Leandro Modé As ações do Panamericano caíram ontem mais de 9% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em reação à reportagem do jornal O Estado de São Paulo que mostrou que o rombo na instituição financeira supera os R$ 2,5 bilhões estimados pelo Banco Central (BC). O banco de Silvio Santos precisará de novo aporte para continuar operando. A forte queda de ontem foi a mais expressiva em um único dia desde que a fraude contábil veio a público, no início de novembro. Também reduziu a 8% a valorização dos papéis do Banco Panamericano na bolsa em janeiro. Até quarta-feira, as ações acumulavam ganho de quase 20% no primeiro mês do ano, em meio a especulações de que o banco poderia ser vendido. O analista de instituições financeiras da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu, avalia que a oscilação dos papéis é normal em um contexto como o do Panamericano. "Há quatro meses que o banco não divulga um balanço. Criou-se um clima de incerteza sobre a situação patrimonial", afirmou. "São os números da empresa que servem de base para o investidor tomar sua decisão." Os dados devem ser oficialmente divulgados na próxima segunda-feira, quando o Panamericano planeja enviar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) os resultados relativos ao terceiro trimestre e aos meses de outubro e novembro de 2010. (Colaborou Altamiro Silva Júnior)