Young Boys superou Guerras Mundiais e viveu era de ouro nos anos 50; conheça o algoz do United


Fundado em 1898, clube de Berna é surpresa no Grupo F da Liga dos Campeões, chave que conta com a equipe de Cristiano Ronaldo, Atalanta e Villarreal, atual vencedor da Europa League

Por Rafael Sant'Ana Ferreira

O Young Boys, da Suíça, surpreendeu a todos na estreia da Liga dos Campeões da Europa ao vencer o poderoso Manchester United de Cristiano Ronaldo por 2 a 1. Dono de 15 títulos nacionais, o clube baseado na capital Berna viveu altos e baixos em seus 123 anos de existência. Nesta semana, o adversário na segunda rodada europeia é a Atalanta. Se ganhar, o atual campeão suíço mantém a liderança do Grupo F, que também conta com o Villarreal, último campeão da Liga Europa, e segue sonhando em chegar às oitavas de final do principal torneio do continente.

Fundado em 1898, o Young Boys nasceu com este nome como uma brincadeira com o Old Boys, clube da Basiléia. Seu verdadeiro rival era o FC Bern, o outro clube da cidade. Em pouco tempo, a equipe começou a se destacar e, cinco anos após sua fundação, venceu seu primeiro título nacional. O sucesso não persistiu nas temporadas seguintes, mas ao menos uma posição entre os três melhores era garantida. No começo de sua história, o Young Boys ficou famoso entre os torcedores pela administração de energia que os jogadores apresentavam em campo. Enquanto os adversários se cansavam aos 75 minutos, a equipe amarela e preta se guardava durante a partida e definia o resultado apenas no fim dos 90 minutos. O fenômeno ficou conhecido como "os 15 minutos do Young Boys".

Young Boys superou o Manchester United com gol nos acréscimos na estreia da Liga dos Campeões da Europa. Foto: Arnd Wiegmann/Reuters
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Até 1913, o clube não tinha técnico. O primeiro a assumir a função foi o inglês Reynold Williams. Pouco depois, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiu e o Spitalacker-Platz, estádio do Young Boys, precisou ser convertido em um campo de cultivo de batata. Apesar das dificuldades para se realocar, a equipe conseguiu se adaptar e voltou a vencer o Campeonato Suíço em 1920.

Foi nesta década que o clube passou por mudanças e se modernizou. Além de alterar seu nome de FC Young Boys para Berner Sport Club Young Boys, ele se mudou para o Estádio Wankdorf, um complexo de esportes grande e moderno, dividido entre os então bicampeões nacionais, o Servette Geneva e o Old Boys. Anos depois, o estádio chegou a ser expandido de 30 mil para 42 mil espectadores. No entanto, o Young Boys sofreu as consequências da crise econômica mundial e da Segunda Guerra Mundial, e por isso, considerou vendê-lo. Apenas em 1943, graças a uma redução dos débitos e da ajuda da cidade de Berna, as contas do clube foram revitalizadas.

Durante o período da Guerra, o time levantou duas taças de copa, mas foi entre 1951 e 1964 que o Young Boys viveu seu período de ouro. Sob o comando do alemão Albert Sing, o clube teve a oportunidade de fazer partidas amistosas na América do Norte e ainda brilhou no cenário europeu. Porém, antes de chegar longe na Copa Europeia, torneio que antecedeu a Liga dos Campeões da Europa, a equipe precisou superar um conflito político entre Suíça e Hungria. 

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Albert Sing, o responsável pela 'era de ouro' do Young Boys nas décadas de 50 e 60. Foto: Divulgação/Federação Alemã de Futebol

Após ser sorteado para enfrentar o Vasas Budapest, time do Ministro do Interior húngaro, políticos suíços ordenaram que nenhum clube do país deveria ter contato com o rival de Budapeste, especialmente na capital Berna. A partida precisou ser disputada no Estádio Charmilles, em Geneva, e o resultado final favoreceu o Vasas, que se classificou com um 3 a 2 no agregado. Apesar do revés, o destino sorriu para o Young Boys em 1959.

Em um abarrotado Estádio Wankdorf, o clube amarelo e preto venceu o Stade de Reims por 1 a 0 no jogo de ida da semifinal da Copa Europeia. Até hoje, o confronto que terminou com gol de Geni Meier é lembrado pelos torcedores. Na volta, realizada no Parque dos Príncipes, os franceses foram melhores e se garantiram na final com uma vitória por 3 a 0. Mesmo não chegando à final, o Young Boys registrou a melhor campanha de um time suíço em um torneio europeu, desempenho até hoje não superado.

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As décadas seguintes foram marcadas por muitos altos e baixos. O clube demorou 26 anos para ganhar outro título de liga e, depois disso, teve poucos momentos de destaque. No começo dos anos 2000, a equipe se mudou para o Neufeldstadion, mas, em 2005, voltou a jogar em um versão reformada do Estádio Wankdorf. Foi nele que, após ver o Basel conquistar o Campeonato Suíço oito vezes consecutivas, o Young Boys quebrou uma sequência de mais de três décadas e voltou a vencer a competição em 2018. Já são quatro títulos seguidos para o time hoje comandado pelo americano David Wagner. Na temporada atual, os suíços vêm logo atrás do Basel na classificação, com 14 pontos.

Olhando para o elenco atual, é difícil de reconhecer algum nome famoso. Mas contra o Manchester United, isso pouco importou. Por mais de 65 minutos, o time jogou com um a mais por conta da expulsão do lateral Wan-Bissaka. O camaronês Ngamaleu foi o autor do gol de empate que impulsionou o Young Boys à vitória nos acréscimos da etapa final. Lingard errou na saída de bola, e o americano Jordan Pefok aproveitou o erro para tirar de De Gea e definir a partida. Antes de chegar à fase de grupos, o Young Boys precisou deixar para trás Slovan Bratislava, da Eslováquia, CFR Cluj, da Romênia, e Ferencvaros, da Hungria . Agora, continua a escrever sua história em solo europeu no norte da Itália, contra a ótima Atalanta de Gian Piero Gasperini. 

O Young Boys, da Suíça, surpreendeu a todos na estreia da Liga dos Campeões da Europa ao vencer o poderoso Manchester United de Cristiano Ronaldo por 2 a 1. Dono de 15 títulos nacionais, o clube baseado na capital Berna viveu altos e baixos em seus 123 anos de existência. Nesta semana, o adversário na segunda rodada europeia é a Atalanta. Se ganhar, o atual campeão suíço mantém a liderança do Grupo F, que também conta com o Villarreal, último campeão da Liga Europa, e segue sonhando em chegar às oitavas de final do principal torneio do continente.

Fundado em 1898, o Young Boys nasceu com este nome como uma brincadeira com o Old Boys, clube da Basiléia. Seu verdadeiro rival era o FC Bern, o outro clube da cidade. Em pouco tempo, a equipe começou a se destacar e, cinco anos após sua fundação, venceu seu primeiro título nacional. O sucesso não persistiu nas temporadas seguintes, mas ao menos uma posição entre os três melhores era garantida. No começo de sua história, o Young Boys ficou famoso entre os torcedores pela administração de energia que os jogadores apresentavam em campo. Enquanto os adversários se cansavam aos 75 minutos, a equipe amarela e preta se guardava durante a partida e definia o resultado apenas no fim dos 90 minutos. O fenômeno ficou conhecido como "os 15 minutos do Young Boys".

Young Boys superou o Manchester United com gol nos acréscimos na estreia da Liga dos Campeões da Europa. Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Até 1913, o clube não tinha técnico. O primeiro a assumir a função foi o inglês Reynold Williams. Pouco depois, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiu e o Spitalacker-Platz, estádio do Young Boys, precisou ser convertido em um campo de cultivo de batata. Apesar das dificuldades para se realocar, a equipe conseguiu se adaptar e voltou a vencer o Campeonato Suíço em 1920.

Foi nesta década que o clube passou por mudanças e se modernizou. Além de alterar seu nome de FC Young Boys para Berner Sport Club Young Boys, ele se mudou para o Estádio Wankdorf, um complexo de esportes grande e moderno, dividido entre os então bicampeões nacionais, o Servette Geneva e o Old Boys. Anos depois, o estádio chegou a ser expandido de 30 mil para 42 mil espectadores. No entanto, o Young Boys sofreu as consequências da crise econômica mundial e da Segunda Guerra Mundial, e por isso, considerou vendê-lo. Apenas em 1943, graças a uma redução dos débitos e da ajuda da cidade de Berna, as contas do clube foram revitalizadas.

Durante o período da Guerra, o time levantou duas taças de copa, mas foi entre 1951 e 1964 que o Young Boys viveu seu período de ouro. Sob o comando do alemão Albert Sing, o clube teve a oportunidade de fazer partidas amistosas na América do Norte e ainda brilhou no cenário europeu. Porém, antes de chegar longe na Copa Europeia, torneio que antecedeu a Liga dos Campeões da Europa, a equipe precisou superar um conflito político entre Suíça e Hungria. 

Albert Sing, o responsável pela 'era de ouro' do Young Boys nas décadas de 50 e 60. Foto: Divulgação/Federação Alemã de Futebol

Após ser sorteado para enfrentar o Vasas Budapest, time do Ministro do Interior húngaro, políticos suíços ordenaram que nenhum clube do país deveria ter contato com o rival de Budapeste, especialmente na capital Berna. A partida precisou ser disputada no Estádio Charmilles, em Geneva, e o resultado final favoreceu o Vasas, que se classificou com um 3 a 2 no agregado. Apesar do revés, o destino sorriu para o Young Boys em 1959.

Em um abarrotado Estádio Wankdorf, o clube amarelo e preto venceu o Stade de Reims por 1 a 0 no jogo de ida da semifinal da Copa Europeia. Até hoje, o confronto que terminou com gol de Geni Meier é lembrado pelos torcedores. Na volta, realizada no Parque dos Príncipes, os franceses foram melhores e se garantiram na final com uma vitória por 3 a 0. Mesmo não chegando à final, o Young Boys registrou a melhor campanha de um time suíço em um torneio europeu, desempenho até hoje não superado.

As décadas seguintes foram marcadas por muitos altos e baixos. O clube demorou 26 anos para ganhar outro título de liga e, depois disso, teve poucos momentos de destaque. No começo dos anos 2000, a equipe se mudou para o Neufeldstadion, mas, em 2005, voltou a jogar em um versão reformada do Estádio Wankdorf. Foi nele que, após ver o Basel conquistar o Campeonato Suíço oito vezes consecutivas, o Young Boys quebrou uma sequência de mais de três décadas e voltou a vencer a competição em 2018. Já são quatro títulos seguidos para o time hoje comandado pelo americano David Wagner. Na temporada atual, os suíços vêm logo atrás do Basel na classificação, com 14 pontos.

Olhando para o elenco atual, é difícil de reconhecer algum nome famoso. Mas contra o Manchester United, isso pouco importou. Por mais de 65 minutos, o time jogou com um a mais por conta da expulsão do lateral Wan-Bissaka. O camaronês Ngamaleu foi o autor do gol de empate que impulsionou o Young Boys à vitória nos acréscimos da etapa final. Lingard errou na saída de bola, e o americano Jordan Pefok aproveitou o erro para tirar de De Gea e definir a partida. Antes de chegar à fase de grupos, o Young Boys precisou deixar para trás Slovan Bratislava, da Eslováquia, CFR Cluj, da Romênia, e Ferencvaros, da Hungria . Agora, continua a escrever sua história em solo europeu no norte da Itália, contra a ótima Atalanta de Gian Piero Gasperini. 

O Young Boys, da Suíça, surpreendeu a todos na estreia da Liga dos Campeões da Europa ao vencer o poderoso Manchester United de Cristiano Ronaldo por 2 a 1. Dono de 15 títulos nacionais, o clube baseado na capital Berna viveu altos e baixos em seus 123 anos de existência. Nesta semana, o adversário na segunda rodada europeia é a Atalanta. Se ganhar, o atual campeão suíço mantém a liderança do Grupo F, que também conta com o Villarreal, último campeão da Liga Europa, e segue sonhando em chegar às oitavas de final do principal torneio do continente.

Fundado em 1898, o Young Boys nasceu com este nome como uma brincadeira com o Old Boys, clube da Basiléia. Seu verdadeiro rival era o FC Bern, o outro clube da cidade. Em pouco tempo, a equipe começou a se destacar e, cinco anos após sua fundação, venceu seu primeiro título nacional. O sucesso não persistiu nas temporadas seguintes, mas ao menos uma posição entre os três melhores era garantida. No começo de sua história, o Young Boys ficou famoso entre os torcedores pela administração de energia que os jogadores apresentavam em campo. Enquanto os adversários se cansavam aos 75 minutos, a equipe amarela e preta se guardava durante a partida e definia o resultado apenas no fim dos 90 minutos. O fenômeno ficou conhecido como "os 15 minutos do Young Boys".

Young Boys superou o Manchester United com gol nos acréscimos na estreia da Liga dos Campeões da Europa. Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Até 1913, o clube não tinha técnico. O primeiro a assumir a função foi o inglês Reynold Williams. Pouco depois, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiu e o Spitalacker-Platz, estádio do Young Boys, precisou ser convertido em um campo de cultivo de batata. Apesar das dificuldades para se realocar, a equipe conseguiu se adaptar e voltou a vencer o Campeonato Suíço em 1920.

Foi nesta década que o clube passou por mudanças e se modernizou. Além de alterar seu nome de FC Young Boys para Berner Sport Club Young Boys, ele se mudou para o Estádio Wankdorf, um complexo de esportes grande e moderno, dividido entre os então bicampeões nacionais, o Servette Geneva e o Old Boys. Anos depois, o estádio chegou a ser expandido de 30 mil para 42 mil espectadores. No entanto, o Young Boys sofreu as consequências da crise econômica mundial e da Segunda Guerra Mundial, e por isso, considerou vendê-lo. Apenas em 1943, graças a uma redução dos débitos e da ajuda da cidade de Berna, as contas do clube foram revitalizadas.

Durante o período da Guerra, o time levantou duas taças de copa, mas foi entre 1951 e 1964 que o Young Boys viveu seu período de ouro. Sob o comando do alemão Albert Sing, o clube teve a oportunidade de fazer partidas amistosas na América do Norte e ainda brilhou no cenário europeu. Porém, antes de chegar longe na Copa Europeia, torneio que antecedeu a Liga dos Campeões da Europa, a equipe precisou superar um conflito político entre Suíça e Hungria. 

Albert Sing, o responsável pela 'era de ouro' do Young Boys nas décadas de 50 e 60. Foto: Divulgação/Federação Alemã de Futebol

Após ser sorteado para enfrentar o Vasas Budapest, time do Ministro do Interior húngaro, políticos suíços ordenaram que nenhum clube do país deveria ter contato com o rival de Budapeste, especialmente na capital Berna. A partida precisou ser disputada no Estádio Charmilles, em Geneva, e o resultado final favoreceu o Vasas, que se classificou com um 3 a 2 no agregado. Apesar do revés, o destino sorriu para o Young Boys em 1959.

Em um abarrotado Estádio Wankdorf, o clube amarelo e preto venceu o Stade de Reims por 1 a 0 no jogo de ida da semifinal da Copa Europeia. Até hoje, o confronto que terminou com gol de Geni Meier é lembrado pelos torcedores. Na volta, realizada no Parque dos Príncipes, os franceses foram melhores e se garantiram na final com uma vitória por 3 a 0. Mesmo não chegando à final, o Young Boys registrou a melhor campanha de um time suíço em um torneio europeu, desempenho até hoje não superado.

As décadas seguintes foram marcadas por muitos altos e baixos. O clube demorou 26 anos para ganhar outro título de liga e, depois disso, teve poucos momentos de destaque. No começo dos anos 2000, a equipe se mudou para o Neufeldstadion, mas, em 2005, voltou a jogar em um versão reformada do Estádio Wankdorf. Foi nele que, após ver o Basel conquistar o Campeonato Suíço oito vezes consecutivas, o Young Boys quebrou uma sequência de mais de três décadas e voltou a vencer a competição em 2018. Já são quatro títulos seguidos para o time hoje comandado pelo americano David Wagner. Na temporada atual, os suíços vêm logo atrás do Basel na classificação, com 14 pontos.

Olhando para o elenco atual, é difícil de reconhecer algum nome famoso. Mas contra o Manchester United, isso pouco importou. Por mais de 65 minutos, o time jogou com um a mais por conta da expulsão do lateral Wan-Bissaka. O camaronês Ngamaleu foi o autor do gol de empate que impulsionou o Young Boys à vitória nos acréscimos da etapa final. Lingard errou na saída de bola, e o americano Jordan Pefok aproveitou o erro para tirar de De Gea e definir a partida. Antes de chegar à fase de grupos, o Young Boys precisou deixar para trás Slovan Bratislava, da Eslováquia, CFR Cluj, da Romênia, e Ferencvaros, da Hungria . Agora, continua a escrever sua história em solo europeu no norte da Itália, contra a ótima Atalanta de Gian Piero Gasperini. 

O Young Boys, da Suíça, surpreendeu a todos na estreia da Liga dos Campeões da Europa ao vencer o poderoso Manchester United de Cristiano Ronaldo por 2 a 1. Dono de 15 títulos nacionais, o clube baseado na capital Berna viveu altos e baixos em seus 123 anos de existência. Nesta semana, o adversário na segunda rodada europeia é a Atalanta. Se ganhar, o atual campeão suíço mantém a liderança do Grupo F, que também conta com o Villarreal, último campeão da Liga Europa, e segue sonhando em chegar às oitavas de final do principal torneio do continente.

Fundado em 1898, o Young Boys nasceu com este nome como uma brincadeira com o Old Boys, clube da Basiléia. Seu verdadeiro rival era o FC Bern, o outro clube da cidade. Em pouco tempo, a equipe começou a se destacar e, cinco anos após sua fundação, venceu seu primeiro título nacional. O sucesso não persistiu nas temporadas seguintes, mas ao menos uma posição entre os três melhores era garantida. No começo de sua história, o Young Boys ficou famoso entre os torcedores pela administração de energia que os jogadores apresentavam em campo. Enquanto os adversários se cansavam aos 75 minutos, a equipe amarela e preta se guardava durante a partida e definia o resultado apenas no fim dos 90 minutos. O fenômeno ficou conhecido como "os 15 minutos do Young Boys".

Young Boys superou o Manchester United com gol nos acréscimos na estreia da Liga dos Campeões da Europa. Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Até 1913, o clube não tinha técnico. O primeiro a assumir a função foi o inglês Reynold Williams. Pouco depois, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiu e o Spitalacker-Platz, estádio do Young Boys, precisou ser convertido em um campo de cultivo de batata. Apesar das dificuldades para se realocar, a equipe conseguiu se adaptar e voltou a vencer o Campeonato Suíço em 1920.

Foi nesta década que o clube passou por mudanças e se modernizou. Além de alterar seu nome de FC Young Boys para Berner Sport Club Young Boys, ele se mudou para o Estádio Wankdorf, um complexo de esportes grande e moderno, dividido entre os então bicampeões nacionais, o Servette Geneva e o Old Boys. Anos depois, o estádio chegou a ser expandido de 30 mil para 42 mil espectadores. No entanto, o Young Boys sofreu as consequências da crise econômica mundial e da Segunda Guerra Mundial, e por isso, considerou vendê-lo. Apenas em 1943, graças a uma redução dos débitos e da ajuda da cidade de Berna, as contas do clube foram revitalizadas.

Durante o período da Guerra, o time levantou duas taças de copa, mas foi entre 1951 e 1964 que o Young Boys viveu seu período de ouro. Sob o comando do alemão Albert Sing, o clube teve a oportunidade de fazer partidas amistosas na América do Norte e ainda brilhou no cenário europeu. Porém, antes de chegar longe na Copa Europeia, torneio que antecedeu a Liga dos Campeões da Europa, a equipe precisou superar um conflito político entre Suíça e Hungria. 

Albert Sing, o responsável pela 'era de ouro' do Young Boys nas décadas de 50 e 60. Foto: Divulgação/Federação Alemã de Futebol

Após ser sorteado para enfrentar o Vasas Budapest, time do Ministro do Interior húngaro, políticos suíços ordenaram que nenhum clube do país deveria ter contato com o rival de Budapeste, especialmente na capital Berna. A partida precisou ser disputada no Estádio Charmilles, em Geneva, e o resultado final favoreceu o Vasas, que se classificou com um 3 a 2 no agregado. Apesar do revés, o destino sorriu para o Young Boys em 1959.

Em um abarrotado Estádio Wankdorf, o clube amarelo e preto venceu o Stade de Reims por 1 a 0 no jogo de ida da semifinal da Copa Europeia. Até hoje, o confronto que terminou com gol de Geni Meier é lembrado pelos torcedores. Na volta, realizada no Parque dos Príncipes, os franceses foram melhores e se garantiram na final com uma vitória por 3 a 0. Mesmo não chegando à final, o Young Boys registrou a melhor campanha de um time suíço em um torneio europeu, desempenho até hoje não superado.

As décadas seguintes foram marcadas por muitos altos e baixos. O clube demorou 26 anos para ganhar outro título de liga e, depois disso, teve poucos momentos de destaque. No começo dos anos 2000, a equipe se mudou para o Neufeldstadion, mas, em 2005, voltou a jogar em um versão reformada do Estádio Wankdorf. Foi nele que, após ver o Basel conquistar o Campeonato Suíço oito vezes consecutivas, o Young Boys quebrou uma sequência de mais de três décadas e voltou a vencer a competição em 2018. Já são quatro títulos seguidos para o time hoje comandado pelo americano David Wagner. Na temporada atual, os suíços vêm logo atrás do Basel na classificação, com 14 pontos.

Olhando para o elenco atual, é difícil de reconhecer algum nome famoso. Mas contra o Manchester United, isso pouco importou. Por mais de 65 minutos, o time jogou com um a mais por conta da expulsão do lateral Wan-Bissaka. O camaronês Ngamaleu foi o autor do gol de empate que impulsionou o Young Boys à vitória nos acréscimos da etapa final. Lingard errou na saída de bola, e o americano Jordan Pefok aproveitou o erro para tirar de De Gea e definir a partida. Antes de chegar à fase de grupos, o Young Boys precisou deixar para trás Slovan Bratislava, da Eslováquia, CFR Cluj, da Romênia, e Ferencvaros, da Hungria . Agora, continua a escrever sua história em solo europeu no norte da Itália, contra a ótima Atalanta de Gian Piero Gasperini. 

O Young Boys, da Suíça, surpreendeu a todos na estreia da Liga dos Campeões da Europa ao vencer o poderoso Manchester United de Cristiano Ronaldo por 2 a 1. Dono de 15 títulos nacionais, o clube baseado na capital Berna viveu altos e baixos em seus 123 anos de existência. Nesta semana, o adversário na segunda rodada europeia é a Atalanta. Se ganhar, o atual campeão suíço mantém a liderança do Grupo F, que também conta com o Villarreal, último campeão da Liga Europa, e segue sonhando em chegar às oitavas de final do principal torneio do continente.

Fundado em 1898, o Young Boys nasceu com este nome como uma brincadeira com o Old Boys, clube da Basiléia. Seu verdadeiro rival era o FC Bern, o outro clube da cidade. Em pouco tempo, a equipe começou a se destacar e, cinco anos após sua fundação, venceu seu primeiro título nacional. O sucesso não persistiu nas temporadas seguintes, mas ao menos uma posição entre os três melhores era garantida. No começo de sua história, o Young Boys ficou famoso entre os torcedores pela administração de energia que os jogadores apresentavam em campo. Enquanto os adversários se cansavam aos 75 minutos, a equipe amarela e preta se guardava durante a partida e definia o resultado apenas no fim dos 90 minutos. O fenômeno ficou conhecido como "os 15 minutos do Young Boys".

Young Boys superou o Manchester United com gol nos acréscimos na estreia da Liga dos Campeões da Europa. Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Até 1913, o clube não tinha técnico. O primeiro a assumir a função foi o inglês Reynold Williams. Pouco depois, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiu e o Spitalacker-Platz, estádio do Young Boys, precisou ser convertido em um campo de cultivo de batata. Apesar das dificuldades para se realocar, a equipe conseguiu se adaptar e voltou a vencer o Campeonato Suíço em 1920.

Foi nesta década que o clube passou por mudanças e se modernizou. Além de alterar seu nome de FC Young Boys para Berner Sport Club Young Boys, ele se mudou para o Estádio Wankdorf, um complexo de esportes grande e moderno, dividido entre os então bicampeões nacionais, o Servette Geneva e o Old Boys. Anos depois, o estádio chegou a ser expandido de 30 mil para 42 mil espectadores. No entanto, o Young Boys sofreu as consequências da crise econômica mundial e da Segunda Guerra Mundial, e por isso, considerou vendê-lo. Apenas em 1943, graças a uma redução dos débitos e da ajuda da cidade de Berna, as contas do clube foram revitalizadas.

Durante o período da Guerra, o time levantou duas taças de copa, mas foi entre 1951 e 1964 que o Young Boys viveu seu período de ouro. Sob o comando do alemão Albert Sing, o clube teve a oportunidade de fazer partidas amistosas na América do Norte e ainda brilhou no cenário europeu. Porém, antes de chegar longe na Copa Europeia, torneio que antecedeu a Liga dos Campeões da Europa, a equipe precisou superar um conflito político entre Suíça e Hungria. 

Albert Sing, o responsável pela 'era de ouro' do Young Boys nas décadas de 50 e 60. Foto: Divulgação/Federação Alemã de Futebol

Após ser sorteado para enfrentar o Vasas Budapest, time do Ministro do Interior húngaro, políticos suíços ordenaram que nenhum clube do país deveria ter contato com o rival de Budapeste, especialmente na capital Berna. A partida precisou ser disputada no Estádio Charmilles, em Geneva, e o resultado final favoreceu o Vasas, que se classificou com um 3 a 2 no agregado. Apesar do revés, o destino sorriu para o Young Boys em 1959.

Em um abarrotado Estádio Wankdorf, o clube amarelo e preto venceu o Stade de Reims por 1 a 0 no jogo de ida da semifinal da Copa Europeia. Até hoje, o confronto que terminou com gol de Geni Meier é lembrado pelos torcedores. Na volta, realizada no Parque dos Príncipes, os franceses foram melhores e se garantiram na final com uma vitória por 3 a 0. Mesmo não chegando à final, o Young Boys registrou a melhor campanha de um time suíço em um torneio europeu, desempenho até hoje não superado.

As décadas seguintes foram marcadas por muitos altos e baixos. O clube demorou 26 anos para ganhar outro título de liga e, depois disso, teve poucos momentos de destaque. No começo dos anos 2000, a equipe se mudou para o Neufeldstadion, mas, em 2005, voltou a jogar em um versão reformada do Estádio Wankdorf. Foi nele que, após ver o Basel conquistar o Campeonato Suíço oito vezes consecutivas, o Young Boys quebrou uma sequência de mais de três décadas e voltou a vencer a competição em 2018. Já são quatro títulos seguidos para o time hoje comandado pelo americano David Wagner. Na temporada atual, os suíços vêm logo atrás do Basel na classificação, com 14 pontos.

Olhando para o elenco atual, é difícil de reconhecer algum nome famoso. Mas contra o Manchester United, isso pouco importou. Por mais de 65 minutos, o time jogou com um a mais por conta da expulsão do lateral Wan-Bissaka. O camaronês Ngamaleu foi o autor do gol de empate que impulsionou o Young Boys à vitória nos acréscimos da etapa final. Lingard errou na saída de bola, e o americano Jordan Pefok aproveitou o erro para tirar de De Gea e definir a partida. Antes de chegar à fase de grupos, o Young Boys precisou deixar para trás Slovan Bratislava, da Eslováquia, CFR Cluj, da Romênia, e Ferencvaros, da Hungria . Agora, continua a escrever sua história em solo europeu no norte da Itália, contra a ótima Atalanta de Gian Piero Gasperini. 

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