José Maria Rodrigues Alves, o Zé Maria, um dos nomes mais importantes da história do Corinthians, teve sua prisão decretada por não pagar pensão alimentícia no período de setembro de 2020 a abril de 2023. A informação é do portal g1. Segundo a Justiça de São Paulo, o valor seria de R$ 82 mil.
O filho mais novo de Zé Maria, de 21 anos, revelou estar com dificuldades para pagar faculdade, intercâmbio, teatro, despesas médicas e de rotina, como vestuário e transporte. Zé Maria, campeão mundial com a seleção brasileira em 1970, afirmou que sempre pagou a pensão via desconto em folha salarial, mas foi demitido em julho de 2020 do emprego que tinha na Fundação Casa. O lateral-direito do Corinthians nos anos 70 e 80 afirmou que o filho tem uma empresa e por causa disso havia pedido a suspensão da cobrança da pensão. Vale lembrar que Zé Maria também é pai de Fernando Lázaro, ex-técnico do Corinthians.
Zé Maria, segundo o juiz da 12ª Vara da Família e Sucessões da capital, “limitou-se a afirmar que enfrenta dificuldades financeiras em razão da pandemia, pelo fato de que sua renda advém apenas da aposentadoria”.
A sentença também afirma que “o ex-jogador não demonstrou em nenhum momento seus motivos para o não pagamento das prestações alimentares ou propôs qualquer forma de parcelamento do débito, mantendo-se inerte”; o executado deixou transcorrer, sem qualquer manifestação, o prazo para oferecer defesa e para pagar a pensão em aberto; Não há outra solução a não ser a decretação da prisão do devedor inadimplente, posto que os credores estão desamparados há longa data”.
O advogado de Zé Maria fez um pedido de suspensão da ordem de prisão. “O que justifica a decretação de prisão por débito de pensão alimentícia se refere à pensão atual, ou seja, de imediato, com a previsão da necessidade momentânea para recebimento de valores para a sobrevivência”, questionou o advogado de José Maria. “Essa não é a condição do (filho).”
A defesa também solicitou que “por tais motivos, o alimentante, que conta com 74 anos de idade e com problemas de saúde, requer respeitosamente a reconsideração da decisão que decretou a prisão civil”. Mas o juiz manteve o pedido.
Zé Maria alegou que a prisão é um “fator de extremo risco à sua integridade”, pois é diabético e “precisa de cuidados especiais diários”. “Também é portador de problemas ortopédicos nos joelhos, como artrose severa, o que já o levou a se submeter a cirurgias, perdurando até o presente momento as dificuldades em sua locomoção”, disse a defesa.