Vini Jr. recebe apoio do Real Madrid em jogo com Rayo Vallecano após ser alvo de insultos racistas


Mensagens contra o racismo foram exibidas em faixas antes da partida; brasileiro é reverenciado pelos madridistas em cartazes e aplaudido no minuto 20, em referência à sua camisa

Por Redação
Atualização:

Três dias após ser alvo de insultos racistas, Vinícius Júnior recebeu amplo apoio do Real Madrid e de sua torcida nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, na partida contra o Rayo Vallecano, pela 36ª rodada do Campeonato Espanhol. Mensagens contra o racismo foram exibidas em faixas antes da partida e o brasileiro foi reverenciado pelos madridistas em cartazes. Fora da partida, o atacante da seleção brasileira acompanhou a manifestação do gramado antes de subir para as tribunas, onde assistiu a partida ao lado do presidente Florentino Pérez.

Faixa com a mensagem 'Somo todo Vinícius, basta já' estendida pela torcida do Real Madrid.  Foto: JAVIER SORIANO / AFP

Quando as equipes subiram ao campo de jogo, a torcida do Real Madrid estendeu uma grande faixa com a mensagem “Somos todos Vinícius. Basta já” atrás de um dos gols do estádio. Os jogadores de ambos os times, por sua vez, posaram para a foto oficial da partida com uma outra faixa, com a frase “racistas fora do futebol”, estampado com os símbolos da LaLiga (organizadora do Campeonato Espanhol) e da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

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Todos os jogadores do Real relacionados para a partida subiram ao gramado vestindo a camisa 20, usada por Vini Jr. no time espanhol. No vigésimo minuto do primeiro tempo, o estádio aplaudiu o brasileiro, que se levantou para agradecer o apoio da torcida. Diversos cartazes saudando o atleta puderam ser vistos no estádio.

Jogadores do Real Madrid entraram em campo vestindo o número 20 de Vini Jr.  Foto: JAVIER SORIANO / AFP
Torcedores levaram cartazes para homenagear Vini Jr.  Foto: Violeta Santos Moura/Reuters
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Vini estava liberado para atuar, após a RFEF anular o cartão vermelho que ele recebeu no domingo. Mesmo assim, o técnico Carlo Ancelotti decidiu preservar o atleta. O atacante foi poupado porque não chegou a treinar para a partida. O brasileiro treinou na segunda no CT do clube, mas não foi a campo. Ancelotti explicou que ele vinha reclamando de dores no joelho.

A ideia do presidente de Florentino Pérez é usar a partida desta quarta como uma oportunidade para honrar o legado do atacante na Espanha. Em cinco temporadas no clube espanhol, Vini Jr. acumula conquistou duas vezes o Campeonato Espanhol e a Supercopa da Espanha, além de uma Copa do Rei, uma Champions League, uma Supercopa da Uefa e dois Mundiais da Fifa. No final do ano passado, ele ficou em oitavo na votação da Bola de Ouro, sendo o brasileiro mais bem colocado da lista publicada pela revista France Football.

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Real Madrid confirma vaga na Champions League

O Real Madrid derrotou o Rayo Vallecano por 2 a 1 e assegurou matematicamente a classificação para a Champions League da próxima temporada. O brasileiro Rodrygo anotou o segundo gol dos anfitriões, no estádio Santiago Bernabéu.

O técnico Carlo Ancelotti escalou o ataque madrilenho com Benzema, Rodrygo e Valverde. Mas o trio demorou a funcionar. O Real desencantou aos 30, logo em uma de suas primeiras investidas. No lance, Benzema entrou na área, driblou o goleiro e mandou para o gol, quase sem ângulo. Os jogadores do Rayo reclamaram porque a jogada começou em lance de bola ao chão, por intervenção do juiz. E a jogada resultou em passes rápidos até Benzema surpreender a defesa dos visitantes em situação clara de gol.

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O segundo tempo contou com lances de perigo dos dois lados. O Rayo, cada vez mais solto no ataque, buscou o empate aos 38 minutos, com gol de Raul de Tomas. Mas Rodrygo tratou de garantir a vitória dos anfitriões, aos 43, ao receber belo passe de Ceballos, em finalização da entrada da área.

Com o resultado, o Real retomou a liderança provisória da tabela, com 74 pontos, apenas dois acima do Atlético de Madrid, que ainda jogará nesta quarta. O Barcelona, líder e campeão por antecipação, soma 85. O Rayo Vallecano ocupa o 11º lugar, com 46 pontos.

Entenda o caso

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Vini Jr. foi chamado de “mono” (“macaco”, em Espanhol) pela torcida do Valencia aos 27 minutos do segundo tempo da partida realizada no dia 21 de maio, pelo Campeonato Espanhol. O brasileiro reclamou com o árbitro Ricardo de Burgos Bengoechea e o jogo foi paralisado por nove minutos. O confronto seguiu com o brasileiro revoltado e desestabilizado pelos rivais em campo.

Na reta final da partida, o brasileiro se desentendeu com o goleiro Giorgi Mamardashvili e acabou expulso por acertar a mão no rosto do atacante Hugo Duro, mesmo tendo levado um mata-leão do jogador adversário, que não foi focado pelo VAR. Ao deixar o gramado, o atacante fez um “dois” com os dedos, em referência à luta do time contra a queda para a Série B.

O incidente teve repercussão mundial após Vini Jr. criticar a LaLiga (organizadora do Campeonato Espanhol) pela falta de ações no combate ao racismo. O episódio gerou revolta no Real Madrid, cujo técnico Carlo Ancelotti dedicou sua entrevista coletiva inteira para falar sobre o caso de racismo ao fim da partida. A polêmica aumentou em seguida quando o presidente da LaLiga, Javier Tebas, criticou Vinicius por ter reclamado da postura da entidade diante dos casos de racismo.

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Vini Jr. é sistematicamente perseguido por jogadores e torcedores adversário há pelo menos duas temporadas. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de “macaco” por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano. “Não foi a primeira vez nem a segunda nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas”, afirmou o atleta em seu perfil no Twitter.

O brasileiro ainda alertou para a imagem que a Espanha passa para o exterior ao permitir que tais ataques aconteçam na maior competição esportiva da nação. “Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas.”

O Valencia não poderá receber torcedores no setor “Mario Kempes” do estádio Mestalla, de onde partiram os insultos racistas a Vini, por cinco jogos. Há ainda multa de 45 mil euros, cerca de R$ 241 mil. A direção do clube considera que a pena é injusta porque está colaborando com as autoridades na identificação dos torcedores que ofenderam o jogador brasileiro e indicou já ter banido alguns fãs do seu estádio.

Três dias após ser alvo de insultos racistas, Vinícius Júnior recebeu amplo apoio do Real Madrid e de sua torcida nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, na partida contra o Rayo Vallecano, pela 36ª rodada do Campeonato Espanhol. Mensagens contra o racismo foram exibidas em faixas antes da partida e o brasileiro foi reverenciado pelos madridistas em cartazes. Fora da partida, o atacante da seleção brasileira acompanhou a manifestação do gramado antes de subir para as tribunas, onde assistiu a partida ao lado do presidente Florentino Pérez.

Faixa com a mensagem 'Somo todo Vinícius, basta já' estendida pela torcida do Real Madrid.  Foto: JAVIER SORIANO / AFP

Quando as equipes subiram ao campo de jogo, a torcida do Real Madrid estendeu uma grande faixa com a mensagem “Somos todos Vinícius. Basta já” atrás de um dos gols do estádio. Os jogadores de ambos os times, por sua vez, posaram para a foto oficial da partida com uma outra faixa, com a frase “racistas fora do futebol”, estampado com os símbolos da LaLiga (organizadora do Campeonato Espanhol) e da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

Todos os jogadores do Real relacionados para a partida subiram ao gramado vestindo a camisa 20, usada por Vini Jr. no time espanhol. No vigésimo minuto do primeiro tempo, o estádio aplaudiu o brasileiro, que se levantou para agradecer o apoio da torcida. Diversos cartazes saudando o atleta puderam ser vistos no estádio.

Jogadores do Real Madrid entraram em campo vestindo o número 20 de Vini Jr.  Foto: JAVIER SORIANO / AFP
Torcedores levaram cartazes para homenagear Vini Jr.  Foto: Violeta Santos Moura/Reuters

Vini estava liberado para atuar, após a RFEF anular o cartão vermelho que ele recebeu no domingo. Mesmo assim, o técnico Carlo Ancelotti decidiu preservar o atleta. O atacante foi poupado porque não chegou a treinar para a partida. O brasileiro treinou na segunda no CT do clube, mas não foi a campo. Ancelotti explicou que ele vinha reclamando de dores no joelho.

A ideia do presidente de Florentino Pérez é usar a partida desta quarta como uma oportunidade para honrar o legado do atacante na Espanha. Em cinco temporadas no clube espanhol, Vini Jr. acumula conquistou duas vezes o Campeonato Espanhol e a Supercopa da Espanha, além de uma Copa do Rei, uma Champions League, uma Supercopa da Uefa e dois Mundiais da Fifa. No final do ano passado, ele ficou em oitavo na votação da Bola de Ouro, sendo o brasileiro mais bem colocado da lista publicada pela revista France Football.

Real Madrid confirma vaga na Champions League

O Real Madrid derrotou o Rayo Vallecano por 2 a 1 e assegurou matematicamente a classificação para a Champions League da próxima temporada. O brasileiro Rodrygo anotou o segundo gol dos anfitriões, no estádio Santiago Bernabéu.

O técnico Carlo Ancelotti escalou o ataque madrilenho com Benzema, Rodrygo e Valverde. Mas o trio demorou a funcionar. O Real desencantou aos 30, logo em uma de suas primeiras investidas. No lance, Benzema entrou na área, driblou o goleiro e mandou para o gol, quase sem ângulo. Os jogadores do Rayo reclamaram porque a jogada começou em lance de bola ao chão, por intervenção do juiz. E a jogada resultou em passes rápidos até Benzema surpreender a defesa dos visitantes em situação clara de gol.

O segundo tempo contou com lances de perigo dos dois lados. O Rayo, cada vez mais solto no ataque, buscou o empate aos 38 minutos, com gol de Raul de Tomas. Mas Rodrygo tratou de garantir a vitória dos anfitriões, aos 43, ao receber belo passe de Ceballos, em finalização da entrada da área.

Com o resultado, o Real retomou a liderança provisória da tabela, com 74 pontos, apenas dois acima do Atlético de Madrid, que ainda jogará nesta quarta. O Barcelona, líder e campeão por antecipação, soma 85. O Rayo Vallecano ocupa o 11º lugar, com 46 pontos.

Entenda o caso

Vini Jr. foi chamado de “mono” (“macaco”, em Espanhol) pela torcida do Valencia aos 27 minutos do segundo tempo da partida realizada no dia 21 de maio, pelo Campeonato Espanhol. O brasileiro reclamou com o árbitro Ricardo de Burgos Bengoechea e o jogo foi paralisado por nove minutos. O confronto seguiu com o brasileiro revoltado e desestabilizado pelos rivais em campo.

Na reta final da partida, o brasileiro se desentendeu com o goleiro Giorgi Mamardashvili e acabou expulso por acertar a mão no rosto do atacante Hugo Duro, mesmo tendo levado um mata-leão do jogador adversário, que não foi focado pelo VAR. Ao deixar o gramado, o atacante fez um “dois” com os dedos, em referência à luta do time contra a queda para a Série B.

O incidente teve repercussão mundial após Vini Jr. criticar a LaLiga (organizadora do Campeonato Espanhol) pela falta de ações no combate ao racismo. O episódio gerou revolta no Real Madrid, cujo técnico Carlo Ancelotti dedicou sua entrevista coletiva inteira para falar sobre o caso de racismo ao fim da partida. A polêmica aumentou em seguida quando o presidente da LaLiga, Javier Tebas, criticou Vinicius por ter reclamado da postura da entidade diante dos casos de racismo.

Vini Jr. é sistematicamente perseguido por jogadores e torcedores adversário há pelo menos duas temporadas. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de “macaco” por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano. “Não foi a primeira vez nem a segunda nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas”, afirmou o atleta em seu perfil no Twitter.

O brasileiro ainda alertou para a imagem que a Espanha passa para o exterior ao permitir que tais ataques aconteçam na maior competição esportiva da nação. “Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas.”

O Valencia não poderá receber torcedores no setor “Mario Kempes” do estádio Mestalla, de onde partiram os insultos racistas a Vini, por cinco jogos. Há ainda multa de 45 mil euros, cerca de R$ 241 mil. A direção do clube considera que a pena é injusta porque está colaborando com as autoridades na identificação dos torcedores que ofenderam o jogador brasileiro e indicou já ter banido alguns fãs do seu estádio.

Três dias após ser alvo de insultos racistas, Vinícius Júnior recebeu amplo apoio do Real Madrid e de sua torcida nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, na partida contra o Rayo Vallecano, pela 36ª rodada do Campeonato Espanhol. Mensagens contra o racismo foram exibidas em faixas antes da partida e o brasileiro foi reverenciado pelos madridistas em cartazes. Fora da partida, o atacante da seleção brasileira acompanhou a manifestação do gramado antes de subir para as tribunas, onde assistiu a partida ao lado do presidente Florentino Pérez.

Faixa com a mensagem 'Somo todo Vinícius, basta já' estendida pela torcida do Real Madrid.  Foto: JAVIER SORIANO / AFP

Quando as equipes subiram ao campo de jogo, a torcida do Real Madrid estendeu uma grande faixa com a mensagem “Somos todos Vinícius. Basta já” atrás de um dos gols do estádio. Os jogadores de ambos os times, por sua vez, posaram para a foto oficial da partida com uma outra faixa, com a frase “racistas fora do futebol”, estampado com os símbolos da LaLiga (organizadora do Campeonato Espanhol) e da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

Todos os jogadores do Real relacionados para a partida subiram ao gramado vestindo a camisa 20, usada por Vini Jr. no time espanhol. No vigésimo minuto do primeiro tempo, o estádio aplaudiu o brasileiro, que se levantou para agradecer o apoio da torcida. Diversos cartazes saudando o atleta puderam ser vistos no estádio.

Jogadores do Real Madrid entraram em campo vestindo o número 20 de Vini Jr.  Foto: JAVIER SORIANO / AFP
Torcedores levaram cartazes para homenagear Vini Jr.  Foto: Violeta Santos Moura/Reuters

Vini estava liberado para atuar, após a RFEF anular o cartão vermelho que ele recebeu no domingo. Mesmo assim, o técnico Carlo Ancelotti decidiu preservar o atleta. O atacante foi poupado porque não chegou a treinar para a partida. O brasileiro treinou na segunda no CT do clube, mas não foi a campo. Ancelotti explicou que ele vinha reclamando de dores no joelho.

A ideia do presidente de Florentino Pérez é usar a partida desta quarta como uma oportunidade para honrar o legado do atacante na Espanha. Em cinco temporadas no clube espanhol, Vini Jr. acumula conquistou duas vezes o Campeonato Espanhol e a Supercopa da Espanha, além de uma Copa do Rei, uma Champions League, uma Supercopa da Uefa e dois Mundiais da Fifa. No final do ano passado, ele ficou em oitavo na votação da Bola de Ouro, sendo o brasileiro mais bem colocado da lista publicada pela revista France Football.

Real Madrid confirma vaga na Champions League

O Real Madrid derrotou o Rayo Vallecano por 2 a 1 e assegurou matematicamente a classificação para a Champions League da próxima temporada. O brasileiro Rodrygo anotou o segundo gol dos anfitriões, no estádio Santiago Bernabéu.

O técnico Carlo Ancelotti escalou o ataque madrilenho com Benzema, Rodrygo e Valverde. Mas o trio demorou a funcionar. O Real desencantou aos 30, logo em uma de suas primeiras investidas. No lance, Benzema entrou na área, driblou o goleiro e mandou para o gol, quase sem ângulo. Os jogadores do Rayo reclamaram porque a jogada começou em lance de bola ao chão, por intervenção do juiz. E a jogada resultou em passes rápidos até Benzema surpreender a defesa dos visitantes em situação clara de gol.

O segundo tempo contou com lances de perigo dos dois lados. O Rayo, cada vez mais solto no ataque, buscou o empate aos 38 minutos, com gol de Raul de Tomas. Mas Rodrygo tratou de garantir a vitória dos anfitriões, aos 43, ao receber belo passe de Ceballos, em finalização da entrada da área.

Com o resultado, o Real retomou a liderança provisória da tabela, com 74 pontos, apenas dois acima do Atlético de Madrid, que ainda jogará nesta quarta. O Barcelona, líder e campeão por antecipação, soma 85. O Rayo Vallecano ocupa o 11º lugar, com 46 pontos.

Entenda o caso

Vini Jr. foi chamado de “mono” (“macaco”, em Espanhol) pela torcida do Valencia aos 27 minutos do segundo tempo da partida realizada no dia 21 de maio, pelo Campeonato Espanhol. O brasileiro reclamou com o árbitro Ricardo de Burgos Bengoechea e o jogo foi paralisado por nove minutos. O confronto seguiu com o brasileiro revoltado e desestabilizado pelos rivais em campo.

Na reta final da partida, o brasileiro se desentendeu com o goleiro Giorgi Mamardashvili e acabou expulso por acertar a mão no rosto do atacante Hugo Duro, mesmo tendo levado um mata-leão do jogador adversário, que não foi focado pelo VAR. Ao deixar o gramado, o atacante fez um “dois” com os dedos, em referência à luta do time contra a queda para a Série B.

O incidente teve repercussão mundial após Vini Jr. criticar a LaLiga (organizadora do Campeonato Espanhol) pela falta de ações no combate ao racismo. O episódio gerou revolta no Real Madrid, cujo técnico Carlo Ancelotti dedicou sua entrevista coletiva inteira para falar sobre o caso de racismo ao fim da partida. A polêmica aumentou em seguida quando o presidente da LaLiga, Javier Tebas, criticou Vinicius por ter reclamado da postura da entidade diante dos casos de racismo.

Vini Jr. é sistematicamente perseguido por jogadores e torcedores adversário há pelo menos duas temporadas. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de “macaco” por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano. “Não foi a primeira vez nem a segunda nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas”, afirmou o atleta em seu perfil no Twitter.

O brasileiro ainda alertou para a imagem que a Espanha passa para o exterior ao permitir que tais ataques aconteçam na maior competição esportiva da nação. “Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas.”

O Valencia não poderá receber torcedores no setor “Mario Kempes” do estádio Mestalla, de onde partiram os insultos racistas a Vini, por cinco jogos. Há ainda multa de 45 mil euros, cerca de R$ 241 mil. A direção do clube considera que a pena é injusta porque está colaborando com as autoridades na identificação dos torcedores que ofenderam o jogador brasileiro e indicou já ter banido alguns fãs do seu estádio.

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