O técnico José Roberto Guimarães afirmou nesta quinta-feira que considera o "lado psicológico" da seleção feminina de vôlei resolvido e aposta em uma rotina diária de treinamentos físicos para dar força e resistência à equipe. O Brasil venceu os Estados Unidos nesta quinta-feira, no segundo jogo-treino antes da estréia na Olimpíada de Pequim, no sábado, contra a Argélia. A equipe já tinha derrotado a Polônia no primeiro teste em solo chinês, mas para, Zé Roberto, todo o cuidado é pouco. "Tem alguma coisa errada aí, porque ou a gente está jogando muito bem ou o pessoal está escondendo o jogo", afirmou o treinador, na Vila Olímpica. Segundo ele, a escolha das seleções da Polônia e dos EUA, que não estão na chave do Brasil, foi feita para dar ao time brasileiro a chance de aprimorar pontos do ataque e de jogo da equipe, além de dar oportunidade de atuar para todas as atletas. "A Polônia foi bom porque elas são um time muito alto, bom de bloqueio, além de sacar bem. Os EUA foi interessante porque têm um volume de jogo grande, com muita troca de bola", disse Zé Roberto. O treinador definiu com o preparador físico José Elias Proença uma rotina de musculação diária com treinos leves e pesados para as jogadoras, tendo como modelo a seleção cubana. "A gente se espelha muito na força das cubanas, apesar de nosso time ser tecnicamente melhor", afirmou. O lado psicológico do time, que perdeu a chance de conquistar uma medalha olímpica nos Jogos de Atenas após uma série de match points perdidos contra a Rússia na semifinal, está resolvido, segundo o treinador. Depois do impacto da derrota, a seleção conquistou por três vezes o Grand Prix, mas Zé Roberto disse que os títulos são "uma página virada, porque os times que disputaram o último não estavam completos." "Sinto as meninas tranquilas... a gente espera que o psicológico esteja resolvido. A gente trabalhou para acreditar que temos condição de obter uma medalha", afirmou. O Brasil está no grupo B do torneio olímpico, ao lado de Argélia, Cazaquistão, Itália, Rússia e Sérvia. Cuba, Itália, Rússia e China despontam como os maiores adversários do Brasil ao inédito ouro olímpico. (Edição de Pedro Fonseca)