Mais de 40 atletas que vão disputar os Jogos de Pequim clamaram à China que encontre uma solução pacífica para a questão do Tibete e que protejam a liberdade de religião e de opinião, informaram grupos de direitos humanos, ampliando a pressão sobre os anfitriões dos Jogos. Entre os participantes dos Jogos existem 127 atletas que afirmam ter assinado uma petição para que o presidente chinês Hu Jintao leve esporte e direitos humanos juntos, o que Pequim tem sistematicamente rejeitado, alegando "politização" dos Jogos. Os signatários pedem a Hu que "promova uma solução pacífica para o caso do Tibete e para outros conflitos em seu país, respeitando os princípios fundamentais dos direitos humanos", de acordo com carta enviada nesta quarta-feira pela Esportes pela Paz, Anistia Internacional e Campanha Internacional pelo Tibete. Eles também pressionam Hu por "liberdade de expressão, de religião e opinião em seu país, incluindo o Tibete", de acordo com o site em alemão da entidade Esportes pela Paz. Entre os signatários estariam o cubano recordista mundial de corrida com obstáculos Dayron Robles -- um gesto surpreendente para um atleta de um país comunista e amigo da China, o corredor norte-americano DeeDee Trotter e o saltador croata Blanka Vlasic. Repetidas ligações para os organizadores da petição para checar a lista não foram respondidas. E os atletas citados não puderam ser imediatamente contatados para confirmar sobre suas assinaturas no documento. (Reportagem de Chris Buckley)