Como influenciadores esperam criar novo jeito de ‘transmitir’ as Olimpíadas de Paris; e fazer publis


Perfis participam de projetos liderados por agências e até mesmo integram time de padrinhos do COB

Por Leonardo Catto
Atualização:

A primeira Olimpíada transmitida pelo rádio foi há um século, em Paris-1924. Na televisão, a primeira transmissão foi na edição de Berlim-1936, mas somente na capital alemã. Em Londres-1948, o sinal de TV chegou a 500 mil pessoas, em uma área de até 200 quilômetros de distância dos estádios.

Somente nos Jogos de Roma, em 1960, houve uma transmissão internacional, ainda em preto e branco. Alguns avanços seguiram, como sinal por satélite e cores até o março de 1996, ano em que Atlanta foi considerada a primeira Olimpíada digital. No Rio, em 2016, as competições aconteceram dias depois de o Instagram ter criado a função dos stories, algo mais consolidado em Tóquio-2020, quando os Jogos foram marcados por protocolos da pandemia de covid-19. Agora, para Paris-2024, a aposta é a cobertura de influenciadores digitais.

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O próprio Comitê Olímpico do Brasil (COB) conta com um time de “padrinhos” e “madrinhas” para engajar a torcida brasileira. Em outras frentes, perfis e páginas de entretenimento participam de projetos liderados por agências, para desenvolver uma nova forma de “transmitir” as Olimpíadas.

Influencers da Play9 encontraram seleção feminina de ginástica em Paris. Foto: Play9/Div

No time digital do COB, há figuras do esporte como Pedro Scooby e Zico, mas também estão os influenciadores Larissa Manoela, Hugo Gloss e Casimiro. Sabrina Sato, Murilo Rosa e Fernanda Tavares fecham a lista. A função, segundo o COB, não é remunerada.

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Mirar no engajamento digital não é uma aventura às cegas. Entre a Geração Z (jovens nascidos entre 1995 e 2010), 47% dedicam mais atenção a um conteúdo quando o emissor tem um número alto de seguidores. Isso é associado à credibilidade. É o que aponta a pesquisa “O que os consumidores querem do marketing de influência?”, da ferramenta de gerenciamento de mídia, sproutsocial.

O mesmo estudo mostra que 35% dos “gen z” buscam autenticidade. Já gerações mais velhas, como os Millenials, procuram conexão de valores.

A mediatech de desenvolvimento de conteúdo Play9 selecionou nomes que atingem os diferentes grupos para levar a Paris. O elenco vai de Igão e Mítico, do PodPah, programa nativo digital, a Fátima Bernardes, apresentadora com quase quatro décadas de TV Globo. A ideia é mostrar a cidade, os Jogos e eventos. E, claro, fazer publis.

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Valentina Bandeira é uma das integrantes do projeto 'Paris é Brasa'. Foto: Diego Padilha/Play9

O projeto tem objetivo de atingir 1 bilhão de impressões em soma de métricas de todas as redes do time de influenciadores. Enquanto os influenciadores estão em Paris, marcas já ligadas aos perfis poderão fazer colaborações com eles. Segundo anúncio da empresa, o projeto conta com Banco do Brasil, Medley, OMO, Samsung, Azul, Havaianas, Wizard e Petrobras.

“Buscamos perfis que trouxessem credibilidade e autoridade no meio esportivo e jornalístico, mas agora com uma ‘roupagem’ no digital, como os casos da nossa grande estrela Fátima Bernardes, do Tino Marcos e do Clayton Conservanni”, explica o CCO e sócio da Play9, Gustavo Serra, ao Estadão.

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Serra também mostra o contraponto: “Investimos em perfis que conversam com públicos diferentes, trazendo também um olhar de diversidade. Assim chegamos nos nomes de Podpah, Valentina Bandeira, Matheus e seu Zé, Fabão, Atleta de Peso, Láctea, Paul Cabannes e Ale Xavier e Luana Maluf cobrindo o evento in loco, com a Rafa Tuma e o João Ferdnan reforçando o time no Brasil”.

O perfil de mais seguidores é o de Fátima Bernardes, com 12,9 milhões, no Instagram. Igão tem 6,8 milhões, e Mítico, 5,1 milhões. Tino Marcos, ex-TV Globo, soma 259 mil. Os conteúdos serão replicados em páginas de entretenimento, como Brazilian Version e Greengo Dictionary, e de esporte, como Cenas Lamentáveis.

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Valentina Bandeira, que vive um hype desde a segunda metade de 2023, é seguida por 1,4 milhão de pessoas. “Estamos há uma semana em Paris, chegamos antes para entender o terreno e já pescamos o ritmo da cidade. Agora, estou a fim de transformar isso em conteúdo. Paris já é uma cidade suficientemente marcante, com inúmeros assuntos e pautas possíveis para serem levantadas”, conta ao Estadão, a atriz e criadora digital

Na avaliação do professor de marketing esportivo pela ESPM, Ivan Martinho, esse movimento é natural e tem margem para crescer. “Se torna natural, para marcas interessadas nesse público (gerações mais novas), investirem em coberturas como essas, viabilizando uma nova abordagem, sobretudo depois de uma edição marcada pelas restrições da pandemia”, considera.

‘Latiala’ leva conteúdo com ‘cara de Brasil’ às Olimpíadas

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Na mesma toada, a agência Ragatanga montou um time que vai produzir conteúdos na capital francesa. O elenco do projeto “Latiala” (“sonhar”, no idioma africano iorubá) tem menor alcance, nenhum perfil chega a 1 milhão de seguidores. Entretanto, foram firmadas parcerias com Deezer, Olympicus, Globoplay e Embratur. Esta última também é parceira do COB na Casa Brasil, com atrações para atletas e turistas.

Dai Rocha, fundadora da agência, conta que a ideia é planejada desde a metade do ano passado, para mostrar o lado B da Olimpíada e criar conteúdo com “cara de Brasil”. Uma das estratégias para isso foi reunir seis influenciadores de diferentes regiões: Júlio de Sá, ator e apresentador carioca; Raoni Oliveira, jornalista baiano; a dupla porto-alegrense Michele Nascimento e Maurício Ribeiro; Raquel Mércia, do Acre, e Naetê Andreo, de São Paulo.

“Será uma cobertura muito plural, com sotaques diferentes. É um projeto que está a cara do Brasil, vai levar a brasilidade. Objetivo é a realização de sonhos, indo com cinco perfis que nunca saíram do País. Levamos o lado em que cada um se destaca. Júlio e Raoni, no entretenimento e humor. Raquel, no esporte. Naetê sobre onde dar rolê. O casal (Michele e Maurício) fala sobre moda e viagem”, descreve Dai, ao Estadão.

Ela assume que a Ragatanga é “uma agência pequena, comparando a outras”. Por outro lado, Dai reitera que há valores além dos números: “Nós estamos indo com quatro pessoas pretas; uma, que é LGBTQIA+. Somos perfis diversos. É importante estarmos lá e sermos vistos. Para realizar uma cobertura com a cara do Brasil precisa ser plural”.

Ragatanga quer cobertura plural, com "cara de Brasil", em Paris. Foto: Ayouba/Ragatanga

Padrinho do COB já causou polêmica entre atletas

A lista de personagens elencados pelo COB para engajar a torcida online tinha um nome a mais. Joel Jota, ex-nadador e atualmente empresário, foi anunciado em uma trapalhada do COB como padrinho e mentor do Time Brasil. Atletas e ex-atletas questionaram a escolha, acusando Jota de mentir sobre sua carreira. Também foi criticada a convocação dele como “mentor”.

O ex-nadador se defendeu, falou ter sido um dos melhores nadadores “para ele” e disse que não iria a Paris “para nadar”. Entretanto, Jota renunciou a posição. Depois disso, o COB se manifestou, negando que ele teria função de mentor, diferente do que foi mostrado antes.

A primeira Olimpíada transmitida pelo rádio foi há um século, em Paris-1924. Na televisão, a primeira transmissão foi na edição de Berlim-1936, mas somente na capital alemã. Em Londres-1948, o sinal de TV chegou a 500 mil pessoas, em uma área de até 200 quilômetros de distância dos estádios.

Somente nos Jogos de Roma, em 1960, houve uma transmissão internacional, ainda em preto e branco. Alguns avanços seguiram, como sinal por satélite e cores até o março de 1996, ano em que Atlanta foi considerada a primeira Olimpíada digital. No Rio, em 2016, as competições aconteceram dias depois de o Instagram ter criado a função dos stories, algo mais consolidado em Tóquio-2020, quando os Jogos foram marcados por protocolos da pandemia de covid-19. Agora, para Paris-2024, a aposta é a cobertura de influenciadores digitais.

O próprio Comitê Olímpico do Brasil (COB) conta com um time de “padrinhos” e “madrinhas” para engajar a torcida brasileira. Em outras frentes, perfis e páginas de entretenimento participam de projetos liderados por agências, para desenvolver uma nova forma de “transmitir” as Olimpíadas.

Influencers da Play9 encontraram seleção feminina de ginástica em Paris. Foto: Play9/Div

No time digital do COB, há figuras do esporte como Pedro Scooby e Zico, mas também estão os influenciadores Larissa Manoela, Hugo Gloss e Casimiro. Sabrina Sato, Murilo Rosa e Fernanda Tavares fecham a lista. A função, segundo o COB, não é remunerada.

Mirar no engajamento digital não é uma aventura às cegas. Entre a Geração Z (jovens nascidos entre 1995 e 2010), 47% dedicam mais atenção a um conteúdo quando o emissor tem um número alto de seguidores. Isso é associado à credibilidade. É o que aponta a pesquisa “O que os consumidores querem do marketing de influência?”, da ferramenta de gerenciamento de mídia, sproutsocial.

O mesmo estudo mostra que 35% dos “gen z” buscam autenticidade. Já gerações mais velhas, como os Millenials, procuram conexão de valores.

A mediatech de desenvolvimento de conteúdo Play9 selecionou nomes que atingem os diferentes grupos para levar a Paris. O elenco vai de Igão e Mítico, do PodPah, programa nativo digital, a Fátima Bernardes, apresentadora com quase quatro décadas de TV Globo. A ideia é mostrar a cidade, os Jogos e eventos. E, claro, fazer publis.

Valentina Bandeira é uma das integrantes do projeto 'Paris é Brasa'. Foto: Diego Padilha/Play9

O projeto tem objetivo de atingir 1 bilhão de impressões em soma de métricas de todas as redes do time de influenciadores. Enquanto os influenciadores estão em Paris, marcas já ligadas aos perfis poderão fazer colaborações com eles. Segundo anúncio da empresa, o projeto conta com Banco do Brasil, Medley, OMO, Samsung, Azul, Havaianas, Wizard e Petrobras.

“Buscamos perfis que trouxessem credibilidade e autoridade no meio esportivo e jornalístico, mas agora com uma ‘roupagem’ no digital, como os casos da nossa grande estrela Fátima Bernardes, do Tino Marcos e do Clayton Conservanni”, explica o CCO e sócio da Play9, Gustavo Serra, ao Estadão.

Serra também mostra o contraponto: “Investimos em perfis que conversam com públicos diferentes, trazendo também um olhar de diversidade. Assim chegamos nos nomes de Podpah, Valentina Bandeira, Matheus e seu Zé, Fabão, Atleta de Peso, Láctea, Paul Cabannes e Ale Xavier e Luana Maluf cobrindo o evento in loco, com a Rafa Tuma e o João Ferdnan reforçando o time no Brasil”.

O perfil de mais seguidores é o de Fátima Bernardes, com 12,9 milhões, no Instagram. Igão tem 6,8 milhões, e Mítico, 5,1 milhões. Tino Marcos, ex-TV Globo, soma 259 mil. Os conteúdos serão replicados em páginas de entretenimento, como Brazilian Version e Greengo Dictionary, e de esporte, como Cenas Lamentáveis.

Valentina Bandeira, que vive um hype desde a segunda metade de 2023, é seguida por 1,4 milhão de pessoas. “Estamos há uma semana em Paris, chegamos antes para entender o terreno e já pescamos o ritmo da cidade. Agora, estou a fim de transformar isso em conteúdo. Paris já é uma cidade suficientemente marcante, com inúmeros assuntos e pautas possíveis para serem levantadas”, conta ao Estadão, a atriz e criadora digital

Na avaliação do professor de marketing esportivo pela ESPM, Ivan Martinho, esse movimento é natural e tem margem para crescer. “Se torna natural, para marcas interessadas nesse público (gerações mais novas), investirem em coberturas como essas, viabilizando uma nova abordagem, sobretudo depois de uma edição marcada pelas restrições da pandemia”, considera.

‘Latiala’ leva conteúdo com ‘cara de Brasil’ às Olimpíadas

Na mesma toada, a agência Ragatanga montou um time que vai produzir conteúdos na capital francesa. O elenco do projeto “Latiala” (“sonhar”, no idioma africano iorubá) tem menor alcance, nenhum perfil chega a 1 milhão de seguidores. Entretanto, foram firmadas parcerias com Deezer, Olympicus, Globoplay e Embratur. Esta última também é parceira do COB na Casa Brasil, com atrações para atletas e turistas.

Dai Rocha, fundadora da agência, conta que a ideia é planejada desde a metade do ano passado, para mostrar o lado B da Olimpíada e criar conteúdo com “cara de Brasil”. Uma das estratégias para isso foi reunir seis influenciadores de diferentes regiões: Júlio de Sá, ator e apresentador carioca; Raoni Oliveira, jornalista baiano; a dupla porto-alegrense Michele Nascimento e Maurício Ribeiro; Raquel Mércia, do Acre, e Naetê Andreo, de São Paulo.

“Será uma cobertura muito plural, com sotaques diferentes. É um projeto que está a cara do Brasil, vai levar a brasilidade. Objetivo é a realização de sonhos, indo com cinco perfis que nunca saíram do País. Levamos o lado em que cada um se destaca. Júlio e Raoni, no entretenimento e humor. Raquel, no esporte. Naetê sobre onde dar rolê. O casal (Michele e Maurício) fala sobre moda e viagem”, descreve Dai, ao Estadão.

Ela assume que a Ragatanga é “uma agência pequena, comparando a outras”. Por outro lado, Dai reitera que há valores além dos números: “Nós estamos indo com quatro pessoas pretas; uma, que é LGBTQIA+. Somos perfis diversos. É importante estarmos lá e sermos vistos. Para realizar uma cobertura com a cara do Brasil precisa ser plural”.

Ragatanga quer cobertura plural, com "cara de Brasil", em Paris. Foto: Ayouba/Ragatanga

Padrinho do COB já causou polêmica entre atletas

A lista de personagens elencados pelo COB para engajar a torcida online tinha um nome a mais. Joel Jota, ex-nadador e atualmente empresário, foi anunciado em uma trapalhada do COB como padrinho e mentor do Time Brasil. Atletas e ex-atletas questionaram a escolha, acusando Jota de mentir sobre sua carreira. Também foi criticada a convocação dele como “mentor”.

O ex-nadador se defendeu, falou ter sido um dos melhores nadadores “para ele” e disse que não iria a Paris “para nadar”. Entretanto, Jota renunciou a posição. Depois disso, o COB se manifestou, negando que ele teria função de mentor, diferente do que foi mostrado antes.

A primeira Olimpíada transmitida pelo rádio foi há um século, em Paris-1924. Na televisão, a primeira transmissão foi na edição de Berlim-1936, mas somente na capital alemã. Em Londres-1948, o sinal de TV chegou a 500 mil pessoas, em uma área de até 200 quilômetros de distância dos estádios.

Somente nos Jogos de Roma, em 1960, houve uma transmissão internacional, ainda em preto e branco. Alguns avanços seguiram, como sinal por satélite e cores até o março de 1996, ano em que Atlanta foi considerada a primeira Olimpíada digital. No Rio, em 2016, as competições aconteceram dias depois de o Instagram ter criado a função dos stories, algo mais consolidado em Tóquio-2020, quando os Jogos foram marcados por protocolos da pandemia de covid-19. Agora, para Paris-2024, a aposta é a cobertura de influenciadores digitais.

O próprio Comitê Olímpico do Brasil (COB) conta com um time de “padrinhos” e “madrinhas” para engajar a torcida brasileira. Em outras frentes, perfis e páginas de entretenimento participam de projetos liderados por agências, para desenvolver uma nova forma de “transmitir” as Olimpíadas.

Influencers da Play9 encontraram seleção feminina de ginástica em Paris. Foto: Play9/Div

No time digital do COB, há figuras do esporte como Pedro Scooby e Zico, mas também estão os influenciadores Larissa Manoela, Hugo Gloss e Casimiro. Sabrina Sato, Murilo Rosa e Fernanda Tavares fecham a lista. A função, segundo o COB, não é remunerada.

Mirar no engajamento digital não é uma aventura às cegas. Entre a Geração Z (jovens nascidos entre 1995 e 2010), 47% dedicam mais atenção a um conteúdo quando o emissor tem um número alto de seguidores. Isso é associado à credibilidade. É o que aponta a pesquisa “O que os consumidores querem do marketing de influência?”, da ferramenta de gerenciamento de mídia, sproutsocial.

O mesmo estudo mostra que 35% dos “gen z” buscam autenticidade. Já gerações mais velhas, como os Millenials, procuram conexão de valores.

A mediatech de desenvolvimento de conteúdo Play9 selecionou nomes que atingem os diferentes grupos para levar a Paris. O elenco vai de Igão e Mítico, do PodPah, programa nativo digital, a Fátima Bernardes, apresentadora com quase quatro décadas de TV Globo. A ideia é mostrar a cidade, os Jogos e eventos. E, claro, fazer publis.

Valentina Bandeira é uma das integrantes do projeto 'Paris é Brasa'. Foto: Diego Padilha/Play9

O projeto tem objetivo de atingir 1 bilhão de impressões em soma de métricas de todas as redes do time de influenciadores. Enquanto os influenciadores estão em Paris, marcas já ligadas aos perfis poderão fazer colaborações com eles. Segundo anúncio da empresa, o projeto conta com Banco do Brasil, Medley, OMO, Samsung, Azul, Havaianas, Wizard e Petrobras.

“Buscamos perfis que trouxessem credibilidade e autoridade no meio esportivo e jornalístico, mas agora com uma ‘roupagem’ no digital, como os casos da nossa grande estrela Fátima Bernardes, do Tino Marcos e do Clayton Conservanni”, explica o CCO e sócio da Play9, Gustavo Serra, ao Estadão.

Serra também mostra o contraponto: “Investimos em perfis que conversam com públicos diferentes, trazendo também um olhar de diversidade. Assim chegamos nos nomes de Podpah, Valentina Bandeira, Matheus e seu Zé, Fabão, Atleta de Peso, Láctea, Paul Cabannes e Ale Xavier e Luana Maluf cobrindo o evento in loco, com a Rafa Tuma e o João Ferdnan reforçando o time no Brasil”.

O perfil de mais seguidores é o de Fátima Bernardes, com 12,9 milhões, no Instagram. Igão tem 6,8 milhões, e Mítico, 5,1 milhões. Tino Marcos, ex-TV Globo, soma 259 mil. Os conteúdos serão replicados em páginas de entretenimento, como Brazilian Version e Greengo Dictionary, e de esporte, como Cenas Lamentáveis.

Valentina Bandeira, que vive um hype desde a segunda metade de 2023, é seguida por 1,4 milhão de pessoas. “Estamos há uma semana em Paris, chegamos antes para entender o terreno e já pescamos o ritmo da cidade. Agora, estou a fim de transformar isso em conteúdo. Paris já é uma cidade suficientemente marcante, com inúmeros assuntos e pautas possíveis para serem levantadas”, conta ao Estadão, a atriz e criadora digital

Na avaliação do professor de marketing esportivo pela ESPM, Ivan Martinho, esse movimento é natural e tem margem para crescer. “Se torna natural, para marcas interessadas nesse público (gerações mais novas), investirem em coberturas como essas, viabilizando uma nova abordagem, sobretudo depois de uma edição marcada pelas restrições da pandemia”, considera.

‘Latiala’ leva conteúdo com ‘cara de Brasil’ às Olimpíadas

Na mesma toada, a agência Ragatanga montou um time que vai produzir conteúdos na capital francesa. O elenco do projeto “Latiala” (“sonhar”, no idioma africano iorubá) tem menor alcance, nenhum perfil chega a 1 milhão de seguidores. Entretanto, foram firmadas parcerias com Deezer, Olympicus, Globoplay e Embratur. Esta última também é parceira do COB na Casa Brasil, com atrações para atletas e turistas.

Dai Rocha, fundadora da agência, conta que a ideia é planejada desde a metade do ano passado, para mostrar o lado B da Olimpíada e criar conteúdo com “cara de Brasil”. Uma das estratégias para isso foi reunir seis influenciadores de diferentes regiões: Júlio de Sá, ator e apresentador carioca; Raoni Oliveira, jornalista baiano; a dupla porto-alegrense Michele Nascimento e Maurício Ribeiro; Raquel Mércia, do Acre, e Naetê Andreo, de São Paulo.

“Será uma cobertura muito plural, com sotaques diferentes. É um projeto que está a cara do Brasil, vai levar a brasilidade. Objetivo é a realização de sonhos, indo com cinco perfis que nunca saíram do País. Levamos o lado em que cada um se destaca. Júlio e Raoni, no entretenimento e humor. Raquel, no esporte. Naetê sobre onde dar rolê. O casal (Michele e Maurício) fala sobre moda e viagem”, descreve Dai, ao Estadão.

Ela assume que a Ragatanga é “uma agência pequena, comparando a outras”. Por outro lado, Dai reitera que há valores além dos números: “Nós estamos indo com quatro pessoas pretas; uma, que é LGBTQIA+. Somos perfis diversos. É importante estarmos lá e sermos vistos. Para realizar uma cobertura com a cara do Brasil precisa ser plural”.

Ragatanga quer cobertura plural, com "cara de Brasil", em Paris. Foto: Ayouba/Ragatanga

Padrinho do COB já causou polêmica entre atletas

A lista de personagens elencados pelo COB para engajar a torcida online tinha um nome a mais. Joel Jota, ex-nadador e atualmente empresário, foi anunciado em uma trapalhada do COB como padrinho e mentor do Time Brasil. Atletas e ex-atletas questionaram a escolha, acusando Jota de mentir sobre sua carreira. Também foi criticada a convocação dele como “mentor”.

O ex-nadador se defendeu, falou ter sido um dos melhores nadadores “para ele” e disse que não iria a Paris “para nadar”. Entretanto, Jota renunciou a posição. Depois disso, o COB se manifestou, negando que ele teria função de mentor, diferente do que foi mostrado antes.

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