O Corinthians comunicou a morte do ex-presidente e conselheiro vitalício Waldemar Pires, ocorrida neste sábado, aos 88 anos, em São Paulo. O dirigente esteve à frente do clube entre 1981 e 1985, período em que o time paulista ficou conhecido pela “democracia corintiana”, durante a Ditadura Militar no Brasil, por submeter ao voto dos jogadores e funcionários todas as decisões internas.
“Foi sob sua gestão e com seu pleno apoio que o movimento, idealizado pelo então vice-presidente de Futebol, Adilson Monteiro Alves, e pelos craques Sócrates, Wladimir e Walter Casagrande, marcou a história do nosso País”, publicou o Corinthians nas redes sociais.
Segundo o clube de Parque São Jorge, Waldemar tornou-se associado em 1966. Enquanto esteve na presidência do Corinthians, a equipe conquistou o bicampeonato paulista de 1982 e 1983. Ele deixa a viúva, Neide, três filhos e netos. Sua administração é considerada uma das mais modernas e importantes da história do futebol brasileiro por causa menos das conquistas em campo e mais pela liberdade no vestiário, com os atletas de unindo pela ‘democracia corintiana’, mas de olho mesmo na democracia do Brasil, com a participação de atletas em comícios e eventos políticos.
Ainda de acordo com o Corinthians, o velório de Waldemar Pires será realizado no Cemitério do Morumbi, neste domingo, das 8h às 10h30. Em seguida, familiares e amigos dão seu último adeus ao dirigente no mesmo local. “A todos os familiares e amigos, o Corinthians deseja paz e muita força neste momento de luto e profunda dor”, escreveu o clube. O Corinthians encara o Santos neste sábado, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro, às 19h.