das salas de aula remete aos estádios de futebol, com grama sintética em vez de azulejos ou tapetes. Nelas, os alunos podem sentar em pufes em formato de bolas de futebol e têm acesso a tablets e celulares.

Sem pretensão de substituir professores ou a educação tradicional, o app foi criado como uma ferramenta para que educadores - a maioria mulheres - reforcem os conteúdos ensinados e acompanhem o progresso dos alunos. Conta com cerca de 2.000 perguntas em disciplinas como Matemática, Português ou Ciências, e permite que cada estudante tenha um nome de usuário, o que facilita no monitoramento de seus resultados.

O nome do aplicativo também remete ao futebol: Base, como é conhecida a categoria de jovens jogadores das equipes brasileiras. Além disso, refere-se ao ano letivo como temporada e às aulas como partidas.

A figura de Vini Jr também está muito presente, seja através de um avatar no app, que comemora acertos e dá recomendações ou oferece conselhos, ou em fotos que decoram as paredes dos estabelecimentos escolares. “A gente usa a ludicidade, a potência do futebol, para trabalhar conteúdos do dia a dia da sala de aula”, conta Victor Oliveira, gerente executivo do Instituto, financiado com recursos do jogador e, recentemente, por patrocinadores.

O app e as salas de aula (chamadas de Centros Tecnológicos) têm ajudado as crianças a se prepararem melhor para provas e a facilitarem o estudo da matemática, segundo medições internas. “Tudo o que a gente aprende na aula, coloca em prática no aplicativo somos mais ligados ao telefone, mas também não somos desligados aos estudos, é bom sim para aprender”, conta o articulado Yuri Rodrigues, de 11 anos.

‘Lutar por todos nós’

Por seu investimento na educação, o atacante foi nomeado embaixador da boa vontade da Unesco em fevereiro deste ano, sendo o segundo jogador brasileiro a receber esta homenagem, depois de Pelé.

Em outubro de 2023 também recebeu o Prêmio Sócrates, uma distinção entregue durante a cerimônia da Bola de Ouro a jogadores comprometidos com ações de mudança social.

Mas o app e os centros tecnológicos não são as únicas cartas transformadoras do aspirante a melhor jogador do mundo, que também é um símbolo da luta contra o racismo, do qual foi vítima diversas vezes na Espanha.

Por meio do Instituto, o destaque do Real Madrid formou no ano passado cerca de 80 professoras com abordagens contra a discriminação racial.

Depois, em novembro, lançou o Manual de Educação Antirracista, de acesso gratuito, com conteúdos teóricos e práticos para o enfrentamento do racismo. “É um manual que trata da realidade brasileira. Fala sobre o bullying, a questão racial, de gênero feminino. As professoras gostaram bastante, as crianças também”, contou Mariana Carlos Alves, de 27 anos.

Professora do colégio em São Gonçalo e participante da elaboração do guia, Alves garante que Vinícius Jr. “inspira” adultos e crianças nesta luta. “Ele é muito importante para cada um de nós”, defende também Ana Clara. “Eu fico muito feliz de ele nunca baixar a cabeça para ninguém. Como ele tem uma voz grande, consegue lutar por todos nós”, acrescenta a jovem.

O avatar inspirado em Vinícius Júnior aponta para o céu para comemorar os “golaços” marcados por Ana Clara e Yuri, estudantes do Ensino Fundamental de uma escola pública em São Gonçalo, onde viveu o atacante brasileiro do Real Madrid. As duas crianças acertaram uma pergunta no aplicativo do Instituto Vini Jr., criado pelo jogador para melhorar o aprendizado na rede pública de educação no Brasil através do futebol e da tecnologia.

O trabalho do astro da seleção brasileira, também voltado para o combate ao racismo - que ele sentiu na própria pele -, foi reconhecido internacionalmente, inclusive pela Unesco. “É um projeto muito especial, ajuda o nosso desenvolvimento nos estudos. Aprendo mais quando uso o aplicativo, porque acaba sendo fácil, é como um jogo”, conta Ana Clara da Silva, uma menina sorridente de 11 anos.

Localizada no Rio de Janeiro, a Escola Municipal Visconde de Sepetiba, onde a jovem estuda, é um dos 10 centros educacionais públicos no país em que o Instituto Vini Jr. adaptou salas de aulas para que crianças entre seis e dez anos possam aprender e se divertir com o aplicativo.

Yuri Rodrigues da Silva é um dos jovens beneficiados pelo projeto social de Vinícius Júnior.  Foto: Daniel Ramalho/AFP

Lançado em 2021, o projeto já beneficiou 4.500 estudantes e 500 professores em quatro estados brasileiros. Até o final de 2024, espera-se que chegue a 30 escolas, a maioria com alunos com recursos econômicos limitados.

Uma ‘partida’ de Matemática

A decoração das salas de aula remete aos estádios de futebol, com grama sintética em vez de azulejos ou tapetes. Nelas, os alunos podem sentar em pufes em formato de bolas de futebol e têm acesso a tablets e celulares.

Sem pretensão de substituir professores ou a educação tradicional, o app foi criado como uma ferramenta para que educadores - a maioria mulheres - reforcem os conteúdos ensinados e acompanhem o progresso dos alunos. Conta com cerca de 2.000 perguntas em disciplinas como Matemática, Português ou Ciências, e permite que cada estudante tenha um nome de usuário, o que facilita no monitoramento de seus resultados.

O nome do aplicativo também remete ao futebol: Base, como é conhecida a categoria de jovens jogadores das equipes brasileiras. Além disso, refere-se ao ano letivo como temporada e às aulas como partidas.

A figura de Vini Jr também está muito presente, seja através de um avatar no app, que comemora acertos e dá recomendações ou oferece conselhos, ou em fotos que decoram as paredes dos estabelecimentos escolares. “A gente usa a ludicidade, a potência do futebol, para trabalhar conteúdos do dia a dia da sala de aula”, conta Victor Oliveira, gerente executivo do Instituto, financiado com recursos do jogador e, recentemente, por patrocinadores.

O app e as salas de aula (chamadas de Centros Tecnológicos) têm ajudado as crianças a se prepararem melhor para provas e a facilitarem o estudo da matemática, segundo medições internas. “Tudo o que a gente aprende na aula, coloca em prática no aplicativo somos mais ligados ao telefone, mas também não somos desligados aos estudos, é bom sim para aprender”, conta o articulado Yuri Rodrigues, de 11 anos.

‘Lutar por todos nós’

Por seu investimento na educação, o atacante foi nomeado embaixador da boa vontade da Unesco em fevereiro deste ano, sendo o segundo jogador brasileiro a receber esta homenagem, depois de Pelé.

Em outubro de 2023 também recebeu o Prêmio Sócrates, uma distinção entregue durante a cerimônia da Bola de Ouro a jogadores comprometidos com ações de mudança social.

Mas o app e os centros tecnológicos não são as únicas cartas transformadoras do aspirante a melhor jogador do mundo, que também é um símbolo da luta contra o racismo, do qual foi vítima diversas vezes na Espanha.

Por meio do Instituto, o destaque do Real Madrid formou no ano passado cerca de 80 professoras com abordagens contra a discriminação racial.

Depois, em novembro, lançou o Manual de Educação Antirracista, de acesso gratuito, com conteúdos teóricos e práticos para o enfrentamento do racismo. “É um manual que trata da realidade brasileira. Fala sobre o bullying, a questão racial, de gênero feminino. As professoras gostaram bastante, as crianças também”, contou Mariana Carlos Alves, de 27 anos.

Professora do colégio em São Gonçalo e participante da elaboração do guia, Alves garante que Vinícius Jr. “inspira” adultos e crianças nesta luta. “Ele é muito importante para cada um de nós”, defende também Ana Clara. “Eu fico muito feliz de ele nunca baixar a cabeça para ninguém. Como ele tem uma voz grande, consegue lutar por todos nós”, acrescenta a jovem.

O avatar inspirado em Vinícius Júnior aponta para o céu para comemorar os “golaços” marcados por Ana Clara e Yuri, estudantes do Ensino Fundamental de uma escola pública em São Gonçalo, onde viveu o atacante brasileiro do Real Madrid. As duas crianças acertaram uma pergunta no aplicativo do Instituto Vini Jr., criado pelo jogador para melhorar o aprendizado na rede pública de educação no Brasil através do futebol e da tecnologia.

O trabalho do astro da seleção brasileira, também voltado para o combate ao racismo - que ele sentiu na própria pele -, foi reconhecido internacionalmente, inclusive pela Unesco. “É um projeto muito especial, ajuda o nosso desenvolvimento nos estudos. Aprendo mais quando uso o aplicativo, porque acaba sendo fácil, é como um jogo”, conta Ana Clara da Silva, uma menina sorridente de 11 anos.

Localizada no Rio de Janeiro, a Escola Municipal Visconde de Sepetiba, onde a jovem estuda, é um dos 10 centros educacionais públicos no país em que o Instituto Vini Jr. adaptou salas de aulas para que crianças entre seis e dez anos possam aprender e se divertir com o aplicativo.

Yuri Rodrigues da Silva é um dos jovens beneficiados pelo projeto social de Vinícius Júnior.  Foto: Daniel Ramalho/AFP

Lançado em 2021, o projeto já beneficiou 4.500 estudantes e 500 professores em quatro estados brasileiros. Até o final de 2024, espera-se que chegue a 30 escolas, a maioria com alunos com recursos econômicos limitados.

Uma ‘partida’ de Matemática

A decoração das salas de aula remete aos estádios de futebol, com grama sintética em vez de azulejos ou tapetes. Nelas, os alunos podem sentar em pufes em formato de bolas de futebol e têm acesso a tablets e celulares.

Sem pretensão de substituir professores ou a educação tradicional, o app foi criado como uma ferramenta para que educadores - a maioria mulheres - reforcem os conteúdos ensinados e acompanhem o progresso dos alunos. Conta com cerca de 2.000 perguntas em disciplinas como Matemática, Português ou Ciências, e permite que cada estudante tenha um nome de usuário, o que facilita no monitoramento de seus resultados.

O nome do aplicativo também remete ao futebol: Base, como é conhecida a categoria de jovens jogadores das equipes brasileiras. Além disso, refere-se ao ano letivo como temporada e às aulas como partidas.

A figura de Vini Jr também está muito presente, seja através de um avatar no app, que comemora acertos e dá recomendações ou oferece conselhos, ou em fotos que decoram as paredes dos estabelecimentos escolares. “A gente usa a ludicidade, a potência do futebol, para trabalhar conteúdos do dia a dia da sala de aula”, conta Victor Oliveira, gerente executivo do Instituto, financiado com recursos do jogador e, recentemente, por patrocinadores.

O app e as salas de aula (chamadas de Centros Tecnológicos) têm ajudado as crianças a se prepararem melhor para provas e a facilitarem o estudo da matemática, segundo medições internas. “Tudo o que a gente aprende na aula, coloca em prática no aplicativo somos mais ligados ao telefone, mas também não somos desligados aos estudos, é bom sim para aprender”, conta o articulado Yuri Rodrigues, de 11 anos.

‘Lutar por todos nós’

Por seu investimento na educação, o atacante foi nomeado embaixador da boa vontade da Unesco em fevereiro deste ano, sendo o segundo jogador brasileiro a receber esta homenagem, depois de Pelé.

Em outubro de 2023 também recebeu o Prêmio Sócrates, uma distinção entregue durante a cerimônia da Bola de Ouro a jogadores comprometidos com ações de mudança social.

Mas o app e os centros tecnológicos não são as únicas cartas transformadoras do aspirante a melhor jogador do mundo, que também é um símbolo da luta contra o racismo, do qual foi vítima diversas vezes na Espanha.

Por meio do Instituto, o destaque do Real Madrid formou no ano passado cerca de 80 professoras com abordagens contra a discriminação racial.

Depois, em novembro, lançou o Manual de Educação Antirracista, de acesso gratuito, com conteúdos teóricos e práticos para o enfrentamento do racismo. “É um manual que trata da realidade brasileira. Fala sobre o bullying, a questão racial, de gênero feminino. As professoras gostaram bastante, as crianças também”, contou Mariana Carlos Alves, de 27 anos.

Professora do colégio em São Gonçalo e participante da elaboração do guia, Alves garante que Vinícius Jr. “inspira” adultos e crianças nesta luta. “Ele é muito importante para cada um de nós”, defende também Ana Clara. “Eu fico muito feliz de ele nunca baixar a cabeça para ninguém. Como ele tem uma voz grande, consegue lutar por todos nós”, acrescenta a jovem.

O avatar inspirado em Vinícius Júnior aponta para o céu para comemorar os “golaços” marcados por Ana Clara e Yuri, estudantes do Ensino Fundamental de uma escola pública em São Gonçalo, onde viveu o atacante brasileiro do Real Madrid. As duas crianças acertaram uma pergunta no aplicativo do Instituto Vini Jr., criado pelo jogador para melhorar o aprendizado na rede pública de educação no Brasil através do futebol e da tecnologia.

O trabalho do astro da seleção brasileira, também voltado para o combate ao racismo - que ele sentiu na própria pele -, foi reconhecido internacionalmente, inclusive pela Unesco. “É um projeto muito especial, ajuda o nosso desenvolvimento nos estudos. Aprendo mais quando uso o aplicativo, porque acaba sendo fácil, é como um jogo”, conta Ana Clara da Silva, uma menina sorridente de 11 anos.

Localizada no Rio de Janeiro, a Escola Municipal Visconde de Sepetiba, onde a jovem estuda, é um dos 10 centros educacionais públicos no país em que o Instituto Vini Jr. adaptou salas de aulas para que crianças entre seis e dez anos possam aprender e se divertir com o aplicativo.

Yuri Rodrigues da Silva é um dos jovens beneficiados pelo projeto social de Vinícius Júnior.  Foto: Daniel Ramalho/AFP

Lançado em 2021, o projeto já beneficiou 4.500 estudantes e 500 professores em quatro estados brasileiros. Até o final de 2024, espera-se que chegue a 30 escolas, a maioria com alunos com recursos econômicos limitados.

Uma ‘partida’ de Matemática

A decoração das salas de aula remete aos estádios de futebol, com grama sintética em vez de azulejos ou tapetes. Nelas, os alunos podem sentar em pufes em formato de bolas de futebol e têm acesso a tablets e celulares.

Sem pretensão de substituir professores ou a educação tradicional, o app foi criado como uma ferramenta para que educadores - a maioria mulheres - reforcem os conteúdos ensinados e acompanhem o progresso dos alunos. Conta com cerca de 2.000 perguntas em disciplinas como Matemática, Português ou Ciências, e permite que cada estudante tenha um nome de usuário, o que facilita no monitoramento de seus resultados.

O nome do aplicativo também remete ao futebol: Base, como é conhecida a categoria de jovens jogadores das equipes brasileiras. Além disso, refere-se ao ano letivo como temporada e às aulas como partidas.

A figura de Vini Jr também está muito presente, seja através de um avatar no app, que comemora acertos e dá recomendações ou oferece conselhos, ou em fotos que decoram as paredes dos estabelecimentos escolares. “A gente usa a ludicidade, a potência do futebol, para trabalhar conteúdos do dia a dia da sala de aula”, conta Victor Oliveira, gerente executivo do Instituto, financiado com recursos do jogador e, recentemente, por patrocinadores.

O app e as salas de aula (chamadas de Centros Tecnológicos) têm ajudado as crianças a se prepararem melhor para provas e a facilitarem o estudo da matemática, segundo medições internas. “Tudo o que a gente aprende na aula, coloca em prática no aplicativo somos mais ligados ao telefone, mas também não somos desligados aos estudos, é bom sim para aprender”, conta o articulado Yuri Rodrigues, de 11 anos.

‘Lutar por todos nós’

Por seu investimento na educação, o atacante foi nomeado embaixador da boa vontade da Unesco em fevereiro deste ano, sendo o segundo jogador brasileiro a receber esta homenagem, depois de Pelé.

Em outubro de 2023 também recebeu o Prêmio Sócrates, uma distinção entregue durante a cerimônia da Bola de Ouro a jogadores comprometidos com ações de mudança social.

Mas o app e os centros tecnológicos não são as únicas cartas transformadoras do aspirante a melhor jogador do mundo, que também é um símbolo da luta contra o racismo, do qual foi vítima diversas vezes na Espanha.

Por meio do Instituto, o destaque do Real Madrid formou no ano passado cerca de 80 professoras com abordagens contra a discriminação racial.

Depois, em novembro, lançou o Manual de Educação Antirracista, de acesso gratuito, com conteúdos teóricos e práticos para o enfrentamento do racismo. “É um manual que trata da realidade brasileira. Fala sobre o bullying, a questão racial, de gênero feminino. As professoras gostaram bastante, as crianças também”, contou Mariana Carlos Alves, de 27 anos.

Professora do colégio em São Gonçalo e participante da elaboração do guia, Alves garante que Vinícius Jr. “inspira” adultos e crianças nesta luta. “Ele é muito importante para cada um de nós”, defende também Ana Clara. “Eu fico muito feliz de ele nunca baixar a cabeça para ninguém. Como ele tem uma voz grande, consegue lutar por todos nós”, acrescenta a jovem.

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.