Um dia após o francês Renaud Lavillenie dizer que “não houve fair play por parte do público” na disputa do salto com vara, duas corredoras resgataram a essência do espírito olímpico na semifinal da prova dos 5.000 metros feminino.
A norte-americana Abbey D'Agostino e a neozelandesa Nikki Hamblin se chocaram quando faltavam menos de 1.600 m para o fim da prova e acabaram caindo. As duas levantaram após o incidente, mas D'Agostino torceu o tornozelo e acabou indo ao chão novamente.
Ao ver a cena, a neozelandesa voltou para ajudar a adversária a se levantar. Hamblin completou a bateria na 15ª posição, com o tempo de 16min43s61. Incentivada a não desistir, D'Agostino cruzou a linha de chegada na 16º posição, com tempo de 17min10s02o, e foi abraçada por Hamblin.
A cena foi muito aplaudida no estádio e acabou comovendo os organizadores da prova, que autorizaram as duas atletas a disputarem a final, na sexta-feira. Abbey D'Agostino acabou deixando o Engenhão de cadeira de rodas e ainda pode ficar de fora da disputa por conta da lesão.
Recordista mundial nos 10.000 metros, a etíope Almaz Ayana fez o melhor tempo das semifinais, com 15min04s35, e é a grande favorita para ganhar a medalha de ouro dos 5.000 metros.