Não será permitida a entrada de voluntários estrangeiros no Japão para as Olimpíadas de Tóquio. O anúncio foi feito, nesta segunda-feira, pelos organizadores do evento que tem início previsto para julho. Na sexta-feira, o veto foi feito a torcedores de outros países. As medidas procuram prevenir a propagação da covid-19.
"Lamento muito, mas decidimos que não há alternativa senão descartar o plano", disse Toshiro Muto, o diretor executivo do comitê organizador. Os organizadores planejavam empregar 80 mil voluntários, enquanto o governo de Tóquio tinha a ideia de adicionar outros 30 mil, em sua maioria vinda do exterior. A agência de notícias Kyodo, que citou "fontes próximas ao assunto", disse que cerca de 500 voluntários estrangeiros receberão exceções para entrar no Japão.
Os Jogos Olímpicos serão inaugurados em 23 de julho com 11 mil atletas, seguido pelas Paralimpíadas em 24 de agosto com mais 4,4 mil competidores. Os atletas vão coexistir dentro de uma 'bolha', um plano que estabelece um contato limitado com outras pessoas.
O primeiro grande teste dos Jogos terá início na quinta-feira, com o início do tour da tocha olímpica no nordeste do Japão. A vigame vai durar 12 dias, com 10 mil corredores, culminando com a cerimônia de abertura no Estádio Nacional de Tóquio.
O próximo passo dos organizadores será decidir quantos espectadores locais poderão assistir às provas. Foi sugerido inicialmente que a definição ocorreria em abril, mas o presidente do COI, Thomas Bach, afirmou que a decisão possivelmente será adiada para uma data próxima ao dia de abertura, 23 de julho.
Mais de 4,5 milhões de ingressos foram vendidos para os residentes no Japão, além de cerca de 600 mil entradas para os Jogos Olímpicos comercializadas para torcedores estrangeiros e 30 mil referente aos Paralímpicos. Os ingressos serão reembolsados, mas ainda não há detalhes sobre esse processo.
Como parte de suas medidas para conter o avanço da pandemia, o Japão mantém suas fronteiras fechadas para a chegada de visitantes estrangeiros desde o final de dezembro passado e só permite o acesso ao país de cidadãos japoneses ou residentes estrangeiros.