Garota de 15 anos cria time inspirado no Palmeiras e quer tornar o clube popular na Rússia


Apaixonada pela equipe paulista, Julia Lyandrush se mobiliza em sua cidade natal e decide fundar o Palmeiras Kazan

Por Ricardo Magatti
Atualização:

Julia Lyandrush, uma garota russa de 15 anos, tenta tornar popular o Palmeiras e sua história do outro lado do planeta. A paixão da menina pelo clube paulista é tamanha que ela decidiu criar no ano passado um time homônimo ao que ama. Nasceu então, em dezembro de 2023, o Palmeiras Kazan. Julia e o irmão, Albert, visitaram o escritório da Liga Amadora de Futebol de Kazan e inscreveram o time na competição, disputada com seis jogadores de cada lado. Kazan é a capital e maior cidade da República do Tartaristão - as repúblicas na Rússia são como os Estados do Brasil.

A fanática torcedora palmeirense mirim resolveu criar sua própria agremiação inspirada no clube treinado por Abel Ferreira e que ama com o propósito de popularizar o Palmeiras em sua terra natal. “Não tenho dúvidas de que somos capazes de tornar a marca Palmeiras reconhecível e popular, não só em Kazan, mas em toda a Rússia”, acredita a ambiciosa garota.

Ela escreve em português com ajuda das ferramentas de tradução da internet. Mas, de tanto se dedicar e conversas com outros torcedores do Palmeiras, aqui do Brasil, aprendeu várias palavras do idioma. No Instagram, Julia é acompanhada por mais de 90 mil seguidores. A grande maioria, é claro, é de palmeirenses como ela. Uma das camisas do time de Kazan, em verde, leva a palavra Verdão, em português.

continua após a publicidade
Julia, de 12 anos, mora em Kazan, na Rússia, e torce para o Palmeiras Foto: Reprodução/@julia_lyandrush

Ela tem o desejo de conhecer Abel Ferreira, seu maior ídolo, e visitar o Allianz Parque, estádio que conhece apenas por fotos e imagens. Enquanto não pode vir ao Brasil, espera que o departamento de marketing do Palmeiras lhe ajude em seu projeto de fazer o clube paulista ser conhecido na Rússia.

“Entendo que mais cedo ou mais tarde a direção do Palmeiras se interessará pelo nosso projeto na Rússia”, afirma. Porém, segundo ela, o clube ainda não a procurou. Mas, em resposta ao Estadão, o departamento de marketing do Palmeiras diz ter “conhecimento da história da Julia e interesse em promover ações com ela no futuro”. Nesta semana, o Estadão publicou uma reportagem em que a camisa do Guarani, de Campinas, faz sucesso na Coreia do Sul.

continua após a publicidade

O objetivo da garota russa é que, além do Palmeiras, o futebol brasileiro seja difundido em sua nação. “Quero que o maior número possível de pessoas conheça e ame o futebol brasileiro. Assim como eu fiz uma vez”.

Não tenho dúvidas de que somos capazes de tornar a marca Palmeiras reconhecível e popular, não só em Kazan, mas em toda a Rússia

Julia Lyandrush, torcedora russa do Palmeiras

continua após a publicidade

Palmeiras Kazan

O elenco é composto por 19 jogadores e a idade média da equipe é de 24 anos. Quase todos os atletas, diz Julia, treinam em diferentes escolas e academias de futebol em Kazan. A equipe tem seu próprio uniforme e estreou na liga de Kazan com uma goleada de 7 a 1 sobre um time chamado Iron.

A camisa dos jogadores é verde num tom escuro e apresenta na altura do tórax a palavra Verdao, sem acento porque acento não faz parte do alfabeto cirílico russo e foi produzida pela fornecedora esportiva Bars-Sport, dona da marca Natural Advance, que aparece no uniforme. O distintivo não é o do oficial do Palmeiras. Para isso, o time amador russo teria de ter permissão do clube da Pompeia.

continua após a publicidade

A empresa decidiu fornecer gratuitamente o fardamento. Essa ajuda - e de outros amigos - foi determinante para que a palmeirense tivesse baixos custos na criação de seu time. Uma outra empresa cedeu em alguns jogos os cinegrafistas e fotógrafos para as filmagens dos atletas também gratuitamente.

“Os únicos custos que temos agora são pagar a operadora que transmite os nossos jogos no YouTube e, por vezes, pagamos pelos serviços de um fotógrafo”, conta Julia.

continua após a publicidade

Os atletas não são remunerados, mas o plano é encontrar patrocinadores para pagar salário aos jogadores, além de conseguir inscrever o time em uma competição maior no futuro, o Campeonato da República do Tartaristão. “É um torneio amador, mas em maior escala e com outro status. Este é um torneio de 11 contra 11. As partidas acontecem em estádios e, o que é mais interessante, em diferentes cidades da República do Tartaristão”, explica a palmeirense.

Palmeiras tem 'filial' em Kazan, na Rússia Foto: Divulgação/Palmeiras Kazan

O torneio de que participa o Palmeiras Kazan atualmente tem 23 equipes, divididas em quatro grupos. As partidas acontecem uma vez por semana e são realizadas em quadras fechadas devido ao rigoroso inferno russo. “Mas no verão, jogaremos ao ar livre”, projeta a adolescente.

continua após a publicidade

A 12.499 quilômetros de distância de São Paulo, os jogadores em Kazan conheciam pouco sobre a história do Palmeiras. No entanto, é exigência de Julia que eles se informem mais sobre o time que, de alguma maneira, representam. “Eles têm de saber sobre as novidades do Palmeiras. Já contei a eles sobre a Mancha Verde, o estádio Allianz Parque e sobre nossos jogadores e troféus”, diz ela. “E continuo contando. Eles podem não se tornar verdadeiros torcedores, mas começarão a respeitar e valorizar o clube”.

Julia Lyandrush, uma garota russa de 15 anos, tenta tornar popular o Palmeiras e sua história do outro lado do planeta. A paixão da menina pelo clube paulista é tamanha que ela decidiu criar no ano passado um time homônimo ao que ama. Nasceu então, em dezembro de 2023, o Palmeiras Kazan. Julia e o irmão, Albert, visitaram o escritório da Liga Amadora de Futebol de Kazan e inscreveram o time na competição, disputada com seis jogadores de cada lado. Kazan é a capital e maior cidade da República do Tartaristão - as repúblicas na Rússia são como os Estados do Brasil.

A fanática torcedora palmeirense mirim resolveu criar sua própria agremiação inspirada no clube treinado por Abel Ferreira e que ama com o propósito de popularizar o Palmeiras em sua terra natal. “Não tenho dúvidas de que somos capazes de tornar a marca Palmeiras reconhecível e popular, não só em Kazan, mas em toda a Rússia”, acredita a ambiciosa garota.

Ela escreve em português com ajuda das ferramentas de tradução da internet. Mas, de tanto se dedicar e conversas com outros torcedores do Palmeiras, aqui do Brasil, aprendeu várias palavras do idioma. No Instagram, Julia é acompanhada por mais de 90 mil seguidores. A grande maioria, é claro, é de palmeirenses como ela. Uma das camisas do time de Kazan, em verde, leva a palavra Verdão, em português.

Julia, de 12 anos, mora em Kazan, na Rússia, e torce para o Palmeiras Foto: Reprodução/@julia_lyandrush

Ela tem o desejo de conhecer Abel Ferreira, seu maior ídolo, e visitar o Allianz Parque, estádio que conhece apenas por fotos e imagens. Enquanto não pode vir ao Brasil, espera que o departamento de marketing do Palmeiras lhe ajude em seu projeto de fazer o clube paulista ser conhecido na Rússia.

“Entendo que mais cedo ou mais tarde a direção do Palmeiras se interessará pelo nosso projeto na Rússia”, afirma. Porém, segundo ela, o clube ainda não a procurou. Mas, em resposta ao Estadão, o departamento de marketing do Palmeiras diz ter “conhecimento da história da Julia e interesse em promover ações com ela no futuro”. Nesta semana, o Estadão publicou uma reportagem em que a camisa do Guarani, de Campinas, faz sucesso na Coreia do Sul.

O objetivo da garota russa é que, além do Palmeiras, o futebol brasileiro seja difundido em sua nação. “Quero que o maior número possível de pessoas conheça e ame o futebol brasileiro. Assim como eu fiz uma vez”.

Não tenho dúvidas de que somos capazes de tornar a marca Palmeiras reconhecível e popular, não só em Kazan, mas em toda a Rússia

Julia Lyandrush, torcedora russa do Palmeiras

Palmeiras Kazan

O elenco é composto por 19 jogadores e a idade média da equipe é de 24 anos. Quase todos os atletas, diz Julia, treinam em diferentes escolas e academias de futebol em Kazan. A equipe tem seu próprio uniforme e estreou na liga de Kazan com uma goleada de 7 a 1 sobre um time chamado Iron.

A camisa dos jogadores é verde num tom escuro e apresenta na altura do tórax a palavra Verdao, sem acento porque acento não faz parte do alfabeto cirílico russo e foi produzida pela fornecedora esportiva Bars-Sport, dona da marca Natural Advance, que aparece no uniforme. O distintivo não é o do oficial do Palmeiras. Para isso, o time amador russo teria de ter permissão do clube da Pompeia.

A empresa decidiu fornecer gratuitamente o fardamento. Essa ajuda - e de outros amigos - foi determinante para que a palmeirense tivesse baixos custos na criação de seu time. Uma outra empresa cedeu em alguns jogos os cinegrafistas e fotógrafos para as filmagens dos atletas também gratuitamente.

“Os únicos custos que temos agora são pagar a operadora que transmite os nossos jogos no YouTube e, por vezes, pagamos pelos serviços de um fotógrafo”, conta Julia.

Os atletas não são remunerados, mas o plano é encontrar patrocinadores para pagar salário aos jogadores, além de conseguir inscrever o time em uma competição maior no futuro, o Campeonato da República do Tartaristão. “É um torneio amador, mas em maior escala e com outro status. Este é um torneio de 11 contra 11. As partidas acontecem em estádios e, o que é mais interessante, em diferentes cidades da República do Tartaristão”, explica a palmeirense.

Palmeiras tem 'filial' em Kazan, na Rússia Foto: Divulgação/Palmeiras Kazan

O torneio de que participa o Palmeiras Kazan atualmente tem 23 equipes, divididas em quatro grupos. As partidas acontecem uma vez por semana e são realizadas em quadras fechadas devido ao rigoroso inferno russo. “Mas no verão, jogaremos ao ar livre”, projeta a adolescente.

A 12.499 quilômetros de distância de São Paulo, os jogadores em Kazan conheciam pouco sobre a história do Palmeiras. No entanto, é exigência de Julia que eles se informem mais sobre o time que, de alguma maneira, representam. “Eles têm de saber sobre as novidades do Palmeiras. Já contei a eles sobre a Mancha Verde, o estádio Allianz Parque e sobre nossos jogadores e troféus”, diz ela. “E continuo contando. Eles podem não se tornar verdadeiros torcedores, mas começarão a respeitar e valorizar o clube”.

Julia Lyandrush, uma garota russa de 15 anos, tenta tornar popular o Palmeiras e sua história do outro lado do planeta. A paixão da menina pelo clube paulista é tamanha que ela decidiu criar no ano passado um time homônimo ao que ama. Nasceu então, em dezembro de 2023, o Palmeiras Kazan. Julia e o irmão, Albert, visitaram o escritório da Liga Amadora de Futebol de Kazan e inscreveram o time na competição, disputada com seis jogadores de cada lado. Kazan é a capital e maior cidade da República do Tartaristão - as repúblicas na Rússia são como os Estados do Brasil.

A fanática torcedora palmeirense mirim resolveu criar sua própria agremiação inspirada no clube treinado por Abel Ferreira e que ama com o propósito de popularizar o Palmeiras em sua terra natal. “Não tenho dúvidas de que somos capazes de tornar a marca Palmeiras reconhecível e popular, não só em Kazan, mas em toda a Rússia”, acredita a ambiciosa garota.

Ela escreve em português com ajuda das ferramentas de tradução da internet. Mas, de tanto se dedicar e conversas com outros torcedores do Palmeiras, aqui do Brasil, aprendeu várias palavras do idioma. No Instagram, Julia é acompanhada por mais de 90 mil seguidores. A grande maioria, é claro, é de palmeirenses como ela. Uma das camisas do time de Kazan, em verde, leva a palavra Verdão, em português.

Julia, de 12 anos, mora em Kazan, na Rússia, e torce para o Palmeiras Foto: Reprodução/@julia_lyandrush

Ela tem o desejo de conhecer Abel Ferreira, seu maior ídolo, e visitar o Allianz Parque, estádio que conhece apenas por fotos e imagens. Enquanto não pode vir ao Brasil, espera que o departamento de marketing do Palmeiras lhe ajude em seu projeto de fazer o clube paulista ser conhecido na Rússia.

“Entendo que mais cedo ou mais tarde a direção do Palmeiras se interessará pelo nosso projeto na Rússia”, afirma. Porém, segundo ela, o clube ainda não a procurou. Mas, em resposta ao Estadão, o departamento de marketing do Palmeiras diz ter “conhecimento da história da Julia e interesse em promover ações com ela no futuro”. Nesta semana, o Estadão publicou uma reportagem em que a camisa do Guarani, de Campinas, faz sucesso na Coreia do Sul.

O objetivo da garota russa é que, além do Palmeiras, o futebol brasileiro seja difundido em sua nação. “Quero que o maior número possível de pessoas conheça e ame o futebol brasileiro. Assim como eu fiz uma vez”.

Não tenho dúvidas de que somos capazes de tornar a marca Palmeiras reconhecível e popular, não só em Kazan, mas em toda a Rússia

Julia Lyandrush, torcedora russa do Palmeiras

Palmeiras Kazan

O elenco é composto por 19 jogadores e a idade média da equipe é de 24 anos. Quase todos os atletas, diz Julia, treinam em diferentes escolas e academias de futebol em Kazan. A equipe tem seu próprio uniforme e estreou na liga de Kazan com uma goleada de 7 a 1 sobre um time chamado Iron.

A camisa dos jogadores é verde num tom escuro e apresenta na altura do tórax a palavra Verdao, sem acento porque acento não faz parte do alfabeto cirílico russo e foi produzida pela fornecedora esportiva Bars-Sport, dona da marca Natural Advance, que aparece no uniforme. O distintivo não é o do oficial do Palmeiras. Para isso, o time amador russo teria de ter permissão do clube da Pompeia.

A empresa decidiu fornecer gratuitamente o fardamento. Essa ajuda - e de outros amigos - foi determinante para que a palmeirense tivesse baixos custos na criação de seu time. Uma outra empresa cedeu em alguns jogos os cinegrafistas e fotógrafos para as filmagens dos atletas também gratuitamente.

“Os únicos custos que temos agora são pagar a operadora que transmite os nossos jogos no YouTube e, por vezes, pagamos pelos serviços de um fotógrafo”, conta Julia.

Os atletas não são remunerados, mas o plano é encontrar patrocinadores para pagar salário aos jogadores, além de conseguir inscrever o time em uma competição maior no futuro, o Campeonato da República do Tartaristão. “É um torneio amador, mas em maior escala e com outro status. Este é um torneio de 11 contra 11. As partidas acontecem em estádios e, o que é mais interessante, em diferentes cidades da República do Tartaristão”, explica a palmeirense.

Palmeiras tem 'filial' em Kazan, na Rússia Foto: Divulgação/Palmeiras Kazan

O torneio de que participa o Palmeiras Kazan atualmente tem 23 equipes, divididas em quatro grupos. As partidas acontecem uma vez por semana e são realizadas em quadras fechadas devido ao rigoroso inferno russo. “Mas no verão, jogaremos ao ar livre”, projeta a adolescente.

A 12.499 quilômetros de distância de São Paulo, os jogadores em Kazan conheciam pouco sobre a história do Palmeiras. No entanto, é exigência de Julia que eles se informem mais sobre o time que, de alguma maneira, representam. “Eles têm de saber sobre as novidades do Palmeiras. Já contei a eles sobre a Mancha Verde, o estádio Allianz Parque e sobre nossos jogadores e troféus”, diz ela. “E continuo contando. Eles podem não se tornar verdadeiros torcedores, mas começarão a respeitar e valorizar o clube”.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.