O desembarque da nadadora Ana Marcela Cunha no Brasil foi caloroso. A família da atleta, medalha de ouro na maratona aquática nos Jogos Olímpicos de Tóquio, recebeu a baiana neste final de semana no Rio de Janeiro, onde ela concedeu entrevista coletiva.
Nas redes do Time Brasil, um vídeo mostra a torcida no aeroporto com cartazes, música e muito verde e amarelo.
Da largada para os 10km até a linha de chegada foram 1h59min30s8. Durante toda a prova, Ana Marcela se manteve entre as primeiras colocadas e, restando pouco mais de 1km para o final, imprimiu um ritmo forte, abrindo vantagem para a holandesa Sharon van Rouwendaal, campeã olímpica no Rio-2016, que ficou com a prata na Odaiba Marine Park.
"Na vida de todo atleta, a gente sempre vem de persistência. Seja de 13 anos ou dois, três anos. Não importa. Todo mundo passa por altos e baixos", declarou a nadadora em coletiva já no CT do Time Brasil. Referência para novas gerações, a medalhista reforçou a necessidade de sempre acreditar que é possível. "O resultado uma hora tinha que vir", comemorou com a primeira medalha olímpica.
Persistência e confiança. Essas foram as palavras mais usadas por Ana Marcela Cunha na entrevista coletiva realizada neste sábado, no CT do Time Brasil, no Rio de Janeiro, pouco depois de sua chegada. O ouro na maratona aquática era a medalha que faltava à baiana, um título sonhado e perseguido desde Pequim-2008, construído ao longo dos anos, apoiado na maturidade e na segurança do trabalho feito com o técnico Fernando Possenti.
Possenti exaltou a capacidade da estrutura do Brasil de trabalhar para medalhas dentro do próprio país. "Nós somos ouro da casa". Ana Marcela ainda ressaltou o bom desempenho das atletas mulheres nesta edição dos Jogos Olímpicos de Tóquio. "Fico muito feliz por fazer parte desta edição da Olímpica onde as mulheres conseguiram conquistar mais ouros".