LU AIKO OTTA O Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou para a próxima quinta-feira (27) o julgamento do dissídio dos Correios. A Justiça vai decidir, nessa data, o porcentual de reajuste a ser concedido aos funcionários e deverá determinar a volta ao trabalho. A expectativa, portanto, é que a greve acabe o mais tardar nesse dia. Uma última tentativa de acordo será feita nesta terça-feira (25), por iniciativa da ministra relatora do caso, Katia Arruda. Os negociadores, porém, têm pouca expectativa de entendimento, pois nenhuma das partes mudou sua posição. Na semana passada, o TST propôs que a greve fosse encerrada mediante pagamento de reajuste de 5,2%, mais um aumento linear de R$ 80,00. Os funcionários pedem 43% de aumento. Os Correios, por sua vez, alegaram que as medidas sugeridas pelo TST custariam R$ 854 milhões ao ano, um valor muito elevado. No primeiro semestre de 2012, por exemplo, o lucro operacional dos Correios foi de R$ 266 milhões. A folha salarial da estatal é de R$ 8 bilhões anuais. Na audiência da semana passada, o TST determinou que 40% dos funcionários de cada unidade continuassem trabalhando. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 50 mil por dia. De acordo com os Correios, 10.891 funcionários aderiram à greve, o que é considerado um índice baixo. Além disso, praticamente não há atraso nas entregas, pois foi realizado um mutirão no último fim de semana. Foram entregues 23 milhões de cartas e encomendas durante o esforço concentrado.