ENVIADO ESPECIAL A DOHA - Os suíços não esquecem Rostov, a cidade no sul da Rússia onde enfrentaram a seleção brasileira na última Copa do Mundo: e conseguiram empatar uma partida equilibrada. Acham que com a alma mais leve, sem ter que enfrentar um jogo de vida ou morte, no mínimo, podem repetir a dose. Se isso ocorrer, eles, praticamente, se garantem nas oitavas de final. E tudo isso graças à vitória por 1 a 0, contra Camarões, no estádio Al-Janoub.
“Esta vitória na nossa estreia permite que nossa equipe encare com menos tensão para o próximo jogo, contra o Brasil”, diz o meia Xhaka. “Sem estar sob pressão ficará mais fácil para mantermos um bom posicionamento em campo e não cometer erros.”
Mas, se o resultado na estreia foi positivo, o desempenho, segundo os jogadores suíços, poderia ser melhor. “Nossa equipe não entrou bem no jogo”, diz o atacante Fabian Frei. “No primeiro tempo, Camarões criou várias chances de gol e só não fomos derrotados, para o intervalo, porque nosso goleiro defendeu bolas muito difíceis.” Não por acaso, Sommer, o autor de alguns milagres foi eleito o melhor em campo.
Para o zagueiro Zakaria, nascido em Camarões, o fato de Embolo não ter comemorado gol da Suíça, aconteceu por uma questão de respeito. “Assim como eu, ele decidiu defender a camisa da Suíça. Mas, sabe que muita gente no país em que nasceu ficou chateada”, diz Zakaria.
Mesmo sem festa, para ele o que importa é que esse gol foi a chave para desbloquear um jogo bastante complicado. Talvez, também, para não ferir suscetibilidades, entre os jornalistas camaroneses, o herói do jogo decidiu, também, não passar pelos microfones, câmeras e gravadores na área de entrevistas do estádio Al-Janoub